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Eletrônica Chiptuning

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Hoje em dia, todos os motores a injecção, quer sejam aspirados, turbo ou turbo-diesel, tem um pequeno computador
chamado ECU (Electronic Control Unit) para controlar o combustível e o angulo de ignição, entre outros parâmetros.
Estas ECUs substituem os carburadores e os distribuidores mecânicos. Estas unidades são potentes micro-
computadores de 16 ou 32bits que processam entre 5 a 10 milhões de operações por segundo. Um motor moderno tem
que preencher uma série de requisitos, nomeadamente conseguir um bom arranque a frio ou controlar as emissões de
poluentes. Também é espectável que estes veículos sejam divertidos de conduzir e tenham uma performance aceitável,
de acordo com os requisitos do projecto, sejam quais forem as condições de utilização. A gestão electrónica dos
motores faz a leitura de cerca de 50 sensores, tais como o sensor de oxigénio, o do caudal de ar (MAF), pressão do pedal
do acelerador, pressão do turbo, entre outros. Esta informação é processada em tempo real e mediante parâmetros pré-
programados são activadas saídas, conseguindo resolver as condições mais adversas e garantindo uma correcta
mistura ar-combustivel, através do controlo destas saídas ou parâmetros do motor como a ignição, injectores ou a
pressão do turbo. Na ECU existe um chip que contém uma matriz de valores (parâmetros pré-programados) que informam
o computador de qual a quantidade de combustível e ar que devem injectar no motor, em várias condições como rotação,
carga do motor, etc. Esta matriz chama-se mapa. Nesta matriz também está por exemplo a pressão máxima do turbo e a
limitação de velocidade em certos modelos. Este mapa é lido pelo computador mas não é alterado. Ao escrever este
mapa, os fabricantes de automóveis tem que tomar vários compromissos. Isto porque há que ter em atenção que o carro
vai ser vendido para o mercado mundial, com condições climatéricas diferentes em cada país, tem que poder usar várias
qualidades diferentes de combustível, vai ser conduzido por automobilistas com tipos de condução diferente, vai ter que
optimizar o consumo de combustível e a emissão de poluentes, etc. Nestas condições, os carros tem que se comportar
dentro de certos parâmetros e assim os fabricantes não optimizam os resultados da potência e do binário ao máximo,
embora esse potencial esteja todo lá e previstos quando foi projectado o motor.

Chiptuning
Assim, existe uma faixa de parâmetros que pode ser aproveitada de forma a se tirar mais partido de um motor. Os
fabricantes de chips o que fazem é alterar o mapa de modo a optimizar determinados parâmetros de modo obter uma
maior potência e/ou o binário do motor. Nos carros com turbo, o chip também controla o turbo e conseguem-se ganhos
de potência maiores. Por exemplo, num motor a gasolina aspirado, os ganhos em potência andarão à volta dos 8-10%,
para além dos ganhos em binário. Se o motor for Turbo, por exemplo o motor 1.8 T do Golf IV que tem 150cv, trocando o
chip consegue-se facilmente uma potência de 200cv, que se traduz em cerca de +30 km/h de velocidade máxima e 2s dos
0-100km/h. Nos motores Turbo-Diesel os ganhos também podem atingir cerca de 40% em certos modelos. Outras
vantagens são por exemplo o aumento ligeiro da velocidade máxima e uma resposta mais rápida do pedal do acelerador.

É necessário estar atento a chips que reclamam aumentos de potência muito elevados. estes aumentos podem realmente
acontecer mas só em situações muito especificas dos parâmetros de entrada do ECU. Outro aspecto a ter em atenção é
que um chip desenvolvido nos EUA para um automóvel usado na Europa, não funcionará tão bem como um desenvolvido
na Europa, porque a octanagem do combustível é diferente da Europeia e isso é levado em conta na elaboração do mapa
para o chip. Existem várias formas de chegar a um novo mapa para a ECU. Os preparadores desenvolvem maior ou
menor esforço na obtenção de um mapa para determinado modelo, e a tecnologia que usam também é determinante para
o valor final do chip. Pode ser usado o rolling-road tuning, que não é mais do que o teste em banco de potência das
alterações que vão sendo feitas e a adaptação das mesmas de modo a se conseguirem os melhores resultados.

A facilidade de copiar um chip de um preparador de renome não é difícil para quem tem o material adequado, e por isso
também se faz sentir a pirataria nesta área, o que se traduzirá por preços muito mais baixos. É necessário estar atento a
isto e verificar se o chip cumpre as normas da TUV, o organismo que normalmente regula o tuning. É importante que o
fornecedor dê algum tipo de garantias e se tem ou não experiência e se pode dar assistência pós-venda e mesmo se tem
conhecimentos para instalar o chip. A forma como o chip é colocado e a tecnologia que é empregue como por exemplo o
modo como é soldado, também tem a sua influência na hora da decisão. Normalmente estas alterações não são visíveis
ao submeter o carro a um teste de diagnóstico.

O Chip-tuning é assim, sem sombra de dúvida uma boa opção para quem deseja optimizar as performances do seu carro
sem prejudicar grandemente a sua vida útil podendo ainda ser facilmente reversível, a um custo muito baixo em relação à
preparações "clássicas", tendo ainda resultados realmente impressionantes em motores turbo a gasolina ou a diesel.
Alguns dos chips removem o limitador que existe em alguns carros, tal como por exemplo o que limita a 250km/h a
velocidade máxima dos carros Alemães (excepto Porsche).

A maior parte dos motores actuais estão preparados para suportar esforços maiores do que os que realmente vão ter
numa utilização normal. O chip-tuning pode tirar partido disso. Um exemplo pode ser por exemplo o motor Audi 1.8T com
150cv. Este mesmo motor é vendido pela própria marca com chip-tuning e desenvolve 180cv. Ainda a Audi comercializa o
motor 2.7 bi-turbo com quatro níveis de potência diferente: A6 2.7T (230cv); All-road 2.7T (250cv); S4 2.7T (265cv) e RS4
(380cv).

O consumo sai prejudicado ligeiramente em aceleração e velocidade máxima, mas se for feita uma condução normal,
consegue-se normalmente uma redução no consumo.

Boxes
Outro tipo de upgrade que se pode fazer é através de dispositivos do tipo tuning box ou power box. Estes não
necessitam da substituição do chip e são ligadas normalmente aos cabos existentes no motor. Pode ser mais ou menos
fácil instalar um dispositivo destes no seu motor. Alguns podem necessitar de uma afinação no motor, outros nem isso
necessitam. O tempo de instalação é normalmente curto, podendo ser removidos em qualquer altura. Outra vantagem é a
que alguns destes equipamentos podem ser reutilizados noutros automóveis, e pode-se assim recuperar o investimento.
É normal que a maioria das boxes não consigam os mesmos valores de potência e binário de um chip pois não
controlam tantos parâmetros do motor.

OBD
Em vez da substituição do chip ou da instalação de uma box adicional, é possível em alguns modelos reprogramar a ECU
através da ficha de diagnóstico. OBD significa On-Board Diagnostics. O protocolo OBD começou a ser desenvolvido à
alguns anos de forma a haver uma forma comum de diagnóstico dos vários problemas que acontecem num motor.
Actualmente está em uso a OBD-II. Para mais informações sobre este protocolo pode ser consultado o site
www.obdii.com. Através da ficha de diagnóstico é possível carregar e alterar determinados parâmetros na ECU de modo
a optimizá-los conseguindo-se assim os mesmos aumentos de potência. Cada vez mais veículos suportam este tipo de
reprogramação. Algumas das vantagens deste método, são a invisibilidade das alterações, o facto de não se perder a
garantia de fábrica, não há deterioração de componentes adicionais com o tempo e a reversibilidade.

Desgaste e manutenção
O motor tem um desgaste maior depois de a sua electrónica ter sido alterada? em principio sim. O aumento de potência
tem consequências na longevidade do motor. Mas é preciso ter em atenção que este desgaste está intimamente ligado à
forma como o carro é utilizado e ao tipo de condução de cada um. É necessário redobrar os cuidados com a manutenção
do automóvel e ter cuidado com os intervalos de mudança de óleo e de substituição de outros componentes, a qualidade
dos combustíveis também é importante. Em média a temperatura do motor "chipado" aumenta cerca de 10º quando o
motor estiver a rolar ao máximo comparando com o carro standard.

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