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1.

SÚMULA N° 33, DE 16 DE SETEMBRO DE 2008: “É devida aos


servidores públicos federais civis ativos, por ocasião do gozo de férias e licenças, no
período compreendido entre outubro/1996 e dezembro/2001, a concessão de auxílio-
alimentação, com fulcro no art. 102 da Lei nº 8.112/90, observada a prescrição
qüinqüenal.”
O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) reconheceu o
direito dos servidores públicos federais de perceber, a partir de 2002, o auxílio-alimentação,
também no período das férias, mas não emprestou efeitos retroativos à sua decisão, daí a
multiplicação de ações, com decisões desfavoráveis à União, suas autarquias e fundações,
relativas às férias gozadas entre os anos de 1997 e 2001. A jurisprudência consolidou-se na
Quinta e Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que entenderam cabível o referido
pagamento.

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2. SÚMULA N° 34, DE 16 DE SETEMBRO DE 2008: "Não estão sujeitos à


repetição os valores recebidos de boa-fé pelo servidor público, em decorrência de
errônea ou inadequada interpretação da lei por parte da Administração Pública".
A Administração Pública tinha o entendimento de que era obrigatória a
devolução ao erário de parcelas remuneratórias recebidas a maior, por servidores
públicos, inclusive por determinação do próprio Tribunal de Contas da União, mesmo
que recebidas de boa-fé. Considerando tratar-se de matéria infraconstitucional, o debate
cingiu-se ao Superior Tribunal de Justiça, que decidiu pelo não cabimento da devolução.
O TCU, por sua vez, também já reviu este entendimento.

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3. SÚMULA N° 35, DE 16 DE SETEMBRO DE 2008: "O exame psicotécnico


a ser aplicado em concurso público deverá observar critérios objetivos, previstos no
edital, e estará sujeito a recurso administrativo."
Até bem pouco tempo não havia a descrição dos critérios aplicáveis aos
exames psicotécnicos nos editais de concurso, os quais também não previam a
oportunidade do recurso administrativo. Por essa razão foram ajuizadas milhares de
ações por candidatos reprovados nessa etapa do certame. Diante da discussão, o
Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça firmaram entendimento de
que o exame psicotécnico deve estar previsto de forma clara e objetiva no edital do
concurso, o qual deve prever também a possibilidade de o candidato recorrer
administrativamente.

4. SÚMULA N° 36, DE 16 DE SETEMBRO DE 2008: “O ex-combatente que


tenha efetivamente participado de operações bélicas durante a Segunda Guerra
Mundial, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de setembro de 1967, tem direito à
assistência médica e hospitalar gratuita, extensiva aos dependentes, prestada pelas
Organizações Militares de Saúde, nos termos do artigo 53, IV, do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias.”
Centenas de ex-combatentes e seus dependentes que não conseguiam obter o
benefício da assistência médica e hospitalar gratuita junto aos hospitais militares recorreram
ao Supremo Tribunal Federal, que, ao interpretar o artigo 53, IV, do ADCT, estabeleceu
sua eficácia imediata, independente de lei para ser regulamentado. Por essa razão, a União
reconheceu a obrigatoriedade da concessão do referido benefício.

5. SÚMULA N. 37, DE 16 DE SETEMBRO DE 2008: "Incidem juros de mora


sobre débitos trabalhistas dos órgãos e entidades sucedidos pela União, que não
estejam sujeitos ao regime de intervenção e liquidação extrajudicial previsto pela Lei nº
6.024/74, ou cuja liquidação não tenha sido decretada por iniciativa do Banco
Central do Brasil."

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A questão adveio de a União buscar a aplicação da Lei nº 6.024, de 13 de


março de 1974, para fins do não pagamento dos juros nas condenações decorrentes de
reclamações trabalhistas relativas a empregados de instituições extintas ou sucedidas
pela União, no entanto o Tribunal Superior do Trabalho firmou jurisprudência no
sentido que, mesmo havendo a sucessão do órgão ou entidade pela União, os juros de
mora relativos aos débitos trabalhistas são devidos.

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6. SÚMULA N. 38, DE 16 DE SETEMBRO DE 2008: "Incide a correção


monetária sobre as parcelas em atraso não prescritas, relativas aos débitos de natureza
alimentar, assim como aos benefícios previdenciários, desde o momento em que
passaram a ser devidos, mesmo que em período anterior ao ajuizamento de ação
judicial."

A questão relativa à incidência da correção monetária sobre verbas de


natureza alimentar não é recente. A AGU já havia editado o Parecer AGU/MF – 03-96, da,
aprovado pelo Parecer GQ 111, do Advogado-Geral da União, no qual restou concluído
que “Parcelas remuneratórias devidas pela Administração a seus servidores, se pagas
com atraso, devem ser atualizadas desde a data em que eram devidas até a data do
efetivo pagamento.” No entanto, tais parcelas não estavam sendo pagas com a devida
atualização, o que resultou em milhares de ações judiciais, sendo que o Superior
Tribunal de Justiça tem vasta jurisprudência, e firmou o entendimento no sentido de que o
caráter alimentar, tanto do benefício previdenciário, quanto dos vencimentos do servidor,
impõe que a correção monetária incida desde a exigibilidade da parcela devida. Esta
exigibilidade surge a partir do momento em que o servidor ou o beneficiário da previdência
satisfaçam os requisitos legais e regulamentares em relação ao direito de receber
determinada parcela do salário ou do benefício previdenciário.

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7. SÚMULA N. 39, DE 16 DE SETEMBRO DE 2008: "São devidos


honorários advocatícios nas execuções, não embargadas, contra a Fazenda Pública, de
obrigações definidas em lei como de pequeno valor (art. 100, § 3º, da Constituição
Federal)."
O 1º-D da Lei n.º 9.494/97, introduzido pela Medida Provisória n.º
2.180/2001 estabeleceu que “Não serão devidos honorários advocatícios pela Fazenda
Pública nas execuções não embargadas.” Ocorre em razão dessa norma, houve
milhares de processos judiciais. Então, o Tribunal Pleno do STF, no julgamento do RE
n.º 420.816/PR, em dezembro de 2006, decidiu sobre a constitucionalidade desse artigo,
fazendo uma interpretação “conforme a constituição” e, então, reduziu sua aplicação
somente à hipótese de execução por quantia certa contra a Fazenda Pública (C. Pr. Civil,
art. 730). Assim, foram excluídos os casos de pagamento de obrigações definidos em
lei como de pequeno valor previstos no art. 100, § 3º da CF/88. A este julgamento
seguiram-se centenas de outros desfavoráveis à União, tanto no STF quanto no STJ.
Assim, de modo a evitar recursos protelatórios, a súmula vem autorizar o
pagamento desses honorários, independentemente de a interposição de recursos.
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8. SÚMULA N. 40, DE 16 DE SETEMBRO DE 2008: “Os servidores


públicos federais, aposentados na vigência do Regime Jurídico Único, têm direito à
percepção simultânea do benefício denominado 'quintos', previsto no art. 62, § 2º, da
Lei nº 8.112/1990, com o regime estabelecido no art. 192 do mesmo diploma'.
Aos servidores que se aposentaram após a revogação do art. 192 da Lei
8.112/90, pela Lei nº 9.527/97 não estavam sendo pagas de forma cumulada as
vantagens desse artigo, com o “quintos”. Assim, em razão de centenas de
questionamentos judiciais, o Superior Tribunal de Justiça, firmou entendimento quanto
à possibilidade dessa acumulação nos proventos de aposentadoria. Esta acumulação é
permitida para aqueles servidores que detinham os requisitos legais para se
aposentarem, quando o art. 192 foi revogado. O TCU, na Decisão 350/2003 – Primeira
Câmara, também reviu o entendimento antes expresso na Decisão 350/94, e ainda, o
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), no Processo nº
23074.003962/2000-61, reconheceu esse direito aos servidores públicos federais.

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