Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Página 1
1 MODULAÇÃO DIGITAL
A = amplitude
D = duração
A T = período
A partir da figura vista acima, vê-se que podemos variar três componentes do trem de
pulsos para imprimir uma informação. Assim, variando amplitude, período ou a duração do
pulso, podemos "modular" a informação de acordo com a variação do sinal modulador (que
contém a informação).
As técnicas de modulação por pulsos recaem em duas categorias: Na primeira, as
características físicas de cada pulso são modificadas de acordo com o sinal de entrada (PAM,
PWM, PPM). Na segunda, o sinal a ser enviado é codificado em uma série de dígitos binários
para então ser transmitido (PCM, DPCM, DM).
• a) variando características físicas dos pulsos: PAM (Pulse Amplitude
Modulation = modulação na amplitude dos pulsos); PWM (Pulse Width
Modulation = modulação na largura dos pulsos); PPM (Pulse Position
Modulation = modulação na posição dos pulsos). Ver figura.
Modulação digital - PCM
Página 2
Sinal PAM
Sinal PWM
A
Sinal PPM
A modulação padrão para transformar o sinal analógico (voz, por exemplo) em um sinal
digital para ser transmitido através de linhas digitais é o PCM (G.711), e será visto com maiores
detalhes a seguir.
Página 3
Amostragem Filtragem
Quantização Decodificação
Codificação
1.2.1 Amostragem
A amostragem tem por objetivo obter parcelas do sinal de informação, pois através dessas
parcelas é que o sinal será digitalizado e, posteriormente, recuperado. Para fazer a amostragem,
utiliza-se um circuito de amostragem, mostrado esquematicamente na figura a seguir.
O número de amostras por segundo utilizado pelos CODECS foi definido através do
teorema da amostragem de Nyquist, que diz que um sinal analógico em uma determinada
freqüência f (Hz), pode ser recuperado desde que seja amostrado em intervalos regulares com um
número de amostras por segundo igual ou superior a 2f. Assim, como a freqüência atual das
linhas telefônicas é de 4KHz, utiliza-se 8.000 amostras por segundo. Esse valor não precisava ser
tão grande, pois a largura de faixa do sistema telefônico é pouco maior de 3000 Hz, o resto é
banda de guarda. Maiores detalhes podem ser conseguidos em /MOE 95/, e uma descrição da
análise de Fourier em sistemas de comunicação, provando o teorema de Nyquist sobre
amostragem, pode ser conseguida em /LAT 79/. A figura a seguir mostra a conclusão da
demonstração da amostragem, onde fm é a freqüência máxima do sinal analógico, e fa é a
freqüência de amostragem, que deve ser, no mínimo, igual a 2*fm, a fim do sinal poder ser
completamente recuperado.
Sinal de Informação
Sinal de Amostragem
Página 4
BG=(fa-fm)-fm
BG=fa-2fm
a) fa > 2fm BG
fm fa-fm
b) fa = 2fm
fm
sobreposição
c) fa < 2fm
1.2.2 Quantização
A amostragem está relacionada ao eixo X do sinal de informação, enquanto que a
quantização está relacionada ao eixo Y. A idéia da quantização é aproximar uma amostra a um
nível de referência, a fim de que seja codificado.
A grosso modo, poderia se dizer que a quantização iria dividir a faixa de sinal (eixo Y)
em níveis. A cada nível corresponderia uma seqüência de bits, que se transformariam no sinal
digital de saída, como mostra a figura a seguir.
111
110
101
100
011
010
001
000
Sinal Amostrado
Página 5
Assim, como sugere a figura, cada amostra corresponde a um nível de tensão, que pode
ser traduzido em bits de informação, gerando um sinal digital. Na figura, existem 8 níveis, ou
seja, cada amostra gera 3 bits na saída. Nos CODECS comerciais, são 13 bits, ou 8.192 níveis,
entretanto, é feita uma compressão do sinal, fazendo com que a saída seja em 8 bits.
Esses 256 níveis, ou 8 bits, seriam sempre suficientes caso o ser humano utilizasse
sempre a mesma intensidade de voz. Entretanto, o ser humano fala baixinho em alguns
momentos e muito alto em outros, provocando uma variação de intensidade de voz de até 100
vezes. E seu interlocutor tem que escutá-lo em todas as circunstâncias. Assim, ficaria difícil
utilizar uma amostragem linear, como mostra a figura anterior. Observe que a figura anterior é
derivada da figura anterior a ela.
Existem algumas soluções para o problema. Todas elas se baseiam em fazer uma
alteração do sinal original do usuário seguindo uma determinada lei, a fim de que possa ser
recuperado na decodificação. Quando a intensidade de sinal é baixa (a pessoa fala baixinho), é
feita uma amplificação nesse sinal, segundo uma lei de formação logarítmica. Conforme a
intensidade do sinal aumenta (a pessoa fala mais alto), a amplificação diminui, provocando uma
equalização no nível de sinal. Isso permite que, de 13 bits de quantificação inicial, utilize-se 8
bits para gerar a palavra digital, conforme mostra a figura a seguir.
Vs (Sinal de Saída)
Conversor
Sinal de Saída Palavra Digital
Sinal de Entrada Analógico /
comprimido de 8 bits
Digital
Ve (Sinal de Entrada)
1.2.3 Codificação
Após a etapa de quantização, o sinal está pronto para ser codificado em 256 níveis (8
bits), pois já foi feita a equalização do sinal através da lei de formação adequada.
O código empregado para a formação das palavras PCM utilizando a lei A está mostrado
na tabela a seguir. O bit P significa a polaridade da amostra (1 = +, 0 = -), os bits S indicam o
segmento a que pertence o sinal (são 7 segmentos). Os bits 3 a 0 indicam o código do intervalo
de quantização.
Modulação digital - PCM
Página 6
P S Q
Segmento b7 b6 b5 b4 b3 b2 b1 b0
1 P 0 0 0 n n n n
P 0 0 1 n n n n
2 P 0 1 0 n n n n
3 P 0 1 1 n n n n
4 P 1 0 0 n n n n
5 P 1 0 1 n n n n
6 P 1 1 0 n n n n
7 P 1 1 1 n n n n
O código acima resulta na maioria das vezes em seqüências de zeros, pois em telefonia os
sinais de baixa amplitude são os mais freqüentes. Para melhorar a condição de transmissão do
sinal de relógio, inverte-se os bits pares das palavras PCM antes da sua transmissão.
A tabela a seguir mostra a compressão e expansão digital para a lei A, partindo-se do
valor codificado em 13 bits. Note que apenas os 12 bits iniciais são utilizados para a codificação,
visto que o 13o bit é utilizado somente para determinar a polaridade da amostra. Conforme
mostra a tabela, alguns dos bits menos significativos são desprezados no processo de
compressão, sendo restituídos na expansão digital pelo valor médio, diminuindo assim o erro
gerado por desprezar os bits.
Código linear de entrada Cód comprimido Código linear de saída
b12 b11 b10 b9 b8 b7 b6 b5 b4 b3 b2 b1 b0 b7 b6 b5 b4 b3 b2 b1 b0 b12 b11 b10 b9 b8 b7 b6 b5 b4 b3 b2 b1 b0
P 0 0 0 0 0 0 0 w x y z a P 0 0 0 w x y z P 0 0 0 0 0 0 0 w x y z 1
P 0 0 0 0 0 0 1 w x y z a P 0 0 1 w x y z P 0 0 0 0 0 0 1 w x y z 1
P 0 0 0 0 0 1 w x y z a b P 0 1 0 w x y z P 0 0 0 0 0 1 w x y z 1 0
P 0 0 0 0 1 w x y z a b c P 0 1 1 w x y z P 0 0 0 0 1 w x y z 1 0 0
P 0 0 0 1 w x y z a b c d P 1 0 0 w x y z P 0 0 0 1 w x y z 1 0 0 0
P 0 0 1 w x y z a b c d e P 1 0 1 w x y z P 0 0 1 w x y z 1 0 0 0 0
P 0 1 w x y z a b c d e f P 1 1 0 w x y z P 0 1 w x y z 1 0 0 0 0 0
P 1 w x y z a b c d e f g P 1 1 1 w x y z P 1 w x y z 1 0 0 0 0 0 0
Assim, por exemplo, uma amostra 2398, que em binário é “1100101011110”, será
comprimida como: P=b12=1, b11=1, wxyz=0010, e abcdefg são desprezados. Assim, o código
comprimido gerado será “11110010”. No lado do receptor, ele vai receber esse código e
expandí-lo, gerando o seguinte código de saída: “1100101000000”, que corresponde em decimal
a +2368, que é o valor médio dos bits desprezados. Assim, esse número (2368) vai representar
todos os valores de 13 bits no segmento 7 e wxyz=0010 (2304 a 2432).
Página 7
• Multinível.
1.3 BIBLIOGRAFIA
/LAT 79/ Lathi, B. P.. Sistemas de Comunicação. Ed. Guanabara Dois. 1979.401p.
/MOE 95/ Moecke, Marcos. Curso de Telefonia Digital - Modulação por Código de
Pulso. Escola Técnica Federal de Santa Catarina São José. 1995. 23p.
/MOE 95a/ Moecke, Marcos. Curso de Telefonia Digital - Multiplexação por Divisão de
Tempo e Transmissão Digital. Escola Técnica Federal de Santa Catarina São
José. 1995. 25p.
/ROE 97/ Roesler, Valter.Desenvolvimento de um PABX digital e detalhes de seu
funcionamento. Revista Scientia, Vol. 8 n. 2. Julho a dezembro de 1997. Ed.
Unisinos. Pp 83-118.