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Era crença comum na Idade Média que o mundo acabaria no ano 1000. Sabemos
que isso não ocorreu. Na verdade, essa época assinalou o ressurgimento do
comércio e o início das transformações gerais pelas quais a Europa passou ao
longo do período que se iniciou no século XII e se estendeu até o século XVI
(época do descobrimento do Brasil).
Até o século XI, o mar Mediterrâneo foi controlado por árabes e bizantinos.
Os árabes compreendiam vários povos que ocupavam a Arábia, uma região do
Oriente Médio, predominantemente desértica, com poucas terras férteis. A
principal atividade econômica desses povos era o comércio, controlado pelas
elites dirigentes das cidades. As contínuas lutas internas prejudicavam em
demasia o comércio. Será apenas no século VII, com Maomé, fundador de uma
nova religião, o islamismo, que ocorrerá a unificação dos povos dispersos nos
desertos e nas cidades árabes.
A expansão do islamismo pelas armas fez com que os árabes ampliassem seu
domínio comercial sobre o Mediterrâneo, onde, segundo afirmava um historiador
muçulmano, 'ós crístãos não conseguem fazer flutuar sequer uma tábua'. Essa
observação dá a exata medida da força muçulmana naquela região até o início
das Cruzadas. Os árabes conquistaram todo o Império Persa, o Mediterrâneo, o
Norte da África e a Península Ibérica.
O nascimento de Portugal
Ao longo dos séculos, o território português tinha sido ocupado por gregos,
cartagineses (vindos da atual Tunísia,Norte da África), romanos, povos
germânicos e árabes. No século XII, os descendentes desses povos estavam
socialmente divididos em 'grandes ', ou 'imunes ', e 'iniúdos ', ou "vilões
', e "semi-servos". Os grandes - clero e nobreza - eram imunes porque os
rendimentos de seus bens estavam isentos de quaisquer pagamentos aos reis.
Os servos eram homens ligados à terra. Embora não fossem escravos não podiam
ser vendidos -, os servos faziam parte das terras conquistadas ou doadas pelo
rei a algum nobre. Tinham a subsistência garantida pelo senhor, mas nada
recebiam por seus serviços. No caso de Portugal, os servos, a partir do
século XII, foram se transformando em colonos livres, ou semi-servos, pois
passaram a receber dinheiro (moedas) pelo trabalho produzido.
Essa evolução foi conseqüência indireta dos constantes ataques árabes, que
obrigavam as populações portuguesas a organizarem a economia de maneira
centralizada.
Em 1383, com a morte de dom Fernando - último rei da familha dos Borgonha -,
teve início a crise monárquica em Portugal, que terminaria com a subida ao
trono português de outra familia lusitana através de uma revolução.
Dom Fernando não teve herdeiro varão. Do primeiro casamento com dona Leonor
deles nascera dona Beatriz, que se casou com dom João, rei de Leão e Castela.
O monarca castelhano ambicionava anexar Portugal aos seus domínios mas dom
Fernando, antes de falecer, obrigou-o a assinar um contrato de casamento pelo
qual ficava estabelecido que o primeiro filho do casal seria rei de Portugal,
abrindo mão do trono de Castela. Enquanto isso, dona Leonor ficaria como
regente.
A rota das Índias pelo Atlântico era muito mais lucrativa do que pelo
Mediterrâneo, que incluía um longo trecho por terra. A primeira viagem de
Vasco da Gama foi exemplar para a economia portuguesa: obteve-se um lucro de
6 000%. Veneza jogava no mercado europeu 420 mil libras de pimenta por ano.
Vasco da Gama, com um navio apenas, jogou 200 mil libras no mesmo mercado. As
viagens pelo Atlântico eram mais longas, mas os lucros compensavam à medida
que as transações comerciais cresciam.
A escola de Sagres:
Ao longo dos séculos XN, XV e XVI, os europeus perceberam que a ajuda divina
e da Igreja não eram suficientes para suas vidas. Era necessário um esforço
pessoal nos empreendimentos comerciais, na produção agrícola, no domínio da
natureza, no conhecimento de técnicas marítimas. Os homens começavam a
acreditar em si mesmos. Perceberam que de sua fraqueza diante da natureza
nascia a força para dominá-la. O teocentrismo medieval dava lugar ao
antropocentrismo renascentista: o homem era agora a medida de todas as
coisas, isto é, pelas próprias forças ele poderia conquistar o mundo.
Ó Mar Salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Se a alma não é
pequena. Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão
rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar!
Essa madeira já era conhecida pelos europeus, que a utilizavam como corante
na indústria têxtil. Até então, o produto vinha do Oriente. O rei de Portugal
firmou um contrato com mercadores para a exploração do pau-brasil nas novas
terras.
O negro ou era caçado como animal pelos comerciantes portugueses com o uso
da violência ou trocado com os chefes das tribos por produtos de pouco valor,
como fumo, armas de fogo etc.
Nos porões dos navios negreiros (os chamados tumbeiros) a viagem era
difícil, havia pouca comida (em geral, banana e água). Eram comuns as
epidemias, que chegavam a matar metade dos prisioneiros.
A vida dos negros nas colõnias era ainda mais cruel que as viagens.
Submetidos, em média, a catorze horas de trabalho diário, poucos sobreviviam
mais que cinco a doze anos. Plantio da cana, colheita, moagem eram as
atividades cotidianas. "Os negros são as mãos e os pés dos senhores de
engenho." Essa frase do jesuíta Antonio - que escreveu sobre as condições
sociais, económicas e políticas do período colonial - expressa a dependência
total que os proprietários dos engenhos tinham em relação aos escravos
africanos.
Brasil holandês
Expulsão e crise
A era do couro.
Estabelecer um curral de gado exigia o trabalho aproximado de oitenta
vaqueiros. Era necessário amansar os bois para acostumá-los às pastagens.
Depois disso, apenas dez peões chefiados por um vaqueiro davam conta do
trabalho de ferrar os bezerros, tirar-lhes as bicheiras, realizar as
queimadas dos campos na estação apropriada, matar onças, cobras, lagartos,
morcegos, abrir bebedouros.
Couro e sebo dos bois sulinos e nordestinos eram exportados para a Europa.
Os pecuaristas do Sul vendiam também às Minas Gerais cavalos, muares (mulas)
e gado bovino, para o transporte do ouro até o litoral fluminense (Rio de
Janeiro) e para a alimentação.
As "drogas" do Amazonas
Todas essas unidades eram muito especializadas (as pessoas envolvidas com a
mineração dedicavam-se exclusivamente à procura do metal precioso), exigindo
a presença de outros setores que se dedicassem à produção de bens e serviços.
Desenvolveu-se, assim, em pleno século XVIII, um incipiente mercado interno
em torno das Minas Gerais.
Duas rotas davam acesso às Minas Gerais, no final do século XVII: o caminho
geral do sertão e o do rio São Francisco. O primeiro era mais curto, mas
atravessava regiões montanhosas, que, em determinados trechos, só eram
transitáveis a pé ou com o recurso de cavalos e mulas muito fortes. O segundo
era mais longo, porêm vantajoso, porque o terreno era menos acidentado, além
da água e alimentos facilmente encontráveis nas fazendas de gado espalhadas
ao longo das margens do rio São Francisco.
Por esses caminhos formaram-se cidades, vilas, locais para pouso e ranchos.
Eram as chamadas '1eidades viajantes ', isto é, locais que ofereciam uma
série de serviços aos viajantes rumo às minas. Pouso Alegre, Passo Fundo,
Moji-Mirim, Moji- Guaçu, foram cidades fundadas a partir de prestações de
serviços às Gerais.
A circulação por estas cidades criou a figura dos tropeiros, isto é, homens
que conduziam mulas, jumentos, bois, cavalos, por trilhas e encostas difíceis
da Serra da Mantiqueira e da Serra do Mar.
Por outro lado, o minerador era obrigado pelo Pacto Colonial (a colônia só
podia comprar da metrópole) a adquirir as mercadorias da burguesia
metropolitana portuguesa. Esta, como foi dito, era forçada a comprar dos
ingleses os artigos posteriormente revendidos aos colonos brasileiros.
A caça à baleia tornou-se uma atividade produtiva nos séculos XVII e XVIII.
Desse animal marinho extraía-se a carne para o alimento, o óleo para
iluminação, matéria-prima para objetos artesanais e argamassa (misturada com
cal) para construção. A Coroa monopolizou a caça à baleia até o início do
século XIX, quando a diminuição desse animal em águas territoriais
brasileiras desinteressou a metrópole, que aboliu o controle estatal.
O caso da Europa
Tomás Beckman seguiu para Lisboa com os jesuítas a bordo, para explicar os
motivos da revolta às autoridades lusitanas. Mas Gomes Freire de Andrada,
nomeado governador do Maranhão em 1685, prendeu e enforcou os lideres Manuel
Beckman e Jorge Sampaio, e deportou outros revoltosos, liquidando com o
movimento. Mas um dos objetivos dos maranhenses foi alcançado: a Companhia de
Comércio do Maranhão foi extinta por ordem real. Os jesuítas, por sua vez,
voltaram à região para continuar a catequese.
Os tratados de fronteiras
Como sempre, assinar um tratado no papel foi mais fácil do que colocar em
prática o cumprimento do acordo. De um lado, os jesuítas espanhóis se
recusaram a mudar suas missões para o outro lado do rio Uruguai, entregando o
território aos portugueses. Por outro, os comerciantes lusitanos e espanhóis,
estabelecidos em Sacramento com operações lucrativas de contrabando, se
indispuseram com as autoridades portuguesas e espanholas. Esses comerciantes
incentivaram os índios guaranis a se rebelarem contra as demarcações em suas
terras. Os jesuítas ficaram divididos entre "a cruz e a espada". Alguns
submeteram-se às ordens dos reis, outros ficaram com os guaranis e ajudaram a
organizar a resistência armada contra as coroas ibéricas. Esses conflitos na
região dos Sete Povos das Missões, que compunham a república dos índios
guaranis, denominaram-se guerras guaraniticas e terminaram com a destruição
das missões e o aniquilamento dos índios.
As reformas de Pombal
Em 1777, com a morte de Dom José I, subiu ao trono lusitano dona Maria 1.
Essa rainha representava os interesses daqueles que se sentiram prejudicados
pela política pombalina: comerciantes que não tinham obtido privilégios,
padres, nobres descomprometidos com o governo anterior e, principalmente, dos
ingleses, cuja dominação econômica sobre Portugal havia sido ameaçada pela
política pombalina. A queda de Pombal do posto de primeiro-ministro foi
inevitável.
Por outro lado, nem sempre foi possível cumprir as ordens do rei na colôniá.
A grande distãncia da metrópole, as condições concretas de produção das
mercadorias, as diferenças regionais entre o Nordeste agrário, que produzia
para o mercado externo, e o Sudeste (São Vicente), que tentava sobreviver com
enormes dificuldades, impediram o cumprimento das decisões portuguesas.
Nos séculos XVI e XVII, a administração metropolitana foi ineficiente para a
produção açucareira, porque não fornecia escravos negros com regularidade e
porque a anexação de Portugal à Espanha desorganizou o comércio do açúcar. No
século XVIII, a administração portuguesa tornou-se caótica e confusa devido
ao aumento da burocracia (intendentes, fiscais, cobradores, funcionários para
vigiar funcionários), o que permitiu a corrupção e o contrabando e acabou
provocando movimentos de rebeldia.
Sociedade européia
Por causa das guerras, montavam-se sistemas de alianças que procuravam unir
várias tribos frente a um inimigo poderoso. Essas alianças eram fortes mas
momentâneas, ultrapassado o perigo comum, as tribos retomavam suas atividades
diarias. A fragilidade dessas alianças, exatamente pela sua curta duração,
foi muito utilizada pelos colonizadores europeus, para colocar uma tribo
contra a outra e tirar vantagens do enfraquecimento de ambas.
Formação básica
Os quilombos
Do outro lado da escala social estava o senhor de engenho. 'É título a que
muitos aspiram porque traz consigo o ser servido, obedecido e respeitado de
muitos.' Um mundo oposto ao da senzala - mas totalmente dependente dele - era
o mundo da casa-grande, do proprietá- rio do engenho, ao qual todos deviam
obediência: o patriarca. Este impunha respeito e medo até em sua familha,
sendo comum ter várias comborças (amantes negras). Na casa-grande, havia
também as mucamas (escravas domésticas), que ajudavam a sinhá-dona (mulher do
patriarca) nas tarefas caseiras. A sinhá, submissa, obediente e temerosa do
senhor de engenho, ensinava as suas filhas, as sinhazinhas, no aprendizado
das prendas domésticas (bordado, preparação do enxoval para o casamento).
Os chefes dos vaqueiros recebiam dos proprietários das fazendas uma pequena
propriedade de terras, onde produziam para sua própria sobrevivência, além de
terem o direito a um certo número de crias e a um salário anual estabelecido
com o dono da fazenda. ' Ésses homens rudes e duros. muitas vezes escravos
fugidos das fazendas do litoral, foram os verdadeiros conquistadores do
sertão, abrindo caminhos. fundando povoados e ocupando áreas antes totalmente
virgens da presença dos colonizadores."
O sul do país, que se estende além dos Campos Gerais, foi ocupado e
colonizado de maneira bem diversa da do Nordeste e região das Minas. Zona de
intensos conflitos entre portugueses e espanhóis, era habitada por homens
guerreiros e aventureiros.
Sociedade mineradora
Por outro lado, nas Minas, existiam indivíduos que exerciam uma variada gama
de profissões, mas que lhes permitiam, no máximo, sobreviver numa região rica
em ouro, prata e diamantes. Esses indivíduos formavam as camadas médias ou
intermediárias da sociedade mineira: eram os artistas, artesãos, pequenos
comerciantes, militares de baixa patente e pequenos mineradores (os chamados
faiscadores ou garimpeiros).
E importante lembrar que uma análise da vida social das regiões auríferas do
século XVIII permitia considerar "uma economia de baixos niveis de renda.
distribuidos de maneira menos desigual do que na região açucareira.
originando. pelo seu baixo poder de concentração. uma estrutura social mais
aberta. Daí o número de pequenos empreendedores e o mercado maior constítuído
pelo avultado contingente de homens livres - homens esses. entretanto. de
baixo poder aquisitivo e pequena dimensão econômica. A constituição
democrática da formação social mineira poderia assim se reduzir numa
expressão: um maior número de pessoas dividia a pobreza."
Novos valores na Europa moderna Renascimento e humanismo
A imitação dos valores 'não seria a mera repetição dos gregos e romanos, mas
a busca de inspiração em seus atos. suas crenças, suas realízações, de forma
a sugerir um novo comportamento do homem europeu. Um comportamento calcado na
determínação da vontade, no desejo de conquistas e no anseio do novo."
(Nicolau Sevcenko, O Renascimento). A glorificação do homem caracterizou o
antropocentrismo (o homem como centro das indagações e preocupações).
Por outro lado, a Igreja Católica passava por uma profunda crise de
disciplina e organização. Vários membros do clero, que ocupavam cargos
mediante o pagamento de enormes quantias, viviam de forma ostensivamente
mundana, causando descrédito à instituição. Para manter todo esse luxo e essa
riqueza, cobrava dizimos sobre qualquer propriedade ou renda financeira dos
fiéis e traficava relíquias e as chamadas indulgências.
Preste atenção nestes trechos: "(...) Os outros dois que o capitão teve nas
naus, aos quais deu o que já foi dito (carapuças), nunca mais aqui
apareceram, fatos que me induzem a pensar que se trata de gente bestial e de
pouco saber, e por isso mesmo tão esquivas. Mas apesar de tudo isso andam
bemcurados e muito limpos (...) Parece gente de tal inocência que. se nós
entendêssemos a sua fala e eles a nossa. seriam logo cristãos... "(...) Não
duvido que eles, segundo a santa tenção de Vossa Alteza. se farão cristãos e
hão de crer na nossa santa fé, à qual praza o Nosso Senhor que os traga,
porque certamente esta gente é boa e de bela simplicidade."
É bom lembrar que a aprendizagem das letras era considerada "coisa de homem"
, enquanto a mulher deveria aprender apenas o trabalho doméstico. "Mais que
isso era coisa do demônio", já que sabedoria e desobediência andariam juntas,
segundo a maneira de pensar dominante. A função da mulher, no período
colonial, criou traços culturais que se prolongaram até nossos dias.
Por sua vez a sinhazinha, filha da sinhá, deveria ser mantida virgem a todo
custo, pois a ausência de mulheres brancas fazia com que as moças tivessem um
valor de troca: serviam para altas negociações casamenteiras que ampliavam
fortunas e garantiam a posse da propriedade. Essa ausência de mulheres
brancas explica-se pelo fato de os portugueses raramente trazerem suas
mulheres e familias para a colônia. Por outro lado, foi muito comum, nos
primórdios da colonização, a união eventual de portugueses com mulheres
indígenas, e, mais tarde, com escravas negras.
Nesse contexto, a prática dos cultos africanos tornava-se, para o negro, uma
forma de resistência à dominação. A macumba, a reza, a batucada, a dança e o
canto serviam não só para aliviar os sofrimentos da escravidão, mas também
significavam uma espécie de ritual para promover as fugas, a contestação, a
insubordinação.
A recriação do modo de vida da África não era, no entanto, fiel aos rituais
africanos, pois, além de os negros quilombolas serem de regiões diferentes,
com ritos distintos, a religião católica marcara o dia-a-dia dos escravos.
Eram comuns imagens de santos católicos nos quilombos. Para os negros, porém,
esses santos tinham sig nificados diferentes que para os cristãos. A
associação e a convivência entre os deuses negros e os santos católicos criou
o "sincretismo religioso': isto é, a fusão entre os rituais brancos, negros e
indígenas, dando origem a várias formas religiosas como umbanda, candomblé e
quimbanda.
Por outro lado, os santos católicos eram cultuados nas capelas de construção
obrigatória nos engenhos e na formação das vilas e cidades brasileiras. As
missas e festas religiosas marcavam a presença dos laços europeus na colônia.
Além disso, a vida cultural dos brancos girava em torno dos colégios fundados
pelos jesuítas.
literatura brasileira
É fundamental percebermos as
transformações ocorridas com a Revolução
Industrial:
Queda da Bastilha
Fases da Revoluçáo
Era napoleônica
Na Itália, as características do
movimento de 1848 foram simultaneamente
liberais e nacionalistas. O nacionalismo
apareceu quando os italianos procuraram
eliminar a dominação austríaca em duas
regiões: Lombardia e Veneza, dando
início ao processo de unificação da
Itália. A revolução teve a liderança do
rei da Sardenha- Piemonte, que pretendia
expulsar os austríacos. O movimento
fracassou e o rei abdicou do trono em
favor de seu filho, Vítor Emanuel II,
que em 1870 unificou a Itália
coroando-se seu primeiro rei. O caráter
liberal do movimento se expressou na
pressão para obrigar os governantes a
conceder à sociedade italiana uma
constituição.
- renovavam-se os direitos de
permanência da Inglaterra na ilha da
Madeira e os ingleses teriam um porto
neutro na ilha de Santa Catarina, no
Brasil;
As incipientes tentativas
manufatureiras não obtiveram grande
êxito; por um lado, a escravidão impedia
o desenvolvimento fabril, na medida em
que o escravo não era consumidor. Por
outro lado, havia o problema da poderosa
concorrência inglesa, favorecida pela
abertura dos portos e pelos tratados de
1810. Dessa forma , o escravismo e o
imperialismo britânico transformaram o
alvará de 1 de abril em lei apenas no
papel.
Economia do Império
A solução cafeeira
O desenvolvimento da cafeicultura
possibilitou a modernização das lavouras
e fortaleceu-se graças a certas medidas
favoráveis à economia brasileira. Em
1844 foi criada a tarifa Alves Branco,
que elevou de 15% para 30% os direitos
alfandegários, aumentando os recursos
financeiros do Estado e dinamisando o
mercado produtor interno. Em 1850 foi
abolido o tráfico negreiro, pela lei
Eusébio de Queirós; essa medida permitiu
liberar capitais, antes concentrados na
aquisição do braço africano, para
aplicação no mercado interno.
O IMPÉRIO É A ORDEM
O descobrimento e a conseqÜente
exploração das terras americanas pelos
europeus relacionou-se, em um primeiro
momento, com a formação do Estado
moderno absolutista e de organização
centralizadora. A seguir, as poderosas
classes mercantis associaram- se à Coroa
no processo colonizador. De um lado, as
Coroas européias interessavam-se pela
expansão de seus domínios territoriais e
pelas rendas obtidas graças àos produtos
coloniais. De outro, as classes
mercantis e os banqueiros precisavam do
apoio dos reis para garantir o controle
do mercado (através dos exércitos
reais), como condição fundamental para
assegurar a acumulação de capitais - a
política mercantilista foi a prática da
união de interesses entre a burguesia
comercial e o rei.
Período joanino
Insurreição Pernambucana
A Confederação do Equador
O reconhecimento da independência
O fortalecimento do executivo no
governo de Dom Pedro II foi diferente do
de Dom Pedro I; no Segundo Reinado, o
poder moderador estava em harmonia com
os interesses dos partidos políticos,
que passaram a se revezar no poder. O
revezamento trazia a "estabilidade
política" necessária à monarquia, cujo
modelo político era a centralização
administrativa do Império.para atender
aos proprietários de terra e de
escravos. De um lado, o revezamento era
possível porque os dois partidos se
assemelhavam. De outro, o revezamento
limitava, a nível local, a autonomia dos
senhores rurais que, por isso,
precisavam sempre recorrer ao poder
central. Através da centralização
política, o Império representava a
"ordem", que fora tão ameaçada nos
períodos de Dom Pedro I e das regências.
O Império era a ordem porque garantia a
indispensável tranqüilidade para a
aristocracia rural exercer o poder em
seu benefício.
ELEIÇOES (censitárias)
Setembrada (1831)
Novembrada (1831)
Abrilada (1832)
Cabanagem (1835-1840)
Balaiada (1838-1841)
Carneiradas (1834-1835)
Capitalismo liberal
crescimento capitalista
Nacionalismo e militarismo
O militarismo e o nacionalismo
contribuíram para a ascensão das classes
burguesas na formação da sociedade
capitalista. Enquanto o nacionalismo
fornecia ó suporte ideológico para a
derrubada dos resquícios do feudalismo,
o militarismo garantia a estruturação do
capitalismo na Europa pela força das
armas, ao mesmo tempo que assegurava
contingentes de controle das colônias
exploradas pelas potências capitalistas.
Nacionalismo, militarismo,
imperialismo, corrida armamentista e
expansão dos exércitos criavam um clima
de crescente agressividade. Era a "paz
armada".
Euforia frágil
Paralelamente, as
empresasnorte-americanas passaram a
dedicar-se mais à especulação do que à
produção. As ações das empresas eram
valorizadas artificialmente, deixando de
corresponder ao capital que tais
empresas realmente possuíam. A classe
média começou então a aplicar suas
economias em ações, na esperança de
ganhar dinheiro fácil.
A política e a sociedade
Nascimento do proletariado
- estabelecimento de contratos de
trabalho.
O socialismo científico
As principais reivindicações do
operariado no século XIX são de conteúdo
trabalhista: salários, condições de
trabalho, liberdade de organização e
dignidade para sobreviver. Nesse
contexto, o Manifesto Comunista de Marx
e Engels foi rapidamente assimilado
pelos núcleos operários europeus. Mas as
lutas e diretrizes do movimento operário
internacional exigiam maior coesão,
perspectivas comuns e troca de
experiências.
A Revoluçáo Russa
A gestação da revolta
No início do século XX, a Rússia era um
enorme território controlado por uma
aristocracia conservadora baseada numa
economia predominantemente agrária. Sua
população era de mais de 100 milhões de
habitantes, na grande maioria miserável,
marginalizada, controlada pela ideologia
conservadora da Igreja ortodoxa russa e
submetida, por mais de trezentos anos,
ao poder da dinastia Romanov, que teve
em Nicolau II seu último representante.
Industrialização regional
Os investimentos estrangeiros
predominavam na formação da
infra-estrutura urbana. Em 1901,
capitais ingleses, belgas e franceses
instalaram a primeira usina elétrica em
São Paulo. Em seguida, em 1904, capitais
canadenses e ingleses organizaram a
Light Power, que explorou os serviços
urbanos de gás, energia elétrica,
esgoto, água, transporte e telefone no
eixo São Paulo - Rio de Janeiro,
enquanto os Estados da Bahia, Paraná,
parte de Minas Gerais, Santa Catarina e
Rio Grande do Sul eram abastecidos por
outra companhia, também inglesa.
As medidas beneficiaram os
cafeicultores, ao mesmo tempo que
comprometeram o desenvolvimento do país,
porque não havia capital para investir
em outras áreas. Os efeitos dessa
valorização do café foram sentidos em
1909, pois os preços internacionais do
produto aumentaram, provocando uma
elevação das arrecadações dos setores
exportadores e um aumento das
importações de bens de consumo (sapatos,
chapéus, velas, lonas, betume, óleo de
linhaça etc.) e de alimentos (manteiga,
óleo, bebidas em geral).
- Acumulação de capitais: os
cafeicultores paulistas diversificaram
amplamente as aplicações dos capitais
que ganhavam com as exportações,
abrangendo um grande leque de
investimentos, desde a fabricação de
tecidos de algodão e juta, até o
comércio (empresas de
exportação/importação, bancos,
ferrovias), passando pelas instalações
de indústrias metalúrgicas (maquinário
para agricultura, para beneficiamento
agrícola, ferramentas, equipamentos de
transporte como vagões, carroças, barcos
etc.). E assim o parque industrial de
São Paulo sobrepujou o resto do país - e
as instalações urbanas da cidade
conheceram grande desenvolvimento
(imóveis, empresas de serviços públicos,
além das indústrias de transformação).
Federalismo e autonomia
O fim da Monarquia
O começo da República
Intimada pelos militares, a familia
imperial deposta teve que deixar o
Brasil. Se, por um lado, não houve
manifestações de grande apoio popular à
República, por outro não ocorreram
reações importantes contrárias à
proclamação.
Os republicanos históricos ou
positivistas defendiam uma república
militar e autoritária, um regime de
ditadura política para promover o
progresso do Brasil. Segundo eles;'o
Esército deveria ter uma posição
importante na direção do Estado na
República, gerando a ordem necessária ao
progresso capitalista. Os militares eram
'puros e patriotas; enquanto os civis,
'os casacas; eram corruptos e sem nenhum
sentimento patriótico".
- Presidencialismo: o presidente da
República tornava-se o chefe da
Federação, podendo interferir nos
Estados, quando algum deles apresentasse
tendência de separação, ou ainda no caso
de invasão externa. Uma última
atribuição presidencial era a de
intervenção nos conflitos entre os
Estados. No caso de impedimento do
presidente, seu cargo seria ocupado pelo
vice-presidente. O presidente ocuparia o
cargo por quatro anos, ficando
impossibilitado de reeleger-se por um
outro período imediato.
Os paulistas no poder
do presidente da República.
Café-com-Leite e coronelismo
As origens do coronelismo
A descoberta da vulcanização da
borracha (mistura do látex com enxofre e
outros procedimentos que dão resistência
ao material), feita em 1842 pelo
norte-americano Charles Goodyear,
possibilitou a industrialização desse
produto. Assim, o desenvolvimento da
indústria automobilística no início do
século XX transformou a borracha numa
matéria-prima fundamental, pois passou a
ser usada para fabricar pneus.
Promovendo a substituição de
oligarquias no poder, o novo bloco
político sedimentou velhas disparidades
sociais e fomentou ódios e conflitos
locais para beneficiar novos grupos
latifundiários. Esse esquema de
substituição de oligarquias por outra
com ajuda das tropas federais foi
chamado de política de salvação
nacional. As Forças Armadas eram usadas
para garantir a deposição de politicos e
governadores de Estado que não se
alinhassem com o governo federal,
substituindo-os por interventores.
A sucessão de Hermes
À crise da oligarquia
Os erros acumulados e o
descontentamento geral tiveram uma
conseqüência imediata: no início de
1921, as oligarquias paulistas e
mineiras anicularam rapidamente a
sucessão de Epitácio. As lideranças
políticas do Café-com-Leite escolheram o
mineiro Artur Bernardes para substituir
o latifundiário paraibano. Mas, ao mesmo
tempo, já acertaram previamente que o
paulista Washington Luís seria o
sucessor de Bernardes.
eu oriento o carnaval
eu inauguro o monumento
no planalto central
do pais"
(Caetano Veloso)
Os rebeldes da terra
Os rebeldes do mar
A ação tenentista
As cidades se modernizam
Futebol e samba
Nasce o populismo
As ideologias em crise
A industrialização retardatária
1968-1980: consolidando as
transformações
A montagem do "milagre econômico" Todo
esse processo conduz necessariamente à
constatação de que o período de 1957 a
1967 integrou definitivamente o mercado
nacional aos quadros internacionais do
capital monopolista. Segundo o
economista Paul Singer, as relações da
economia brasileira com o resto do
mundo, vale dizer, com as nações
capitalistas, sofreram mudanças
significativas.
- reconcentração da renda;
Crise do "milagre"
- o endividamento externo ;
Falência do cruzado
A ERA VARGAS
- a continuação do federalismo;
A experiência do BOC
Implantação da ditadura
Em 2 de novembro de 1943, os
oposicionistas conseguiram organizar, em
Minas Gerais, com a adesão de numerosos
setores (advogados, escritores,
jornalistas, intelectuais, engenheiros,
professores, médicos, banqueiros)
bastante representativos das aspirações
da classe média, o lançamento do
Manifesto dos Mineiros, exatamente na
data de comemoração dos treze anos da
Revolução de 30.
O isolamento de Vargas
Queda da ditadura
DO POPULISMO A DITADURA
Os defensores da industrialização
nacionalista apegavam-se à ilusão de que
o desenvolvimento levaria à emancipação,
ao mesmo tempo e com igual resultado, o
país e classe trabalhadora. A
mobilização das massas - atravéz de
comícios, sindicatos e do PTB -
tornou-se o principal instrumento de
pressão dos populistas contra a oposição
conservadora: os setores
agroexportadores, os importadores, as
parcelas mais tradicionais da classe
média, os representantes do capital
estrangeiro e as facções (grupos) "mais
retrogrados" (mais conservadores e
contrarios) das forsas armadas.
O NACIONALISMO VARGUISTA
A tentativa de golpe
1956-1961 - O governo JK
Em contrapartida, o governo JK
permitia, sem fiscalização, imensas
remessas de lucros das empresas
estrangeiras no país, como forma "de
tornar mais atraente o país para as
outras nações", como chegou a declarar
um dos colaboradores de JK.
No entanto, a prática
desenvolvimentista de JK fazia
exatamente o contrário: reforçava a
industrialização nas regiões
tradicionalmente de produção fabril,
notadamente São Paulo. Além disso,
baseados em padrões tecnológicos do
capitalismo europeu e norte-americano,
os novos rumos industriais (automóveis,
eletrodomésticos, têxteis, sintéticos
etc.) absorviam limitadamente a
mão-de-obra disponivel e acentuavam o
caráter concentracionista e
internacionalizado da economia
brasileira. Seus beneficios estendiam-se
à burguesia e às camadas médias de alta
e média renda (engenheiros, analistas,
técnicos etc. Os únicos com acesso às
novas maravilhas da indústria moderna.
O indeciso Jãnio
Os conservadores, rapidamente, se
mobilizaram contra a posse de Jango. As
correntes direitistas, como o jornal O
Estado de S. Paulo, que se tornou um dos
porta-vozes desses grupos, e setores
militares tramavam para impedir que João
Goulart assumisse a presidência,
acusando-o de esquerdista e aliado dos
comunistas. O Estado exigia em seus
editoriais que o Congresso modificasse a
emenda da Constituição que concedia ao
vice-presidente o direito de suceder ao
presidente.
O retorno ao presidencialismo
A modernização conservadora
Em 1975, o descontentamento da
oficialidade mais radical manifestou-se
através das prisões em massa realizadas
pelo comandante do II Exército, general
Ednardo D'Ávila de Mello, que
arbitrariamente prendeu professores,
intelectuais, jornalistas, engenheiros,
médicos e operários, submetendo-os a
torturas nos porões do DOI-CODI
(organismo de espionagem dos setores
militares).
O fechamento do Congresso
A administração Figueiredo
responsabilizou-se pelas tentativas de
transição democrática entre um regime de
ditadura e um de liberdade democrática
calcada em leis e na participação
popular. Diante dos primeiros sinais
democráticos, os grupos conservadores
mais radicais começaram com ações
terroristas contra a efetivação da
abertura política.
O atrelamento sindical
A partir do golpe de 37 e da
instituição do Estado Novo, o governo
Vargas assumiu uma identidade política
bem definida. Em termos ideológicos,
abandonou os traços liberais dos
primeiros anos "revolucionários",
aproximando-se de um nacionalismo
radical e de uma estrutura de Estado
totalitário, calcado nos moldes
fascistas. Passou a apoiar-se numa
facção da burguesia industrial e
comercial, nos quadros burocráticos
vindos de camadas médias e no aparelho
policial-repressor. A esses componentes,
agregava um paternalismo autoritário nas
suas relações com o operariado.
A Constituição de 37 consagrava o
perfil centralizador e fascistizante do
Estado Novo. Na parte trabalhista, essa
Constituição incorporava princípios da
Constituição fascista italiana,
proibindo greves, manifestações e
passeatas, além de atrelar os sindicatos
operários ao Estado.
O processo de organização do
proletariado
O movimento operário
Da urbanização à industrialização e à
expansão da estrutura de serviços no
Brasil contemporâneo, o processo de
modernização abriu para as camadas
médias oportunidades de mobilidade e
ascensão social. No entanto, o quadro já
restrito desse processo em relação à
totalidade da sociedade brasileira -
caracterizada por violentas
desigualdades sociais expressas no
modelo de concentração da renda - vem
sofrendo uma redução ainda mais
drástica com a quase estagnação da
economia e com o fechamento gradativo do
mercado. A perda de poder aquisitivo
motivada pela inflação e pela contenção
dos salários completa dramaticamente o
quadro atual.
Os anos 40 - o "americanismo" e o
Brasil: a chegada do Zé Carioca
Os conturbados anos 40 foram o palco da
II Guerra Mundial e de suas
conseqüências. A principal delas foi a
divisão do mundo em dois grandes blocos
econômicos e Ideológicos: EUA e URSS,
iniciando o período que se convencionou
chamar de guerra fria. Uma série de
expurgos e de sectarismos ideológicos
marcou esse período, e o Brasil não
fugiu à regra.
Nacionalismo cultural
Os loucos anos 60
Novos talentos
Tortura e TV em cores
Os anos 80
O diálogo cultura-sociedade
Em contraposição, a universidade
adquiria uma presença decisiva na vida
intelectual brasileira, com ênfase
especial para a Universidade de São
Paulo, que na década de 30 realizava um
intenso programa de intercâmbio com as
universidades francesas. Por fim, a
própria americanização pode ser vista
também como a conseqüência da
modernização do país e de seu ingresso
nos padrões de consumo do mercado
internacional.