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O GLOBO ● SEGUNDO CADERNO ● PÁGINA 1 - Edição: 5/06/2011 - Impresso: 4/06/2011 — 01: 30 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Enviado a Juazeiro (BA), Luiz Fernando Vianna conta Show do cantor no Rio em setembro será transmitido
como o mito sobrevive em sua cidade natal • 6 e 7 ESPECIAL ao vivo para mais de 200 cinemas do mundo • 12

SEGUNDO CADERNO DOMINGO, 5 DE JUNHO DE 2011

Dario Zalis/ antigo estúdio da PolyGram, antes da gravação do disco “João”, em 1991

JOÃO
JOAO
GILBERTO
80 ANOS
O GLOBO ● SEGUNDO CADERNO ● PÁGINA 2 - Edição: 5/06/2011 - Impresso: 4/06/2011 — 01: 41 h PRETO/BRANCO

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● SEGUNDO CADERNO O GLOBO Domingo, 5 de junho de 2011


CAETANO VELOSO JOÃO
João Gilberto GILBERTO

Foto de Francisco Pereira


80 ANOS
No tempo em que frequentávamos a casa da Nara Leão, João Gilberto
Era dele mesmo que Bob Dylan falava na contracapa
me tomou pelo braço, me levou até a janela e, apontando para os inúmeros
do “Bringing it all back home”, como eu supus desde
pedestres que passavam pela Avenida Atlântica, disse: ‘Não adianta
o início. Era ele que tinha feito surgir na frase seguin-
querer fazer música boa, Charles. Olha lá, eles são muitos...’
te a palavra “perfection”. A prova está na autobio-
grafia que leva o título aparentemente humilde de Carlos Lyra, cantor e compositor
“Crônicas”. Dylan conta que ele (assim como toda a
turma legal e culta do Village) ouvia (e se identificava

Violonista disseca estilo após


com) os bossanovistas brasileiros. Claro que, sendo
Dylan, ele não poria o nome de Jobim na sua mini-
lista: óbvio demais, orquestral demais, falado de-

quatro décadas de estudos


mais. Em vez disso, citou Carlos Lyra e Roberto Me-
nescal. Mas João Gilberto, por mais óbvio que fosse,
ele não deixaria de mencionar: João está obviamente
além do óbvio, é um medalhão rebelde, um clássico
sem teto, um perfeccionista dos desacertos. Todos
os músicos da minha geração no Brasil falam de Maior conhecedor do trabalho de João hoje, Aderbal Duarte explica o ‘violão bossa nova’
João. Fora do Brasil, bastaria Dylan. Mas João já era

N
Divulgação/Arthur Ikishima
a próxima sexta-fei- tocá-las com destreza já deu
o cara que soava bem “até lendo jornal”, para Miles ra, dia 10, quando um baita trabalho. E elas são
Davis. O cantor que ensinou a Jon Hendricks sobre João Gilberto com- famílias: depois dos pais, vêm
pletará 80 anos, os tios, os primos, os netos —
cantar como só Louis Armstrong tinha feito antes. Aderbal Duarte estará em conta Aderbal, que pegou o
Quanto a mim, João me ensinou tudo. Sobretudo me Juazeiro, cidade natal do can- violão para mostrar, pelo tele-
deu uma ideia forte de destinação do Brasil, de tarefa tor, fazendo aquilo de que fone, as células. — Há acordes
mais gosta: explicando para que ele só usa para começar
dos brasileiros, de missão da língua portuguesa. To- uma plateia o que é a música as músicas. São como a pri-
dos os meus sonhos que parecem malucos quando de João, ou seja, sua maneira meira marcha de um carro.
única de cantar e tocar. E decorar os acordes não
afloram aqui ganharam substância à audição do dis- Mas, para ter prazer hoje resolve, pois, segundo Ader-
co “Chega de saudade”, em 1959, em Santo Amaro. em realizar oficinas para vio- bal, um livro sobre harmonia
lonistas ou explicar a leigos pode mostrar até cinco mil ti-
Não preciso contar de no- chiando porque João não can- que a famosa “batida da bos- pos (“Isso é o mesmo que
vo. O bar de Bubu; meu cole- ta “mágica no absurdo” (nes- sa nova” é muito mais do que querer aprender a escrever
ga que tinha me dito que, já se caso Lobão tem razão — isso, Aderbal precisou de lendo um dicionário”). É ne-
que eu gostava de coisas lou- em parte: “Nem sempre se vê quase 40 anos de estudos à cessário entender como João
cas, tinha de ouvir esse novo mágica no absurdo” é frase de maneira de João: detalhistas, altera os timbres dos acordes
cantor que era totalmente de- gênio, e eu nunca a evitaria, rigorosos, obsessivos. e cria movimentos para eles.
safinado, indo para um lado mas João dá a “Me chama” a A dedicação lhe valeu, aos — Veja a versão para “Eu
quando a orquestra ia para o mágica que a canção não sa- 62 anos, a condição de maior quero um samba”. Há dois
outro; a sensação de desco- bia dizer que tinha: ouvi quei- conhecedor do trabalho de acordes que se repetem mui-
berta de um mundo. Tudo já é xa semelhante de Herivelto João na atualidade, a confian- to. Se ele não trocasse o tim-
folclore. Tudo já é “Verdade Martins, por João cortar tre- ça do próprio artista — que já bre, ninguém aguentaria. A
tropical” (livro de título apa- chos de “Ave-Maria no mor- tocou especialmente para ele ADERBAL DUARTE: livro pronto dedicado à originalidade de JG tendência das pessoas é au-
rentemente imodesto). Talvez ro”, mas Herivelto era um dos algumas vezes — e matéria- mentar a quantidade de acor-
importe dizer que, ao ler no li- grandes amores de João, o prima para escrever “Segre- des, mas João mantém os
vro de Ruy Castro sobre a que não é o caso de Lobão dos do violão bossa nova”. O nenhuma. Para considerar ção de João com as músicas é dois, alterando o movimento,
bossa nova que João desen- mesmo). O show no Munici- livro ainda não saiu porque uma música bem estudada, é de amizade. o balanço — diz ele, conti-
tranhou o “Desafinado” da pal com o som propositada- Aderbal resolveu, em nome preciso tocá-la umas 500 ve- Baiano de Boa Nova radica- nuando a falar do estilo com
condição de piada feita para mente baixo demais (e o vio- de maior eficiência didática, zes — afirma Aderbal, tam- do em Salvador, Aderbal já es- “Wave”. — O que os cantores
ser veículo do afrancesado lão desafinado) — o que fez fazer também um DVD. bém justificando assim o por- tudava havia 30 anos o violão normalmente fazem? “Os
Ivon Curi (e, ao mesmo tem- com que meus dois filhos Com cerca de 200 páginas, quê de João reinterpretar os da bossa nova quando rece- olhos já não podem veeeeer.”
po, uma possível gozação adolescentes não pudessem a obra disseca o estilo de mesmos temas, casos de beu um telefonema de João, A voz cobre a harmonia. Mas
com o estilo vocal do cantor), ter ideia clara sobre o que é João a partir de apenas duas “Chega de saudade” e “Desa- que gostara de um artigo seu. João evita que a voz fique na
transformando a canção nu- que me empolga quando falo músicas: “O barquinho” (mais finado”. — Ele é emotivo, en- Um dos pontos que devem ter frente. Diz “ver” e deixa espa-
ma obra-prima de lirismo so- sobre João. A ausência até ho- simples) e “Garota de Ipane- volve-se muito com as can- agradado é a desmistificação ço para você ouvir o violão.
bre as questões profundas do je das prateleiras de CD (coisa ma” (mais complexa). ções. Você vai parar de falar da “batida”, que são várias. João não pensa em harmonia
canto como atividade, pensei que já está em adiantada fase — Quem tem cem músicas com um amigo porque já con- — Classifiquei quatro gran- dissociada de melodia. (Luiz
em quão programaticamente de desaparecimento) dos três no repertório não toca bem versou muito com ele? A rela- des células rítmicas. Só para Fernando Vianna) ■
conscientizador primeiros álbums
foi e é o gênio de dele (a “Veja” dis-
João Gilber to. João me se que ele tem ra-
Que ele tenha si-
do o responsável ensinou tudo. zão contra a gra-
vadora — e eu A bossa de João
pelo interesse de
Sérgio Ricardo pe-
Sobretudo me mesmo escrevi
parecer reprovan- Só as notas, aguda e grave/ Por estar nas extremidades dos acordes/ Tinham o privilégio de mostrar a cara/ Mas um belo
lo marxismo, pelo deu uma ideia do a masterização dia veio para Guanabara/ João Gilberto, de Juazeiro, da Bahia/ Com a mais que joia rara/ Esplêndida novidade/ Tocar
interesse dos No- de que João não
vos Baianos por forte de gosta —, mas a al- intocável/ Inovado canto/ Improviso harmônico/ E bossa única/ Só mesmo o violão/ Pra ser tão especial/ E andar em
sambas e choros gum acordo já se qualquer mão/ Mas sempre mistério e segredo para todos/ Menos para João.../ ...Que por ser voz e violão sui generis/ E
antigos, pelo meu destinação teria de ter chega- ter um volume de som pra cada dedo/ Tornou as intermediárias audíveis/ Acentuando-as com o indicador da mão direita/
próprio interesse do, de modo a
por Orlando Silva! do Brasil que tivéssemos E assim ouvimo-las na mesma intensidade/ E as dissonantes/ Já não estão mais distantes como antes.../ Com a nova
João! Quando Gal os discos mais im- batida de João/ Tocando suave/ De baixo pra cima/ E apenas o polegar contracenando no oposto/ Dá pra ver/ Pra ver no
fazia “Fa-tal” no Teatro Tereza portantes da história de nos-
Rachel, ele foi assistir, meio sa música à disposição de rosto/ Como anda feliz/ Feliz o violão/ João é algo mais/ Não muda o baixo/ Como todo mundo faz/ Apenas acentua/ E lá
escondido. Ao final, disse logo quem quer e precisa ouvir). do céu ilumina a lua/ E a melodia sente o clima/ Se anima/ E até levita/ E a harmonia rende e fica mais bonita/ O exímio
a ela que tinha gostado mais Nada pode competir com a músico/ Trava o polegar na quarta corda/ E o indicador vem acentuando entre as vozes/ Superiores dos acordes/ E o polegar
“da parte rock’n’roll”. Que ho- cegante luz que se instaura
mem é esse? Será a Bahia? Se- quando se ouve “Pra que dis- enérgico e bamba/ Desce apoiado/ Porém livre logo após o toque/ Faz valer a potência/ A potência/ A potência sonora do
rá o Espírito Santo? Como ten- cutir com madame?” cantada bumbo/ Com a sonoridade mais eficiente/ E o tocar além do simultâneo/ Não digo pela contramão/ Mas por outro lado
tar se acercar do que significa por ele. Ou “A primeira vez”.
a energia histórica que esti- Ou “Maria ninguém”. Simples- rasqueado/ Com o acorde mais notado/ Porque o mago é ímpar/ Separa e limpa/ Isso é João, a bossa e o violão/ Isso é
mula a mente de um João Gil- mente nada pode competir João, a bossa e o violão/ Isso é João, a bossa e o violão/ Isso é João, a bossa e o violão...
berto? A energia afetiva, a com o fato bruto da obra ge-
energia intelectual de um João nial que é cada vez que João Letra de “A bossa de João”, música inédita composta por Galvão, ex-integrante dos Novos Baianos que se tornou amigo
assim? Ele foi e é o maior des- escolhe um samba (mesmo
de João Gilberto em Juazeiro, onde ambos nasceram, antes da bossa nova. Galvão também escreveu o livro
lumbramento da minha vida. que não seja samba) e o tra-
Que esforço podemos fazer duz para a linguagem do seu “João Gilberto — A bossa”, à espera da autorização do cantor para ser publicado
para descer à Terra e pensar violão inimitável, do seu can-
sobre os fatos pedestres que to que explica e justifica a
o circundam? O artigo de João existência do canto.
Máximo, inocentemente des-
cobrindo o 78 rotações que
João cantando ainda bas-
tante como Orlando Silva
EXPEDIENTE
João lançou (para o quase (mas já com a suavidade Editora: Isabel De Luca
anonimato) no começo dos maior do que a do outro or- (ideluca@oglobo.com.br)
anos 1950, reduzindo tudo o landista, o Roberto, Silva Coordenação do caderno especial:
que João fez a um mero refle- também) é algo que eu mes- Luiz Fernando Vianna
xo da descoberta do estilo de mo perguntei a João se não Editores assistentes: Bernardo Araujo
Chet Baker. O simpático mas já seria tempo de incluir na (bbaraujo@oglobo.com.br), Fátima Sá
incompetente biógrafo ameri- parte oficial de sua disco- (fatima.sa@oglobo.com.br)
cano de Chet (que encontrei grafia. Ele me respondeu e Nani Rubin (nani@oglobo.com.br)
casualmente na Concha Acús- sorrindo (e contando histó- Fotografia: Leonardo Aversa
tica do Castro Alves no show rias sobre músicos que toca- (aversa@oglobo.com.br)
da Mart’nália) dizendo que, ram na gravação, comple- Diagramação: Christiana Lee
enquanto o trompetista era tando com ternura frases Telefones/Redação: 2534-5703
desancado por críticos e cole- das canções do disco que eu Publicidade: 2534-4310
gas nos Estados Unidos por cantarolava) com outra per- (publicidade@oglobo.com.br)
suas gravações vocais, seu fã gunta: “Será, Caetas?” E logo Correspondência: Rua Irineu Marinho
brasileiro, João Gilberto, o começou o trabalho de fazer 35, 2º andar. CEP: 20233-900
imitava o tempo todo em ca- sumirem os três LPs iniciais.
sas noturnas italianas. Lobão Mistério. Maravilha.

SEGUNDA-FEIRA TERÇA-FEIRA QUARTA-FEIRA QUINTA-FEIRA SEXTA-FEIRA SÁBADO DOMINGO


PELO MUNDO PELO MUNDO
Felipe Francisco Hermano José Miguel Caetano
Hirsch Cristina Ruiz, Bosco Eduardo Graça, Vianna Wisnik Veloso
de Berlim de Nova York
Eduardo Levy,
de Los Angeles
O GLOBO ● SEGUNDO CADERNO ● PÁGINA 3 - Edição: 5/06/2011 - Impresso: 4/06/2011 — 01: 03 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Domingo, 5 de junho de 2011 O GLOBO SEGUNDO CADERNO ● 3

JOÃO
GILBERTO
80 ANOS “ João Gilberto liga sempre para pedir comida do Antiquarius, mas só fala com um funcionário. Identifica-se como sr. Oliveira. Ninguém nunca o viu no restaurante. Para tirar
o pedido, a pessoa precisa ter calma, porque ele gosta de saber todos os ingredientes. Além disso, muda receitas: se tiver molho, pede para tirar a farinha. Quando tem
alho, pede para tirar a parte do meio. Ele se preocupa com a saúde e só pede coisas leves, como o lagostim grelhado. Chega a ficar 40 minutos no telefone, contando de
um prato que comeu numa viagem e pedindo para a cozinha reproduzi-lo. Gosta de ser ouvido. Mas tem as regras dele: o entregador não pode usar uniforme, e a sacola
da quentinha não pode ter menção ao Antiquarius. Ele também envia comida a amigos. Ligar para o restaurante e pedir entregas é exclusividade de poucos. Uma vez, uma
filha do Chico Buarque ligou, e a gente avisou que ela precisava falar com o sistema de delivery, mas aí ela perguntou: ‘Não dá para ser no esquema João Gilberto, não?!’
Ex-funcionário do Antiquarius que prefere não ser identificado

A formação em dois desembarques no Rio


Em 1957, seis anos após sua primeira passagem pela cidade, o compositor voltou já tendo inventado o verdadeiro João Gilberto
Divulgação/Acervo Jonas Silva Reprodução
João Máximo JOÃO GILBERTO

P
or duas vezes João Gil- como solista
berto desembarcou no dos Garotos da
Rio com jeito de quem
queria ficar. Na primei- Lua, em 1951
ra, para conhecer a cidade e (à esquerda,
sua música; na segunda, para
conquistar as duas. Seis anos no alto),
separam uma ocasião de outra. e na capa do
Foi o tempo em que ele “desa-
pareceu” para se descobrir. Ou clássico “Chega
melhor, para inventar o verda- de saudade”,
deiro João Gilberto.
Em 1951, ele veio de Salvador lançado
para substituir Jonas Silva como em 1959
principal solista dos Garotos da
Lua, um dos muitos grupos vo-
cais que brigavam por espaço
no mercado musical carioca.
Desses grupos, nem todos eram
bons e quase todos navegavam dedicavam à música instrumen- primeiro ano da segunda chega-
nas águas dos trios, quartetos e tal (não os do choro, claro, mas da ao Rio se assemelhava ao da
quintetos americanos do tipo os que acreditavam ser o jazz o primeira: João custou a se afir-
Mel-Tones, Modernaires e, um único caminho para moderni- mar profissionalmente. Nome
pouco depois, Pied Pipers. zar o que faziam). E àquela al- cada vez mais conhecido no
Aparecer, mesmo, os grupos tura, o violonista João Gilberto meio, tido mesmo como gênio,
brasileiros apareciam no car- não pensava nisso. Nada nele “meio maluco mas muito musi-
naval. Ou então gravando antecipava o que, seis anos de- cal”, estava longe de acontecer.
baiões, boleros e versões de pois, traria nas seis cordas as Morando novamente de favor,
música americana. A substitui- transgressões rítmicas que de- tocava violões emprestados, pe-
ção de Jonas, bom de bossa, ram na bossa nova. dia ajuda de grana aos amigos,
mas pequeno de voz, foi suge- Na segunda chegada, em marcava presença com seu tem-
rida por outro dos garotos, Al- 1957, o Rio que ele encontrou já peramento imprevisível (o mes-
vinho, que tinha ouvido João era outro, inclusive musical- mo que o levaria a quebrar o
Gilberto na Rádio Sociedade, mente. O presidente da Repú- violão na cabeça do amigo Tito
de Salvador, e visto nele um blica já não era Dutra, o que fe- Madi, uma de suas maiores ad-
cantor tão bom quanto Lúcio chara os cassinos e desempre- mirações) e vivia de trabalhos
Alves, vozeirão que já trocara a gara multidões de músicos, incertos e ocasionais.
vida de líder de grupo por uma mas JK, o presidente bossa no-
vitoriosa carreira solo. va que apostava no futuro. Mas A batida diferente
é pouco provável que alguns Um desses trabalhos foi co-
Emprego na Assembleia detalhes extramusicais tenham mo violonista do maestro Jo-
A vida de João Gilberto na pri- influenciado o baiano que volta- bim no disco conceitual que
meira chegada ao Rio durou va: João chegava pronto. este gravaria, de canções suas
pouco. A maior parte do tempo Na música, porém, já tinham com Vinicius de Moraes, inter-
ele morou de favor com amigos acontecido João Donato, Johnny pretadas por Elizeth Cardoso.
ou companheiros de grupo. O Alf, Luiz Bonfá. Uma nova gera- Em entrevista de 1993, Jobim
emprego que um tio lhe arran- ção de universitários da Zona não se lembrava se João tinha
jara como escriturário da As- Sul carioca começava a fazer sido o único violonista de todo
sembleia Legislativa também música assumidamente inspira- o disco. Pode ter sido. Neste
não durou: foi demitido por falta da no jazz e na canção america- caso, o certo é que, nas faixas
de assiduidade. Com os Garotos nos. Tom e Vinicius já eram par- mais lentas, João se limitou a
da Lua, a mesma coisa. Juntos, ceiros. O mesmo Tom fizera com ler as cifras do arranjo, nada
gravaram discos, participaram Billy Blanco uma sinfonia em rit- acrescentando de seu. Já nas
de programas de rádio e shows. mo de samba pela qual João se mais ligeiras, “Chega de sauda-
As faltas e os atrasos foram de- encantou (registraria seu tema de” e “Outra vez”, as cifras de
terminantes para que também aí de abertura numa das raras gra- Jobim se apoiaram numa base
acabasse demitido. Silveira, mal foi notado. Não tão de/ Que consiste num amor, um eram “Canção da volta”, “Se vo- vações caseiras que circulariam rítmica nova, a tal “batida dife-
Logo, agosto de 1952, João es- influenciado por Orlando Silva amor de verdade.” cê se importasse”, “Meu sonho no meio musical antes de sua rente” que faria João e seu vio-
taria gravando seu próprio 78 ro- quanto se diria depois, o moço No entanto, os dois lados do é você”, samba-canção românti- “nova voz” ser ouvida, para va- lão começarem a se revelar.
tações na Copacabana: “Quando de 20 anos tinha voz, técnica e disco estavam perfeitamente co e meio enfossado que um dia ler, no disco de estreia). Tudo is- Meses depois, quando ele pró-
ela sai”, de um lado, e “Meia-luz”, afinação, mas os dois sambas dentro do modelo de samba- a ala jovem da bossa nova rene- so somado — e devidamente prio gravasse “Chega de sau-
do outro. Mas o solista estrean- não ajudaram. Nem podiam. Um canção da década. Quando garia, mas não ele. Novidades trabalhado — resultou num no- dade” e, do outro lado, o seu
te, com orquestra de cordas e ar- deles dizia: “Eu sei que ninguém João Gilberto chegou ao Rio pe- formais no Brasil da época só vo tipo de samba. “Bim bom”, o que era revela-
ranjo do acordeonista Orlando poderá destruir nossa felicida- la primeira vez, os sucessos eram comuns entre os que se Num ponto, pelo menos, o ção virou História. ■

Leonardo Aversa

Um ‘carioca’ que envelhece em silêncio


RUA GENERAL
URQUIZA 44:
apartamento é
alvo de disputa
judicial entre Afastado do mundo, João Gilberto vive entre muitas esquisitices e uma ação de despejo
João Gilberto

J
e a condessa oão Gilberto envelhece mas tem um que funciona. É de Justiça do Rio de Janeiro. dolini, Paulo Roberto Mendes,
em silêncio. Escondido através dele que pede comida Em janeiro deste ano, a con- nega a tese com ênfase. Garan-
Georgina nos andares mais altos nos restaurantes da redonde- dessa Georgina Brandolini te, sério, que João não atrasa o
Brandolini de um apartamento no za e se mantém vivo. Não cir- D’Adda, que vive na Itália mas dinheiro de sua cliente um dia
Leblon, mantém-se afastado do cula de dia por seu bairro. é dona do apartamento 1.301 sequer e que o único problema
mundo que o reverencia e, co- Nem por nenhum outro. Não do edifício 44 da Rua General com ele é que não desiste do
mo se de uma praga se tratas- vai à farmácia, à padaria. Não Urquiza, recorreu à lei para imóvel alugado.
se, desvia dos insistentes holo- conhece o jornaleiro nem o tentar recuperar sua proprie- O advogado de João Gilber-
fotes da curiosidade alheia. caixa do supermercado. Não dade. Depois de uma década to, Giulliano Nogueira, segue o
Ao contrário das celebrida- frequenta o banco. Não sai. Na de contrato de aluguel com o estilo de seu cliente. Fala pouco
des contemporâneas, João televisão, consome boxe e lu- músico, quer o apartamento ao telefone e se limita a repetir
prefere dedicar suas horas a ta-livre. O noticiário diário, na- de volta. que a ação de despejo corre “na
seus violões e seus acordes. cional ou internacional, pouco mais perfeita normalidade”. Pa-
Repete tudo aquilo que produ- ou nada o comove. Imbróglio próximo do desfecho rece confiante da vitória.
ziu mil e uma vezes, sempre Diz-se que é notívago, que João não vive no endereço E a disputa está próxima de
em busca da mais exímia per- passeia de noite. Talvez saia citado — segundo os registros um desfecho — pelo menos no
feição. Age quase como se se- de seu refúgio de madrugada de um oficial de Justiça, a úni- que diz respeito à primeira ins-
guisse uma doutrina de fé. em busca de um picolé ou da ca ocupante do imóvel é Maria tância. Em 6 de maio, a juíza Ju-
Poucas são as vezes em que brisa do mar. Difícil provar. A do Céu (uma de suas ex-namo- liana Kalichsztein publicou um
destranca a porta de casa para única certeza em torno de radas, dizem os amigos) —, despacho determinando que as
receber visitas. A exceção é a João é que seu silêncio lhe ga- mas João paga por ele, todos partes se posicionassem, em cin-
filha de 6 anos, fruto de um re- rante (e potencializa) um sta- os meses, R$ 8 mil. co dias úteis, sobre um possível
lacionamento com a produto- tus: o de mito. Quando a ação de despejo acordo. Era a última chance de
ra Claudia Faissol. Em seu so- E ele viveria na mais com- veio à tona, a imprensa chegou encerrar o caso antes de sua sen-
fá, na Rua Carlos Gois, a pe- pleta tranquilidade, não fosse a ventilar a possibilidade de tença. O prazo expirou em 13 de
quena é sempre bem-vinda. por uma ação de despejo que João ser um mau pagador. O maio, e as partes não se pronun-
João não atende o telefone, corre contra ele no Tribunal advogado da condessa Bran- ciaram. (Cristina Tardáguila) ■
O GLOBO ● SEGUNDO CADERNO ● PÁGINA 4 - Edição: 5/06/2011 - Impresso: 4/06/2011 — 01: 02 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

4 ● SEGUNDO CADERNO O GLOBO Domingo, 5 de junho de 2011


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JOÃO
GILBERTO O João sempre me encantou. Trata todo mundo de igual para igual. Uma vez, quando minha irmã (Claudia Faissol, mãe da segunda filha do cantor), ele, eu e

80 ANOS
uma turma estávamos num hotel em Buenos Aires, resolvemos pedir um vinho no quarto. O rapaz veio entregar e reconheceu o João, aí ele chamou o garçom
para sentar e tomar o vinho com a gente. Ele é assim. Quando a babá leva a minha sobrinha na casa dele no fim de semana, ele sempre diz para ela sentar e
fazer um lanchinho. Uma vez, insistiu para ela comer caviar: ‘Prova, você vai ver como isso aqui é bom!’ Ele é muito carinhoso, mas ficou abalado com as
relações humanas. Porque, infelizmente, o meio artístico é um caos, um passa a perna no outro... Eu achava que era exagero, mas depois que entrei para esse
meio, vi que é verdade. Todo mundo quer te sacanear. Ele chegou num ponto em que ficou com medo até do entregador da farmácia, sabe?
Heloísa Faissol, cunhada

‘Uma escola de samba inteira em seis cordas’


Para Jon Pareles, crítico do ‘New York Times’, o compositor é o homem ‘mais cool do mundo’, um mestre da ‘reticência radical’
Divulgação
Fernanda Godoy vida de uma geração de músi-
cos como Chico Buarque, Cae-
Correspondente • NOVA YORK tano Veloso e Edu Lobo. Qual

P
ara o principal crítico de música popular do “New York foi a reação que ela teve aqui?
Times”, Jon Pareles, João Gilberto é o homem “mais co- A voz e o violão de João Gil-
ol do mundo”. Crítico profissional desde 1975, Pareles berto causaram estranheza?
acompanha a trajetória de João Gilberto. Em um texto O marco da bossa nova nos EUA
sobre o retorno do artista ao lendário palco do Carnegie Hall, foi “Garota de Ipanema”, em
em 1998, Pareles escreveu que o músico baiano “transformou o 1964, cantada em inglês por As-
extrovertido e efervescente samba em uma meditação”. “A bos- trud Gilberto, com Stan Getz e
sa nova botou uma escola de samba inteira em seis cordas”, diz João Gilberto. “Chega de sauda-
ele ao GLOBO. Nesta entrevista, Pareles fala da influência mútua de” foi notada por músicos ame-
entre a música brasileira e a americana, e define João Gilberto ricanos, como Getz, mas não pe-
como o mestre da “reticência radical”. lo público em geral. Acho que a
maioria das pessoas não conhe-
O GLOBO: Como um crítico música: no jazz, no indie rock, cia a música brasileira o suficien-
americano com profundo co- na dance music. Então, a in- te para entender a ruptura com
nhecimento da música popular fluência é enorme, mas também o passado que “Chega de sauda-
brasileira, quais as característi- é difusa. Há muitos músicos que de” representou.
cas de João Gilberto que mais podem ter sido influenciados
chamam a sua atenção, que o por Gilberto sem sequer conhe- ● Qual a sua canção ou álbum

destacam dos demais? cer seus discos. Eles descobri- preferido de João Gilberto? E o
JON PARELES: O que diferen- ram a bossa nova em outros lu- seu show inesquecível?
cia João Gilberto é algo que cha- gares, sem saber o quanto a mú- Minha canção favorita da bossa
mo de reticência radical. Sua sica da qual eles gostam e as nova, especialmente da maneira
música opera dentro de rigoro- ideias por trás dela estão ligadas como João a toca, é “A felicida-
sos limites autoimpostos. Ele a João Gilberto. de”. O par de versos de abertu-
não levanta a voz. Ele não se exi- ra e a melodia que o acompanha
be com velocidade ou enfeites, e ● O senhor acha que ele ain- são pura perfeição. Nos EUA,
ele não ostenta seu domínio ab- da tem uma presença inter- “The legendary João Gilberto” é
soluto do ritmo. Tanto quanto nacional? o disco que reúne suas grava-
qualquer músico em quem eu Os shows de João Gilberto em ções pioneiras; não sei como fo-
possa pensar, brasileiro ou não, Nova York costumam ter in- ram lançadas no Brasil (“João
ele faz sua música funcionar co- gressos esgotados, são eventos Gilberto — O mito”, de 1988, que
mo um sussurro íntimo. E esse festejados. E a sutileza e a sín- rende até hoje um processo de
sussurro, quando você se apro- cope dele ainda são lições que JON PARELES: “Muitos músicos podem ter sido influenciados por Gilberto sem sequer conhecer seus discos” João contra a EMI), mas esse é o
xima para ouvir, transmite vidas muitos músicos estão ansiosos disco definitivo dele para mim.
inteiras de emoção. por aprender. Quanto a shows, há dois que se
O longo e fértil diálogo entre a do violão de Barney Kessel cla- tantas grandes ideias musicais, a destacam. Tive o privilégio de
● Qual o tamanho da influên- ● Muito já foi dito sobre a in- música brasileira e a música dos ramente foram parte desse diá- bossa nova se toca de ouvido; os vê-lo no Bottom Line, uma casa
cia de João Gilberto nos Esta- fluência de músicos de jazz co- EUA começou antes da bossa logo. Mas isso não quer dizer músicos ouviram coisas que po- para 400 pessoas, tocando solo,
dos Unidos? mo Chet Baker e Barney Kessel nova e continua até hoje. Os pró- que Baker ou Kessel inventaram diam usar, e as levaram a uma e o silêncio e a concentração
Para mim e para muitos ameri- sobre a bossa nova e João Gil- prios músicos brasileiros muitas a bossa nova. Ela foi uma inven- nova direção. são inesquecíveis. E houve o re-
canos, João Gilberto é a bossa berto. Existe uma influência mú- vezes falam sobre as ideias que ção profundamente brasileira: torno dele ao Carnegie Hall em
nova. E a bossa nova ainda pode tua entre a bossa nova e a mú- tiraram do jazz. Os vocais sua- uma escola de samba inteira em ● A primeira gravação de 1998, igualmente silencioso e
ser ouvida em todos os tipos de sica americana? ves de Chet Baker e os acordes apenas seis cordas! Assim como “Chega de saudade” marcou a encantador. ■

O maestro americano que deu vida a ‘João’ A história de amor entre


Clare Fischer lembra com entusiasmo do processo de produção do disco, em 1991 o Japão e seu ‘kamisama’
Divulgação/Heather Lemmon
Apaixonada por bossa nova desde 1964, uma
NOVA YORK to, que não foi a Los Angeles
acompanhar as gravações. plateia reverente trata o músico como um deus

U
ma fita cassete com Nas 12 faixas de “João”,
voz e violão e o desa- João Gilberto canta em inglês Claudia Sarmento co que o adorava há 40 anos
fio de escrever arran- — “You do something to me”, veio em 2003. Seis meses antes,
jos que fizessem uma de Cole Porter —, francês, ita- Correspondente • TÓQUIO 20 mil ingressos foram vendidos.

J
orquestra inteira se encaixar à liano, espanhol e, claro, em por- aponeses não costumam Kamisama mostrou poderes má-
sutileza de João Gilberto forma- tuguês: “Palpite infeliz”, “Rosi- chorar em público. No- gicos. Japoneses não toleram
vam o pacote que caiu no colo nha” e “Sampa”, entre outras. buyuki Haramatsu, no en- atraso, mas desmontaram quan-
do arranjador americano Clare Um dos primeiros entusias- tanto, não tem vergonha do o cantor sentou-se no banqui-
Fischer em 1991. Compositor, tas da bossa nova nos EUA, Cla- de contar que chorou muito na nho, uma hora e meia após o ho-
maestro e pianista com expe- re Fischer não esconde que o frente dos outros numa noite de rário previsto, disse konbanwa
riência em trabalhar com gê- trabalho com João Gilberto é 2007. Era show de João Gilberto (boa noite) e cantou.
nios do jazz como Dizzy Gilles- uma das boas memórias de em Tóquio. Os japoneses ado- — Foi fantástico. Era uma pla-
pie, Clare assumiu a empreita- uma carreira premiada com ram bossa nova, e o baiano, para teia apaixonada, como se as pes-
da, aprendeu português em lon- CLARE FISCHER (à direita) e seu filho Brent: arranjos do CD dois Grammys e parcerias co- eles, é kamisama, “um deus”. Ha- soas só então tivessem entendi-
gas conversas telefônicas com mo arranjador de talentos co- ramatsu era o tradutor de João do que a lenda era um homem
João Gilberto e trouxe ao mun- mo Michael Jackson, Paul Mc- na turnê. Estava nervoso. de verdade — relembra Kimura.
do o disco “João”. nhas vocais e os sons harmo- Cartney, Prince, Diane Schuur. — Quando ele cantou “Sau- O encontro se repetiu ao lon-
Vinte anos depois, Clare, niosos do violão foram tirados, — Tive o prazer de traba- dade da Bahia”, chorei sem pa- go dos anos, e veio de Tóquio,
hoje com 82 anos, ainda se nota por nota, para que eu pu- lhar com muitos grandes ar- rar — conta. gravado ao vivo, o último CD
lembra dos telefonemas de desse ajustar a orquestra — tistas na minha vida, mas a A história de amor entre o Ja- de João Gilberto, de 2004.
João Gilberto noite adentro, conta Clare. música brasileira, especial- pão e o músico começou com o — Os japoneses entendem a
discutindo horas a fio a har- — Foi uma experiência mara- mente a de João Gilberto e clássico “Getz/Gilberto”, de 1964. importância do que ele inven-
monia e a instrumentação. As vilhosa ouvi-lo tocar, entender Tom Jobim, sempre ocupou A bossa nova entrou no país e tou, mas também arrisco dizer
ligações, ao menos quatro por suas ideias sobre a música. A um lugar especial no meu co- nunca saiu. Ainda hoje, ouve-se que sua arte tem um minimalis-
semana, ocorriam por volta maneira dele de tocar é tão in- ração — diz o veterano. mais o ritmo em Tóquio do que mo e uma precisão que agradam
das 22h30m, hora da Califór- teligente, tão criativa, e ao mes- no Rio. Comer sushi num bar ou- muito a esse povo. É uma plateia
nia: o fuso horário poupou mo tempo tão difícil, ele faz alu- Maestro sonha conhecer JG vindo João Gilberto cantar “O educadíssima. É normal que bei-
Clare da inclemência das sões a estruturas harmônicas Para celebrar esse amor pela pato” não tem nada de insólito. jem minhas mãos quando saio
4h30m da madrugada no Rio. sário. Coube a Brent escrever as maiores, complexas. Foi uma música brasileira, Clare e Brent — O Japão sempre teve casas do palco. Nunca vi um show do
O músico americano já era partituras, canção por canção, grande honra — diz Brent. Fischer preparam o lançamen- de jazz, sempre ouviu muito Mi- João no Japão, mas imagino que
fluente em espanhol desde os para que o pai tivesse uma base Grande parte da complexi- to de um CD com sambas e le- les Davis e John Coltraine. beijem seus pés — conta o mú-
anos 1950, quando aprendera para trabalhar nos arranjos e dade da tarefa estava em tras em português, gravado Quando Stan Getz gravou com sico Celso Fonseca, que já este-
o idioma com colegas latino- decidir onde cada instrumento construir uma estrutura inte- com o Latin Jazz Group, e par- João Gilberto e a bossa nova to- ve nove vezes no país.
americanos da Universidade entraria. Em entrevistas por te- grada que valorizasse o talen- ticipação de vários cantores ra- mou os EUA, também chegou a Haramatsu não viu pés beija-
do Estado de Michigan e se lefone e por e-mail, Brent e Clare to e as sutilezas do maior in- dicados em Los Angeles. Tóquio. Lisa Ono ajudou a fazer dos quando acompanhou João
apaixonara por ritmos lati- reconstituíram o percurso de térprete da bossa nova. Se uma frustração ficou, foi a dela um fenômeno de massa — Gilberto, mas o músico tampou-
nos. Mas aqui e ali surgiam produção de “João”. A maneira Segundo o músico e empre- de nunca ter conhecido pessoal- diz o percussionista Kepel Ki- co agiu como um deus.
palavras desconhecidas que como eles trabalhavam com sário, o processo criativo tinha mente João Gilberto nem Tom mura, dono de uma distribuido- — Tratou a equipe como se
emperravam a conversa, e a João Gilberto reflete exemplar- que ser concluído antes de a or- Jobim. Clare esteve no Brasil em ra de discos em português. fôssemos família. Conversamos
comunicação com João Gil- mente duas das características questra de 43 músicos entrar 1994, pouco depois da morte de Muitos japoneses cantam bos- muito, tomando chá verde e mui-
berto exigia precisão absolu- mais conhecidas do artista: o no estúdio, pelo simples custo Tom, e nessa viagem tampouco sa nova, mas nenhum com a per- ta sopa de missô — conta.
ta. Clare tornou-se fluente em perfeccionismo a necessidade de reunir tantos profissionais. teve a chance de ver João. Ele feição de Lisa, a “Astrud Gilberto Dizem que João Gilberto clas-
português. de isolamento. Cada vez que completavam voltou ao país muitas vezes, tra- da Ásia”. Seu sucesso contribuiu sificou os japoneses como a pla-
Para dar a partida no traba- — Brent transcreveu cada duas canções, entravam em es- balhando com Hélio Delmiro, para tornar histórico o primeiro teia dos sonhos, aquela que bus-
lho, ele teve a ajuda do músico detalhe das gravações de João túdio para gravá-las, apresen- mas o sonhado encontro não show de João em Tóquio. O en- cou a vida toda. Pode ser lenda,
Brent Fischer, seu filho e empre- Gilberto: as maravilhosas li- tando-as depois a João Gilber- ocorreu. (Fernanda Godoy) ■ contro entre o baiano e o públi- mas faz um certo sentido. ■
O GLOBO ● SEGUNDO CADERNO ● PÁGINA 5 - Edição: 5/06/2011 - Impresso: 4/06/2011 — 01: 03 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Domingo, 5 de junho de 2011 O GLOBO SEGUNDO CADERNO ● 5

GENTE BOA
JOAQUIM FERREIRA DOS SANTOS
JOÃO
GILBERTO
80 ANOS
Obrigado, João Cara batuta

Dario Zalis/Caras
● Uma faixa com a inscrição ● A Rádio Batuta, do Instituto
“Obrigado por fazer o que faz e Moreira Salles, prepara um
como faz” será estendida sexta- rádio-documentário de dez
feira, aniversário de João programas sobre João Gilberto.
Gilberto, na fachada da Toca do Vai ao ar em agosto, na
Vinicius, em Ipanema. A loja é comemoração de seus
especializada em bossa nova. primeiros 200 programas. A
Numa de suas paredes está a Batuta já tinha feito um
foto do célebre show de João, especial com outro grande da
Tom, Vinicius e Os Cariocas, no MPB, Noel Rosa, mas ficou em
Au Bon Gourmet, em 1962. apenas quatro programas.

‘Amantíssimo cantor’ Cara batuta/2


● Carlos Afonso, da Toca, acha ● Francisco Bosco, diretor da
que o cantor merece todos os Batuta, diz que no programa
elogios, e ainda pôs na faixa: estará uma faixa de JG
“João Gilberto, amantíssimo cantando no conjunto Garotos
cantor de nossa vida.” da Lua, “com uma voz capaz
de ser ouvida por um
Chega de saudade Maracanã inteiro, sem
microfone”, e que o ouvinte
● Há pelo menos 20 versões “entenderá a importância que
gravadas de João Gilberto têm as vogais da língua
cantando “Chega de saudade” portuguesa pro canto dele”.
no filme inédito que Walter
Salles realizou com ele. “Ainda
não está bom, Waltinho”, dizia
Com aval de Chico
João, sobre a música que canta ● Um capítulo da recente
há 50 anos — e pedia novo biografia de Ricardo Amaral
take. O filme, pronto, não conta que em 1970 o
recebeu autorização do cantor. empresário contratou João
Gilberto para dez shows. O
Livro-homenagem cantor pegou o carro que lhe
foi dado de adiantamento,
● O livro com que a Cosac comprado com Chico Buarque
Naify pretende homenagear de avalista, e foi para a Bahia.
João Gilberto está com o De lá, telefonou para Otávio
cantor há mais de um mês. São Terceiro, seu segundo — e
textos publicados na imprensa pediu que ele falasse com
e ensaios inéditos pedidos a Ricardo Amaral o que vai ser
intelectuais de vários países. explicado na próxima nota.
João ainda não se manifestou.
“Ele tem timing especial,
respeitamos”, diz um editor.
Buraco na toalha
● João Gilberto disse que

Há esperança encontrara na casa baiana uma


toalha onde na adolescência
● Amiga que viu o livro com fizera um buraco com cigarro.
João Gilberto dá esperanças, “Desde que enfiei de novo o
cifradas e bem-humoradas, dedo no buraco”, desculpava-
para que um dia aconteça a JOÃO GILBERTO, de pijama, com o violão vigilante: pose em confiança, no hotel de NY, para o fotógrafo amigo se o cantor, “não consigo mais
publicação. “São 511 páginas, os movimentos certos no

Um fotógrafo silencioso
leva algum tempo pra um violão.” É isso mesmo. Os
cantor ler aquilo tudo”, diz. shows foram cancelados por
causa do buraco na toalha.
Joia de documento
Claudia Faissol tem exibido a
Bolas de gude
Estilo de Dario Zalis ganha a confiança de João

amigos cenas do filme que ● Jards Macalé vai presentear


vem realizando, na intimidade o aniversariante João

‘P
de seu namoro de dez anos Divulgação Gilberto com bolas de gude,
com João Gilberto. É uma joia recisamos de você pa- ● Quando a mãe de Dario, fã incon- compradas em Barcelona. É
documental. Ele canta músicas ra fotografar o João dicional de João, enfrentava a fase velho código de amizade
que jamais gravou, aparece Gilberto na gravação terminal de um câncer, o músico pe- entre eles. Macalé diz que,
falante no Leblon, comprando do CD novo dele. To- diu ao fotógrafo para falar com ela num momento de profunda
um terno em Nova York. Numa pa?”, disse o assessor do cantor do ao telefone e lhe cantarolou um pou- tristeza, foi se consultar com
cena, João se faz cômico. Finge outro lado do telefone. co. A ligação durou 30 minutos e João. “Deitei no sofá e
uma mensagem de Natal emocionou toda a família. adormeci com ele cantando
gaiata, em que na verdade ● O fotógrafo Dario Zalis aceitou ‘Rancho fundo’ várias vezes”,
enrola a língua e não diz nada. de cara o convite e desligou o te- ● Anos depois, Dario soube que diz Macalé. “Quando acordei,
lefone certo de que precisava de João Gilberto cantaria em Nova estava curado.”
Os proibidões uma máquina de foto mais silen- York, no Carnegie Hall. Com a per-

● O produtor João Augusto, da


ciosa do que sua Nikon. Descolou
uma Leica, sem espelho. Não que-
missão da revista “Caras”, publi-
cação para onde colaborava, hos-
Vem coisa boa aí
Deck Disc, que tem uma fábrica ria incomodar o músico que tanto pedou-se no mesmo hotel de ● O produtor Marcelo Fróes,
de LPs, tentou lançar neste preza o silêncio. João, três andares acima. dono de baús fabulosos da
formato os três primeiros MPB, tem a fita em áudio do
discos de João Gilberto. Como ● Dario chegou aos estúdios da Po- ● Falavam-se muito pelo interfone, programa que a TV Tupi
se sabe, as obras estavam lygram, na Barra da Tijuca, à meia- O FOTÓGRAFO Dario Zalis mas nada de fotografias. Dario já es- realizou em 1971 com João
embargadas para CD, por noite. A gravação, que iria até as 4h tava pronto para retornar ao Brasil, Gilberto, Caetano Veloso e Gal
causa da briga judicial do da manhã, lhe tomaria pelo menos ● “Acabou que foi ele quem me ca- frustrado, quando o secretário de Costa. Caetano, exilado em
cantor com a EMI Odeon. A quatro noites, mas Dario estava fe- tivou”, disse o fotógrafo, que é ar- João o chamou ao quarto. Dario agar- Londres, foi autorizado a vir
gravadora, que se julgava liz. O ambiente era pouco ilumina- gentino. “Assim que eu cheguei, rou a câmera e voou até o local. Fo- ao Brasil para ver o pai,
próxima de acertar a pendenga do, mas o fotógrafo preferiu não me- ele me puxou pelo braço, disse ram apenas 18 cliques, em todos doente. Marcelo já fez cópia
com JG, não autorizou os LPs. xer em absolutamente nada. Queria que adorava a Argentina, pegou o João está de pijama, o violão perto. do show para Caetano
Augusto pensa reproduzir os cativar o grande artista e causar violão e cantou exclusivamente “Foi um momento único”, vibra Da- presentear João, mas não tem
álbuns com outros cantores. pouco transtorno. para mim, em espanhol.” rio. (Cristina Tardáguila) planos de lançar a gravação.

COM CLEO GUIMARÃES, MARIA FORTUNA E FERNANDA PONTES • E-mail: genteboa@oglobo.com.br

João Gilberto X EMI Barrados no baile


● Os álbuns “Chega de sau- ● João Gilberto, sabe-se, vai
dade” (1959), “O amor, o na contramão das celebrida-
sorriso e a flor” (1960) e des contemporâneas. Não faz
“João Gilberto” (1961) con- alarde em torno de sua ima-
tinuam oficialmente fora do gem, obra ou história.
mercado fonográfico mun- Recentemente, alegando
dial devido a um impasse ter dado exclusividade do
judicial entre João Gilberto uso de um clipe a Claudia
e a gravadora EMI. Faissol, mãe de sua segunda
Em 1992, a empresa, de- filha, João proibiu que o ci-
tentora do catálogo da ex- neasta Nelson Pereira dos
tinta Odeon, reuniu os três Santos usasse no documen-
LPs e o EP “Orfeu da Con- tário que roda sobre Tom Jo-
ceição” no CD “O mito”. bim a versão de “Chega de
João se queixa do fim da saudade” em que João canta
sequência harmônica das ao lado da filha Bebel. A mú-
faixas originais e de supos- sica terá outro intérprete.
tos defeitos na remasteriza- Em 1992, João também
ção do material, que foi con- proibiu que o cineasta Walter
vertido ao formato digital. Salles lançasse um documen-
Atualmente, a ação corre tário sobre ele. A fita, finaliza-
no Superior Tribunal de da, continua inacessível no
Justiça (STJ). acervo da Videofilmes.
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O GLOBO ● SEGUNDO CADERNO ● PÁGINA 12 - Edição: 5/06/2011 - Impresso: 4/06/2011 — 01: 05 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

12 ● ESPECIAL Domingo, 5 de junho de 2011

JOÃO
GILBERTO
80 ANOS
SEGUNDOCADERNO
AGAMENON HUMOR

João Gilberto
FIGURAÇA DA SEMANA
rafas. Essas garrafas a gente
esvaziava madrugada adentro.
No Palocci do Planalto
O
Divulgação/Davi de Almeida
O famoso comediante Miéle utro dia estava aqui em casa, numa
Bôscoli nos apresentou, e eu boa, assistindo com a Isaura, a mi-
testemunhei João Gilberto no nha patroa, ao canal Sexy Hot na
momento em que ele criou a GatoNet, quando, subitamente, o
famosa batida da bossa nova. ministro-chefe da Casa da Mãe Joana Civil,
Essa batida revolucionária le- Antonio Palhoçi, ligou para mim. A cobrar.
vava coco, cachaça e Leite Mo- — Agamenon — disse o ministro na lín-
ça, caiu no gosto da rapaziada gua presa, o idioma sindical. — Prefiso dar
e logo tomou conta do Brasil. uma satisfafão à imprenfa fobre a minha
Assim como eu, João Gilberto confultoria...
é um sujeito muito recluso, e é — Então por que o senhor ligou pra
por isso que ele se reclusa a fa- mim?
lar com a imprensa. Ermitão — Porque vofê é a única pefoa em quem
nato, o gênio misantropo pas- eu pofo confiar! — confessou o enrolado
sa os dias trancado num apart- ministro.
hotel no Leblon ensaiando Confiar em mim? Como vi que o ministro
exaustivamente suas canções não estava regulando bem da mente, vislum-
● O mitológico cantor baiano e criando lendas urbanas a seu brei a possibilidade de dar uma consultoria
está completando 80 anos e respeito. Perfeccionista obses- pro Palocci e cobrar uma baba, desde que, é
continua sendo a maior in- sivo, João Gilberto está sem- claro, o ministro mantivesse sigilo absoluto.
fluência viva do país. Muito an- pre em busca de um som sem Se ele ficou rico dando consultoria, por que
tes de Caetano, Gil, Gal, Maria nenhum defeito. O cantor eu também não poderia sofrer um processo
Bethânia, Ivete Sangalo e Anto- baiano chegou mesmo a assas- de enriquecimento ilícito totalmente legal?
nio Carlos Magalhães, João sinar o seu curió de estimação Peguei um avião pra Brasília e, assim que
Gilberto chegou da Bahia tra- só porque a indefesa ave cano- cheguei ao Detrito Federal, embiquei para o
zendo apenas um banquinho e ra amanheceu cantando fora Palocci do Planalto, onde o ministro me
um violão para revolucionar do tom. No caso, Tom Jobim. aguardava escondido debaixo da mesa. Para
para sempre a MPB, Música Assim como Roberto Carlos, que o ansioso ministro se acalmasse, em-
Popular Baiana. Conheci o João Gilberto sofre de TOC. O prestei-lhe um supositório tranquilizante
João no antigo Beco das Gar- TOC da bossa nova. tarja preta que eu sempre carrego para es-
sas emergências. Adverti o ministro a usar o
medicamento com cautela, uma vez que o
poderoso supositório pode causar depen-
dência física ou psíquica.
O PENSAMENTO DO DIA — Agamenon — disse o ministro, agora
(Quer dizer do GLOBO) mais calmo. — Feja finfero comigo! O que eu
defo fafer?
— Ministro — respondi na lata, — só tem
‘O Ministério da Saúde adverte: fumar celular um jeito: o senhor tem que soltar a língua...
SÓ UMA CRIATURA foi convidada pelo genioso João Gilberto Porque o rabo já tá preso há muito tempo.
é prejudicial à saúde e pode provocar câncer’ para participar do seu aniversário de 80 anos: o Pato.
Como vocês podem ver nesta foto do meu filme, “Agamenon” AGAMENON MENDES PEDREIRA é o criador da bussa nova

Shows, livro e missa louvam João


Apresentação no Vivo Rio em setembro será transmitida para mais de 200 salas de cinema do mundo


Leonardo Aversa/24-8-2008
Cristina Tardáguila la casa, e espero contar com a

S
direção do Walter Carvalho.
e tudo correr como o Ainda não foram definidos
esperado, às 18h do sá- os preços dos ingressos do
bado 10 de setembro show, mas a Mobz adianta que
João Gilberto subirá ao a entrada dos cinemas ficará
palco do Vivo Rio para come- abaixo dos R$ 100. Ainda está
morar seus 80 anos naquele em negociação a transforma- Para João, de Bebel:
que tem tudo para ser o maior ção do show em CD e DVD.
show de sua vida — ao menos No dia 10 de junho, aniversá- 10 de junho sempre
em número de espectadores.
Repetindo a apresentação que
rio de João, seu xará João Bosco foi um dia especial
cantará em Juazeiro, cidade na-
terá feito no dia 3 no HSBC Brasil, tal do baiano, num palco monta- pra mim. Só que
em São Paulo, João se sentará
num banquinho e tocará por
do diante do Rio São Francisco,
depois de um dia de oficinas mu-
este ano ele marca
uma hora e 20 minutos colado a sicais e concurso de trabalhos os 80 anos do meu
seu violão. Duas mil e quinhen-
tas pessoas estarão à sua frente,
estudantis. A cidade também
acompanhará uma missa em ho-
pai. Então resolvi
nas poltronas da plateia, mas ou- menagem a João Gilberto. escrever uma
tras 50 mil ouvirão seus acordes O mestre ainda será lembra-
em telões situados a quilômetros do em quatro shows, de 16 a 19 lembrancinha, já que
de distância dali. O show será
transmitido ao vivo, via satélite,
deste mês, no Sesc Santana, em não vou poder dar
São Paulo: no dia 16, João Dona-
para mais de 200 salas de cinema to interpretará composições fei- um beijo nele nesse
de todo o mundo.
— A apresentação vai come-
tas em parceria com o compa-
nheiro de bossa nova, como
dia tão importante.
çar um pouco mais cedo, às 18h, “Minha saudade”, “Coisas dis- Papi querido, te
para que a Europa possa vê-la
em horário nobre — explica
tantes” e “Contas de vidro”; Lei-
la Pinheiro canta nos dias 17 e
desejo toda a
Gladston Tedesco, presidente 18; e Ithamara Koorax encerra a alegria, saúde,
do Grupo Tom Brasil, que assi- série, no dia 19. Os encontros
nou o contrato com João. — Os contarão com a participação do música, inspiração,
japoneses, por sua vez, deverão
ver a festa com um pequeno
crítico musical Tárik de Souza, e muitas outras
que fará uma contextualização
atraso, no dia seguinte. da figura e da obra de João Gil- coisas mais lindas
Cantar para mais de 50 mil
pessoas ao mesmo tempo e sem
berto para a plateia. que ainda tenho pra
prejuízo na qualidade do som — Livro no segundo semestre te desejar! Te amo!
questão crucial no universo de
João Gilberto — só será possível
A editora Cosac Naify preten-
dia celebrar os 80 anos de João
Tudo de bom e
com a interferência da Mobz. Há Gilberto com um grande dossiê saudades
alguns meses, a empresa cario- sobre a sua obra, mas, como não
ca vem promovendo a exibição obteve a autorização do artista, Bebel Gilberto
ao vivo de shows de rock, ópe- adiou a publicação para o segun-
ras e balés em salas de cinema do semestre. O volume, coorde-
de todo o país. Seus diretores nado por Walter Garcia, autor de O GLOBO NA INTERNET
não duvidam da qualidade do
áudio na festa de João.
“Bim bom — A contradição sem
conflitos de João Gilberto”, conta a oglobo.com.br/cultura
— O som sairá direto da me- com uma detalhada cronologia • Veja a linha do tempo que
sa de som para o satélite, e de feita pela pesquisadora Edinha refaz a trajetória de João Gilberto
lá para as caixas de som dos ci- Diniz, uma entrevista que João
nemas — explica Fábio Lima, deu no início da década de 1970 • Assista ao vídeo “A Juazeiro
diretor da Mobz. — Além dis- a Tárik de Souza e uma entrevis- de João Gilberto”, com
so, teremos seis câmeras su- ta do violonista Aderbal Duarte, depoimentos de conterrâneos
perdiscretas, algumas fixas, estudioso do estilo de João, ao sobre o músico
JOÃO GILBERTO no palco do Teatro Municipal do Rio em 2008, no último show que fez na cidade outras móveis, espalhadas pe- coordenador da publicação. ■

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