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MANUAL 2
4478
570 de Socorrismo – Princípios Básicos
Técnicas
2022
Formador(a): Cátia Marçal
ÍNDICE
6 – Choque hipovolémico 17
7 – Hemorragias 18
9 – Intoxicações 23
10 – Queimaduras 24
11 – Fracturas e traumatismos 26
12 – Alterações de consciência 29
13 – Doenças naturais 30
Conclusão 39
Bibliografia 40
Assim, a forma mais eficaz de eliminar ou reduzir nas vítimas as sequelas que
resultam destes incidentes, é através do socorro prestado nos primeiros minutos que
sucedem ao incidente. A eficácia deste primeiro socorro será tanto maior quanto maior
for a formação do socorrista.
Os primeiros socorros podem muitas vezes fazer a diferença entre a vida e a morte
ou entre as lesões ligeiras ou agravadas.
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O número europeu de socorro – 112, dispõe de vários meios para responder com
eficácia, a qualquer hora, a situações de emergência médica.
Cadeia de sobrevivência
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Exame Primário:
1. Avaliar o estado de consciência;
2. Avaliar se ventila;
3. Avaliar se tem pulso;
4. Detetar hemorragias externas graves;
5. Detetar sinais evidentes de choque.
Sente-se bem?
Está-me a ouvir?
2. Avaliar se ventila
Verificar se a via aérea está obstruída por algum objeto que não permite a passagem
do ar (pesquisa da cavidade bocal).
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Extensão
da
cabeça
Atenção
Elevação
da
mandíbula
Tração
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Colocar a face junto do nariz e boca da vítima e, fazendo uso dos sentidos da visão,
audição e tato, aplicar a sigla VOS (Ver, Ouvir e Sentir) para se detetar os movimentos
ventilatórios, durante 10 segundos e da seguinte forma:
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As hemorragias graves são facilmente detetáveis. Na grande maioria dos casos, basta
olhar para a vítima para concluir se há ou não perda intensa de sangue. Quando a
hemorragia é abundante, pode levar a situações de grande risco para a vida.
Exame Secundário:
1. Recolha de informação;
2. Avaliação de sinais vitais.
1. Recolha de informação
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PULSO– é o resultado da ação de uma onda de sangue que passa ao longo das
artérias sempre que o coração se contrai.
A frequência normal no adulto é de 60 a 100 batimentos por minuto. Nas crianças com
mais de 1 ano de idade os valores estão entre 80 e 100 batimentos por minuto e nas
crianças até 1 ano de idade é superior a 100 batimentos por minuto.
Os três elementos do Suporte Básico de Vida (SBV), após a avaliação inicial, são
designados por “ABC”
Atenção
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e) Alivie a pressão, de forma que o tórax possa descomprimir totalmente, mas sem
perder o contacto da mão com o esterno;
Efetuar 2 insuflações:
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b) Aperte o nariz da vítima entre os dedos polegar e o indicador da mão que está na
testa, de modo a impedir a circulação de ar;
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Nota:
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A morte súbita cardíaca é causada por uma arritmia cardíaca chamada fibrilhação
ventricular, que impede o coração de bombear o sangue. O único tratamento eficaz para
a fibrilhação é a desfibrilhação elétrica que consiste na administração de choques
elétricos ao coração parado, possibilitando que o ritmo cardíaco volte ao normal. Nestes
casos, a probabilidade de sobrevivência é tanto maior quanto menor for o tempo
decorrido entre a fibrilhação e a desfibrilhação. A experiência internacional demonstra
que em ambiente extra-hospitalar, a utilizaçãode desfibrilhadores automáticos externos
(DAE) por pessoal não médico aumenta significativamente a probabilidade de
sobrevivência das vítimas. No entanto, só a existência de uma Cadeia de Sobrevivência
eficiente permite tornara Desfibrilhação Automática Externa (DAE) um meio eficaz para
a melhoria da sobrevida após paragem cardiorrespiratória (PCR) de origem cardíaca.
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Uma vítima que esteja inconsciente a respirar deve ser colocada em PLS(Posição
Lateral de Segurança). Esta posição permite manter a via aérea sem obstruções e em
caso de vómito não há aspiração por parte da vítima.
Atenção
3 4
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5 6
6 Choque hipovolémico
Causas:
Sinais e Sintomas:
- Palidez e apatia;
- Diminuição da temperatura corporal;
- Pele húmida e viscosa;
- Pulsação rápida e fraca;
- Ventilação superficial e rápida;
- Dilatação pupilar;
- Náuseas e vómitos.
Primeiro Socorro:
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7 Hemorragias
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Atuação:
• Hemorragia externa
Compressão direta:
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Compressão indireta:
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Elevação do membro:
Aplicação do garrote:
Atenção
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Manobra de Heimlich:
Apêndice xifóide
c) Efetuar 5 compressões abdominais, no sentido para dentro e para cima - cada
uma delas deverá ser pausada, segura e seca.
9 Intoxicações
Atuação geral:
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• Medidas de autoproteção;
• Não existe um antídoto universal;
• Exame primário e secundário;
• Recolha de informações:
– Tóxico – características;
– Como, quanto e quando a ingestão;
– Condições da intoxicação.
• Contactar o Centro de Informação Antivenenos (CIAV).
• Via respiratória:
– Retirar a vítima do local de preferência para o ar livre;
– Verificar os sinais vitais.
• Via digestiva:
– Não provoque o vómito;
– Dê a beber alguns golos de água ou leite.
• Via dérmica:
– Retire as roupas contaminadas;
– Lave abundantemente com água corrente durante 15 minutos.
• Via ocular:
– Lave abundantemente com água corrente durante 15 minutos mantendo
as pálpebras afastadas;
– Não aplique quaisquer produtos.
10 Queimaduras
Uma queimadura pode ser definida como uma lesão local que conduz à destruição
total ou parcial da pele.
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• Queimaduras elétricas
A eletricidade queima, não só no ponto de contacto (entrada no corpo), mas
também no trajeto e no local de saída.
• 1º Grau
São as menos graves, envolvendo apenas a superfície exterior da pele
(epiderme).
• 2º Grau
Envolvem a primeira e segunda camadas da pele, respetivamente epiderme e
derme.
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• 3º Grau
Existe destruição de toda a espessura da pele (epiderme e derme) e dos tecidos
subjacentes.
Caracterizam-se pela pele acastanhada ou negra.
Ter em atenção:
Atenção
11 Fracturas e traumatismos
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Fechadas
A pele encontra-se intacta, não havendo comunicação dos topos ósseos com o exterior.
• Abertas
São habitualmente designadas por fraturas expostas onde os topos ósseos
entram em contacto com o exterior, o que aumenta significativamente o risco de
infeção.
Sinais e sintomas:
1º Dor
Localiza-se na zona da fratura e é habitualmente intensa, diminuindo muito com a
tração e imobilização da fratura. É o sintoma mais fiel e constante.
2º Impotência funcional
A mobilidade, por vezes, pode estar presente, mas é dolorosa e muito limitada.
3º Deformação
É frequente a sua existência, mas quando não está presente não exclui a
hipótese de fratura.
4º Crepitação
O movimento anormal dos topos ósseos a nível de uma fratura produz uma
sensação que se pode ouvir e sentir.
5º Edema (inchaço)
É resultante de uma reação normal do organismo. Encontramos também
frequentemente um aumento do volume na zona da fratura que corresponde ao
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hematoma formado pela hemorragia dos topos ósseos e que é tanto maior quanto
maior for o diâmetro do osso.
Atuação:
Lesões fechadas
1. Acalmar a vítima;
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Lesões abertas
1. Acalmar a vítima;
2. Suspeitar de outras lesões associadas;
3. Não mover a vítima mais do que o necessário;
4. Controlar as hemorragias (penso esterilizado);
5. Estar atento aos sinais de choque;
6. Ligar 112 e informar;
7. Manter a vigilância da vítima.
12 Alterações de consciência
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Causas:
– Traumatismo crânio-encefálico;
– AVC (Acidente Vascular Cerebral);
– Síncope (desmaio);
– Algumas infeções/tumores;
– Hipóxia cerebral (O2 insuficiente);
– Hipoglicemia (açúcar a menos);
– Epilepsia.
13 Doenças naturais
1. Diabetes
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Sendo a diabetes uma doença que resulta da difícil absorção do açúcar (glicose) e da
sua utilização na produção de energia, é necessário ter atenção aos valores deste no
sangue.
A diabetes por si só não é uma emergência, mas sim uma doença que pode ser
evitada ou pelo menos, as suas consequências minimizadas.
No entanto, se não existir cuidado por parte do doente pode originar uma de duas
situações que podem por em risco a vida, a hiperglicemia e a hipoglicemia.
2. Alterações da glicemia
O açúcar é essencial para que as células produzam energia. Para que o açúcar possa
ser utilizado a nível celular tem primeiro que ser digerido. Na digestão do açúcar é
essencial a presença de insulina, produzida pelo pâncreas.
2.1) Hiperglicemia
Sinais e sintomas:
▪ Náuseas e vómitos;
▪ Fraqueza muscular e tonturas;
▪ Pele avermelhada e seca;
▪ Sensação de sede;
▪ Hálito cetónico;
▪ Aumento da frequência ventilatória;
▪ Sonolência;
▪ Confusão mental;
▪ Desorientação;
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2.2) Hipoglicemia
Sinais e sintomas:
Atuação:
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3. Epilepsia
Sinais e sintomas:
No entanto a aura é uma característica individual no epilético pelo que não pode
ser considerado um sinal ou sintoma.
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▪ Descontrole de esfíncteres;
▪ Contrações musculares involuntárias;
▪ As crises duram cerca de 2 a 4 minutos;
▪ Após o episódio convulsivo a vítima pode ficar inconsciente.
Atuação:
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▪ Despistar a hipertermia;
▪ Avaliar e registar sinais vitais;
▪ Recolher o máximo de informação;
▪ Atuar em conformidade com os traumatismos associados;
▪ Manter vigilância apertada.
O acidente vascular cerebral (AVC), vulgarmente designado por trombose, é uma das
maiores causas de morte em Portugal.
A melhor medida de combate a este tipo de doença é adotar uma atitude preventiva,
ou seja, assumir uma alimentação saudável, não fumar e sempre que possível praticar
desporto, e em complemento realizar exames médicos regularmente.
Sinais e sintomas:
Atuação:
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5. Dor torácica
A dor torácica é, sem margem para dúvida, o sintoma que mais preocupações provoca
uma vez que é normalmente associado às situações cardíacas, nomeadamente ao
enfarte agudo do miocárdio.
Sendo esta a situação mais frequente, no entanto, não é a única responsável pela
origem da dor torácica, uma vez que no tórax existem outras estruturas anatómicas e
órgãos, como ossos, músculos, grandes vasos sanguíneos, esófago e pulmões, que
podem em alguns casos dar origem à dor.
Por este motivo, a avaliação da dor torácica pode ter origem cardíaca ou origem não
cardíaca.
Sinais e sintomas:
▪ Dor torácica tipo facada, opressão tipo esmagamento e aperto, que pode irradiar
para o membro superior esquerdo, pescoço, mandíbula e costas, podendo
ainda, ser acompanhada de náuseas ou vómitos, alterações do ritmo cardíaco,
sensação de desmaio e dificuldade em respirar
Atuação:
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No entanto, existe um conjunto de situações em que a dor pode ser grave e em que
o socorro ao doente deve ser efetuado o mais cedo possível.
Por este motivo devemos adotar os mesmos procedimentos que foram indicados para
a dor de origem cardíaca.
6. Dificuldade respiratória
Contudo, esta pode ser considerada normal, sem gravidade, quando resulta por
exemplo, de um esforço físico extenuante e ser grave quando resulta do agravamento
de uma doença pulmonar ou cardíaca ou de uma intoxicação.
A queixa de falta de ar pode variar de pessoa para pessoa uma vez que este
sintoma depende da capacidade neurológica em identificá-lo.
Causas:
Verificando-se que podem existir diversas causas na origem de uma crise de falta de
ar, os procedimentos a adotar podem ser diversos, no entanto, deve ser adotado um
conjunto de medidas que tentem evitar o agravamento da situação.
Atuação:
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Para além deste conteúdo, seria desejável que os locais de trabalho dispusessem
de uma manta térmica e de um saco térmico para gelo.
Conclusão
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