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Supply Chain Management

http://www.numa.org.br/conhecimentos/conhecimentos_port/pag_conhec/supply_c
hain_v5.html

[Conceitos Básicos] [Informações Adicionais]

Responsável: Prof. Sílvio R. I. Pires

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Conceitos Básicos

Fontes : Pires, S.R.I ; Porter, M ; Vollman, T.E. & Cordon, C.(vide informações
adicionais)

Introdução

Supply Chain Management (SCM - Gestão da Cadeia de Suprimentos) tem


representado uma nova e promissora fronteira para empresas interessadas na
obtenção de vantagens competitivas de forma efetiva e pode ser considerada uma
visão expandida, atualizada e, sobretudo, holística da administração de materiais
tradicional, abrangendo a gestão de toda a cadeia produtiva de uma forma
estratégica e integrada. SCM pressupõe, fundamentalmente, que as empresas
devem definir suas estratégias competitivas e funcionais através de seus
posicionamentos (tanto como fornecedores, quanto como clientes) dentro das
cadeias produtivas nas quais se inserem. Assim, é importante ressaltar que o
escopo da SCM abrange toda a cadeia produtiva, incluindo a relação da empresa
com seus fornecedores e clientes, e não apenas a relação com os seus
fornecedores.

SCM também introduz uma importante mudança no paradigma competitivo, na


medida em que considera que a competição no mercado ocorre, de fato, no nível
das cadeias produtivas e não apenas no nível das unidades de negócios
(isoladas), como estabelece o tradicional trabalho de PORTER (1980). Essa
mudança resulta num modelo competitivo baseado no fundamento de que
atualmente a competição se dá, realmente, entre "virtuais unidades de negócios",
ou seja, entre cadeias produtivas. Atualmente, as mais efetivas práticas na SCM
visam obter uma "virtual unidade de negócio", providenciando assim muito dos
benefícios da tradicional integração vertical, sem as comuns desvantagens em
termos de custo e perda de flexibilidade inerentes à mesma. Uma virtual unidade
de negócios é então formada pelo conjunto de unidades (geralmente
representadas por empresas distintas) que compõe uma determinada cadeia
produtiva, conforme ilustra a Figura 1. Uma unidade de negócios pode então
participar de diversas virtuais unidades de negócios, como é o caso, por exemplo,
de várias empresas de autopeças que atuam em virtuais unidades de negócios
lideradas por grandes montadoras.

Figura 1: Competição entre "Virtuais Unidades de Negócios"

Em termos práticos, o modelo enfatiza que cada unidade dessa virtual unidade de
negócios deve se preocupar com a competitividade do produto perante o
consumidor final e com o desempenho da cadeia produtiva como um todo. Isso
acarreta numa necessidade de gestão integrada da cadeia produtiva, requerendo
um estreitamento nas relações e a criação conjunta de competências distintas
pelas unidades (empresas) da mesma. Por exemplo, o modelo de consórcio
modular, implementado pela VW e sete fornecedores de autopeças na nova
fábrica de caminhões e chassis de ônibus da montadora também pode ser usado
para ilustrar o conceito de virtual unidade de negócios. Na nova planta, a parte
final da cadeia produtiva foi concentrada num único local para, sobretudo, dar
mais competitividade a uma virtual unidade de negócios dentro do negócio
(business) de caminhões e chassis de ônibus (COLLINS et al. 1997; PIRES, 1998
a; PIRES 1998 b).

Objetivos e Práticas da Supply Chain Management

Um objetivo básico na SCM é maximizar e tornar realidade as potenciais sinergias


entre as partes da cadeia produtiva, de forma a atender o consumidor final mais
eficientemente, tanto através da redução dos custos, como através da adição de
mais valor aos produtos finais (VOLLMANN & CORDON, 1996).

Redução dos custos tem sido obtida, através da diminuição do volume de


transações de informações e papéis, dos custos de transporte e estocagem, e da
diminuição da variabilidade da demanda de produtos e serviços, dentre outros.

Mais valor tem sido adicionado aos produtos, através da criação de bens e
serviços customizados, do desenvolvimento conjunto de competências distintas;
através da cadeia produtiva e dos esforços para que, tanto fornecedores como
clientes, aumentem mutuamente a lucratividade.

Práticas eficazes na SCM têm sido implementadas em todo mundo, as quais têm
visado a simplificação e obtenção de uma cadeia produtiva mais eficiente.
Resultados positivos têm sido obtidos principalmente através de procedimentos
como os listados abaixo.

• Reestruturação e consolidação do número de fornecedores e clientes:

Significa reestruturar (geralmente através de redução) o número de fornecedores


e clientes, construindo e aprofundando as relações de parceria com o conjunto de
empresas com as quais, realmente, se deseja desenvolver um relacionamento
colaborativo e com resultado sinérgico.

• Divisão de informações e integração da infra-estrutura com clientes e


fornecedores:

A integração de sistemas de informações/computacionais e a utilização crescente


de sistemas como o EDI (Electronic Data Interchange), entre fornecedores,
clientes e operadores logísticos têm permitido a prática, por exemplo, da reposição
automática do produto na prateleira do cliente (Efficient Consumer Response).
Tais práticas têm proporcionado, sobretudo, trabalhar com entregas just-in-time e
diminuir os níveis gerais de estoques. Também, a utilização de representantes
permanentes (In plant representatives) junto aos clientes tem facilitado, dentre
outras coisas, um melhor balanceamento entre as necessidades do mesmo e a
capacidade produtiva do fornecedor, bem como uma maior agilidade na resolução
de problemas.

• Desenvolvimento conjunto de produtos:

O envolvimento dos fornecedores desde os estágios iniciais do desenvolvimento


de novos produtos (Early Supplier Involvement) tem proporcionado,
principalmente, uma redução no tempo e nos custos de desenvolvimento dos
mesmos.

• Considerações logísticas na fase de desenvolvimento dos produtos:

Representa a concepção de produtos que facilitem o desempenho da logística da


cadeia produtiva, geralmente também envolvendo a escolha de um operador
logístico eficiente para administrar a mesma;

• Integração das estratégias competitivas na cadeia produtiva:


Implica na compatibilização da estratégia competitiva e das medidas de
desempenho da empresa à realidade e objetivos da cadeia produtiva como um
todo.

Outsourcing na Cadeia de Suprimentos

Um outro conceito importante na SCM é o de "outsourcing", o qual começou com


áreas tidas como periféricas (como a de informática) e agora chega a áreas como
manufatura, manutenção, distribuição e marketing. Outsourcing é uma prática em
que parte do conjunto de produtos e serviços utilizados por uma empresa (na
realização de uma cadeia produtiva) são providenciados por uma empresa
externa, num relacionamento colaborativo e interdependente. A empresa
fornecedora desenvolve e continuamente melhora a competência e a infra-
estrutura para atender o cliente, o qual deixa de possuí-los total, ou parcialmente.
O cliente continua, entretanto, mantendo uma estreita e colaborativa integração
com o fornecedor. É importante notar que a visão contemporânea de outsourcing
vai além das práticas rotuladas de "sub-contratação" ou "terceirização",
freqüentemente conduzidas no Brasil nos últimos anos. Outsourcing significa,
essencialmente, a opção por uma relação de parceria e cumplicidade com um ou
mais fornecedores da cadeia produtiva, numa decisão tipicamente estratégica,
abrangente e de difícil reversão. Por sua vez, sub-contratação (ou terceirização)
tem significado apenas um negócio, uma decisão operacional, mais restrita e
relativamente de mais fácil reversão.

Nos últimos anos o interesse pela SCM tem crescido muito no mundo e no Brasil.
Os avanços têm sido muito significativos tanto na área de serviços como na
manufatura. Nesta última, onde reside o interesse do NUMA, os maiores
desenvolvimentos têm ocorrido na indústria automobilística, a qual tem sido uma
das principais responsáveis pela introdução das práticas mais inovadoras e
efetivas na área.

Informações Adicionais - última verificação 11/11/1999

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Pires, S.R.I - Supply Chain Management

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Especialistas

Prof. Sílvio R. I. Pires, Professor NUMA, sripires@sc.usp.br, Professor de Gestão


da Produção da UNIMEP, sripires@unimep.br

Prof. Antonio P. S. Ayres, Assessor de Logística – Caterpillar, Professor de Gestão


da Produção da UNIMEP, apsayres@unimep.br

Prof. Thomas Vollmann, Production Management Professor, IMD (International


Institute for Management Development), Suiça. http://www.imd.ch

Prof. Robert Collins, Production Management Professor, IMD (International


Institute for Management Development), Suiça. http://www.imd.ch

Sites relacionados

Supply Chain Management - Publicação on-line de artigos na área.


http://www.manufacturing.net/magazine/logistic/pointpgs/webex.htm

Production and Operation Management - Definições de termos ligados ao à área.


http://www.pom.edu/pom/

Supply Chain Management Resource Web Page - Publicações e instituições sobre


atuante na área
http://www.createcom.com/supply-chain.html#link2

SAPICS (Educational Society for Supply Chain Management) - busca prover


educação, informação e conhecimento por meio de cursos, seminários,
conferências, visitas à fábricas, venda de material, websites e publicações na
área. http://www.sapics.org.za/mission.html

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