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Prof. André R. G.

de Proença
aproenca@icb.usp.br

Curso de Especialização
“Exercício Físico como Terapêutica na Clínica Médica”
Consumo: Gasto Energético:
1. Total de calorias 1. Taxa metabólica de repouso
2. Balanço de 2. Efeito térmico do alimento
macronutrientes 3. Atividade física
Balanço
Energético
60-75% 10% 15-50%
Metabolismo de Efeito Térmico dos Atividade Física
Repouso Alimentos

Tipo de oferta
em 100 g TEF líquido
nutriente calórica

6-8% = 24-32
Carboidrato 4 kcal/g 400 kcal 376-368 kcal
kcal

2-3% = 18-27
Gordura 9 kcal/g 900 kcal 882-872 kcal
kcal

25-30% =
Proteína 4 kcal/g 400 kcal 300-280 kcal
100-120 kcal
Pesquisa de Orçamentos Familiares, do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), realizada entre 2002 e 2003, com apoio do Ministério da
Saúde. Segundo o estudo, que publicou dados relativos aos adultos maiores
de 20 anos, dos 38,6 milhões (aprox. 22%) de brasileiros que estão acima do
peso, 10 milhões são obesos.
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AERÓBIO
OU
MUSCULAÇÃO
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American College of Sports Medicine (ACSM) recomenda que toda população
se engaje em uma rotina regular de exercícios que englobe 20 a 60 minutos
de exercícios aeróbios, realizados de 3 a 5 dias por semana, juntamente com
um treinamento de resistência e treinamento de flexibilidade com freqüência
de 2 a 3 vezes por semana
Segurança (baixo impacto)
Mudança da Composição Corporal
Aumento da massa muscular
Redução gordura corporal
Aumento da TMB
Desempenho Motor
Força muscular
Aumento do EPOC

Principal crítica relacionado ao emagrecimento:


Baixo gasto calórico de uma sessão de treinamento
Consumo de O2 aumentado pós-exercício.
Após uma sessão de exercício (aeróbio ou anaeróbio)
Retorno estado
Homeostase Distúrbio de equilíbrio

Exemplo típico do consumo de oxigênio antes, durante e após uma sessão de exercícios
contra-resistência (ECR; 1 série de 8 repetições a 70% de 1RMpara 7 exercícios realizados
por um sujeito do sexo masculino).
Consumo O2 Gasto Energético
(Litro O2) (5 Kcal)

Componentes:
Rápido – 10s – alguns minutos
Lento – duração várias horas (depende grau do distúrbio)
Ultralento – até 48h após

EPOC parece depender da extensão dos


distúrbios metabólicos causado pelo exercício
Mecanismos responsáveis:

Restauração na concentração de fosfatos de alta energia


O2

Refosforilação
(+ P)
ATP (parcial) ADP ATP
CP (quase total) C CP

O2
Ressaturação da oxihemoglobina e oximioglobina
Ressaturação

Oxihemoglobina Hemoglobina Oxihemoglobina


Oximioglobina Mioglobina Oximioglobina
Mecanismos responsáveis:

Efeitos Termogênicos
Temperatura Corporal Pós-Exercício
- aumento da taxa respiratória mitocondrial
Retorno pós-exercício similar ao EPOC ≈ 1h
Estimulação Simpática
Efeitos termogênicos indiretos
Aumento na oxidação AG e no ciclo fútil (lipólise – reesterificação)
Processos metabólicos e bioquímicos estimulados durante o exercício (reversão lenta)
Remoção Lactato
O ECR induz aumento na [lactato] dependente da intensidade

Veloc. Remoção EPOC

Alteração no Substrato Energético


Durante ( ATP, CP – glicólise e glicogenólise) Após (oxidação lipídeos)
No estudo de Dolezal et al.* os indivíduos realizaram:

8 séries de 6 RM no leg press,


4s de duração da fase excêntrica.

A taxa metabólica apresentou-se elevada por até 48h após o término da sessão

Ocorre quando há...


extenso distúrbio à homeostase, ou seja após sessões intensas e com um
componente excêntrico (indução de maior lesão muscular desarranjos e
rompimentos de miofilamentos, de linhas Z, de sarcômeros etc ) taxa
aumentadas de turnover protéico.

* Dolezal BA, Potteiger JA, Jacobse DJ, Benedict SH. Muscle damage and resting metabolic rate after acute
resistance exercise with an eccentric overload. Med Sci Sports Exerc. 2000; 32(7):1202-7
Intensidade
Aumentam magnitude e duração do EPOC (lactato, CP)
Sessões intensas
Gasto Energético da sessão
Recuperação (entre séries)
Aumentam magnitude do EPOC
20 – 30s
Maior Gasto Energético da sessão
Execução (velocidade)

Resultados ainda não conclusivos (poucos estudos) (pareado pelo tempo 2x1)

Número de séries Magnitude do EPOC


Séries Múltiplas
Maior Gasto Energético na sessão
Circuito ou Contínuo
Magnitude do EPOC
Circuito
Maior Gasto Energético na sessão
Valores de 6kcal à 114kcal e duração de 15min à 48h tem sido
reportados PQ?

1- Inúmeras possibilidades de combinações das variáveis no ECR.

2 - Carasterísticas individuais da amostra


•Idade
•Sexo (taxa metabólica de homens sempre maior valores absolutos)
•Nível de treinamento
•Massa livre de gordura

3- Para estimativa do gasto energ. uso do consumo de O2, entretanto


participação anaeróbia pode chegar a 39% (subestimar).
Fábio Santos de Lira et al. Consumo de oxigênio pós-exercícios de força e aeróbio:
efeito da ordem de execução Rev Bras Med Esporte vol.13 no.6 Niterói Nov./Dec. 2007

8 indivíduos (Sexo=M) (Idade=18-26)


Analisador de gases (VO2) (repouso e pós-exercícios)
Intervalo entre a sessões de 48h-5 dias

•Aeróbio 30 min (90% da veloc. correspond. ao limiar anaeróbio)


•Força 30 min (70% da carga máxima 12 repetições) 3 séries
•Aeróbio + Força 60 min (intervalo de 2 min)
•Força + Aeróbio) 60 min (intervalo de 2 min)

Aeróbio – Esteira
Força – Supino Reto/Cadeira Extensora/Puxador Costas/Mesa Flexora
Tempos analisados
T1=0-10min
T2=11-20min
T3=21-30min
•No período de 0-10 todas as situações
•No período de 11-20 apenas as que incluem treinamento de força
•No período de 21-30 apenas a combinação Aeróbio +Força
•Quando analisado os 30 min, apenas o aeróbio não proporcionou EPOC
Contudo, o gasto calórico resultante do EPOC é bastante reduzido nesse
período (15kcal ou 0,5kcal.min-1), indicando que seu impacto sobre o gasto
calórico total é baixo.
•As contribuições do EPOC parecem ser expressivas após sessões
intensas.

•Para indivíduos iniciantes e com sobrepeso é recomendado


sessões de menor intensidade

•Ou seja, indivíduos destreinados e com sobre-peso as sessões de


escolha são as de menor intensidade e maior volume, sendo que
posteriormente dependendo do progresso e regularidade do aluno,
pode haver um aumento na intensidade que poderia vir a contribuir
na perda de peso.

Antonio Gil Castinheiras Neto1 & Paulo de Tarso Veras Farinatti. CONSUMO DE OXIGÊNIO
APÓS EXERCÍCIO RESISTIDO: UMA ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE OS FATORES
DETERMINANTES DE SUA MAGNITUDE E DURAÇÃO, 2009.

Laforgia, J. , Withers, R. T. andGore, C. J.EFFECTS OF EXERCISE INTENSITY AND DURATION


ON THE EXCESS POST-EXERCISE OXYGEN CONSUMPTION, Journal of Sports Sciences, 24:
12, 1247 — 1264, 2006.
N= 28 adolescentes
Idade 12-14anos (obesos)
Período 16 semanas
3x/semana por 20-40min
Orientação Nutricional 1x/por semana 1h.
Grupos
GEC (caminhada contínua)
GEI ( corrida intermitente)

Renata Viccari Ribeiro et al. Efeito da atividade física associada à orientação alimentar em adolescentes
obesos: comparação entre o exercício aeróbio e anaeróbio Rev. Bras Med Esporte _ Vol. 10, Nº 5 –
Set/Out, 2004
GRUPO GEC
Treinamento Aeróbio
10 min aquecimento
20-40 min caminhada contínua 80-85% (VO2max) monitorada pela FC. Ao
final 15 min vôlei (motivação)

GRUPO GEI
Treinamento Anaeróbio (intervalado)
20-60 min corrida intermitente e circuito com pesos, grandes grupos
musculares (intercalando os dias) intensidade 95-105% (Vo2máx)
Primeiro mês 6 séries de 30s intervalo de 1 min (100m)
Final do treinamento 10 séries de 35s intervalo de 1 min (210m)
Os dois tipos de exercícios, aeróbios e anaeróbios,
associados à orientação alimentar, foram satisfatórios em
promover mudanças corporais e comportamentais
importantes.
N=30 mulheres (obesas)
Idade= 40 – 45anos
Grupo Controle (10)
Grupo Treinamento Aeróbio (10)
Grupo Treinamento Combinado (10)

Exercício Aeróbio ECR + EA


(movimentos corporais) •3 dias/semana
•6 dias/semana ECR 60 min/dia 60% de 1 RM 12 semanas
•Aquecimento 10min ECR 6o min/dia 70% de 1 RM 12 semanas
•Treinamento 60 min •3 dias/semana
•24 semanas 60-70%FCmax 60 min/dia 60% e 70 % FCmax.

Sang-Kab et al. The Effect of Combined Aerobic and Resistance Exercise Training on Abdominal Fat in Obese Middle-
aged Women Journal of Physiological Anthropology and Applied Human Science, (3) 129-135, 2003
Colesterol total
Apo-B HDL-c
TG Apo-A1
LDL-c Massa Magra (Combinado)
Gordura Visceral
Gordura Subcutânea
Cidade de Ribeirão Preto
N=50 mulheres (obesas), sendo que apenas 26 terminaram o estudo

GRUPO ER : n= 14 ; Idade=36anos; IMC=32 (obesidade grau 1)


GRUPO JOGG: n=12; Idade=37anos; IMC=29 (sobrepeso)

P/Ambos os Grupos
•Primeiro mês de treinamento 60 min x 3 dias/semana
•Segundo mês de treinamento 60 min x 4 dias/semana
•Reeducação Alimentar

Carlos Alexandre Fett et al. Exercício resistido vs jogging em fatores de risco metabólicos
de mulheres com sobrepeso/obesas. Arq. Bras. Cardiol. vol.93 no.5 São Paulo Nov. 2009
Intensidade 70-80% FCR Karvonen (FCR = ((FC max - FC basal) x 0,7 ou 0,8) + FC basal)

Sessão 1h (45min atividade e 15min aquecimento/resfriamento)

ER 15 estações de pesos circuito para os principais grupos musculares 30s de execução


(10 -20repetições/exercício) alternando com 30 segundos de caminhada ou jogging.

Jogging foi realizado na pista de atletismo com o indivíduo fazendo o exercício continuamente
por 45 minutos na intensidade programada.
Em resumo, uma combinação de redução de calorias e gordura na dieta, junto
com atividade física regular, melhorou os aspectos gerais da saúde e reduzem
os fatores de risco metabólicos nessas mulheres obesas. O grupo ER apresentou
melhores resultados em relação a perfil lipídico e flexibilidade e o grupo JOGG
em relação a níveis de glicose e pressão arterial diastólica

Esses resultados sugerem que a combinação de ER e exercícios aeróbicos é bem


tolerada e poderia ser melhor do que exercícios aeróbicos isolados para indivíduos
obesos, mas não resolvem o problema de baixa aderência aos programas de
reeducação comportamental.
As razões para as 24 desistências do estudo foram:

• baixa aderência aos protocolos (n=10; 06 no grupo ER e 04 no JOGG)


• dificuldades com o horário do programa de treinamento devido a
obrigações com trabalho ou família (n=6; 03 no ER e 03 no JOGG)
• doença na família (n=1; no grupo JOGG)
• queda (n=1; no JOGG)
• depressão e/ou ansiedade (n=6; 02 no grupo ER e 04 no grupo JOGG)
N= 10 mulheres
Idade=22,7
IMC=19,9

Metodologias Utilizadas

•Circuito (C)
•Séries Múltiplas Horizontais (SMH)

Reinaldo de Souza Vieira et al. GASTO ENERGÉTICO EM MULHERES


SUBMETIDAS A DIFERENTES METODOLOGIAS DE TREINAMENTO
RESISTIDO. R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 16, n. 2, p. 7-20, 2008
Programas neuromusculares utilizados
Foram utilizados dois programas de treinamento resistido, com cargas a 75% de 1 RM
e 10 repetições para cada um dos oito exercícios descritos a seguir:

a) Remada recurvada
b) Agachamento na barra guiada
c) Supino vertical
d) Cadeira extensora
e) Rosca bíceps com haltere
f) Elevação lateral com haltere
g) Cadeira flexora
h) Rosca tríceps na polia alta

Programa A: múltiplas séries horizontais


3 séries consecutivas do mesmo exercício intervalo ativo de 45s entre séries

Programa B: circuito
1 série dos 8 exercícios sem intervalo. Descanso ativo 3 min entre séries. Em seguida mais 2 séries
Concluiu-se que o gasto energético, avaliado pelo método de freqüência
cardíaca, utilizando-se as metodologias SMH e C, foi similar. Os resultados
indicaram que, quando na comparação do gasto energético de exercícios
resistidos, a variável intensidade não é tão importante como o volume. Isso
sugere que a prescrição de exercícios resistidos com o objetivo de redução de
peso corporal deve dar ênfase a um maior volume.
•Aumento Gasto Calórico
Taxa metabólica de repouso (aumento da massa muscular)
Aumento do EPOC
•Fortelecimento da musculatura esquelética
•Risco diminuido de lesões por impacto
•Característica generalizada (preparação cardiorespiratória e neuromuscular)
•Pode ter predominância Anaeróbia ou Aeróbia
•Aderência ao seu programa
•Resultados a curto prazo
•Intervalos maiores maior gasto energético
•Intervalos menores maior EPOC – melhora aptidão física
•Ambos contribuiem para redução do peso a longo prazo
Will
34 anos
1,70
90kg
IMC=31,1 - Obesidade Grau 1

Objetivo: PERDA DE PESO


Disponibildiade: 4x/semana 1h/dia
Meta Estipulada: 5kg em 3 meses (pode ser mantido em sigilo)
1kg gordura = 8000kcal x 5= 40.000Kcal
Estimativa do gasto energético pela FC
Trabalho mantendo 60-75%da FC
Durante 45min/dia
Estimativa de Gasto Energético Circuito* 0.133 Kcal (Kg/min) x T(min) x Peso T
0,133 Kcal(Kg/min) x T(45min) x Peso 90Kg = 538,65Kcal
568,65 x 5 dias/semana x 12 semanas = 32.319Kcal
Trabalho com cerca de 40 – 60% 1RM

*NOVAES, J.S.; VIANNA, J. M. Personal Training e condicionamento físico


em academia. Ed. Shape. Rio de Janeiro. 1998.
Micro 1 Segunda Terça Quarta Quinta Sexta
MESO 1 Micro 2 Segunda Terça Quarta Quinta Sexta
Adaptativo Micro 3 Segunda Terça Quarta Quinta Sexta
Micro 4 Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

MACRO Micro 1 Segunda Terça Quarta Quinta Sexta


3meses MESO 2 Micro 2 Segunda Terça Quarta Quinta Sexta
Condicionante Micro 3 Segunda Terça Quarta Quinta Sexta
Micro 4 Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

Micro 1 Segunda Terça Quarta Quinta Sexta


MESO 3 Micro 2 Segunda Terça Quarta Quinta Sexta
Choque Micro 3 Segunda Terça Quarta Quinta Sexta
Micro 4 Segunda Terça Quarta Quinta Sexta
EX: MESO 1 (Adaptativo) ---- MICRO 3

8 estações 3 séries de 45s com 60 min intervalo (40% de 1 RM) (lembrar da FC)

2 Membro Superior (Peito)


2 Membro Superior (Tríceps)
2 Membro Inferior (anterior)
2 Abdominal

42 min tempo total do treino.


Aeróbio de 15 min.
1h
EX: MESO 2 (Condicionante) ---- MICRO 4

10 estações 3 séries de 60s com 30s intervalo (50% de 1 RM) (lembrar da FC)

2 Membro Superior (Costas)


2 Membro Superior (Bíceps)
2 Membro Inferior (anterior)
2 Membro Inferior (posterior)
2 Abdominal

45 min tempo total do treino.


+ Aeróbio de 15 min.
1h
EX: MESO 3 (Choque) ---- MICRO 3

12 estações 3 séries de 45s com 45s intervalo (60% de 1 RM) (lembrar da FC)

2 Membro Superior (peito)


2 Membro Superior (costas)
2 Membro Superior (bíceps e tríceps)
1 Membro Superior (ombro)
2 Membro Inferior (anterior)
1 Membro Infeiror (posterior)
2 Abdominal

50 min tempo total do treino.


A efetividade de qualquer programa de treinamento está
na aplicação correta de princípios científicos na sua
organização, controlando muito bem sua variáveis como:
intensidade, volume, intervalo de descanso e frequência
de treinamento, aplicando alguma forma de periodização.

(BARBANTI, 2004)

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