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Avaliação Psicológica para cirurgias IRREVERSÍVEIS

redesignação sexual

ABRIL/2022
PrimeirAs ORIENTAÇÕES
● O Processo Transexualizador, realizado pelo SUS, garante o atendimento
integral de saúde a pessoas trans, incluindo acolhimento, uso do nome
social, hormonioterapia e cirurgia de adequação do corpo biológico à
identidade de gênero e social, onde o(a) Psicóloga(o) faz parte da equipe
multidisciplinar que irá fazer o atendimento psicológico da(o) paciente neste
processo, acompanhando desde o início do acolhimento até o período pós-
operatório, caso o indivíduo opte pela intervenção cirúrgica.
● O trabalho das(os) profissionais da Psicologia deve estar pautado na
integralidade do atendimento psicológico, na humanização da atenção, não
estando restrito ao procedimento cirúrgico, não devendo se orientar por um
modelo patologizante ou corretivo da transexualidade.
PrimeirAs ORIENTAÇÕES
É objetivo da assistência psicológica a promoção da autonomia da pessoa, a
partir de informações sobre a diversidade de gênero e esclarecimentos sobre os
benefícios e riscos dos procedimentos de modificação corporal e social. O
sujeito deve ter clareza de que a atenção é singular e flexível e que o projeto
terapêutico pode ser modificado de acordo com as necessidades de cada um.

Onde encontrar no Brasil atendimento específico relacionado ao processo


transexualizador?
Existem, atualmente, 4 (quatro) Centros de Atenção Especializado no Processo
Transexualizador no país, conforme informações do site do Ministério da Saúde:
PrimeirAs ORIENTAÇÕES

Além destes Hospitais, há centros ambulatoriais atuantes em tal temática, em


diversas localidades do país.
PrimeirAs ORIENTAÇÕES
Qual modalidade de documento deve ser emitido?
No que tange à elaboração de documentos, o conteúdo deve fazer referência
aos procedimentos adotados, dados colhidos na prestação do serviço, natureza
do trabalho, e à análise e fundamentação teórico-técnica da(o) Psicóloga(o) que
prestou o serviço, sendo assim da autonomia e responsabilidade da(o)
mesma(o) defini-lo.
Orienta-se que o documento elaborado seja o Relatório Psicológico, em
conformidade com a legislação vigente. Indica-se evidenciar no documento que
o serviço não se trata de uma avaliação psicológica, contribuindo para a
despatologização e nesse sentido, não se faz necessária a indicação do CID ou
outra classificação.
qual a diferença de gênero, orientação e sexo biológico?

(SILVA, 2013)
Em que consiste o processo de Redesignação de sexo?

● Diagnóstico psicológico de disforia de gênero (302.85 (F64.1));


● Processo terapêutico de no mínimo 2 (dois) anos;
● Acompanhamento multiprofissional: Endocrinologista, ginecologista,
urologista, obstetra, cirurgião plástico, psicólogo e psiquiatra, além de
enfermeiros e assistentes sociais;
● Avaliação psicológica com aval favorável à realização da cirurgia;

(BRASIL, 2015)
CLASSIFICAÇÃO DIAGNÓSTICA
Disforia de Gênero em Adolescentes e Adultos 302.85 (F64.1)

A. Incongruência acentuada entre o gênero experimentado/expresso e o


gênero designado de uma pessoa, com duração de pelo menos seis meses,
manifestada por no mínimo dois dos seguintes:
1. Incongruência acentuada entre o gênero experimentado/expresso e as
características sexuais primárias e/ou secundárias (ou, em adolescentes
jovens, as características sexuais secundárias previstas).
2. Forte desejo de livrar-se das próprias características sexuais primárias e/ou
secundárias em razão de incongruência acentuada com o gênero
experimentado/expresso (ou, em adolescentes jovens, desejo de impedir o
desenvolvimento das características sexuais secundárias previstas).
3. Forte desejo pelas características sexuais primárias e/ou secundárias do
outro gênero. (APA, 2014)
Disforia de Gênero em Adolescentes e Adultos 302.85 (F64.1)

4. Forte desejo de pertencer ao outro gênero (ou a algum gênero alternativo


diferente do designado). Disforia de Gênero 453
5. Forte desejo de ser tratado como o outro gênero (ou como algum gênero
alternativo diferente do designado).
6. Forte convicção de ter os sentimentos e reações típicos do outro gênero
(ou de algum gênero alternativo diferente do designado).
B. A condição está associada a sofrimento clinicamente significativo
ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas
importantes da vida do indivíduo.
(APA, 2014)
Objetivos da Avaliação
● Diagnosticar o transtorno de disforia de gênero.
● Identificar possíveis outros transtornos associados, tais como ansiedade
e depressão.
● Avaliar o nível de sofrimento psíquico do paciente.
● Identificar a presença de pensamentos neuróticos no paciente, em vista
de sua condição.
● Levantar as motivações do paciente frente ao processo cirúrgico.
● Avaliar a compreensão do sujeito acerca dos procedimentos invasivos.
● Avaliar propensão do paciente a adaptar-se com a nova condição física
pós cirurgia.
Método
● DSM V: para Diagnóstico de Disforia de Gênero.

● HTP: O HTP tem como objetivo compreender aspectos da personalidade do


indivíduo bem como a forma deste indivíduo interagir com as pessoas e com o
ambiente. O HTP estimula a projeção de elementos da personalidade e de
áreas de conflito dentro da situação terapêutica e proporciona uma
compreensão dinâmica das características e do funcionamento do indivíduo
(Buck, 2003).

● TESTE EFN: Escala fatorial de ajustamento emocional/neuroticismo. Permite


uma avaliação rápida e objetiva de importantes aspectos da personalidade
humana: vulnerabilidade, desajustamento psicossocial, ansiedade e
depressão.
Método
● Escala de Desejabilidade Social de Marlowe-Crowne: A Avaliação
psicológica também pretende avaliar o contexto, a vulnerabilidade, o desejo
do cliente de ser aceito na sociedade que pode ser avaliado com auxílio
dessa escala.
(ARÁN; MURTA, p. 21, 2009)

● Entrevista Clínica- O psicodiagnóstico se dá interligados à psicoterapia com


o intuito principal auxiliar o indivíduo na elaboração de seu sofrimento
psíquico. o psicodiagnóstico também se faz eficiente nos casos em que há
dificuldade para estabelecer a psicoterapia pelo tempo ou distância.

(PALLA et al., 2013)


Referências
ARÁN, M., MURTA, D. Do diagnóstico de transtorno de identidade de gênero às redescrições da experiência da
transsexualidade: uma reflexão sobre gênero, tecnologia e saúde. Physis Revista de Saúde Coletiva, Rio de
Janeiro, 19 [1]: 15-41, 2009

BRASIL, Portal. Cirurgias de mudança de sexo são realizadas pelo SUS desde 2008: Identidade de gênero. 2015.
Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2015/03/cirurgias-de-mudanca-de-sexo-sao-realizadas-
pelo-sus-desde-2008>. Acesso em: 03 maio 2018.

CONSIDERAÇÕES SOBRE O USO DO TESTE DA CASA-ÁRVORE-PESSOA - HTP.Aval. psicol., Porto Alegre , v.


9, n. 1, p. 151-154, abr. 2010 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-
04712010000100017&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 13 maio 2018.

GALLI, R.A., VIEIRA, E.M., GIAMI, A., SANTOS, M.A. Corpos Mutantes, Mulheres Intrigantes: Transsexualidade e
Cirurgia de Redesignação Sexual. Psic: Teor. e Pesq., Brasília, out-dez 2013, Vol.29 n.4, pp 447-457.

GOUVEIA, Valdiney V. et al . Escala de Desejabilidade Social de Marlowe-Crowne: evidências de sua validade fatorial
e consistência interna. Aval. psicol., Porto Alegre , v. 8, n. 1, p. 87-98, abr. 2009 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712009000100008&lng=pt&nrm=iso>. Acesso
em 14 maio 2018.
Referências
Manual diagnóstico e estatístico de transtorno mental DSM-5 / [American Psychiatnc Association, traduç . Maria Inês
Corrêa Nascimento ... et al.]; revisão técnica: Aristides Volpato Cordioli... [et al.]. - . e . Porto Alegre: Artmed, 2014.
xliv, 948 p.; 25 cm.

PALLA, Amanda Cristina Fonseca et al. Uma proposta de psicodiagnóstico no contexto da cirurgia de
transgenitalização. Encontro: Revista de Psicologia, Goiás, v. 16, n. 24, p.83-94, 02 dez. 2013. Disponível em:
<http://www.pgsskroton.com.br/seer/index.php/renc/article/viewFile/2457/2355>. Acesso em: 10 maio 2018.

SILVA, A.K.L. Diversidade sexual e de gênero: a construção do sujeito social. Rev. NUFEN vol.5 no.1 São Paulo
2013

https://crppr.org.br/guia-de-orientacao-avaliacao-psicologica-processo-transexualizador/

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