Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
c
A ordem institucional é aceita como certa por se localizar no universo simbólico que é
teórico. Todas as legitimações, das mais simples as mais teóricas (US) são mecanismos
de manutenção do universo simbólico.
c
c
- Processo de transmissão do universo simbólico de uma geração a outra;
- Versões divergentes do universo simbólico são partilhadas. O universo simbólico é
legitimado e modificado por mecanismos conceituais construídos para proteção
contra ataques de grupo.
- Encontro de uma sociedade com outra.
c
- Mitologia ± Formas mais arcaicas (o mundo dos deuses)
- Teologia ± entre o mundo humano e o dos deuses.
- Filosofia
- Ciência
c
- Terapêutica ± ³exorcismos´, ³psicanálise´, etc. Tem a função de controlar os desvios
das definições ³oficiais´ da realidade. Cria um corpo de conhecimento para
diagnosticar e curar os desviantes. É preciso uma teoria do desvio ± uma patologia.
- Aniquilação ± usa o mecanismo conceitual para liquidar conceitualmente tudo que está
fora do universo simbólico. É o processo que nega toda a realidade que não se ajusta
dentro do universo simbólico. Há a aniquilação por status ontológico inferior. Ex: São
os incapazes. E a aniquilação por incorporação.
c
1. Os peritos podem deter o monopólio efetivo de todas as definições da realidade de
uma sociedade. Típicas das sociedades arcaicas onde a maioria da sociedade aceita
a tradição e não contesta o poder ± estrutura unificada de poder ± inibem a mudança
social. Ex: Afinidade entre forças politicamente conservadoras e os monopólios
religiosos.
2. Sociedades pluralistas ± Usos de ideologias pelos intelectuais (subsociedades ou
seitas)
Os universos simbólicos se modificam pelas ações concretas dos seres humanos. A
manutenção do universo simbólico é teórico, conceitual, que define a realidade, mas
suas definições são sempre ³
Y
YY ´ em indivíduos concretos e grupos ± são os
definidores da realidade.
A definição de realidade vai variar conforme o tempo em que se pretende entendê-la e
quem explica é a organização social, composta por diferentes grupos e pessoas que
detêm diferentes conhecimentos ou níveis distintos de conhecimento. Ou seja, a
organização social do universo simbólico define a realidade conforme a organização
social dos grupos no decorrer do tempo.
!"
1. Emergência de teoria pura ± a distância entre teoria e vida corrente em sociedade é
uma ilusão.
2. Fortalecimento do tradicionalismo nas ações institucionalizadas que são assim
legitimadas.
Hábitos e institucionalização limitam a flexibilidade das ações humanas. As pessoas
fazem as coisas não porque dão resultado, mas porque são ³Y ´.
Pessoal em regime de tempo integral para a legitimação da conservação do universo
simbólico ± acarreta conflitos sociais ± definições rivais da realidade ± conflitos ± põem
a prova a aplicabilidade prática das teorias do senso comum. Fica difícil com as teorias
religiosas, pois o que é convincente para um pode não ser para o outro. A força policial
pode ser usada para reforçar as definições da realidade quando os argumentos são
frágeis. O poder de produzir realidade. As t eorias mais abstratas são convincentes
porque dão resultados, ou seja, são o conhecimento padrão e considerado certo. Existe
uma base social estrutural que suporta as rivalidades de definições da realidade, que
afeta e/ou determina a realidade.
- Interiorização
- Exteriorização
#
c$
2) As ameaças das diferentes definições de realidades competindo entre si. Ex: (pág.
196).
a) lotineira ± destina-se a manter a realidade da vida cotidiana.
b) Crítica ± manter a realidade em situações de crise.
- O objetivo da conservação da realidade subjetiva é afirmar a identidade e ter
coerência.
- O indivíduo pode ter sonhos perturbadores, sensações de estranheza com o que é
familiar. Precisa de confirmação implícita e explícita de sua identidade.
- Para reafirmar a vida subjetiva precisamos de outros significantes (são essenciais para
a confirmação da identidade ± elemento crucial da realidade. Os outros significativos
ocupam um lugar de destaque na conservação da realidade subjetiva (pág. 199).
- Os outros menos significativos ± funcionam como um
. Também servem para
afirmar a identidade que é um elemento importante da realidade. Ex: A opinião de um
amigo íntimo (significante) é mais importante do que a opinião da cozinheira, do
ascensorista.
- Existe uma relação dialética entre os outros significativos e o coro na conservação da
realidade. Ou seja, há uma reciprocidade entre os fatores. Ex: Uma identificação muito
negativa do ambiente pode afetar a identificação fornecida pelos outros significativos.
³Y
Y Y
Y (Y )
Y !
Y
Y Y
´. Ou, ao contrário, os outros significativos podem
ter efeito sobre o ambiente mais amplo. ³*Y Y Y Y Y
Y
YYYY Y
YY´.
- Para a conservação e confirmação da realidade subjetiva, se faz necessário o somatório
de todos os fatores da situação social do indivíduo, embora os outros significativos
tenham mais importância. Ex: A opinião de seu pai tem mais poder de confirmação da
realidade subjetiva do que a opinião de seu colega, a não ser que a opinião do colega
adquira mais densidade. Contudo, por exemplo, se muitas pessoas dizem que você está
magra, pode levar você a reconsiderar a opinião de seu marido, que sempre lhe acha
gorda. Se dez pessoas do coro têm a mesma opinião, que é contrária a do amigo, o
indivíduo passa a questionar a opinião que lhe é mais significativa.
- A cristalização que ocorre subjetivamente como resultado das várias definições da
realidade determinará o peso que é dado a definição da realidade adotada pelo
indivíduo e o peso dessa realidade que será maior ou menor conforme a incidência de
fatores. Ex: ³) Y Y Y Y Y Y
YYYY
YYY YYYY Y Y
Y´. (pág. 202).
- A conversa (linguagem) é o veículo mais importante para a conversação da realidade,
porque % &
a realidade subjetiva.
- A maior parte da conservação da realidade na conversa é implícita (pág. 203) porque
se partilham os sentidos atribuídos as palavras, ou seja, uma realidade subjetiva do
mundo daqueles que conversam.
- A conversa casual % uma coerência e acumulação ± casual, porque se refere a
rotina do mundo julgado verdadeiro. A perda da casualidade é a quebra da rotina e
uma ameaça a realidade considerada verdadeira. Ex: Levar o revólver (pág. 203).
- A conversa
a realidade. Abandona certas coisas e enfatiza outras. Aquilo
que nunca se fala torna-se vacilante. Ex: Ato sexual e falar dele.
- Inversamente, a conversa dá contornos firmes a questões apreendidas como vagas. Ex:
Você tem dúvidas sobre o assunto da aula. Essas dúvidas tornam-se mais reais quando
você as discute. Você se convence das dúvidas, que são objetivadas em sua
consciência.
- A conversa gera a realidade, pela situação face a face da realidade individual. ³ÎY
YY Y Y
Y
Y+ Y
&
Y
Yl´.
Se é a mesma língua, mais ainda.
- A continuidade da conversa é outro elemento da conservação da realidade subjetiva.
Para enfrentar a ameaça de descontinuidade, utilizam-se técnicas: correspondência, e-
mail, etc.
- Há conversas que se diferenciam pela densidade da realidade que
. A freqüência tem um poder gerador de realidade. Ex: Intensidade
compensando freqüência - nas conversas privilegiadas como com psicólogos, padres,
autoridades. Elas têm um caráter cognoscitivo e normativo superior para o
interlocutor.
- Estruturas de plausibilidade ± delas depende a realidade subjetiva ± base social
específica e os processos sociais exigidos para a sua conservação. Ex: Você só
mantém sua auto-imagem de famoso se o meio social confirmar esta identidade. Você
se perceberá como estudante enquanto se relacionar com a escola, os livros.
- Quanto mais tempo se ficar apenas se correspondendo com uma pessoa, sem se falar
face a face, menor a conservação da realidade. Ex: Comunicação por correspondência,
namoros pela internet.
- É necessário contactar com grupos de referência para manter a realidade subjetiva. O
que é plausível ser real, possui vários elementos que configuram uma estrutura,
baseada na sociedade. Contudo, temos dúvidas, às vezes, do que é real. Se recorrermos
a estrutura de plausibilidade resolvemos logo, mas se estamos em um meio social
diferente do nosso, fica mais difícil.
- Em situações de crise ± utilizam-se as mesmas técnicas para a conservação da
realidade, só que as confirmações da realidade se tornam mais explícitas e intensas e a
própria sociedade ensina procedimentos específicos para estas situações. Podem ser de
caráter individual ou coletivo.
#
biográficos
sociais
]
c
(