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Introdução

As doenças infecciosas são aquelas causadas por microrganismos. Os microrganismos são seres
vivos muitos simples, a maioria sendo unicelular e microscópica. Têm distribuição mundial existindo
em praticamente todos os ambientes do planeta, inclusive no interior de plantas, animais e humanos.
Existem diversos grupos de microrganismos: bactérias, fungos, protozoários e vírus, cada um dos
quais com suas características biológicas próprias A grande maioria dos micróbios desempenha
funções vitais para a manutenção da vida no planeta. A minoria das espécies está associada com
doenças. Os vírus são uma exceção por serem essencialmente infecciosos.
Doenças infecciosas são a principal causa de mortalidade no mundo e a transmissão de agentes
infecciosos nas populações é uma das grandes preocupações da Saúde Pública. A despeito de todo o
conhecimento desenvolvido para o seu tratamento e prevenção, ainda se morre das mesmas
enfermidades que matavam humanos há 10 mil anos, a maioria das vítimas sendo crianças. A
Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que aproximadamente 15 milhões de crianças morrem
por ano de doenças infecciosas que podem ser prevenidas.
Nos países desenvolvidos, as antigas doenças foram substituídas por novas e a mortalidade devido a
doenças infecciosas é ainda maior que antes da introdução dos antibióticos. Nos países em
desenvolvimento, doenças facilmente prevenidas com medidas profiláticas simples afetam grande
parte das populações devido a condições precárias de higiene e educação, bem como pela ausência
de programas adequados de saneamento básico. Essa situação deverá perdurar até que novos
conhecimentos a respeito dos mecanismos de patogenicidade microbianos estejam disponíveis.
A partir dos anos 1940, os antibióticos começaram a ser amplamente utilizados na prevenção e no
tratamento de doenças bacterianas. Os antibióticos eram tidos a arma decisiva na guerra contra as
bactérias patogênicas, mas seu emprego indiscriminado no tratamento de doenças bacterianas
provocou a seleção e disseminação de bactérias resistentes a múltiplos antibióticos.
O fenômeno da resistência a antibióticos em bactérias é de grande importância tanto na medicina
humana como na veterinária, pois não só inviabiliza a prática da antibioticoterapia como agrava o
problema da re-emergência de doenças infecciosas antes consideradas sob controle ou mesmo
erradicadas, como é o caso da tuberculose associada ao avanço das infecções pelo Vírus da
Imunodeficiência Humana (HIV).
Para que uma pessoa adoeça é preciso que entre em contato físico com um micróbio patogênico e/ou
com seus produtos tóxicos. Além disso, o agente infeccioso deve ser capaz de crescer sobre ou
dentro de seu hospedeiro e lhe causar algum tipo de dano. Uma infecção que produz sintomas é
denominada de doença.
Toda doença infecciosa é caracterizada pelos sintomas que produz. Um único micróbio patogênico
pode produzir um conjunto bem definido de sintomas que permite seu rápido reconhecimento como
acontece em casos de sarampo, por exemplo. Contudo, conjuntos de sintomas idênticos podem ser
produzidos por diferentes agentes infecciosos como nas gripes, diarréias e pneumonia. Alguns
patógenos causam uma variedade de sintomas distintos em diferentes hospedeiros como acontece na
AIDS. A maioria das doenças infecciosas pode ser evitada pela adoção de práticas de higiene pessoal
e social.
Modos de transmissão
Transmissão direta
O contágio direto acontece quando o patógeno é transmitido diretamente de pessoa a pessoa, como nos casos de
gripe quando tosse e espirros propagam o vírus da gripe para pessoas próximas, ou através de beijos na boca, no
caso da transmissão do vírus da herpes, e relações sexuais nos casos das doenças sexualmente transmissíveis,
tais como a AIDS.
Transmissão indireta
Ocorre através de água, alimentos, sangue, secreções ou objetos contaminados (fômites) com microrganismos
patogênicos. Patógenos causadores de diarréia, hepatite A e poliomielite podem ser transmitidos via água ou
alimento contaminado com matéria fecal de pessoas doentes e, também quando o vírus da imunodeficiência
humana (HIV) é transmitido através de transfusões de sangue.
Transmissão via vetores
São denominados "vetores" os animais que transportam microrganismos e que potencialmente podem transmití-
los a indivíduos sadios. Os vetores são classificados em mecânicos e biológicos. Os vetores mecânicos são
aqueles que simplesmente transportam microrganismos adquiridos do ambiente nas superfícies de seus corpos ou
aparelhos bucais e que, tendo entrado em contato casual com outro animal ou humano podem contaminá-los com
os microrganismos que transportam. Esses microrganismos podem ou não causar doenças.
Os vetores biológicos são aqueles transportam em seus órgãos internos algum tipo de microrganismo patogênico
que se vale do vetor para realizar parte de seu ciclo vital, utilizando-o como hospedeiro intermediário, e que são
transmitidos a outros animais ou humanos, então denominados hospedeiros definitivos. O contágio ocorre
quando insetos hematófagos e carrapatos, sendo vetores de microrganismos patogênicos, os introduzem em
animais ou pessoas sadias durante seu processo de alimentação (repasto sangüíneo). Fazem-no ou diretamente
através de suas probóscides no ato da picada, como acontece com os mosquitos vetores do vírus da dengue, da
febre amarela e das espécies de Plasmodium (causadoras da malária) e com o carrapato transmissor da bactéria
Rickettisia rickettsii (causadora da febre maculosa) ou através da contaminação do local da picada com
suas fezes contaminadas com um patógeno, como acontece com o inseto transmissor do protozoário parasita
Trypanosoma cruzi (causador da doença de Chagas) que defeca sobre a pele da vítima durante o repasto
sangüíneo.
Transmissão maternal
Microrganismos presentes na circulação sangüínea de mulheres grávidas podem atingir o feto via placenta como
acontece com o vírus da rubéola, o vírus do sarampo e o HIV, ou através do aleitamento materno, no caso do
HIV. Nestes casos, a doença é dita ter causas congênitas, o que não deve ser confundido com causas hereditárias.
Manifestação das doenças nas populações
As doenças infecciosas podem se manifestar nas populações sob a forma de epidemias ou de endemias. Uma
epidemia acontece quando uma doença atinge rapidamente um grande número de pessoas em uma população e
declina em curto prazo. Uma pandemia acontece quando uma epidemia atinge vastas áreas geográfica, às vezes
envolvendo vários países vizinhos. Uma doença é denominada endêmica quando é característica de uma região
geográfica e atinge um número relativamente baixo e constante de pessoas em uma população e nela permanece
em longo prazo.

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