Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Discos removíveis
Já vai longe o tempo em que os disquetes eram o principal meio removível
de armazenamento e transporte de dados. No início dos anos 90, um típico
disco rígido tinha a capacidade de 30 MB. Sendo assim, 21 disquetes de 1.44
MB eram suficientes para fazer o backup completo de um disco rígido. A
maioria dos softwares cabia em um ou dois disquetes, e os arquivos de dados
não eram muito grandes. Hoje em dia os discos rígidos são bem maiores.
Também grandes são os arquivos de dados. Para fazer backup e transportar
dados precisamos utilizar meios com maiores capacidades. Vejamos a seguir
alguns dos mais utilizados dispositivos para este fim, os discos removíveis.
Zip Drive
Sem dúvida este é o mais popular meio de armazenamento de dados com
característica de ser removível. Seus disquetes especiais armazenam 100 MB.
Produzido pela Iomega (e também pela Epson, sob licenciamento), o drive
custa cerca de 100 dólares, e os discos em torno de 15 dólares (preço nos
Estados Unidos). Este drive foi lançado há alguns anos e fez um grande
sucesso. Foi o primeiro disco removível de razoável capacidade e baixo
custo. Existe um outro modelo mais avançado, com capacidade de 250 MB.
Pode operar com discos de 250 MB, mas mantém compatibilidade com os
discos de 100 MB. Existem modelos dotados de interface paralela, USB, IDE
e SCSI.
35-2 Hardware Total
Figura 35.1
Um ZIP Drive paralelo.
Figura 35.2
Um ZIP Disk.
Para quem não tem medo de instalações de hardware e não está preocupado
com a transportabilidade do drive, uma boa opção é utilizar o modelo IDE
(figura 3).
Capítulo 35 – Discos removíveis 35-3
Figura 35.3
ZIP Drive IDE.
LS-120
É também chamado de Super Disk ou a:drive. O aspecto do drive é idêntico
ao de um drive de disquetes de 1.44 MB. Pode operar com disquetes
comuns de 1.44 MB (coisa que o ZIP Drive não faz) e também com os seus
superdisks de 120 MB. Está disponível em modelos IDE, SCSI, paralelo e
USB.
Figura 35.4
Drive LS-120 e seu disquete.
JAZ Drive
Também produzido pela Iomega, o JAZ Drive possui capacidades de 1 GB e
2 GB. Tanto a mídia quanto o drive são mais caros que os correspondentes
do ZIP Drive.
35-4 Hardware Total
Figura 35.5
JAZ Drive interno.
Discos óticos
A Pinnacle Micro é uma das principais empresas especializadas neste tipo de
disco, oferecido com capacidades de 5 GB e superiores. Em geral esses
discos utilizam interfaces SCSI, e sua instalação não é muito diferente das
dos demais modelos apresentados neste capítulo. Sendo discos mais caros e
mais sofisticados, é bem menor o seu volume de vendas, e é bem mais difícil
encontrá-los no mercado. Apesar disso são boas soluções para quem precisa
armazenar muitos gigabytes com alto desempenho.
Fitas magnéticas
Para quem precisa armazenar muitos e muitos gigabytes com o menor custo
possível e quando a questão do desempenho não é prioritária, a melhor
solução é utilizar fitas magnéticas. Discos removíveis tornam-se uma solução
anti-econômica para este caso.
Figura 35.7
O ZIP Drive IDE constará como uma unidade de disco no
Gerenciador de dispositivos.
Figura 35.8
O ZIP Drive aparece como um disco removível na
janela Meu Computador.
Figura 35.10
Um ZIP Disk armazena pouco mais de 100 milhões de
bytes.
35-8 Hardware Total
Normalmente não ocorre, mas em qualquer drive de disco removível, existe
algum tipo de mecanismo de emergência para retirar o disco caso fique
preso, devido a um defeito. O ZIP Drive IDE possui na sua parte traseira um
pequeno orifício (figura 11) de emergência para ejetar um disco
eventualmente preso. Com o computador desligado, introduzimos um clipe
de papel e o disco sairá facilmente do drive.
Figura 35.12
Os utilitários do ZIP Drive, fornecidos no
CD-ROM que o acompanha, são
oferecidos em vários idiomas.
Figura 35.13
O ZIP Drive foi detectado pelo programa de
instalação dos utilitários.
Figura 35.14
Escolhendo os utilitários a serem
instalados.
Figura 35.18
Protegendo um ZIP Disk.
35-12 Hardware Total
Figura 35.19
O comando Copy Machine.
A partir daí o ZIP Drive estará acessível no modo MS-DOS, até que o
computador seja reinicializado.
Figura 35.21
Jumpers de um ZIP Drive SCSI interno.
Figura 35.22
Seleção de SCSI ID e terminação em um
ZIP Drive SCSI externo.
Capítulo 35 – Discos removíveis 35-15
Quando o ZIP Drive SCSI é o único dispositivo externo, devemos ligá-lo ao
computador usando o conector da esquerda (figura 23).
Figura 35.23
Conexão do ZIP Drive SCSI externo ao
computador.
O ZIP Drive SCSI também pode ser ligado em cadeia, como mostra a figura
24. Note que sua instalação não precisa necessariamente ser feita na
extremidade da cadeia. Pode ser feita no meio da cadeia, desde que sejam
usados cabos SCSI apropriados, e que todos os dispositivos do ZIP Drive até
o fim da cadeia sejam de 8 bits, um requisito normal no padrão SCSI.
Figura 35.24
O ZIP Drive pode ser ligado em cadeia.
Figura 35.25
O ZIP Drive SCSI consta no Gerenciador de
Dispositivos.
O ZIP Drive SCSI aparecerá então na janela Meu Computador como sendo
um Disco removível (figura 26). A partir daí podemos utilizá-lo normalmente,
como se fosse um disquete de altíssima capacidade.
Figura 35.26
O ZIP Drive SCSI aparece como um disco removível.
Instalação de utilitários
Capítulo 35 – Discos removíveis 35-17
Daqui em diante, as demais etapas de instalação e a utilização são análogas
às já apresentadas para o modelo IDE. Devemos fazer a instalação do
software que acompanha o ZIP Disk SCSI. Isto fará com que sejam
adicionados novos comandos ao menu obtido quando clicamos o ZIP Drive
com o botão direito do mouse (formatar, proteger, Copy Machine, etc.). Os
utilitários que são usados no modelo IDE também funcionam no modelo
SCSI. Leia então a seção sobre utilitários do modelo IDE, já apresentada
neste capítulo.
A partir daí o ZIP Drive estará acessível, até que o computador seja
reinicializado.
Figura 35.28
Conexão do ZIP Drive na porta paralela do PC.
Usamos o cabo paralelo que acompanha o ZIP Drive para fazer a sua
conexão com o computador (figura 28). Observe que no cabo, um dos
conectores está indicado com “ZIP”. Este é o lado usado para a conexão no
ZIP Drive. Para fazer esta conexão, tanto o computador como o ZIP Drive
devem estar desligados.
Figura 35.30
Parte frontal do ZIP Drive.
Instalação de software
Ao contrário dos modelos IDE, SCSI e USB, o ZIP Drive paralelo não é
detectado de forma automática pelo Windows. Para que passe a funcionar é
preciso que seja instalado o software que o acompanha. O software
Iomegaware, fornecido juntamente com o ZIP Drive paralelo, detectará o
ZIP Drive que está ligado na porta paralela e fará a instalação dos seus
drivers e utilitários. Observe na figura 31 que foi detectado um ZIP Drive.
Podemos neste momento escolher uma letra para ser usada pelo ZIP Drive,
caso não desejemos usar a letra default (a próxima disponível). No nosso
exemplo, usamos para o ZIP Drive a letra H.
35-20 Hardware Total
Figura 35.31
Escolhendo uma letra para o ZIP Drive.
Figura 35.32
O ZIP Drive na janela Meu Computador.
Figura 35.34
O programa Parallel Port Accelerator.
SPP O modo conhecido como Standard Parallel Port é o mesmo encontrado nos PCs mais antigos, datando dos
anos 80. Permite transferir dados com cerca de 150 kB/s. Uma porta paralela padrão é capaz de, a
princípio, apenas transmitir dados, e não de receber. Entretanto, entre os seus diversos sinais, existem 5
deles reservados ao recebimento de informações de status da impressora. Vários softwares aproveitam
esses 5 bits para fazer a recepção de dados, como é o caso do driver do ZIP Drive. Desta forma, a
transmissão (por exemplo, a gravação no ZIP Drive) ocorre em grupos de 8 bits, e a recepção (por
exemplo, a leitura do ZIP Drive) é feita em grupos de 4 bits (nibble). Por esta razão, a leitura é mais lenta
que a gravação. O modo SPP também é chamado de Standard, Nibble ou Compatibility.
Bidir As portas paralelas bidirecionais foram a primeira tentativa de obter maiores taxas de transferência. São
capazes de transferir e de receber dados em grupos de 8 bits, apesar dessas transferências ocorrerem na
mesma velocidade que as transmissões nas portas paralelas tradicionais. Apenas as recepções (por
exemplo, leituras do ZIP Drive) têm o desempenho melhorado.
EPP As modernas interfaces paralelas são capazes de operar no modo EPP (Enhanced Parallel Port). Além de
ser bidirecional, este modo oferece taxas de transferência na faixa de 2 MB/s.
ECP Também está disponível nas interfaces paralelas modernas, o modo ECP (Enhanced Capabilities Port).
Trata-se de uma porta EPP, mas capaz de realizar transferências por DMA (Acesso Direto à Memória) e
com outros recursos adicionais, como por exemplo, compressão de dados.
Quando o ZIP Drive é instalado, opera por default no modo Nibble ou SPP.
Apesar deste modo funcionar em qualquer interface paralela, sua taxa de
transferência é a menor que podemos obter. Quando executamos o
programa Parallel Port Accelerator, é verificado qual o tipo de porta paralela
presente, e as configurações do driver são alteradas de modo a obter o
melhor desempenho oferecido pela porta paralela. Será preciso reiniciar o
computador para que as alterações tenham efeito.
Curioso é o modo como o ZIP Drive é visto pelo Windows. Quando fazemos
a instalação do ZIP Drive, o Windows “pensará” que está sendo instalada
uma interface SCSI. Esta “interface” consta no Gerenciador de Dispositivos,
como mostra a figura 36.
Figura 35.37
Configurações do ZIP Drive.
35-24 Hardware Total
O modo nibble é o padrão que funciona com qualquer porta paralela. Este é
o modo instalado por default, e o programa Parallel Port Accelerator altera
este campo em função da interface paralela presente.
O parâmetro port indica o endereço da porta paralela usada, e não deve ser
alterado caso o ZIP Drive já esteja funcionando. Os seus valores possíveis são
378, 278 e 3BC. Se o ZIP Drive não estiver funcionando, tente descobrir qual
é o endereço correto e altere este campo. Para descobrir o endereço correto,
use o Gerenciador de Dispositivos, selecione o item Portas (COM & LPT), e
aplique um clique duplo sobre o item Porta de Impressora. Selecione então a
sua guia Recursos, e você verá um quadro no qual pode confirmar o
endereço da porta paralela.
É claro que para usar os modos de transferência mais rápidos, é preciso que
a porta paralela esteja preparada para suportá-los. Felizmente em todas as
placas de CPU Pentium e superiores, a porta paralela pode operar nos
modos EPP e ECP. A programação do modo a ser utilizado é feita através do
CMOS Setup. Em um item normalmente chamado de Peripheral
Configuration, encontramos o modo de operação da porta paralela, que
pode ser SPP, EPP e ECP. Programe o modo EPP ou ECP. A seguir dê
partida no Windows e verifique se no Gerenciador de Dispositivos, a porta
paralela consta como ECP. Caso conste apenas como Porta de impressora,
use o comando Adicionar Novo Hardware no Painel de Controle para
corrigir a configuração para Porta de impressora ECP. Terminada esta
configuração podemos usar novamente o programa Parallel Port Accelerator,
ou então alterar manualmente a configuração no quadro da figura 37.
Note que a porta paralela não está localizada no chipset principal da placa
de CPU (i440BX, MVP3, i430TX, por exemplo), e sim em um outro chip
VLSI normalmente chamado de Super I/O. O funcionamento da porta
paralela poderá ser discretamente diferente, dependendo do chip existente
na placa de CPU. Quando o programa Parallel Port Accelerator não
consegue detectar o chip Super I/O existente na placa de CPU, você pode
tentar forçar alguma das configurações abaixo:
Modo Aplicação
Nibble Mais lento porém compatível com todas as portas paralelas.
Bidir Bidirecional. Usa 8 bits nas leituras e escritas.
EPP Porta paralela EPP.
EPPECR Porta paralela EPP genérica.
SMCEPPECR Porta paralela em chipset SMC
SMCEPP Porta paralela em chipset SMC
PC873EPP Porta paralela em chipset National
SL360 Porta paralela em chipset Intel
A partir daí o ZIP Drive estará acessível, até que o computador seja
reinicializado.
JAZ Drive
O JAZ Drive é oferecido exclusivamente no padrão SCSI, podendo ser
interno ou externo. Existem entretanto acessórios que permitem a conexão
em interfaces SCSI, USB e Firewire. Esses acessórios são simplesmente
conversores de barramentos.
35-26 Hardware Total
O modelo interno utiliza um conector de 50 vias (SCSI de 8 bits). O modelo
externo utiliza um conector SCSI de 50 vias (HPDB50). A figura 38 mostra a
programação do SCSI no JAZ Drive interno. A programação default de
fábrica é SCSI ID 4. Note que o valor 7 é reservado para a interface SCSI, e
os valores 0 e 1 são reservados para discos rígidos que precisam estar ativos
na ocasião do boot.
Figura 35.38
Programando o SCSI ID em um JAZ Drive
interno.
Figura 35.39
Usando um terminador SCSI.
Figura 35.41
Parte traseira de um JAZ Drive externo.
Figura 35.43
O JAZ Drive na janela Meu Computador.
A partir daí o JAZ Drive estará acessível, até que o computador seja
reinicializado.
LS-120 IDE
Este drive é similar a um drive de disquetes de 3½”, exceto pelo fato de usar
disquetes especiais, com capacidade de 120 MB. Pode ainda usar os outros
disquetes de 3½”, ou seja, 1.44 MB e 720 kB. É também chamado de
Superdisk ou a:drive. Prometia ser um forte concorrente para o Zip Drive,
entretanto não foi o que ocorreu. O Zip Drive ainda é o disco removível
mais usado em todo o mundo. Ainda assim é importante apresentar também
o LS-120, pois isso aumenta a bagagem técnica do leitor.
Figura 35.44
Conexões na parte traseira de um LS-
120.
Instalação no Windows
No Windows 98 e superiores a instalação do LS-120 é muito simples, graças à
presença do seu suporte nativo. Desta forma, não é preciso instalar drivers
adicionais. Assim que o Windows for inicializado, o LS-120 será reconhecido
como um Disquete de 3½” B, aparecendo na janela Meu Computador
(figura 45).
Figura 35.45
O LS-120 aparece como um drive de disqutes.
Fabricante Versão
Award a partir de 4.51PG
AMI a partir de 6.26.02
Phoenix a partir da versão 6.0
LS120, C
C, LS120
Deixando este item programado como “LS120, C”, o boot será feito pelo LS-
120, bastando que seja colocado um disquete com boot. Cuidado entretanto
com a versão do sistema operacional deste disquete. Apenas o Windows 95
35-32 Hardware Total
OSR2 e superiores (98, 98SE, ME, XP...) permitem um boot com um
disquete de 120 MB. Versões anteriores do Windows podem realizar um
boot pelo LS-120, mas apenas usando disquetes de 1.44 MB ou 720 kB.
DEVICE=LS120.SYS
Medidas de desempenho
Discos removíveis possuem em geral desempenho modesto. São muito mais
velozes que disquetes, porém mais lentos que discos rígidos e drives de CD-
ROM de última geração. Assim como ocorre com outros tipos de disco, o
desempenho depende da taxa de transferência e do tempo de acesso. De um
modo geral, gravar ou ler um arquivo de grande tamanho é mais rápido que
gravar ou ler um grande número de arquivos de menor tamanho, com
capacidade equivalente. Para dar uma idéia do desempenho dos discos
apresentados neste capítulo, apresentamos quatro tipos de medidas: