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A poltica expansionista de 79/80, de crescer a economia a elevadas taxas e de financiar o dficit em conta-corrente atravs de emprstimos externos, principalmente aps o segundo choque do petrleo (1979), tornou o pas vulnervel aos ajustes e choques externos. As contas externas brasileiras deterioraram-se principalmente em funo da alta das taxas de juros internacionais e da queda do volume do comrcio mundial. As origens da crise atual situam-se, portanto, no setor externo quanto transferncia de recursos reais e internamente pelo aumento de emprstimos tomados ao setor privado para cobrir dficits pblicos crnicos. Com isso, os investimentos declinaram, e se implantou a recesso e o desemprego prolongados, acompanhada de altas taxas inflacionrias, instalando-se a denominada - estagflao. Incapazes de produzir supervits, os governos, ao contrrio, aumentaram seus dficits, pois se haviam comprometido na dcada de 70, durante o "milagre brasileiro", com o gerenciamento global da economia s custas do maior endividamento externo e interno, e ampla estatizao. As conseqncias foram a reduo do PIB per capita e dos investimentos, principalmente a partir da segunda metade da dcada de 80, agravando ainda mais a recesso. A Formao Bruta de Capital Fixo (investimentos em mquinas e equipamentos) caiu de 23,3% do PIB na dcada de 70 para menos de 15% na primeira metade dos Anos 90. Outra conseqncia nefasta foi a queda do consumo percapita, que retornou em 1992 aos nveis de 1978, tanto em decorrncia da queda do produto como pela transferncia de recursos para o exterior. A inflao anual superou os 2500% (1993) contrastando com os 40% mdios dos anos 70. Com a queda do PIB e a acelerao inflacionria, os rendimentos dos trabalhadores assalariados reduziram-se. Em 1992, o salrio mnimo correspondia a menos de 50% do vigente no incio dos anos 80 e a partir de maio/95, se lhe igualou.