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contexto ambiental durante os primeiros anos de vida como fatores críticos para o
desenvolvimento do TEA (DRASH; TUDOR, 2004).
Uma vez diagnosticado o TEA, nossa prática clínica2 tem mostrado que a
atuação alinhada com médicos (neurologistas, pediatras etc.) produz intervenções
mais efetivas. Por exemplo, considerando que não há marcadores genéticos para o
TEA e o diagnóstico é feito com base em observações comportamentais, os médicos
podem se valer de instrumentos de identificação precoce decorrentes de pesquisas
psicológicas (SILVA; MULICK, 2009); e, uma vez identificado o TEA, a intervenção
multidisciplinar alinhada costuma ser a melhor alternativa. Alguns estudantes podem
encarar a prática médica, geralmente com psicofármacos, como oposta à
intervenção da AC. Porém, é preciso lembrar que o critério de efetividade de uma
intervenção deve ser medida a partir da melhora do cliente—geralmente mais
expressiva quando há alinhamento entre profissionais.
Tabela 1
Critérios diagnósticos do DSM-V (2013).
Critérios diagnósticos
A. Déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação social e nas interações
sociais entre vários contextos, atuais ou históricos, manifestados conforme segue:
1. Déficits na reciprocidade sócio emocional (e.g., falhas na conversação, ao iniciar ou
manter interações sociais, ao compartilhar interesses e sentimentos);
2. Déficits na comunicação não verbal usadas para interação social (e.g., falhas na
integração entre comportamento verbal e não verbal, na linguagem corporal, no contato
visual, uso de gestos);
3. Déficits no desenvolvimento e manutenção de relacionamentos sociais (e.g., dificuldades
em fazer amigos, em participar de atividade de imaginação, ausência de interesse por
colegas).
B. Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades, atual ou histórico,
manifestados por pelo menos duas das maneiras abaixo:
1. Estereotipia em movimentos físicos, uso de objetos ou discurso (e.g., alinhar todos os
brinquedos, ecolalia, frases únicas);
2. Insistência por rotinas, padrões verbais e não verbais ritualizados (e.g., estresse
excessivo frente a pequenas mudanças como troca de roupa ou comida);
3. Interesses muito restritos e com intensidades anormais (e.g., preocupação com objetos);
4. Hiper ou Hipo-reatividade sensorial a estímulos ou interesse por aspectos sensoriais
incomuns do ambiente (e.g., temperatura, textura, cheiro).
C. Os déficits devem estar presentes no início do período de desenvolvimento (mas podem não
aparecer até que as demandas sociais ultrapassem suas capacidades ao longo da vida);
D. Os sintomas devem causar prejuízos sociais, ocupacionais ou em outras áreas importantes de
modo significativo;
E. Os sintomas não são melhor explicados por outros critérios diagnósticos.
2As experiências advindas das práticas clínicas citadas durante o texto decorrem, principalmente, da
atuação do segundo e terceiro autor.
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Referências
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Understanding causation and treatment by clinical geneticists. Acta Neurobiology
Experimentalis, 70, 209–226, 2010.
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209, 1994.
LINTAS, C.; PERSICO, A.M. Autistic phenotypes and genetic testing: state-of-the-art
for the clinical geneticist. Journal of Medical Genetics, 46(1), 1-8, 2009.
SKINNER, B. F. Science and Human Behavior. New York: Free Prees, 1965.
STEEGE, M.W.; MACE C.F. Applied behavior analysis: beyond discrete trial
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