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Universidade Federal da Bahia

Escola de Medicina Veterinária


Mestrado em Medicina Veterinária Tropical

CONTROLE ALTERNATIVO DA INFECÇÃO POR HAEMONCHUS CONTORTUS


EM OVINOS: AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO HOMEOPÁTICO

FAROUK ZACHARIAS

Salvador- Bahia
2004
II

CONTROLE ALTERNATIVO DA INFECÇÃO POR HAEMONCHUS CONTORTUS


EM OVINOS: AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO HOMEOPÁTICO

Dissertação apresentada à Escola de Medicina


Veterinária da Universidade Federal da Bahia,
como requisito para a obtenção do título de
mestre em Medicina Veterinária Tropical, na
área de Saúde Animal.

Orientadora: Prof. Dra Fernanda Washington de Mendonça Lima


Co -Orientador: Prof. Dr José Eugênio Guimarães

Salvador- Bahia
2004
III

ZACHARIAS, Farouk.
Controle alternativo da infecção por Haemonchus contortus em ovinos: avaliação do
tratamento homeopático. Farouk Zacharias – Salvador-BA, 130 pág.
Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária Tropical) – Escola de Medicina
Veterinária da Universidade Federal da Bahia, 2004.

Professora Orientadora - Fernanda Washington de Mendonça Lima


Palavras-chave – ovinos, homeopatia, resposta imune, Haemonchus contortus
nematódeos.
IV

CONTROLE ALTERNATIVO DA INFECÇÃO POR HAEMONCHUS


CONTORTUS EM OVINOS: AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO HOMEOPÁTICO

FAROUK ZACHARIAS

Dissertação defendida e aprovada para obtenção do grau de Mestre em Medicina


Veterinária Tropical.

Salvador, 30 de novembro de 2004.

Comissão Examinadora:

______________________________________________________________________
Prof. Dra. Fernanda Washington de Mendonça Lima - UFBA
Orientadora

________________________________________________________________________
Prof.Dr. Nilson Roberti Benites - USP

_________________________________________________________________________
Prof. Dra. Maria Emilia Bavia - UFBA
V

A meus pais Rachad (in memorian) e


Isabel, minhas irmãs Barrige, Suraia e
Amini, e às minhas filhas Isabele e
Fabiana; aos primeiros pelo exemplo
de vida e os ensinamentos, e às minhas
filhas e irmãs pelo amor que sempre
me dedicaram.
VI

AGRADECIMENTOS

À Professora Dra Fernanda Washington de Mendonça Lima, por acreditar na nossa


proposta de pesquisa, pela competência, entusiasmo e ser uma orientadora parceira em
todos os momentos dessa caminhada.

Ao Professor Dr José Eugênio Guimarães pela co – orientação e na valiosa ajuda na parte


Bioquímica, e analise dos resultados e sugestões.

À Professora Dra Maria Ângela Ornelas pela colaboração nas constantes consultas nos
aspectos parasitológicos, nos momentos, os mais inusitados, sempre com paciência e boa
vontade.

À Professora Dra Maria Emilia Bavia que nos estimula a refletir sobre uma nova visão do
processo Saúde - doença .

À Professora Dra Maria Consuelo Caribe Ayres pela colaboração e orientação nas provas
hematológicas.

Ao Professor Dr. Roberto Franke pela acolhida inicial á nossa proposta e as sugestões dos
parâmetros a serem investigados.

Ao Professor Dr. Ricardo Albinati, pelo seu compromisso e empenho na coordenação do


Mestrado de Medicina Veterinária Tropical.

Aos Professores do Mestrado pelos ensinamentos e amizade.

À Médica Homeopata Maria Amélia Soares da Cunha pelas orientações na escolha dos
medicamentos e pelo privilégio de ter sido seu aluno no Curso de Formação de
Especialistas em Homeopatia.Turma – 2003.
VII

Ao Médico Veterinário Antonio Vicente Dias da Silva, pelo assessoramento técnico na área
de homeopatia animal e na colaboração na tradução do artigo cientifico e pela amizade.

A Medica Veterinária Adriana Cavalcante, do projeto OVIBA, no auxílio nos testes da


medicação homeopática e pelas sugestões.

À equipe do Laboratório de Diagnóstico das Parasitoses dos Animais, da Escola de


Medicina Veterinária da Universidade Federal da Bahia; em especial, ao Médico-
Veterinário Adenilton Silva, à laboratorista Gilda de Souza.e aos acadêmicos de Veterinária
Tito Feitosa e Ruy Macedo.

À equipe do Laboratório de Imunologia da Faculdade de Farmácia,da Universidade Federal


da Bahia; em especial, aos Bioquímicos Rondinelli Ribeiro Araújo, Maria Virginia Avelar,
aos Farmacêuticos e acadêmicos de Bioquímica Jane Carneiro e Irineu Walmor e à
estagiaria Alice

Aos colegas mestrandos de 2003, Adriana, Ana Paula, Izana, Jaciara, Jamaica, Jorge
Raimundo, Marcio Costa, Osvaldo e Rafael, o prazer do proveitoso convívio.

Às colegas Jamaica Rodrigues, Sheila Magali e Shelma Turrioni, com as quais


compartilhamos as viagens, as dúvidas e a alegria da amizade e da solidariedade.

A toda a Diretoria da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S/A- EBDA, pela


liberação para a realização do curso e pela logística de apoio e suporte financeiro.

Ao colega Dr Cyro Galvão, nosso orientador acadêmico da EBDA, durante o Curso, pelas
contribuições.

Aos colegas da Gerência Regional da EBDA de Jequié, Fábio Veloso, e ao Zootecnista


Antonio Alcyone, pelo apoio permanente.
VIII

Aos colegas da Estação Experimental de Jaguaquara, em especial ao Engenheiro


Agrônomo Milton Ribeiro Junior, aos funcionários Roque e Manoel, pelo apoio e suporte
na coleta das amostras.

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico-CNPq, pelo apoio


financeiro através do Processo CNPq – Processo 521 286/01-8.

À Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária – em especial, ao Engenheiro


Agrônomo João Aurélio Soares Viana, pela viabilização do apoio financeiro e pelos úteis
conselhos.

Aos acadêmicos de Veterinária que têm acolhido a homeopatia de forma muita aberta,
demonstrando que estão comprometidos com uma visão holística de ciência, em particular,
ao Grupo de Estudos da Caprino –Ovinocultura, liderado pelo Professor Adelmo.

Ao acadêmico de Comunicação Danilo Costa Matos, pelo suporte de informática e no


preparo da apresentação.

Ao criador e amigo Francisco Aldecy, proprietário do Capril Piancó, pelo apoio para a
realização dos testes dos medicamentos.

Ao Frigorífico Baby –Bode, através do seu gerente João Torres Neto, pela colaboração.

À Professora Ana Maria Salgado Lôbo, pela revisão gramatical.

Ao Zootecnista Dr Bruno Paulli e à Professora Dra. Thereza Calmon de Bittencourt, pelo


valioso auxílio na análise estatística.
IX

“Tudo que é sábio é simples e claro”.


(Maximo Gorgi )
X

ÍNDICE

LISTA DE ABREVIATURAS ......................................................................................... XI


LISTA DAS TABELAS .................................................................................................. XII
LISTA DAS FIGURAS ................................................................................................... XIII
RESUMO ......................................................................................................................... XIV
SUMMARY ........................................................................................................................XV

1. INTRODUÇÃO GERAL...............................................................................................01
2. REVISÃO DE LITERATURA..................................................................................... 04
2.1. Fisiopatologias causadas pelos nematódeos...............................................................04
2.2. Aspectos epidemiológicos......................................................................................... 08
2.3. Resposta imune humoral e celular de nematódeos.................................................... 09
2.4. Controle de nematódeos............................................................................................ 14
2.5. Agentes químicos no controle de nematódeos.......................................................... 16
2.5.1. Resistência anti-helmintica................................................................................ 17
2.5.2. Ecotoxicidade e resíduos dos anti-helmínticos na carne e no leite....................20
2.5.3. Controle de qualidade dos anti-helmínticos...................................................... 22
2.6. Novos conceitos e estratégias de controle de nematódeos........................................ 23
2.6.1. Animais resistentes, resilienses e susceptíveis.................................................. 24
2.6.2. Método Famacha............................................................................................... 26
2.6.3. Seleção de animais resistentes a nematódeos.................................................... 27
2.6.4. Controle biológico de nematódeos.................................................................... 30
2.6.5. Importância da nutrição no controle de nematódeos......................................... 32
2.6.6. Plantas medicinais no controle de nematódeos................................................. 34
2.6.7. Práticas de manejo de pastagem no controle de nematódeos............................ 35
2.6.8. Produção de vacinas contra nematódeos........................................................... 37
2.7. Homeopatia: dados históricos e fundamentos........................................................... 39
2.7.1. Conceito de força vital....................................................................................... 40
2.7.2. A Homeopatia na Medicina Veterinária............................................................ 41
2.7.3. Bem-estar animal e pecuária orgânica............................................................... 44
2.7.4. Trabalhos científicos em homeopatia................................................................ 51
2.7.5. Ação imunomoduladora da medicação homeopática........................................ 55
3. ARTIGO CIENTÍFICO................................................................................................. 58
4. CONSIDERAÇÕES GERAIS....................................................................................... 77
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................... 78
ANEXOS..............................................................................................................................98
XI

LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS

Stdea- Strongyloidea

OPG- Oviposição por gramas de fezes.

LDPG- Larvas desenvolvidas de H.contortus por gramas de fezes.

Hb- Concentração de hemoglobina.

Hct- Hematócrito.

He - Hemácias.

VGM - Volume globular médio

CHGM- Concentração de hemoglobina globular média

PT - Proteína

Alb- Albumina

EOS- Eosinófilos

Leu - Leucócitos

IDRH- Imunodifusão Radial

DO- Densidade óptica

IgG - Imunoglobulina da classe IgG

(fl)- fentolitros

FAO- Organização para Alimentação e Agricultura das Nações Unidas.

OMS- Organização Mundial de Saúde.

OIE- Office International des Epizooties.

FAMACHA- (Faffa Malan Chart)

I. B. D- Instituto Biodinâmico
XII

LISTAS DE TABELAS

TABELA 1- Valores de ovos por grama de fezes (OPG), larvas desenvolvidas de


Haemonchus contortus por gramas de fezes ..

TABELA 2- Valores de hematócritro (Hct), concentração de hemoglobina (Hb), contagem


de hemácias (He), Volume globular médio (VGM), concentração de
hemoglobina gobular média (CHGM)

TABELA 3- Valores de proteína, albumina, globulina e relação albumina/globulina

TABELA 4- Valores de leucócitos, neutrófilos, linfócitos e monócitos

TABELA 5- Valores de Peso.

TABELA 6- Dosagem de IgG anti- Haemonchus contortus por (ELISA) indireto através de
densidades ópticas (D.O)

TABELA 7- Dosagem de Imunoglobulinas IgG totais por imunodifusão radial


simples/IDRS

TABELA 8- Coeficientes de correlações entre os resultados parasitológicos,


hematológicos, bioquímicos e resposta celular.

TABELA 9- Diferenças entre o momento 0 e 68 dias para os parâmetros; leucócitos,


imunoglobulina G (IgG), imunoglobulina (IgG) ELISA e peso.
XIII

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1- Média de OPG dos grupos experimentais.


FIGURA 2- Média de larvas dos grupos experimentais.
FIGURA 3- Média de hematócrito dos grupos experimentais
FIGURA 4- Média de hemoglobina dos grupos experimentais
FIGURA 5- Média de hemácias dos grupos experimentais
FIGURA 6- Média de Volume globular médio dos grupos experimentais
FIGURA 7- Média de Proteína dos grupos experimentais
FIGURA 8- Média de Albumina dos grupos experimentais
FIGURA 9- Média de Globulina dos grupos experimentais
FIGURA 10- Relação Albumina/Globulina dos grupos experimentais
FIGURA 11- Média de Leucócitos dos grupos experimentais
FIGURA 12- Média de Eosinófilos dos grupos experimentais
FIGURA 13- Média de Neutrófilos dos grupos experimentais
FIGURA 14- Média de Linfócitos dos grupos experimentais
FIGURA 15- Média de IgG Sérica dos grupos experimentais
FIGURA 16- Média de IgG Sérica (ELISA) dos grupos experimentais
FIGURA 17- Média de Peso dos grupos experimentais
FIGURA 18- Média de temperatura durante o período experimental.
FIGURA 19- Média de precipitação pluviométrica durante o período experimental
FIGURA 20- Centro de manejo
FIGURA 21- Área destinada à alimentação dos cordeiros
FIGURA 22- Cochos utilizados na suplementação dos animais
FIGURA 23- Piquetes com cerca elétrica e bebedouros
FIGURA 24- Matriz ovina da raça Santa-Inês com as crias ½ sangue Dorper
FIGURA 25- Matriz ovina da raça Morada-Nova com as crias ½ sangue Dorper
FIGURA 26- Matriz ovina da raça Rabo-Largo com as crias ½ sangue Dorper
FIGURA 27- Reprodutores ovinos da raça Dorper utilizados nos cruzamentos
FIGURA 28- Medicação homeopática utilizada no trabalho
FIGURA 29- Preparação do medicamento (dosagem).
FIGURA 30- Preparação do medicamento
FIGURA 31- Administração oral do medicamento.
FIGURA 31 – Placa para exame de imunodifusão Radial.
XIV

ZACHARIAS, F. Controle alternativo da infecção por Haemonchus contortus em


ovinos: Avaliação do tratamento homeopático.Salvador, Bahia, 2002.130 p. Dissertação
(Mestrado em Medicina Veterinária Tropical)- Escola de Medicina Veterinária,
Universidade Federal da Bahia.

RESUMO

O presente estudo avaliou 20 ovinos mestiços da raça Dorper, originário da África do Sul,
com raças nativas de ovinos do nordeste do Brasil. Foram formados três grupos, sendo o
primeiro constituído por animais tratados com medicação homeopática, o segundo, com o
anti-helmintico convencional, e o terceiro o grupo controle. Foram coletadas amostras de
fezes e sangue dos animais aos 18, 38 e 68 dias. Houve uma redução significativa na
contagem total de ovos de helmintos (50%) no grupo tratado com homeopatia em relação
aos dois grupos. O número de larvas de Haemonchus contortus foi significativo (P< 0.01)
no grupo tratado com homeopatia, em relação ao grupo de animais do grupo controle e com
anti – helmíntico convencional Identificou-se uma correlação negativa significante entre o
total de ovos por gramas de fezes (OPG) e o hematócrito e a concentração de hemoglobina
no grupo tratado com homeopatia (P < 0.01); além disso, os parâmetros bioquímicos e
imunológicos apresentaram uma melhor correlação, indicando que a medicação
homeopática provavelmente possibilita um melhor desempenho das funções vitais. O ganho
diário de peso dos animais tratados com homeopatia foi superior aos grupos controle e ao
grupo anti-helmíntico em 31% e 6.5%, respectivamente. A analise do custo beneficio do
grupo tratado com homeopatia foi superior aos outros dois grupos. Os resultados obtidos
sugerem que a medicação homeopática estimula a resposta imune, podendo proporcionar
amplas repercussões econômicas quando aplicados em rebanhos comerciais, em larga
escala. Outros trabalhos de pesquisa devem ser conduzidos, avaliando-se um maior número
de animais em maiores períodos de observação.

Palavras-chave: Ovinos, resposta imune, Homeopatia, Haemonchus contortus, nematódeos.


.
XV

SUMMARY

The present study evaluated 20 South African Dorper sheep crossbred with native sheep

from northeast Brazil. Three groups of lambs were formed, the first was treated with

homeopathic medication, the second with a conventional anthelmintic, and the third was the

control. Fecal and blood samples were taken from each animal on days 18, 38 and 68. A

significant reduction in both fecal egg count (50%) and number of Haemonchus contortus

larvae ( P< 0.01) was observed for animals in the homeopathic treatment group, in relation

to the control group. Fecal egg counts showed negative correlation between with

hematocrit and hemoglobin concentrations in the homeopathic treatment group (r = - 0.656

and r = - 0.834, respectively, P < 0.01); however the biochemical and immunological

parameters showed better correlation, indicating that the homeopathic medication improved

vital functions. Daily weight gain in the homeopathic treatment group was superior to the

control and anthelmintic groups by 31% and 6.5%, respectively. The cost benefit analysis

that homeopathy group increase economic trend when compared with the other groups.

The results here obtained suggest that homeopathic medication stimulates the immune

response, and could have extensive economic repercussions if applied to livestock bred on

a commercial scale However, longer periods of observation and larger number of animals

need to be evaluated.

Keywords: Sheep., immune response., Homeopathy, Haemonchus contortus, nematodes.

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