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A Razão Imparcialmente Considerada

John Wesley
'Irmãos, vós não sejais meninos no entendimento: mas sede meninos na malícia, e
adultos no entendimento'. (I Cor. 14:20)

1. Esta é uma observação verdadeira de um homem eminente, que tinha feito


muitas observações sobre a natureza humana: 'Se a razão estiver contra um homem,
um homem estará sempre contra a razão'. Isto tem sido confirmado pela experiência
de todas as épocas. Muitos têm sido os exemplos disso, no mundo cristão, tanto
quanto no mundo pagão; e nos tempos mais recentes, também. Mesmo então, não
houve falta de homens bem intencionados que, não tendo muita razão em si mesmos,
imaginaram que a razão não tinha uso na religião; mais ainda, que ela seria uma
obstrução a ela. E não houve falta de uma sucessão de homens que acreditaram e
afirmaram a mesma coisa. Mas nunca houve um maior número desses na Igreja de
Cristo, pelo menos, na Inglaterra, do que nesses dias.

2. Entre esses que desprezam e vilipendiam a razão, você sempre pode esperar
encontrar aqueles entusiastas que supõem que os sonhos criados pela sua própria
imaginação são revelações de Deus. Nós não podemos esperar que homens desse tipo
irão prestar mais atenção à razão. Tendo um guia infalível, eles são pouco
sensibilizados, através dos raciocínios dos homens falíveis. No primeiro desses nós
comumente encontramos todos aqueles que, embora possam diferir, em outros
aspectos, concordam em 'tornar, sem efeito, a lei, através da fé'. Se você contrapõe
razão para esses, quando eles afirmam proposições, sempre tão cheias de absurdos e
blasfêmias, eles provavelmente pensarão que esta é uma resposta suficiente para dar:
'Ó, este é o seu raciocínio; a sua razão carnal'. De modo que todos os argumentos
estarão perdidos: eles cuidam deles não mais do que de restolhos ou madeira podre.

3. Quão natural é para aqueles que observam esse extremo, que correm para o
lado contrário! Enquanto eles estão fortemente impressionados com os absurdos da
razão depreciada, quão apto estão eles de superestimarem-na! Concordantemente, nós
estamos cercados (nós os encontramos de todos os lados) daqueles que colocam isto
como um princípio incontestável: que a razão é o maior dom de Deus. Eles a pintam
das cores formosas; eles exaltam-na aos céus. Eles a discorrem, em detalhes, em seus
louvores; eles a tornam nada menos do que divina. Eles estão acostumados a
descreve-la como muito perto; se não, completamente infalível. Eles olham para ela,
como a um diretor auto-suficiente de todos os filhos dos homens; capaz de, pela sua
luz natural, guiá-los dentro de toda verdade, e conduzi-los em todas as virtudes.

4. Estes que são preconceituosos contra a revelação cristã, que não recebem as
Escrituras como a Palavra de Deus, quase universalmente correm para este extremo:
eu dificilmente conheço exceção: de maneira que todos, quaisquer que sejam os
nomes pelos quais são chamados, negam a Divindade de Cristo. (De fato, alguns
desses dizem que eles não negam sua Divindade; apenas sua suprema Divindade. Mas
isto é a mesma coisa; já que negando que Ele seja o supremo Deus, eles negam que
Ele seja algum Deus afinal: A menos que eles afirmem que existem dois Deuses, um
grande, todo poderoso, e outro pequeno!) Todos esses são veementes aclamadores da
razão, como o grande guia infalível. Para esses que supervalorizam a razão, nós
podemos geralmente acrescentar homens de eminentemente grande entendimento;
aqueles que, porque conhecem mais do que a maioria dos homens, eles supõem
conhecer todas as coisas. Mas nós podemos igualmente acrescentar muitos que estão
do extremo oposto; homens de eminentemente fraqueza de entendimento; em quem o
orgulho (um caso muito comum) supre o vazio da razão; que não suspeitam que estão
cegos, porque eles sempre foram assim.

5. Existe, então, nenhum meio termo entre esses extremos — entre subestimar
e superestimar a razão? Certamente que existe. Mas quem poderá indicá-lo, com o
objetivo de marcar o caminho do equilíbrio? O grande mestre da razão, Sr. Locke, tem
feito alguma coisa desse tipo; alguma coisa aplicável para ela, em um capítulo de seu
Ensaio Concernente ao Entendimento Humano. Mas ele é apenas remotamente
aplicável a isto: Ele não chega ao ponto. O bom e grande Dr. Watts escreveu,
admiravelmente bem, tanto com respeito à razão, quanto à fé. Mas, nem qualquer
coisa que ele tem escrito indica o meio termo entre validá-la muito pouco, e valorizá-
la demasiadamente.

6. Eu ficaria satisfeito de me esforçar, em algum grau, para suprir essa grande


falha; para apontar, primeiro, os que depreciam o que a razão pode fazer; e, então,
aqueles que supervalorizam aquilo que a razão não pode fazer. Mas, antes que tanto
um, quanto o outro, possam ser explicados, é absolutamente necessário definir o
termo, para fixar o significado preciso da palavra em questão. A menos que isto seja
feito, os homens poderão disputar, até o fim do mundo, sem chegar a alguma boa
conclusão. Este é um dos grandes casos das inúmeras contendas que existem sobre o
assunto. Muito poucos dos disputantes pensam nisso; em definir a palavra pela qual
eles brigam a respeito. A conseqüência natural é que eles estão muito longe de um
entendimento, tanto quanto ao resultado, como quanto à causa.

I
(1) Primeiro, então, a razão é, algumas vezes, tomada por argumento. Então,
'Dê-me uma razão para sua afirmação'. Como em Isaías: 'Leve adiante as suas fortes
razões', ou seja, seus fortes argumentos. Nós usamos a palavra, aproximadamente, no
mesmo sentido, quando nós dizemos: 'Ele tem boas razões para fazer o que faz'. Aqui
parece significar que ele tem os motivos suficientes; tais que devem influenciar um
homem sábio. Mas como a palavra pode ser entendida, na questão apontada,
concernente 'as razões das coisas?'; particularmente quando é perguntado: 'Se as
razões das coisas são eternas?'. 'As razões das coisas', aqui, não significam a relação
das coisas, umas com as outras? Mas o que são as relações eternas das coisas
temporais? Das coisas que não existiram até ontem? A relação dessas coisas pode
existir, antes que as próprias coisas tivessem alguma existência? Falar sobre tais
relações, então, não é uma clara contradição? Sim. E tão palpável, que pode ser
traduzida em palavras.

(2) Em outra acepção da palavra, razão é o mesmo que entendimento. Ela


significa uma faculdade da alma humana; aquela faculdade que se empenha, em três
caminhos: pela simples apreensão; pelo julgamento; e pelo raciocínio. A simples
apreensão é somente a concepção de uma coisa na mente; a primeira e a mais simples
ação do entendimento. O julgamento é a determinação de que as coisas, antes de
serem concebidas, elas concordam ou diferem uma da outra. O raciocínio,
estritamente falando, é o movimento ou progresso da mente de um julgamento a
outro. A faculdade da alma que inclui essas três operações, eu aqui significo pelo
termo razão.

(3) Tomando a palavra nesse sentido, vamos agora considerar imparcialmente,


primeiro, o que é isto que a razão pode fazer? E quem pode negar que ela pode fazer
muito, demasiadamente, nos assuntos da vida comum? Para começar pelo ponto mais
simples: ela pode direcionar os trabalhadores a realizarem as várias tarefas nas quais
eles estão empregados; cumprir suas obrigações, tanto nas ocupações mais primárias,
quanto em alguma tarefa da mais alta natureza. Ela pode direcionar o homem do
campo, quanto ao tempo certo, e de que maneira cultivar o solo; a como arar, semear,
colher, e trazer seu milho para alimentar, e manejar seu gado; tanto quanto agir com
prudência e propriedade, em cada parte de seu empreendimento. Ela pode dirigir os
artífices a como prepararem as várias sortes de vestuários, e milhares de coisas
necessárias e convenientes da vida; não apenas para si mesmos e seus familiares, mas
para seus vizinhos, próximos ou distantes. Ela pode dirigir aqueles de habilidades
mais apuradas a planejar e a executar suas obras da maneira mais elegante. Ela pode
dirigir o pintor, o escultor, o músico a primarem, naquilo em que a Providência os
colocou. Ela pode dirigir o marinheiro a manter o seu curso do outro lado do centro
do grande abismo. Ela capacita aqueles que estudam as leis de sua região a defender a
propriedade ou a vida de seus compatriotas; e aqueles que estudam a arte da cura a
curar a maioria dos males a qual estamos expostos em nosso estado presente.

(4) Para uma compreensão mais elaborada ainda: é certo que a razão pode nos
assistir, quanto a irmos através de todo o círculo de Artes e Ciências; da Gramática,
Retórica, Lógica, Filosofia natural e moral, Matemática, Álgebra, Metafísica. Ela
pôde ensinar, o que quer que a habilidade ou a diligência do homem tenha inventado,
nesses milhares de anos. É absolutamente necessária para o cumprimento devido da
maioria das tarefas mais importantes, tal como aquela dos Magistrados, se de um nível
inferior ou superior; e aquela dos Governadores subordinados ou supremos, se de
Estados, Províncias ou Reinos.

(5) De todos esses, poucos homens, em seus sentidos, irão negar. Nenhum
homem pensante pode duvidar que a razão presta um serviço considerável a todas as
coisas relativas ao mundo presente. Mas suponha que falemos de coisas mais altas; de
coisas de um outro mundo; o que a razão pode fazer aqui? Ela é uma ajuda ou um
estorvo à religião? Ela pode fazer muito nos assuntos dos homens; mas o que ela pode
fazer nas coisas de Deus?

(6) Este é um ponto que merece ser profundamente considerado. Se nós


perguntamos: 'O que a razão pode fazer pela religião?'. Eu respondo: ela pode fazer
excessivamente muito, tanto com respeito ao fundamento dela, quanto à sua estrutura
superior. O fundamento da religião verdadeira se situa na Palavra de Deus. Ela é
construída sobre os Profetas e Apóstolos, e o próprio Jesus Cristo sendo a pedra
fundamental. Agora, que uso excelente tem a razão, se nós mesmos podemos entender
e explicar aos outros, a Palavra de Deus! E sem ela, quanto seria possível entender das
verdades essenciais contida nela? O melhor resumo disto, encontramos naqueles que
são chamados os Credos dos Apóstolos. Não é a razão (assistida pelo Espírito Santo)
que nos capacita a entender o que as Santas Escrituras declaram concernente à
existência e aos atributos de Deus? Com respeito à sua eternidade e imensidade; seu
poder; sabedoria; e santidade? É por esta razão que Deus nos capacita, em alguma
medida, a compreender seu método de proceder com os filhos dos homens; a natureza
de seus vários desígnios; da velha e nova aliança; da lei e do Evangelho. É através
disso que entendemos (seu Espírito abrindo e iluminando os olhos de nosso
entendimento) o que o arrependimento significa; do que não estamos arrependidos; o
que é a fé, por meio da qual somos salvos; qual é a natureza e a condição da
justificação; quais são os frutos imediatos e os frutos subseqüentes dela. Por meio da
razão, nós aprendemos o que é o novo nascimento, sem o que não podemos entrar no
reino dos céus; e o que é aquela santidade, sem a qual, nenhum homem pode ver ao
Senhor. Através do devido uso da razão, nós podemos saber quais são os
temperamentos implicados na santidade interior; e o que ser externamente santo —
santo, em toda maneira de falar: em outras palavras, o que é a mente que estava em
Cristo; e o que significa caminhar como Cristo caminhou.

(7) Muitos casos particulares ocorreriam, com respeito aos diversos artigos
precedentes, na qual temos oportunidade, para todo o nosso entendimento, se nós
mantivéssemos nossa consciência livre de ofensa. Muitos casos de consciência não
seriam resolvidos, sem o exercício mais extremo de nossa razão. O mesmo é requisito,
com o objetivo de entender e cumprir nossas obrigações ordinariamente relativas: as
obrigações de pais e filhos; de maridos e esposas; e (para nomear não mais), dos
empregados e empregadores. Em todos esses aspectos, e em todas as obrigações da
vida comum, Deus tem nos dado nossa razão como um guia. E é apenas agindo de
acordo aos ditames dela, usando todo o entendimento que Deus nos tem dado que
podemos ter a consciência isenta da ofensa em direção a Deus e ao homem.

(8) Aqui, então, existe um campo largo, de fato, em que a razão pode discorrer
em detalhes e exercitar todos os seus poderes. E se a razão pode fazer tudo isso, tanto
nas coisas comuns, quanto nas coisas religiosas, o que, então, ela não pode fazer?

II
(1) Em primeiro lugar, a razão não pode produzir fé. Embora ela sempre seja
consistente com a razão, ainda assim, a razão não pode produzir fé, no sentido bíblico
da palavra. Fé, de acordo com as Escrituras, é uma 'evidência' ou 'convicção' das
coisas que não são vistas. É uma evidência divina, trazendo a convicção total de um
mundo eterno invisível. É verdade que houve uma espécie de persuasão irreal disso;
mesmo entre os mais sábios pagãos; provavelmente, da tradição, ou de alguns
vislumbres de luz refletidos dos israelitas. Muitas centenas de anos antes de nosso
Senhor nascer, o poeta grego proferiu aquela grande verdade: 'Milhões de criaturas
espirituais caminham na terra; e não são vistas, quer estejamos acordados, quer
estejamos dormindo'.

Mas isto foi um pouco mais do que vaga conjectura: isto foi mais do que uma
firme convicção: o que a razão, em seu mais alto estado de progresso, nunca poderia
produzir em algum filho do homem.

(2) Muitos anos atrás, eu me certifiquei dessa verdade, através de uma


experiência triste. Depois de cuidadosamente amontoar os mais fortes argumentos que
eu poderia encontrar, tanto dos autores antigos, quanto modernos, para a mesma
existência de um Deus, e (o que está aproximadamente conectado com ela) a
existência de um mundo invisível, eu perambulei, para cima e para baixo, refletindo,
comigo mesmo:

"Será que todas essas coisas que eu vejo ao meu redor, essa terra e céu; essa
moldura universal, têm existido desde a eternidade? Será que aquela suposição
melancólica do poeta antigo é um caso real? Será que a geração de homens é
exatamente paralela com a geração de folhas? Será que as palavras de um grande
homem são realmente verdadeiras: A morte é nada, e nada existe depois da morte?".

"Como eu posso estar certo de que não é este o caso; de que eu não tenho
seguido astuciosamente fábulas inventadas?" — E eu tenho perseguido o pensamento,
até de que não houve espírito algum em mim, e eu estive pronto a escolher a
supressão, preferivelmente, à vida.

(3) Mas, em um ponto de importância tão inexprimível, não depende da


palavra de outro; mas retire-se, por enquanto, do mundo agitado, e faça você mesmo o
experimento. Tente, se a sua razão irá lhe dar uma clara evidência satisfatória do
mundo invisível. Depois dos preconceitos da educação serem colocados de lado,
produza suas fortes razões para a existência dele. Coloque-as, em ordem; silencie
todas as objeções; e ponha todas as suas dúvidas para debandarem, pelo amor de
Deus! Você não pode, com todo seu entendimento. Você pode reprimi-las, por um
tempo. Mas, quão rapidamente, elas irão reunir-se novamente, e atacar você com
violência redobrada! E o que a pobre razão pode fazer para seu livramento? Quanto
mais veementemente você luta, mais profundamente você fica emaranhado nessa luta,
e não encontra caminho para escapar.

(4) Como é o caso daquele grande admirador da razão; o autor da máxima


acima citada? Eu quero dizer, o famoso Sr. Hobbes? Ninguém irá negar que ele tem
um forte entendimento. Mas produz nele uma convicção forte e satisfatória do mundo
invisível? Abriu os olhos de seu entendimento ver, além dos limites da esfera diurna?
Ó, não!Muito longe disso! Suas palavras agonizantes nunca deverão ser esquecidas:
'Onde você está indo, senhor?', pergunta um de seus amigos, e ele responde: 'Eu estou
dando um salto no escuro!'; e morreu. Tal evidência do mundo invisível pode a mera
razão dar para o mais sábio dos homens!

(5) Em Segundo Lugar, a razão sozinha não pode produzir esperança em


qualquer filho do homem: eu quero dizer a esperança bíblica, por meio da qual nós
'nos regozijamos na esperança da glória de Deus'. Aquela esperança que Paulo, em
um lugar, denomina: 'experimentar os poderes do mundo que há de vir'; em outra, o
'sentar-se, em lugares celestiais, em Jesus Cristo': Aquele que nos capacita a dizer:
'Graças seja dada a Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que tem nos criado
novamente em uma esperança viva: — para uma herança incorruptível, inviolada, e
que não desaparece: Assim sendo, onde não existe fé, não existe esperança.
Conseqüentemente, a razão, sendo incapaz de produzir fé, deve ser igualmente
incapaz de produzir esperança. A experiência confirma isto igualmente. Quão
freqüentemente, eu tenho lutado; e com todo meu poder, para criar essa esperança em
mim mesmo? Mas tem sido trabalho perdido: eu não poderia obter essa esperança dos
céus, mais do que tocá-lo com minhas mãos. E qualquer um de vocês que tentar o
mesmo irá ter semelhante sucesso. Eu não nego que um entusiasta iludido, não
trabalhe em si mesmo uma espécie de esperança: Ele pode fazer isso, usando sua
imaginação vivaz; numa espécie de sonho agradável: Ele pode 'circundar-se', assim
diz o Profeta, 'com as faíscas de sua claridade própria'. Mas isto não irá continuar
por muito tempo, e, logo a bolha certamente irá se romper. E o que se seguirá? 'Isto é
o você tem à mão, diz o Senhor, e você deve se prostrar em tristeza'.

(6) Se a razão pudesse produzir a esperança completa da imortalidade, em


algum filho do homem, ela teria produzido isto, no grande homem, a quem Justin
Martyr não teve escrúpulos de chamar 'um cristão, antes de Cristo'. Porque, quem,
não tendo sido favorecido com a palavra escrita de Deus, sempre se avantajou; sim,
ou equiparou-se a Sócrates? Em que outro pagão, nós podemos encontrar tão forte
entendimento, reunido com tão completa virtude? Mas ele tinha realmente essa
esperança? Que ele responda por si mesmo. Qual foi a conclusão daquela nobre
apologia que ele fez diante de seus juízes injustos? 'E, agora, Ó juízes! Vocês estão
indo daqui para viver; e eu estou indo daqui para morrer: qual desses é melhor, os
deuses sabem; mas, eu suponho que nenhum homem consiga sabê-lo'. Nenhum
homem sabe! Quão longe está isto da linguagem do pequeno Benjamite: 'Eu desejo
partir, e estar com Cristo; o que é muito melhor!'. E quantos milhares existem ate
esse dia, mesmo em nossa própria nação; homens jovens e senhoritas; adultos e
crianças, que são capazes de testemunhar a mesma boa confissão!

(7) Mas quem é capaz de fazer isso, pela força de sua razão, sendo ela tão
altamente aperfeiçoada? Um dos mais sensíveis e mais amáveis pagãos que viveram,
desde que nosso Senhor morreu, foi o governador do maior império do mundo, o
Imperador Adriano. São bem conhecidas suas palavras: 'Um príncipe deve
assemelhar-se ao sol: Ele deve brilhar em cada parte desses domínios, e difundir seus
raios salutares em todos as partes onde ele for'. E sua vida foi um testemunho de sua
palavra: Onde quer que ele fosse, ele executava justiça e mostrava misericórdia. Mas,
e no fim de sua longa vida; ele esteve cheio da esperança imortal? Nós podemos
responder isto, através de uma autoridade inquestionável: suas próprias palavras
agonizantes. Quão inimitavelmente patéticas: 'Pobre, pequena, bonita, e adejante,
coisa; nós não deveríamos viver mais tempo, juntos? E tu não aparas tuas asas
trêmulas, para voares, tu não sabes onde? Teu talento agradável, tua loucura bem
humorada. Está toda descuidada, toda esquecida! E a melancolia pesarosa,
oscilante. Tu esperas e temes, mas tu não sabes o quê!'.

(8) Em terceiro lugar, por mais que cultivada e melhorada, a razão não pode
produzir o amor de Deus; e o que é óbvio disso: ela não pode produzir a fé, ou a
esperança; por meio das quais, somente, Seu amor flui. É quando 'vemos', pela fé 'de
que maneira o Pai nos tem amado', ao nos dar seu único Filho, para que não
perecêssemos, mas tivéssemos a vida eterna; para que 'o amor de Deus fosse
derramado por todo nosso coração, através do Espírito Santos que ele nos tem dado'.
É quando 'nos regozijamos na esperança da glória de Deus'; quando 'o amamos,
porque ele primeiro nos amou'. Mas o que pode a fria razão fazer quanto a esse
assunto? Ela pode nos presentear com idéias consideráveis; ela pode esboçar um belo
quadro de amor: mas isto é apenas fogo artificial. E, mais além, a razão não pode ir.
Eu tentei, durante muitos anos. Eu coletei os mais finos hinos, orações e meditações,
que eu pude encontrar em qualquer língua; e falei, cantei, e as li, várias vezes, com
toda seriedade e atenção possível. Mas ainda assim, eu fui como os ossos, na visão de
Ezequiel: 'A pele os cobriu todos em volta; mas não existia fôlego de vida neles'.
(9) E como a razão não pode produzir o amor de Deus, então, ela também não
pode produzir o amor ao nosso próximo; a calma, a generosidade, a benevolência
desinteressada pelo filho do homem. Essa boa-vontade, sincera e firme, para com o
nosso próximo, não flui de fonte alguma, a não ser da gratidão para com nosso
Criador. E se esta é (como um homem engenhoso supõe) a mesma essência da virtude,
segue-se que essa virtude não pode ser criada, a menos que jorre do amor de Deus.
Por conseguinte, a razão não pode produzir esse amor, assim como não pode produzir
virtude.

(10) E como ela não pode produzir fé, esperança, amor ou virtude, então ela
não pode dar felicidade; desde que separada desses, não pode haver felicidade para
alguma criatura inteligente. É verdade que aqueles que estão vazios de toda virtude
podem ter prazeres, tais como eles são; mas felicidade eles não têm. Eles não podem
ter. Não: 'Sua alegria é toda tristeza; sua força não tem valor;seu sorriso é loucura; e
seu prazer é dor!'

Prazeres! Sombras! Sonhos! Fugazes como o vento! Incorpóreos como o arco-


íris! Insuficientes para uma pobre e ofegante alma, como as cores alegres de uma
nuvem que vem do leste! Nenhum desses resistirá o teste da reflexão: se o
pensamento vem, a bolha se rompe!

Eu me permito agora acrescentar algumas palavras claras, primeiro a você que


subestima a razão: Nunca mais fale de maneira dura, incorreta, e em tom de deboche,
contra esse precioso dom de Deus. Reconheça 'a luz do Senhor', que tem sido fixada,
em nossas almas, para propósitos excelentes. Veja quantas finalidades admiráveis ela
responde, fossem apenas relativas às coisas da vida: de que uso inexprimível é, até
mesmo, a fração moderada da razão, em todos os nossos empreendimentos mundanos;
das tarefas da vida, menos significativas, às de maior significado, através de todos os
ramos de atividades; até que ascendamos àquelas que são da mais alta importância e
de maior dificuldade!

Quando, entretanto, você menospreza e deprecia a razão, você não deve


imaginar que está fazendo um trabalho para Deus: Menos do que tudo, que você está
promovendo a causa de Deus, quando você está se esforçando para excluir a razão da
religião. A menos que propositadamente você feche seus olhos, você não pode deixar
de ver o serviço que ela presta, tanto no fundamento da religião verdadeira, sob a
direção do Espírito Santo de Deus, quando no engrandecimento de sua estrutura
superior. Você a vê nos dirigindo em todos os pontos, da fé e da prática: Ela nos guia
com cuidado para cada ramo da santidade interior e exterior. E nós não nos gloriamos
nisso, de que o todo de nossa religião é uma 'serviço razoável:'. Sim. E que cada parte
dele, quando ele é devidamente executado, é o exercício mais alto de nosso
entendimento?

Permita-me acrescentar algumas poucas palavras a você, igualmente, que


supervaloriza a razão. Por que você deveria ir de um extremo a outro? Não é o meio
caminho o melhor? Deixe a razão fazer o que a razão pode fazer: Empregue-a até
onde ela pode ir. Mas, ao mesmo tempo, reconheça que ela é extremamente incapaz
de produzir fé, esperança ou amor, e conseqüentemente, de produzir tanto a virtude
real, quanto a felicidade substancial. Espere isto de uma fonte mais alta; sempre do
Pai de todos os espíritos e toda a carne. Busque e os receba, não como de sua própria
aquisição, mas como os dons de Deus. Erga seu coração a Ele que 'dá a todos os
homens livremente, e não repreende'. Ele somente pode dar aquela fé, que é 'a
evidência' e a convicção 'das coisas que não são vistas'. Somente ele pode 'criá-lo na
esperança vida' de uma eterna herança nos céus; e somente Ele pode 'derramar seu
amor por todos os lados, no sei coração, através do Espírito Santo de Deus dado a
você'. Peça, por conseguinte, e lhe será dado! Clame junto a Ele, e seu clamor não
será em vão! Como você pode duvidar? Se mesmo você, sendo mau, sabe como dar os
bons dons aos seus filhos, quanto dera seu Pai que está nos céus, dá o Espírito Santo
para quem pedir a Ele! Assim, você deve ser uma testemunha viva de que aquela
sabedoria, santidade e felicidade são uma coisa só: estão inseparavelmente unidas: e
são, de fato, o início da vida eterna que Deus nos tem dado, em seu Filho.

Editado por Sarah DeBoard Marion, com correções de Ryan Danker e George Lyons da
Northwest Nazarene University (Nampa, Idaho) para o Wesley Center for Applied Theology.

Copyright © 1999 by the Wesley Center for Applied Theology.

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