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à
LEI TUTELAR EDUCATIVA
(aprovada pela Lei nº 166/99, de 14 de Setembro)
Rui do Carmo
Procurador da República
Maio de 2011
Lei
de
Lei
Protecção
Tutelar
de
Educativa
Crianças e Jovens
em Perigo Lei nº 166/99, de 14 de
Setembro
Lei nº 14/99, de 1 de
Setembro (alterada pela
Lei nº 31/2003, de 22 de
Agosto)
OBJECTIVO
“Educação do menor
para o direito e a sua
inserção, de forma digna e
responsável, na vida em
comunidade”.
PRESSUPOSTO DA INTERVENÇÃO INICIAL
TRAMITAÇÃO POSTERIOR
PRESSUPOSTOS:
- Existência de indícios do facto;
- Previsibilidade de aplicação de medida
tutelar; e
- Existência fundada de perigo de fuga ou
de cometimento de outros factos
qualificados pela lei como crime.
MEDIDAS CAUTELARES
- Entrega do menor aos pais, representante legal, pessoa
que tenha a sua guarda de facto ou outra pessoa idónea,
com imposição de obrigações ao menor;
- Guarda do menor em instituição pública ou privada;
INQUÉRITO
INQUÉRITO TUTELAR EDUCATIVO
(especificidades)
E se o ofendido apresentar a
desistência da queixa?
DENÚNCIA
Informação policial sobre a
conduta anterior do menor e
sua situação familiar,
educativa e social
INQUÉRITO
Inexistência do facto
HOMOLOGAÇÃO DA
MEDIDA PROPOSTA PELO AUDIÊNCIA
MINISTÉRIO PÚBLICO OU
APLICAÇÃO DE OUTRA
MEDIDA ADEQUADA, QUE
SEJA CONSENSUAL ARQUIVAMENTO
DECISÃO
APLICAÇÃO DE
MEDIDA TUTELAR
SIGILO E PUBLICIDADE DO PROCESSO TUTELAR
O processo tutelar é secreto até ao despacho que designar data
para a audiência preliminar ou para a audiência.
Apresentação de desculpas
Reparação
do Compensação económica
Ofendido
Exercer actividade
MEDIDAS TUTELARES
- Escolaridade;
- Formação profissional;
- Orientação psicopedagógica;
- Actividades em clubes ou associações juvenis;
- Programas de tratamento.
3 MÊS I
Privação
do direito A Ç
6 MÊS
de C Ã
conduzir
O O
1 ANO M -
P Obrig.
_
-
Regras
E de
D conduta
2 ANOS U
A medida de internamento visa proporcionar ao menor, por
via do afastamento temporário do seu meio habitual e da utilização e
programas e métodos pedagógicos, a interiorização de valores conformes
ao direito e a aquisição de recursos que lhe permitam, no futuro, conduzir
a sua vida de modo social e juridicamente responsável.
Regime Fechado
RELATÓRIO SOCIAL
COM AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
FINALIDADES DAS PENAS E MEDIDAS
DE SEGURANÇA
Artº 40º Código Penal
REINSERÇÃO SOCIAL
“Em definitivo, a defesa
da sociedade não é critério
orientador da escolha da
medida tutelar.”
-Comentário da Lei Tutelar Educativa
Anabela Rodrigues; António Duarte-Fonseca
FUNÇÃO EDUCATIVA
FUNÇÃO SEGURANÇA
Prova dos factos
+
Necessidade de educação para o direito
SIM NÃO
-Trata-se de uma privação da - A medida deve ser a adequada
liberdade, abrangida pela (quanto à espécie e duração) às
previsão da alínea e) do nº3 do necessidades de educação para o
artigo 27º da Constituição; direito “subsistentes no
momento da decisão”;
- A não previsão do desconto na
Lei Tutelar Educativa é um caso - Não existe qualquer omissão na
omisso, cuja lacuna deve ser Lei Tutelar Educativa quanto ao
integrada por recurso ao artigo desconto do tempo de medida
80º do Código Penal; cautelar de guarda em centro
educativo;
- O nº1 do artigo 128º da Lei
Tutelar Educativa, ao mandar - O nº1 do artigo 128º da Lei
aplicar subsidiariamente o Tutelar Educativa, não remete
Código de Processo Penal, não para o Código Penal, pelo que
afasta a aplicação dos artigos 9º não é aplicável o artigo 80º
e 10º do Código Civil. deste.
Constituição da República Portuguesa
Artigo 27º
(Direito à liberdade e à segurança)
1. Todos têm direito à liberdade e à segurança.
2. Ninguém pode ser total ou parcialmente privado da liberdade, a
não ser em consequência de sentença judicial condenatória pela prática de acto
punido por lei com pena de prisão ou de aplicação judicial de medida de
internamento.
3. Exceptua-se deste princípio a privação da liberdade, pelo tempo e
nas condições que a lei determinar, nos casos seguintes:
..............................................................................................................................
e) Sujeição de um menor a medidas de protecção, assistência ou
educação em estabelecimento adequado, decretadas pelo tribunal judicial
competente;
...............................................................................................................................
ACÓRDÃO DE FIXAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA Nº 3/2009
Supremo Tribunal de Justiça
REGRA
- Acompanhamento educativo.
EFEITOS
Não Institucionais Institucional
Manter a medida aplicada Manter a medida aplicada
Reduzir a duração
Suspender a execução
EFEITOS
Não Institucionais Institucional
Advertência Advertência
EFEITOS
Não Institucionais
Advertência
MEDIDA DE
Substitui-la por outra mais adequada SUBSTITUIÇÃO
ou
SANÇÃO PELO
INCUMPRIMENTO?
Internamento em regime
semiaberto pelo período de um a
quatro fins-de-semana
REVISÃO DAS MEDIDAS TUTELARES
REGRA
Cumprimento cumulativo de
medidas tutelares educativas e de
penas, desde que compatíveis.
INTERACTIVIDADE ENTRE PENAS
E MEDIDAS TUTELARES
Cessação da execução
da medida tutelar
Execução depende do
resultado do processo penal,
sendo obrigatoriamente revista
em caso de absolvição.
Mantém a execução
da medida tutelar, em
centro educativo de
regime fechado, que
será obrigatoriamente
revista.
SENTENÇA
Comunicação à DGRS da decisão e dos
elementos necessários para a execução
Relatórios de Execução:
- Trimestrais, quando a medida
tem a duração de 6 meses a um ano; Revisão da medida
- Semestrais, quando a medida tem
duração superior a um ano.;
- Final, com a antecedência de
quinze dias relativamente à data do termo.
Execução da
medida de
internamento
CESSAÇÃO DO
INTERNAMENTO
Artigo 1º
Finalidades da intervenção
1. A intervenção em centro educativo visa
proporcionar ao educando, por via do afastamento
temporário do seu meio habitual e da utilização de
programas e métodos pedagógicos, a interiorização de
valores conformes ao direito e a aquisição de recursos
que lhe permitam, no futuro, conduzir a sua vida de
modo social e juridicamente responsável.
2. A defesa da ordem e da paz social é igualmente
tida em consideração na intervenção em centro
educativo.