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Circuitos de Controle para um Neuro-Estimulador Funcional para

Auxilio na Deambulação de Hemiplégicos

SOUZA, Flavilene da Silva (1)


SOUSA, Edílson Lauro dos Santos (2)
SILVA, Tony Inácio da (3)
(1) Depto. de eletro-eletrônica, CEFET-MT, Cuiabá – MT, flavilene@hotmail.com
(2) Depto. de eletro-eletrônica, CEFET-MT, Cuiabá - MT, edilson_lauro@hotmail.com
(3) Departamento de Eletro-Eletrônica, CEFET - MT, Cuiabá - MT,tony_inacio@eletro.cefetmt.br

funcionamento do equipamento. O
Resumo: Este artigo se refere ao experimento de um eletroestimulador é, portanto composto por três
sistema eletrônico que tem por objetivo ajudar pacientes partes: microcontrolador, multiplicador de tensão e
com problemas de deambulação, causados por AVC circuito formador de onda. Este sistema permitirá a
(Acidente Vascular Cerebral). Relata os resultados dos
geração de movimentos fisioterápicos [1].
estudos preliminares de um equipamento de
eletroestimulação funcional (FES) que está sendo A seguir serão apresentados os conceitos e os
desenvolvido pelo projeto de pesquisa do CEFET-MT, esquemas dos circuitos que constituem o
por alunos do curso de Automação Industrial. O equipamento a ser utilizado.
resultado deste trabalho poderá proporcionar qualidade
de vida aos pacientes que tiverem acesso a esse 2. Fundamentação Teórica
beneficio.
Eletroestimulação
Palavras-chave: Eletroestimulação, formador de onda, Eletroestimulação é uma forma de tratamento
conversor flyback.
que utiliza a corrente elétrica [5] para aplicação de
pulsos elétricos nos nervos ou músculos
1. Introdução provocando assim a contração muscular [6].
O eletroestimulador utiliza a corrente elétrica
O presente trabalho consiste em operacionalizar para aplicação de pulsos elétricos nos nervos ou
um equipamento de eletroestimulação funcional músculos provocando assim a contração muscular.
(FES) para auxilio na recuperação de deambulação Esses pulsos são aplicados onde os órgãos se
de pacientes que tiveram problemas de AVC encontram paralisados ou enfraquecidos
(Acidente Vascular Cerebral), principalmente decorrentes de lesão do neurônio motor superior,
aqueles que tiverem como seqüela hemiplegia. O como por exemplo, AVC. Essa contração é uma
equipamento irá contribuir para a recuperação do forma de tratamento [5, 6].
paciente através de contrações e degenerações A estimulação nos tecidos ocorre através de
musculares, dessa forma preservar a massa dois eletrodos de superfície fixados na pele [7].
muscular e colaborar para os movimentos básicos Quando o eletroestimulador se encontra
dos pacientes em suas atividades cotidianas [1, 2, funcionando aplica-se uma diferença de potencial
3, 4]. sobre os eletrodos, que desencadeará um
Para isso será utilizado: um microcontrolador movimento ordenado de íons (Na+ e K+ intra e
cujo objetivo é o de controlar o circuito que extra-celular) nos tecidos estimulados [1].
desencadeará o estímulo ao nervo da perna e que Utiliza-se uma forma de onda bipolar,
possibilitará o movimento desejado; um circuito simétrica, para proporcionar a troca de polaridade
multiplicador de tensão, capaz de originar a tensão entre os eletrodos, para não haver acúmulo de
de 100 V a partir de 9V (bateria comum), dessa cargas nos tecidos, o que pode causar irritação na
forma poderá ocorrer o impulso para pele, e conseqüente intolerância a
eletroestimulação; e um circuito formador de onda eletroestimulação. Esta forma de onda é chamada
para gerar a forma de onda imprescindível ao
de onda simétrica, bifásica quadrada [6], 2.1. Microcontroladores
demonstrada na Figura 01.
Microcontroladores são denominados de
computadores em um único chip, visto que são
dispositivos que possuem CPU (Unidade Central
de Processamento), memórias RAM e ROM
internas, oscilador interno de clock, I/O, contador /
temporizador, conversor A/D, etc.
Nas décadas de 60 e 70, antes de inventarem o
microcontrolador, para controlar as máquinas ou
sistemas era necessário construir complexos
circuitos e depois de construídos, tornava-se
Figura 01 - Forma de onda: simétrica, bifásica e
inviável alterá-los para atender as solicitações de
quadrada [6].
mudanças das máquinas ou sistemas em processos
controlados. A vantagem do microcontrolador é
O valor da tensão necessário para a execução do
que com ele é possível ter o controle de máquinas e
impulso nervoso deverá transpor a impedância da
sistemas através de um programa e um circuito
pele, esta está em torno de 1KΩ. Ou seja, a tensão
menor e mais simples, e se for necessário, pode-se
adequada para o funcionamento do
alterar o programa facilmente [9].
eletroestimulador é cerca de 100V [1].
As principais vantagens do microcontrolador
A intensidade da corrente aplicada tem que ser
são [10]:
capaz de disparar o potencial de ação [6]. Segundo
9 Baixo Custo e Consumo, Portátil;
Gustavo Prado Braz “potencial de ação é a
9 Poucos Componentes (elimina a necessidade de
diferença de potencial capaz de desencadear um
componentes externos);
impulso nervoso” [7]. Correntes com intensidades
9 Reconfiguração por Software;
maiores do que os necessários provocam dores e
9 Curto tempo para desenvolvimento.
queimaduras nas regiões estimuladas [8]. O limite
Devido à sua acessibilidade e ao baixo custo, os
para corrente eficaz depende da freqüência dos
microcontroladores são utilizados em diversas
eletros estimuladores, conforme a tabela 1.
áreas, desde eletrodomésticos até em indústria,
Geralmente usa-se freqüência menor que 400 Hz,
desde aparelhos pequenos até aparelhos mais
com a corrente limitada em 50mA [7].
sostificados [7]. Ele é empregado tanto com
Tabela 01 – Freqüência utilizada e o limite da corrente interação com o objeto a ser controlado, quanto em
eficaz para a saída dos eletroestimulador [7]. situações que precisam de interface com o homem,
Limite da Corrente isto é realizado através da comunicação com os
Frequência (Hz) computadores [11].
Eficaz (mA)
C.C 80 Considerando como referência as entradas ou
≤ 400 50 um programa interno, podemos controlar as saídas
≤ 1500 80 dos microcontoladores por meio da programação.
Esse programa é armazenado no microcontrolador
>1500 100
através do gravador, o seu funcionamento é
descrito abaixo. [12]
Portanto, os pulsos elétricos devem ser
simétricos e bifásicos, as taxas de subidas e
descidas e sua duração devem ser suficientemente 2.2. Gravador de Microcontrolador
rápidas e a intensidade da corrente deve ser baixa
para causar a estimulação de um nervo ou músculo O gravador é um circuito que conecta o
sem lesões [7]. microcontrolador ao computador utilizando a porta
Para o perfeito funcionamento do serial, paralela ou USB. Com ele é possível ler e
eletroestimulador, sem riscos ao paciente, é preciso escrever dados para o microcontrolador. É um
considerar a forma de onda e a intensidade da hardware que converte e organiza os sinais digitais
tensão e da corrente aplicada no paciente. Para isso da lógica do computador aos sinais apropriados da
são necessários alguns circuitos usando lógica do microcontrolador, para que eles sejam
microcontroladores, transistores, CIs e resistores armazenados no componente [12, 13].
[1]. Um software compilador (MPLAB,
MikroBasic, PICC, entre outros) utilizando sua
linguagem própria de programação, e após a
compilação, é gerado um arquivo hexadecimal, numeração desses pinos no microcontrolador é de
contendo a linguagem de máquina com a lógica de acordo com a quantidade de pinos do componente,
programação. como mostra a Tabela 02 [12, 13].
O software gravador (ICProg) é carregado com
o arquivo em hexadecimal, e transmite os dados e Tabela 02 – Endereçamento de sinais com seus
traduz de forma serial para o microcontrolador, ou respectivos soquetes [13].
seja, o programa codifica os comandos em Micr.
Dados Clock MCLR VCC GND
números hexadecimais e passa para a forma de Pinos
impulsos elétricos seriais para um hardware 8 7 6 4 1 8
gravador, que alcança os níveis de tensões 18 13 12 4 14 5
indispensáveis para transferir os códigos para a 28 28 27 1 20 8
memória de dados do microcontrolador [12, 13]. 40 40 39 1 11/32 12/31
O princípio de gravação é semelhante para
todos os circuitos gravadores. Esses geram dois Foi utilizado um circuito gravador de
sinais de pulso: clock e dados, em forma serial. O microcontrolador denominado Programador PIC
pino de clock (RB6) é para sincronizar as Pablin II, disponível no site www.pablin.com.ar.
informações, já o pino de dados (RB7) é para Este programador utiliza cabo paralelo para
transmitir e receber dados, é nele que os dados comunicação com o microcontrolador e é
serão inseridos ou lidos. Outro pino de controle, da empregado para microcontrolador PIC de 8, 18, 28
tensão de gravação, é o MCLR, o qual precisa de e 40 pinos, neste trabalho foi montado o circuito
uma tensão de 13V para ativar a gravação. para 28 pinos, como mostra a Figura 02 [14].
O microcontrolador necessita ainda da
alimentação convencional de 5V e GND. A

Figura 02 – Programador PIC Pablin II, 28 pinos.

2.3. Circuito Formador de Onda polaridade manterá um dos circuitos funcionando


(quando a tensão for positiva o circuito NPN
O circuito formador de onda é composto pelos funcionará, e quando negativa o PNP); a
circuitos: amplificador operacional diferencial, configuração darlington conectará os dois circuitos
configuração darlington e espelho de corrente. espelho de corrente; a partir dos espelhos, o
Esses circuitos são interligados como descritos impulso elétrico será aplicado no paciente.
a seguir: a saída do amplificador é enviada aos O esquemático deste circuito é ilustrado na
circuitos darlington NPN e PNP, o qual segundo a Figura 03.
Figura 03 – Circuito formador de onda.

2.4. Amplificador Diferencial manipulando V1 e V2, de gerar uma forma de onda


simétrica e bifásica. Ou seja, o amplificador
Amplificador diferencial é um circuito cuja operacional diferencial consegue formar a onda
saída é uma tensão resultante da diferença de duas necessária para os pulsos elétricos do
tensões, cada uma multiplicada por um ganho. eletroestimulador a partir de sinais digitais
Esse ganho depende dos resistores (R1, R2, R3, R4) enviados pelo microcontrolador [1].
conectadas nas entradas do amplificador. A Figura Este tipo de amplificador é usado na área de
04 ilustra este circuito. instrumentação e tem inúmeras aplicações. A parte
inconveniente deste circuito é a baixa impedância
de entrada o que ocasiona uma corrente indesejada
no amplificador, porém isto pode ser minimizado
com resistores de maior valor [16].

2.5. Circuito Espelho de Corrente

O espelho de corrente é um circuito usado para


refletir um valor de corrente independente da
tensão aplicada do outro lado do espelho, dentro
dos limites do circuito. Existem vários tipos de
espelhos de corrente: com transistores de junção
bipolar; com compensação da corrente base;
espelho de corrente Wilson; espelho de corrente de
Wildar; etc. Neste trabalho será aplicado o espelho
Figura 04 – Circuito Amplificador Operacional
Diferencial. de corrente Wilson, que é formado por 3
transistores, demonstrado na Figura 05 [1].
Observa-se que, se os resistores forem iguais, o Os espelhos de correntes são constituídos ou
ganho é igual a 1, a tensão de saída será: por transistores NPN ou PNP, aplicados para
tensões positivas ou negativas, respectivamente.
V0 = V2 − V1 .
Apesar das correntes terem sentidos opostos e das
Utilizando sinais digitais (1 = 5V, e 0 = 0V) o tensões terem sinais diferentes, a posição dos
amplificador diferencial terá em sua saída uma componentes nos circuitos são os mesmos para os
forma de onda retangular, além de ser possível, dois tipos existentes [17].
energia entre duas fontes de tensão. A transferência
de potência é realizada indiretamente através da
utilização de componente armazenador de energia
indutiva, este componente é o indutor [9].
Este conversor possui dois indutores acoplados,
o qual propicia isolamento entre a alimentação e a
carga, característica desejada para fontes
chaveadas. Além de adaptar a tensão pretendida no
secundário [10].
O circuito Flyback é vastamente utilizado para
baixas potências e para aplicações onde se deseja
várias saídas isoladas. Este largo emprego é devido
aos seguintes fatores: baixo custo, resposta rápida,
estabilização simplificada além de possibilitar uma
grande variação no valor da resistência na carga e
Figura 05 - Espelho de Corrente Wilson NPN boa regulação cruzada [10].
O flyback é controlado por um transistor que
Como foi mencionado, o eletroestimulador funciona como chave. Isto é, são ajustados para
necessita um nível de tensão elavado (100 V) para interromper, estabelecer e conduzir corrente no
seu funcionamento, mas com níveis controlados de circuito instantaneamente ao serem disparadas, de
corrente. Por isso é essencial que no circuito de acordo com o sinal de controle. As chaves podem
eletroestimulação seja usado o circuito de espelho estar abertas, bloqueiam o sinal de tensão; ou
de corrente. Como o pulso elétrico é bifásico, isto fechadas, conduzem corrente elétrica [11].
é, a tensão varia de positivo para negativo, Para o sinal de controle do transistor foi
utilizam-se dois circuitos de espelhos de corrente, necessária a implementação do controlador PWM
um para o lado positivo. (Modulação por Largura de Pulso), este ainda
diminui a corrente aplicada sobre a carga. Este
2.6. Configuração Darlington circuito envia o sinal de pulso para o transistor
MOSFET, o qual é mais rápido em chaveamento e
A configuração Darlington é um circuito dissipa menos potência em relação aos demais
simples, utilizado para elevar o ganho de corrente. transistores [12].
Sua ligação é constituída por dois transistores em O circuito controlador PWM comporta-se como
conexão, de forma que o circuito seja equivalente a uma chave intermediária, que abre e fecha
um único transistor. A configuração pode utilizar rapidamente em tempos determinados controlando
tanto transistores NPN, quanto PNP [18, 19, 20]. a potência aplicada sobre a carga. Quando aberta, a
Um inconveniente que está relacionado a corrente aplicada sobre a carga é inexistente
configuração é a queda de tensão direta em VCE, ao (transistor aberto); quando fechada, com a
ser comparada com a de um transistor comum, é manipulação da largura de pulso, obtém-se valores
superior. Com isso a tensão de saturação será menores de corrente e conseqüentemente
maior, visto que ela será a soma da tensão VBE2 e dissipação sobre a carga (transistor fechado) [12].
da tensão de saturação VCE1 [20]. A forma de onda é mostrada na Figura 06, onde
Outro inconveniente do circuito é a sua T1 é um intervalo de tempo que alcança o maior
instabilidade com relação à temperatura. Pois as valor de tensão e aciona o transistor; já T2 alcança
correntes de fuga variam de acordo com a o menor valor e desliga o transistor; T é o ciclo
temperatura. Isso ocorre porque a corrente de fuga formado por T1 e T2 [12].
do primeiro transistor é amplificada pelo segundo. Quando o transistor está fechado o indutor
A fim de evitar esse problema precisam ser acumula energia da fonte de alimentação, o diodo
conectadas no circuito resistências de estabilização nesse caso é bloqueado e a carga é alimentada pelo
de pequeno valor [20]. capacitor, previamente carregado. Quando o
transistor está aberto o diodo entra em condução e
o indutor transfere a energia armazenada não só
2.7. Conversor Flyback
para a carga como também para o capacitor [13].
Conversor Flyback, derivado do conversor
Buck-boost, é empregado para controlar o fluxo de
ao microcontrolador e terá valores de 0V ou 5V,
foram aplicadas essas tensões nas entradas para
simular o resultado na saída.
Com o voltímetro, foram realizadas medidas da
tensão na saída do amplificador diferencial para
cada combinação de entradas, os valores auferidos
estão contidos na Tabela 03. Verifica-se que o
resultado em V0 é o esperado, já que como foi
descrito o circuito segue a expressão V0 = V2 − V1 .

Tabela 03 – Resultados das tensões no Amplificador


V2 (V) V1 (V) V0 (V)
Figura 06 – Saída do Controle PWM 0 0 0
0 5 -5
O conversor pode estar em modo de condução 5 0 5
contínua ou descontínua, o que determina isso é a 5 5 0
razão cíclica do circuito, isto é, quanto tempo o
transistor irá conduzir dentro de um período. O No amplificador diferencial a forma de onda é
modo de condução contínua ocorre quando a retangular, além de ser possível, manipulando V1 e
corrente dos indutores não se anulam V2, gerar uma forma de onda simétrica e bifásica,
simultaneamente, nesse caso funcionam as etapas conforme mostrado na forma de onda da Figura 08.
1 e 2 da Figura 07. Já o descontínuo acontece Ou seja, o amplificador operacional diferencial
quando o transistor está aberto e a corrente que o consegue formar a onda necessária para os pulsos
segundo indutor armazenou se anula antes do elétricos do eletroestimulador a partir de sinais
transistor ser fechado novamente. Neste episódio digitais enviados pelo microcontrolador [4].
além das etapas 1 e 2, ocorre a 3ª [14].

Figura 07 – Etapas de funcionamento do conversor Figura 08 – Forma de onda respectivamente de V2,


Flyback [14]. V1, e V0.

3. Materiais, Métodos, Resultados e 3.2. Espelho de Corrente


Discussões
A fim de testar o princípio de funcionamento
Seguem os procedimentos adotados, juntamente foi montado no protoboard um espelho de corrente
com os resultados preliminares. Os resultados são NPN usando transistores BC 548 e foram
apresentados nesta mesma sessão, pois cada colocadas várias resistências em cada momento
circuito foi testado individualmente. O conjunto com objetivo de mudar o valor da corrente, como
será testado nas etapas seguintes do projeto de mostrado na Figura 09. A Tabela 4 mostra os
pesquisa. resultados das corrente aferidas.
Comprova-se que a corrente A1 permanece
3.1. Amplificador Operacional Diferencial quase a mesma em A2. Verifica-se ainda que a
corrente A1 é maior que A2, isto ocorre porque ao
O circuito da Figura 3 foi montado no se analisar o circuito do espelho de corrente
protoboard, usando o amplificador operacional Wilson e saber as fórmulas básicas do transistor
LM741, e 4 resistores idênticos de 10 kΩ. Ao podem-se chegar a formula: I1 = I2 + 2IB1 – 2IB2 +
considerar que as entradas do circuito serão ligadas IB1, onde I1 é a corrente verificada em A1, e I2 é a
corrente A2. Como IB1 e IB2 são muito pequenos
pode-se desconsiderá-los e chegar à conclusão que e 12, mostram o circuito formador de onda
I1 ≈ I2. Isto é, o pequeno valor que A1 ultrapassou montado no protoboard, o layout da placa de
A2 vale 2IB1 – 2IB2 + IB1 [17]. circuito impresso realizado através do software
traxmaker, e a confecção da placa de circuito
impresso, respectivamente.

Tabela 05 – Valores das Correntes no Espelho de


Corrente com relação ao Vcc aplicado.
Vcc A1 A3 - Vcc A2 A3
(V) (mA) (mA) (V) (mA) (mA)
15 13,8 11,1 - 15 13,8 12,7
30 14,2 14,6 - 30 13,9 16,7
45 14,2 14,2 - 45 14,0 17,3
60 14,3 14,5 - 60 14,1 17,7
Figura 09 – Espelho de Corrente NPN. 75 14,9 13,4 - 75 14,4 18,4
90 14,6 13,1 - 90 14,3 18,6
Tabela 04 – Valores da Corrente no Espelho de
Corrente NPN. A placa foi projetada para quatro circuitos
R (ohms) A1 (mA) A2 (mA) formadores de onda, visto que o eletroestimulador
3K3 3,27 3,99 a ser implementado será de 4 canais e será
2K2 5,08 5,86 necessário 1 formador de onda para cada
2K 5,44 5,79 canal.
1K5 7,30 8,13
1K 10,73 11,51

Como foi mencionado acima, o


eletroestimulador precisa de tensão alta para seu
funcionamento, mas a corrente alta não é
desejável. Por isso é essencial que no circuito de
eletroestimulação seja usado o circuito de espelho
de corrente. Como o pulso elétrico é bifásico, isto
é, a tensão varia de positivo para negativo,
utilizam-se dois circuitos de espelhos de corrente,
um para o lado positivo (Espelho de corrente NPN) Figura 10 – Circuito formador de onda em
e outro para o lado negativo (Espelho de corrente protoboard.
PNP) [7].

3.3. Configuração Darlington

Foram dispostos no protoboard dois circuitos da


configuração Darlington, um NPN e outro PNP.
Utilizaram-se os transistores 2N6517 e 2N6520. O
circuito NPN foi conectado com o espelho de
corrente PNP, enquanto que o circuito PNP foi
com o espelho de corrente NPN. O objetivo de
conectar o circuito Darlington no espelho de
corrente foi de aumentar o valor da corrente. E,
conforme a Tabela 05, a corrente A1 e A2 serão
menores que em A3.

3.4. Circuito Formador de Onda

O circuito formador de onda é composto por:


Figura 11 – Layout para a placa de circuito impresso
amplificador operacional diferencial, configuração do circuito formador de onda.
darlington e espelho de corrente. As Figuras 10, 11
3.6. Conversor Flyback

O conversor Flyblack foi projetado para


fornecer tensão de + e – 100V a partir de duas
baterias de 9V em série, e sua regulação se dá pela
tensão de 100V. Este circuito foi montado na
plataforma Orcad 9.0, no capture CIS.
Para o conversor Flyback foram empregados 3
indutores um com valor de 3mH e dois de 8mH,
dois capacitores de 100uF, dois resistores de 5KΩ,
um mosfest IRF840, um resistor de 100Ω e um
Figura 12 – Placa de circuito impresso do circuito capacitor de 10 nF.Para acoplagem dos indutores é
formador de onda. necessário introduzir o componente K_linear, que
fornece o coeficiente de acoplamento entre as
3.5. Gravador de Microcontrolador bobinas do primário e secundário.
Para o controle PWM foram utilizados o CI
Foi montado um circuito gravador de SG1525A, 6 resistores sendo um de 1KΩ, dois de
microcontrolador PIC de porta paralela, 5 kΩ, uma de 100 kΩ, dois de 10 KΩ, e 3
denominado como Programador PIC Pablin II [23], capacitores sendo que um de 100pF, um de 2200uF
como mostrado na Figura 16. Esse circuito é usado e um de 60 nF. A Figura 15 mostra o esquema do
para programar microcontroladores de 8, 18, 28 e circuito conversor flyback.
40 pinos. O circuito foi montado no protoboard, O circuito foi simulado no Schematics e
como é mostrado na Figura 13. E layout da placa apresentou os resultados esperados, chegando ao
de circuito impreso é apresentada na Figura 14. valor desejado com o tempo menor do que 100 ms,
conforme a Figura 16. Na entrada do circuito
Flyback a potência apresentada foi de 30W,
conforme a Figura 17. Logo, a potência resulta em
uma corrente de entrada de 1,66 A. A tensão de
disparo aplicada no MOSFET definirá se ele está
aberto ou fechado, como apresentada na Figura 18.

4. Conclusões

Os circuitos mencionados foram capazes de


obter a tensão, realizar a forma de onda, e o valor
dos impulsos elétricos esperados para a
estimulação e constitui a parte final do
eletroestimulador, isto é, o último procedimento
Figura 13 – Gravador de Microcontrolador em antes do estímulo elétrico pretendido ser aplicado
protoboard. no paciente.
Percebe-se ainda que, a utilização do circuito
para tratamento de pacientes hemiplégicos ainda
precisa ser complementado pelo microcontrolador.
Contudo, observa-se que o conversor flyback, o
circuito formador de onda e o gravador de
microcontrolador constituem-se um importante
passo para a implantação do eletroestimulador.

Figura 14 – Layout para a placa de circuito impresso do


microcontrolador com o gravador.
Figura 15 – Circuito Conversor Flyback.

5. Agradecimentos

Agradecemos a FAPEMAT – Fundação de


Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso, e
ao CEFET-MT – Centro Federal de Educação
Tecnológica pelo aporte financeiro a este trabalho.

6. Referências Bibliográficas

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International Conference of the IEEE
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International Conference – IEEE/EMBS,
Figura 17 – Potência de entrada do conversor Flyback.
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Stimulation in Hemiplegia”, Proceedings of
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movimentos em pacientes hemiplégicos”, tese
Figura 18 – Comando do transistor. para obtenção do título de doutor, 2007.
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tratamento da dor e para reabilitação
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