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PRENSA MANUAL DE MADEIRA PARA FENAÇÃO

1
Mariah Tenório de Carvalho Souza
2
Onaldo Souza
3
Izabele Emiliano dos Santos

O Brasil como país tropical oferece excelentes condições para a exploração de


ruminantes a pasto, porém nas regiões áridas e semi-áridas, a exemplo do
Nordeste brasileiro, as condições para a exploração pecuária com base nas
pastagens são adversas à produção animal.

A falta de chuvas na época seca, por exemplo, causa transtornos na produção de


forragens, leva descrédito ao produtor rural e muitas vezes, culmina em grande
parte com a inviabilidade econômica da exploração animal e conseqüentemente
com o abandono da mesma pelo produtor. Desta forma, a crise não raramente
culmina no êxodo rural, onde se conclui que independente de qualquer vontade,
existem secas todos os anos sem exceção, nestas regiões, o que dificulta a
pecuária sem um planejamento estratégico.

A região Nordeste representa menos de 20% da área territorial do Brasil e nela se


encontra 93% da população caprina brasileira. Estes animais, assim como os
ovinos são motivos de fixação do homem à terra, trazendo paz social no campo,
significando grande contribuição à região, gerando empregos quando ocupa a
farta mão-de-obra local, além de gerar renda e trazer bem estar ao homem do
campo.

Os animais nativos do Nordeste, quando são criados em meios adequados de


manejo, apresentam desempenho zootécnico satisfatórios e muitas vezes acima
da média do rebanho regional, porém o que ocorre na prática é a falta de
programação para atravessar o período seco.

E sabe-se que sem este planejamento, um dos maiores entraves ao desempenho


zootécnico, é a falta de alimentos volumosos durante esta estação seca. Assim
sendo, a prensa manual de madeira as fenação, idealizada e desenvolvida pelo
autor, é uma grande alternativa para enfrentar e resolver este drama crucial que
aflige o produtor rural todos os anos sem exceção.

Enfim, sabe-se que o potencial genético de nossos rebanhos caprinos e ovinos


tem se manifestado quando adotamos métodos adequados de manejo e criação,
sanidade e nutrição, principalmente. Assim, torna-se necessário programar-se
para enfrentar o período de escassez de forragens. Isto é, guardar na forma de
feno, alimentos forrageiros excedentes, dos pastos ou mesmo os resíduos e
nunca despreza-los.

Pensando assim, uma prensa manual de madeira foi idealizada, desenvolvida e


cada vez mais aprimorada para dar suporte a esta idéia, com o objetivo de
minimizar os graves problemas dos pecuaristas e sempre atendendo aos anseios
dos produtores, quanto a sua fabricação, praticidade e necessidade em campo,
uma vez que a mesma pode ser construída com a própria madeira já existente em
todas as propriedades rurais, o que sem dúvida, onera menos ainda a sua
fabricação, aliado ao fato de ser tarefa de fácil execução.

Para atender cada vez mais a demanda dos produtores, já foram desenvolvidas
várias versões da prensa, desde seu modelo original.

A prensa continua com sua originalidade e sua transformação foi apenas para
substituir alguns itens que dificultavam sua construção a nível de propriedade. Isto
é, foram feitas modificações apenas para facilitar sua construção nas fazendas,
aproveitando o máximo possível, os insumos das propriedades rurais,
principalmente a madeira, sua matéria básica, o que não falta nas propriedades.

Os fardos prensados, continuam também com as mesmas características


anteriores pesando de 13 a 15 kg e podem ser prensados por qualquer
trabalhador dentro da propriedade e apenas um homem pode confeccionar
aproximadamente 150 fardos por dia.

Seu custo é barato se comparado com a prensa confeccionada em ferro. Em caso


de ser construída dentro da propriedade a mesma se tornará barata, acessível e
sem dificuldade alguma na sua construção.

A prensa é de grande utilidade ao pequeno produtor rural, pois minimiza os


problemas gerados pela seca, que tanto prejudica ao mesmo em seu labor, pois o
armazenamento de alimentos volumosos é indispensável para atravessar o
período seco, pois a demanda por alimentos para a manutenção e produtividade
do gado não pode parar.

A experiência tem demonstrado na pratica, incremento do agronegócio da


agricultura familiar, com a idéia de se coletar restos de cultura, tratá-los e prensá-
los para vende-los aos produtores. Isto gera ingressos e aumento de empregos na
zona rural, principalmente para famílias de baixa renda.

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1 – Zootecnista. Doutor em produção animal. Pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros/UEP
de Rio Largo. Caixa Postal 2013, Maceió/AL.. E-mail : onaldo@cpatc.embrapa.br ;
2 Aluna do curso de zootecnia da Universidade Federal de Alagoas –UFAL;
3 – Zootecnista. Aluna do curso de Mestrado da Universidade Federal de Alagoas –UFAL

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