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De volta ao dilema
O que est em discusso no STF, portanto, a utilizao de clulas-tronco derivadas de embries humanos de poucos dias, distantes vrias semanas dos primeiros estgios em que se poderia identificar a emergncia da mente. No parece justificado supor que, nessa fase, o embrio constitua de fato um indivduo humano. O objetivo das pesquisas propostas pelos cientistas com essas clulas desenvolver tcnicas de fabricao de tecidos e rgos, que possam ser utilizadas futuramente para o tratamento de doenas. Por simetria, o problema tico que se coloca neste caso similar ao dilema que enfrentamos para decidir se devemos empregar em transplantes rgos provenientes de pessoas vitimadas por morte cerebral. A cincia no capaz de determinar uma ntida linha demarcadora do incio e do fim da vida de um indivduo. Mas certo que a linha fixada pelos legisladores e pela sociedade na Lei de Biossegurana est longe de ferir a essncia e a dignidade do indivduo humano. Muito pelo contrrio, a cincia encontra-se hoje prxima de possibilitar uma verdadeira revoluo no tratamento das doenas, aproximando-se dos objetivos ticos mais sublimes de nossa civilizao: prolongar a vida, minorar o sofrimento e ampliar o bem-estar dos seres humanos. Roberto Lent Professor de Neurocincia Instituto de Cincias Biomdicas Universidade Federal do Rio de Janeiro
Fonte: http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/bilhoes-de-neuronios/quando-comeca-e-quando-termina-avida/?searchterm=Quando%20come%C3%A7a%20e%20quando%20termina%20a%20vida?