Faculdade de Motricidade Humana

jb Universidade Técnica de Lisboa jb

Modificações Perceptivo-Motoras

DESENVOLVIMENTO MOTOR
EO
PROCESSO DE ENVELHECIMENTO

JOÃO BARREIROS
AULA

Departamento de Ciências da Motricidade

Faculdade de Motricidade Humana
Carlos Neto
Universidade Técnica de Lisboa

F.M.H. MAIO 2004

jb jb

Rembrandt 20 anos
23 anos
1629
(1606 – 1669)

jb jb

1634 1635
28 anos 29 anos e 1 casamento

1
 jb jb

1640 34 anos 1660 54 anos

1661 55 anos jb jb
1661

1664

58 anos

jb jb

Envelhecimento,
água,
proteínas
e gravidade

2
 jb jb

Envelhecer:

os efeitos do tempo

os efeitos do desuso

os efeitos da degeneração

jb MODIFICAÇÕES GERAIS jb
Algumas alterações do envelhecimento
MASSA DO CÉREBRO
CÉLULAS NERVOSAS
CRESCIMENTO DE NOVOS AXÓNIOS
INTEGRIDADE ARTICULAR
SINAPSES CENTRAIS
FLEXIBILIDADE
ALTERAÇÕES BIOQUÍMICAS DA SINAPSE
MASSA MUSCULAR
EXCITABILIDADE SINÁPTICA PROTEÍNAS CONTRÁCTEIS
TEMPO DE LATÊNCIA EM REFLEXOS POTÊNCIA ANAERÓBIA
Modificações gerais VELOCIDADE DE CONDUÇÃO DO NERVO VELOCIDADE DE CONTRACÇÃO
FORÇA ISOMÉTRICA
FUNÇÃO RESPIRATÓRIA FORÇA DINÂMICA
Modificações sensoriais e perceptivas CAPACIDADE VITAL
CAPACIDADE DE TRANSPORTE
DE OXIGÉNIO
CONSUMO DE OXIGÉNIO
ELASTICIDADE DAS ARTÉRIAS
Modificações no processamento de informação MOVIMENTOS VENTILATÓRIOS
CIRCULAÇÃO NAS EXTREMIDADES
DÉBITO SISTÓLICO
COMPOSIÇÃO CORPORAL
FREQUÊNCIA CARDÍACA
Modificações motoras PERCENTAGEM DE ÁGUA
MASSA LIVRE DE GORDURA
EFICIÊNCIA CARDÍACA
PRESSÃO ARTERIAL
CONTEÚDO MINERAL ÓSSEO
IRRIGAÇÃO CEREBRAL
MASSA GORDA

Uma visão clássica da percepção jb jb

Uma visão clássica da percepção
(com um pequeno extra)

INPUT PROCESSAMENTO INPUT PROCESSAMENTO OUTPUT

SENSORIAL DECISÃO SENSORIAL DECISÃO MOTOR

Feed-back

3
 Uma visão clássica da percepção jb jb
Ou ainda com uma pequena variação

Significado
INPUT PROCESSAMENTO OUTPUT Informação Execução
Decisão
SENSORIAL DECISÃO MOTOR Interna-Externa fiel
Ordem

Informação (outra vez)

jb jb
Eventualmente com algumas limitações... MODIFICAÇÕES SENSORIAIS E PERCEPTIVAS

Circulação de informação
Ruído sensorial
processamento
Circulação de informação
SENSIBILIDADE AUDITIVA
PERCEPÇÃO AUDITIVA
AUDIÇÃO EM ALGUMAS FREQUÊNCIAS
LOCALIZAÇÃO AUDITIVA FOCAGEM A CURTA DISTÂNCIA
DISCRIMINAÇÃO AUDITIVA ACUIDADE VISUAL
Distorsões PERCEPÇÃO DE PROFUNDIDADE
perceptivas Erro SENSIBILIDADE AOS CONTRASTES
periférico ADAPTAÇÃO À QUANTIDADE DE LUZ
Opções EFICIÊNCIA VESTIBULAR TRANSPARÊNCIA DAS LENTES
Incorrectas OLFACTO E PALADAR
QUANTIDADE DE CÉLULAS
Limites de SENSIBILIDADE CUTÂNEA
Limitações SENSIBILIDADE À VIBRAÇÃO
SENSIBILIDADE DO CAMPO VISUAL
biológicas SENSIBILIDADE TÉRMICA AMPLITUDE DO CAMPO VISUAL
Programas DISCRIMINAÇÃO DE MOVIMENTOS PASSIVOS VISÃO PERIFÉRICA
SENSIBILIDADE À DOR ACOMODAÇÃO OCULAR
imperfeitos
Circulação de informação ACUIDADE AO TOQUE E PRESSÃO
DISCRIMINAÇÃO DE PESOS
SENSIBILIDADE CINESTÉSICA

Informação (outra vez)

Um modelo de funcionamento perceptivo-motor jb jb

PERCEPÇÃO DECISÃO ACÇÃO PROCESSAMENTO ACTIVIDADE

INPUT
CENTRAL MUSCULAR
SENSORIAL

Sintese Selecção
sensorial organização
visual
resposta

Input
proprio LTM LTM movimento PROCESSAMENTO
sensorial MENOS PROBLEMAS
LENTO
INFORMAÇÃO FUNCIONAIS

auditivo Operações Operações DISTORSÃO DECISÕES MOVIMENTOS

comparação comparação PERCEPTIVA ERRADAS LENTOS

Feed-back

4
 jb MODIFICAÇÕES MOTORAS jb
MODIFICAÇÕES NO PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO

ATENÇÃO
MEMÓRIA DE CURTO PRAZO
ATENÇÃO CONCENTRADA
CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO
MEMÓRIA DE EVOCAÇÃO
CODIFICAÇÃO DE INFORMAÇÃO
PERDA DE QUADROS DE REFERÊNCIA
TRANSFERÊNCIA DE MEMÓRIA
DE CURTO PARA LONGO TERMO
MEMÓRIA DE LONGO TERMO
ESTRATÉGIAS DE CODIFICAÇÃO
MEMÓRIA SENSORIAL
TOMADA DE DECISÃO
VELOCIDADE DE PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO
PROGRAMAÇÃO DE SEQUÊNCIAS DE MOVIMENTO
CAPACIDADE DE APRENDIZAGEM
EQUILÍBRIO
CONTROLO POSTURAL
OSCILAÇÕES
TEMPO DO MOVIMENTO
SEQUÊNCIAS DE MOVIMENTOS COMPLEXOS
VELOCIDADE DE MOVIMENTOS SIMPLES
DE MÃOS E DEDOS
PADRÃO DE MARCHA MOVIMENTOS CÍCLICOS DOS DEDOS
VELOCIDADE DE MARCHA MOVIMENTOS REPETITIVOS DAS MÃOS
AJUSTAMENTOS DOS APOIOS ESTABILIDADE DA MÃO E BRAÇO
COORDENAÇÃO BILATERAL
PRECISÃO DOS MOVIMENTOS
VELOCIDADE DE ESCRITA E DIGITAÇÃO
TEMPO DE REACÇÃO SIMPLES
E DE ESCOLHA MÚLTIPLA

DESENVOLVIMENTO jb Derber (1950) Williams (1990) jb

Williams (1990)
DA RISCO DE QUEDA 800
Gabbard (1992)
Refined control
500

CAPACIDADE 600

PERCEPTIVA 400
250

200
Minimal control
TEMPO DE REACÇÃO
MODIFICAÇÃO 65-69 70-74 75-79 80-84 >85
0
50-59 yr 60-69 yr 70-79 yr 80-89 yr >90 yr 0
20-30 30-40 40-50 50-60 60-70 70-80 80-90 >90

DA HIERARQUIA
DO SISTEMA VELOCIDADE 140

MODIFICAÇÃO
30

Barreiros (1994) 0,35 MOV. DEDOS 120 Estabilidade do

SENSORIAL
25

Miles (1952) braço e mão

0,3 100

DOMINANTE DA DISCRIMINAÇÃO MODIFICAÇÃO

20

EQUILÍBRIO
0,25
80
15
0,2

INTRASENSORIAL DA INTEGRAÇÃO 10
60
0,15

5 0,1 40

INTERSENSORIAL 0
4-6 yr 7-10
yr
11-14
yr
15-18
yr
19-29
yr
29-40
yr
41-51
yr
> 50
yr
0,05

0
20 Williams (1990)
20 30 40 50 60 70 80 0
50-60 60-70 70-80 80-90

PROCESSAR Velocidade de
40
Escrita de dígitos e palavras
MAIS 35
mov. do braço Welford
INFORMAÇÃO PROCESSAR PROCESSAR 30

Birren &
INFORMAÇÃO INFORMAÇÃO
25
(1958)
Botwinick
20

15

MAIS DEPRESSA MAIS RELEVANTE 10

Williams (1990) (1951) tapping
5

0 30-40 40-50 50-60 60-70 70-80

50-60 60-70 70-80 80-90

jb jb

Porquê ? Que consequências ?

Alterações :

na capacidade de receber informação Acções e movimentos mais lentos

nos processos de elaboração central das acções Reacções lentas

nos sistemas periféricos de produção da resposta Correcções mais lentas do movimento

nas estratégias de organização motora e na gestão Alterações dos padrões de movimento

dos recursos energéticos e musculares
Decisões erradas ou muito demoradas

5
 jb jb
Que consequências ?
Que fazer ?

Redução da autonomia PROMOVER O ENVOLVIMENTO DO IDOSO EM PROGRAMAS

DE ACTIVIDADE FÍSICA ESPECIALMENTE DESENHADOS
Aumento da probabilidade de queda
ENCORAJAR A REALIZAÇÃO DE ACTIVIDADES DA VIDA
Aumento dos pequenos acidentes
DIÁRIA - ROTINAS ACTIVAS E PRESERVAÇÃO DA AUTONOMIA

Redução voluntária da actividade

AJUSTAR A CONFIGURAÇÃO DO ENVOLVIMENTO ÀS
CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO IDOSO
Redução dos interesses e participação social

jb jb

A.Romão, B.Silva, L.Parreira, R. Sarmento e V. Anacleto (2001).

Peões, automobilistas e passadeiras: uma relação conflituosa ?
Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa (Expresso, 17 de Fevereiro de
2001) Tempo de espera: Velocidade de aproximação entre : Tempo de travessia:
na passadeira 1.9 s 61.5 km/h = 17 m/s
fora da passadeira 3.9 s 25.8 km/h = 7.2 m/s Crianças 10.9
Adultos 11.2
Idosos 12.8

Distância do automóvel para fazer

Tempo médio a travessia em segurança
de (0.5 x tempo de travessia) x velocidade do automóvel
travessia
Exemplo 1:
Crianças
Crianças- 10,9 seg
- 10, 9 Tempo de espera: 0.5 x 10.9 (criança) x 7.2 (m/s lento)= 39.2 m

Crianças
Idosos --10,9 seg
12,8 na passadeira 1.9 s
Exemplo 2:
0.5 x 12.8 (idoso) x 17 (m/s rápido) = 108.8 m
Crianças
Adultos - 10,9 seg
- 11,2 fora da passadeira 3.9 s

jb

Tempo de espera: Velocidade de aproximação entre : Tempo de travessia:

na passadeira 1.9 s 61.5 km/h = 17 m/s Crianças 10.9
fora da passadeira 3.9 s 25.8 km/h = 7.2 m/s Adultos 11.2
Idosos 12.8

... e se incluirmos o tempo de espera para tomar decisão (mínimo 1.9 s)

Exemplo 1:

0.5 x 10.9 (criança) x 7.2 (m/s lento)= 39.2 m + 1.9 x 7.2 = 59.9

Exemplo 2:

0.5 x 12.8 (idoso) x 17 (m/s rápido) = 108.8 m + 3.9 x 17 = 175,1