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A Origem da Riqueza
Vimos na Terceira Parte deste estudo, que os Fisiocratas defendiam
a idéia que o riqueza e o valor provinha da Terra.
Ora Adam Smith acredita que a riqueza é produto do Trabalho
Humano.
Neste aspecto ele nega Quesnay, pois acredita que qualquer que seja
o trabalho, desde que exista o factor humano, é gerador de riqueza, ou
seja, não existem classes estéreis.
Uma ideia importante é o chamado Preço Natural dos bens. Este
seria o necessário para remunerar durante o período em que se trabalha.
Esta remuneração deveria ser a necessária para assegurar a sobrevivência.
Surge o valor-trabalho.
O trabalho cria o valor das riquezas, mas o que se verifica é que a
repartição da riqueza não é proporcional ao Tempo de Trabalho
despendido por cada um.
Aparece-nos o início da teoria do Valor, em que há que distinguir
entre dois conceitos fundamentais:
* Valor de Uso à Não é mais que a utilidade proporcionada por um
objecto
* Valor de Troca à A possibilidade que a posse desse objecto dá de
comprar ou trocar por outro.
Uma ideia que David Ricardo vai rebater e que era defendida por
Adam Smith, é a de que um Grande valor de Uso implica um pequeno
valor de troca.
Até pode ter uma certa lógica. Ela assenta na ideia que se a pessoa
retirar um grande valor de uso de um objecto, não estará na disposição de
o trocar por outro.
O Valor de Uso acaba por reflectir a utilidade social do objecto.
O que Adam Smith se esquece é que se um objecto tem um grande
valor de uso, o seu possuidor sabe que poderá extrair dele um maior valor
de troca, pois sabe que ele proporciona grande utilidade ao seu possuidor,
e obviamente que isso trará vantagens para futuras trocas.
Contudo, Adam Smith não liga a este pormenor, e acaba por
defender que os dois valor agem em sentidos contrários, ou seja, Se tem
um Grande valor de Troca é porque as pessoas não retiram grande
utilidade da sua posse, e como tal possui um pequeno valor de Uso.
A troca de mercadorias é na realidade a troca de trabalho necessário
à produção.
Se não há divisão do Trabalho não há troca Dado o papel
fundamental do Trabalho no processo de formação de riqueza, Adam
Smith defende que o valor de troca deveria ser igual ao salário, mas o que
acaba por verificar é que o valor de troca é diferente do preço.
Como é que isto podia acontecer?? Dado que o Trabalho criava a
riqueza, e consequentemente o preço do bem, não deveria ser o Preço
apenas o valor do trabalho Contido??
Não. Pois o Preço de um bem para além de conter o Salário, contem
também o lucro do capital e a Renda
Preço=Salário+Rendas+lucro do Capital
Adam Smith faz uma distinção fundamental entre o Preço Natural e
o Preço de Mercado, a saber:
* Preço Natural à Reflecte o conteúdo em termos de remunerações,
sem influência da Procura
* Preço de Mercado à Surge do confronto entre a Procura e a Oferta
de Curto Prazo
O Preço natural acaba por ser um preço referência.
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