Sie sind auf Seite 1von 7

1- Escolha 3 pioneiros da psicologia e responda as questões abaixo:

• Descreva suas contribuições para a psicologia nas áreas de saúde, educação,


trabalho e outras.
• Os personagens escolhidos são ancestrais ou fundadores da Psicologia no Brasil?
Justifique.
• Como era a atuação profissional e quais as frentes de trabalho dos personagens
estudados?
• Relacionar os personagens ou alguns deles com seu trabalho interdisciplinar.

1. Psicóloga pioneira Betti Katzenstein. Nascida na Alemanha em 1906, formou-se pela


Universidade de Hamburgo, onde foi assistente de William Stern e concluiu o
doutorado em Psicologia, em 1931. Como refugiada do nazismo, emigrou ao Brasil,
em 1936. No mesmo ano, ingressou no Laboratório de Psicologia do Instituto de
Educação da Universidade de São Paulo. A partir de 1940, teve atuação nas mais
diversas áreas da Psicologia e instituições. Na área de Educação e Psicologia infantil,
trabalhou na Cruzada Pró-Infância e chefiou o Serviço de Educação Pré-Primária do
Estado de São Paulo. Trabalhou no Senai e no Idort com seleção profissional e estudos
de testes de aptidão e lecionou na Escola de Enfermagem da USP, na Escola de
Sociologia e Política de São Paulo e no Departamento de Psicologia da Unesp de
Assis, onde foi também coordenadora da Clínica Psicológica. Considerada uma das
maiores especialistas no atendimento de crianças com deficiências físicas e mentais,
atuou na Apae, Pestalozzi e Lar-Escola São Francisco. Trabalhou com a aplicação e
adaptação de testes de desenvolvimento, aptidão e personalidade e elaborou um teste
de maturidade infantil, o Becasse. Durante 40 anos atendeu crianças e adolescentes em
seu consultório particular, para diagnóstico, orientação de pais e orientação
profissional.
1.2 Ulysses Pernambucano formou-se em Medicina no Rio de Janeiro em 1912, exercendo
a clínica geral Iniciou em 1917 sua atividade em psiquiatria, Em 1925 funda no Recife
o Instituto de Seleção e Orientação Profissional de Pernambuco. A carreira de Ulysses
Pernambucano não se restringiu a Medicina, tendo exercido o magistério na Escola
Normal e do Ginásio Pernambucano. Em 1918 prestou concurso para Cátedra de
Psicologia e Pedologia (estudo natural e integral da criança, sob o aspecto biológico,
antropológico e psicológico) tendo sido aprovado em primeiro lugar, e no ginásio foi
Catedrático de Psicologia, Lógica e História da Filosofia. Em 1923 fez a Reforma no
Ensino Normal do Estado no qual introduziu significativas mudanças, não só na
estrutura organizacional como no funcionamento e com a incorporação de novos
conteúdos e métodos modernos de ensino. Na Faculdade de Medicina foi nomeado
Professor. Catedrático de Clínica Psiquiátrica em 1920. Em 1938 foi nomeado professor
Catedrático de Clínica Neurológica. Atuou ainda como professor de Química e de
Fisiologia. Foi um dos fundadores e grande entusiasta da Sociedade de Neurologia,
Psiquiatria e Higiene Mental do Nordeste, fundando em 1938 a Revista Neurobiologia.
Foi em 1933 o terceiro médico a presidir O Sindicato dos Médicos de Pernambuco Em
1934 juntamente com o seu. primo Gilberto Freyre organizou Congresso Afro-
Brasileiro. São obras de Ulysses o primeiro ambulatório psiquiátrico público, a primeira
escola especial para deficientes mentais e o primeiro Instituto de Psicologia surgidos no
Brasil.
1.3 Sílvia Lane é uma das pioneiras da Psicologia Brasileira, fez um curso técnico de
secretariado, na tradicional escola Mackenzie. Aos 19 anos, teve o primeiro contato com a
Psicologia, quando ingressou na Faculdade de Filosofia da USP. Três anos depois, ganhou
uma bolsa para estudar Psicologia, no Wellesley College, Mass, nos EUA.
Em 1965, Sílvia ingressou na vida acadêmica, como professora de Psicologia Social e da
Personalidade, na PUC de São Paulo. A carreira se tornaria tão promissora, capaz de
influenciar na condução da própria Psicologia. Foi professora de outras disciplinas, exerceu
cargo de chefia de departamento, defendeu tese de doutorado, ministrou palestras e participou
de simpósios dentro e fora do Brasil, e chegou a criar o Programa de Pós-Graduação em
Psicologia Social da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, o segundo a ser criado no
País. Em 1980, Sílvia Lane fundou e foi eleita presidente da Associação Brasileira de
Psicologia Social ABRAPSO. No ano seguinte, publicou o primeiro livro: O que é Psicologia
Social. Em 1982, fez a 'viagem histórica' a países latinos americanos, financiada pelo CNPq.
Ela teve reconhecimento no Brasil e no exterior, recebeu Menção Honrosa, no XXVI
Congresso Interamericano de Psicologia, pelo melhor artigo publicado na Revista
Interamericana de Psicologia, no período de 97-98. Dois anos depois, na XXVII edição do
congresso, ela recebeu da Sociedade Interamericana de Psicologia, o prêmio concedido aos
pesquisadores que contribuem decisivamente ao desenvolvimento da Psicologia Latino-
Americana.

6- Fale sobre a pesquisa em Psicologia neste período antes de 1962.

Enquanto o tempo passava ampliavam-se as realizações na área de pesquisas em Psicologia


neste período, havia uma diversidade de abordagens teóricas a partir de preocupações com
fenômenos psicológicos no interior de outras áreas do conhecimento, principalmente
Medicina e Educação e a produção nestas áreas gerou demanda para a busca do conhecimento
que vinham sendo produzidos no exterior. Estávamos no processo de conquista da autonomia
da psicologia como área de conhecimento no Brasil, havendo uma intensa produção em
diferentes abordagens e campo de atuação.
A pesquisa em Psicologia na área da Educação contribuiu consideravelmente sendo
necessário citar alguns nomes e instituições que se destacaram: o primeiro laboratório de
psicologia no Brasil, criando em 1906, planejado por Binet em Paris, sob direção de Manoel
Bomfim, este último também formulou em suas obras críticas às pesquisas realizadas em
laboratório, para ele, as condição restritas e artificiais deste não permitiriam a apreensão da
complexidade e das múltiplas determinações do fenômeno psicológico; Ulysses
Pernambucano, diretor da Escola Normal Oficial de Pernambuco e fundador do Instituto de
Psicologia de Pernambuco, em 1925, transferido para o Setor de Educação em 1929, passando
a se chamar ISOP (Instituto de Seleção e Orientação profissional), mais tarde anexado ao
serviço de Higiene Mental do Hospital de Alienados do Recife, como um incentivador da
pesquisa e desenvolvimento de técnicas em Psicologia; Escola de Aperfeiçoamento de
Professores de Belo Horizonte grande produtora de conhecimento em ensino e experiências
educacionais baseadas em Psicologia, sendo sua diretora Helena Antipoff grande responsável
pela formação de educadores e futuros psicólogos e fundadora da Sociedade Pestalozzi no
Brasil. Atuando também na educação rural e de superdotados; Na Escola Normal de Salvador,
podemos citar o nome de Isaías Alves, pioneiro na difusão, aplicação, revisão e adaptação de
testes psicológicos no Brasil, e defensor da sua utilização na organização escolar, além de
pesquisador do desenvolvimento psicológico da criança; A Escola Normal de Fortaleza, na
figura de Lourenço Filho com suas pesquisas sobre maturidade para a leitura e a escrita;
Escola normal de São Paulo cuja importância reside nas atividades de ensino na área,
produção de laboratório, cursos ministrados por psicólogos estrangeiros e por ter sido a base
para a cátedra de Psicologia Educacional. Houveram pesquisas abordando grafismo, atenção,
tempo de reação, memória, associação de idéias, raciocínio infantil, tipos intelectuais e outras.
As Faculdades de Medicina (BA e RJ) e os hospícios foram as principais fontes médicas de
produção de idéias psicológicas. Algumas teses são representativas: Psicofisiologia da
percepção e das representações de José Estelita Tapajós (1890); Das emoções de Veríssimo
Dias de Castro (1890); A memória e a personalidade de Alberto Seabra (1894); Duração dos
atos psíquicos elementares, Henrique Roxo; Etiologia das formas concretas da religiosidade
no norte do Brasil, já demonstrando preocupações com a psicologia social mais tarde, nesta
tese de Oscar Freire de Carvalho; Métodos em Psicologia de Mauricio Campos de Medeiros;
Associações de idéias, de Plínio Olinto. Alguns hospícios também se dedicaram à produção
de conhecimentos em psicologia, com instalação de laboratórios:Hospital Nacional de
Alienados, Colônia dos psicopatas do Engenho de Dentro. E eles pesquisavam sobre várias
temáticas da psicologia como estudos sobre seleção e a orientação profissional, fadiga em
trabalhadores menores de idade, seleção de aviadores, psicometria etc. É necessário comentar
também a atuação da Liga Brasileira de Higiene Mental que promoveu a realização de
seminários e jornadas de Psicologia com a finalidade de me divulgar pesquisas produzidas. Os
pressupostos de higienistas exerciam influência sobre a Medicina e particularmente sobre a
Psiquiatria, seus ideais articulava os princípios da eugenia, intimamente ligados ao
pensamento racista brasileiro, com uma concepção da existência de um hierarquia racial, na
qual a raça ariana era considerada superior e a raça negra. A Liga de Higiene Mental de Recife
era uma das quais precisa ser mencionada como tendo uma postura diferenciada das demais,
sendo seu fundador Ulysses já citado anteriormente alguém que antecipou as idéias da anti-
psiquiatria e apresentando outras idéias mais humanitárias e a frente de seu tempo, tais como:
abolição da camisa de força, do calabouço; e a implantação de ambulatórios e hospitais
abertos.
As pesquisas relacionadas às questões do trabalho estavam muito articuladas às finalidades
de aplicação prática mais imediata, envolvendo em geral estudos sobre seleção e orientação
profissional.

7. Quais são as influências percebidas do contexto político na construção da Psicologia?


Na década de 30, a disputa ontológica deu lugar à disputa epistemológica, tendo como
critério regulador o neopositivismo e o operacionalismo lógico. Nesta época, psicólogos
americanos já não se colocavam tão claramente ao lado de um ou outro sistema teórico. Ao
mesmo tempo, o espectro das medidas psicológicas incluía o estudo da personalidade através
de técnicas projetivas. O teste de Rorschach embora tenha sido publicado pela primeira vez
em 1921 teve sua grande expansão nos anos 1930 e o Thematic Apperception Test foi lançado
em 1935. Em seguida, com a II Guerra Mundial assistiu-se a consolidação e o expressivo
crescimento da psicologia clínica e, por conseguinte, a organização de programas para a
formação na área. Ao discutirem possibilidades curriculares para a nova formação, psicólogos
americanos ressaltaram a importância de preservar a capacitação em pesquisa, por se tratar da
principal característica da atividade do psicólogo. Aliás, essa mesma preocupação esteve
presente na proposição do currículo mínimo para os cursos de Psicologia em 1962. Mesmo na
década de 1950, quando a clínica afirmava-se como a área de maior interesse, a pesquisa
continuava desempenhando o seu papel de investigação, avaliação e criação, na disputa entre
psicoterapias. Os movimentos que marcaram a psicologia a partir dos anos 1980 continuaram
pautados em discussões sobre métodos de pesquisa, por exemplo, nomotético versus
idiográfico, na verdade uma disputa que se estende desde o final do século XIX, com os
neokantianos. Neste mesmo período aconteceram grandes e profundas mudanças no
pensamento psicológico. Para Mahoney (1993) as mudanças estavam associadas ao declínio
na hegemonia de abordagens autoritárias sejam elas metodológicas, como o positivismo
lógico ou ontológicas, como teorias que tentavam definir qual o determinante mais poderoso
da vida psíquica (afeto, cognição, comportamento). A psicologia superava a dicotomia mente-
corpo (Mahoney, 1993) e a psicologia experimental aproximava-se da psicologia clínica, na
relação entre experimentos em processos básicos e exames clínicos em neuropsicologia. Do
mesmo modo, foi dada maior atenção a estudos com populações minoritárias em países
desenvolvidos ou com grandes populações excluídas em países em desenvolvimento.
Algumas questões foram de ordem afirmativa, como foi o caso da psicologia feminista
(Mahoney, 1993).
A psicologia objetiva, como certamente chamaria Lourenço Filho (1955), nasceu na
Alemanha. No entanto, diferenças culturais entre países contribuíram para o desenvolvimento
de diferentes perspectivas como experimentalismo na Alemanha, o evolucionismo na
Inglaterra, a psicopatologia e as medidas em habilidades intelectuais na França, o fisiologismo
na Rússia, e o pragmatismo nos Estados Unidos da América do Norte. Por outro lado, há na
psicologia grande diversidade e fragmentação decorrente das diferentes possibilidades de
acesso ao campo, a experimentação é apenas um destes acessos.
A sucessão de guerras ocorridas na Europa, na primeira metade do século XX, favoreceu
o desenvolvimento científico e tecnológico dos Estados Unidos, com a transferência para esse
país de muitos cientistas europeus, principalmente aqueles de origem judaica. Em escala bem
menor, o mesmo fenômeno ocorreu no Brasil com a vinda, por exemplo, de psicanalistas
judeus por influência de Ernest Jones [1879-1958],. Do mesmo modo, a Universidade de São
Paulo em 1934 e a Universidade do Distrito Federal em 1935 contaram com a participação de
professores franceses e de outras nacionalidades.
Os Estados Unidos parecem ter se beneficiado de contingências socioeconômicas há mais
tempo. No final do século XIX era mais econômico para um americano estudar na Alemanha
do que em seu próprio país. Tais condições permitiram que muitos americanos fizessem o
doutorado sob a orientação dos fundadores da nova ciência. Esses pesquisadores pioneiros
regressavam ao seu país, com uma ciência de primeira mão, prontos para estabelecerem
laboratórios de psicologia experimental nas várias universidades existentes. Alguns destes
laboratórios transformaram-se em centros de aplicações.
A Alemanha, sem unidade política e religiosa, implantara a universidade moderna, como
centro de pesquisa pura. O criador foi Wilhelm Humbolt [1767-1835] que fundou a
Universidade de Berlim em 1810, inspirado nos princípios humanistas e nas teorias
individualistas de J. H. Pestalozzi [1746-1827]. Os professores universitários alemães
desfrutavam de autonomia para escolha dos temas de estudo e as pesquisas eram financiadas
pelo Estado. Nos Estados Unidos estas inovações universitárias chegaram através da
inauguração da John Hopkins University em 1876. Deste então, o modelo universitário
alemão foi a inspiração das novas universidades americanas, principalmente nos Colleges of
Liberal Arts, onde estavam localizados os departamentos de psicologia.

9- Escreva sobre o “espírito da época” (1900-1950)


O “espírito da época”, neste período, era norteado, ainda que apresentando diferentes
nuances, pela defesa da “construção de uma nova nação pela construção de um homem
novo” (ANTUNES: 1999). Os intelectuais da época acreditavam que as mudanças desejadas
deveriam ocorrer através da ação da educação. Mudanças alimentadas por correntes
positivistas e liberais que participaram da implantação e permaneceram no modelo
republicano brasileiro, buscando a modernização do país. Observa-se, nesse momento, o
desenvolvimento acelerado do processo de urbanização, o fenômeno da migração e ao
estabelecimento dos pólos econômicos e políticos para o Sudeste do país. Tudo isso somado a
expansão do ideário liberal e a geração de pré-condições para o desenvolvimento do processo
de industrialização vão marcar profundamente a sociedade brasileira. O modelo agrário,
sustentado principalmente na produção e na exportação do café, é substituído gradativamente,
ocorrendo a reivindicação pela adoção de medidas que pudessem elevar o país à condição de
modernidade, favorecendo assim, a industrialização. Tais acontecimentos caracterizavam a
virada do século e influenciavam o florescer de idéias acima citadas, que se tornavam mais
fortes à medida que os anos avançado.

10. Fale sobre as contribuições da Psicologia para soluções de problemas relacionados à


saúde, educação e trabalho.

A autonomia do campo psicológico ocorreu em um ambiente de laboratório e pesquisa. O


objetivo era a explicação da capacidade intelectiva humana, através da pesquisa da
experiência imediata. Não havia uma preocupação com aplicações dos novos conhecimentos.
Enquanto isso, distante da academia, a preocupação era outra. Juizes e médicos defrontavam-
se com problemas decorrentes da delinqüência e da criminalidade; e professores não sabiam o
que fazer diante do fracasso escolar de crianças em fase de alfabetização. A mudança
gradativa da orientação da pesquisa psicológica de estudos mentalistas e experimentais para
estudos adaptativos e situacionais contribuíram para o surgimento de práticas psicológicas. A
doença mental não era um objeto de estudo dos primeiros psicólogos. Na verdade, a
aproximação entre estudos psicológicos e estudos médicos ocorreu timidamente no início do
século XIX, aumentando lentamente no decorrer daquele mesmo século. A psicologia clínica
teve início com atendimento à infância em 1896, crescendo depois em hospitais, no convívio
entre psicólogos e psiquiatras. A aproximação com a psiquiatria incentivou, entre psicólogos,
o interesse pela psicoterapia e pela psicanálise.
A psicologia aplicada não surgiu, como se poderia esperar, de princípios estabelecidos e
comprovados em laboratórios. Na verdade, tais princípios não evoluíram, necessariamente,
para técnicas de aplicações gerais e específicas. A grande contribuição do laboratório foi o
desenvolvimento da atitude e da disciplina científica, a saber: curiosidade, criatividade,
sistemática, rigor e humildade. A aplicação da psicologia vem de demandas específicas nas
mais variadas situações de convivência e produtividade humana. A primeira veio da educação,
sendo atendida na época com o desenvolvimento dos testes psicológicos. A segunda veio da
indústria, com aplicações em seleção de pessoal, em condições e métodos de trabalho, em
treinamento, e em vendas. A terceira veio da transformação do laboratório em centro de
atendimento para crianças com problemas, nascendo desta experiência a psicologia clínica. A
quarta, talvez a mais antiga, foi a psicologia forense, com estudos em criminalidade e
delinqüência.

11-Descreva resumidamente as principais conquistas da Psicologia no Brasil do século


XX?

Um marco importante no processo histórico ora em estudo foi o estabelecimento da


Psicologia como disciplina autônoma. Mais precisamente,em 1890, a Reforma Benjamin
Constant, de cunho positivista, transformou a disciplina Filosofia em Psicologia e
Lógica;mais tarde,isso se descobriria no introdução das disciplinas Psicologia e Pedagogia nas
Escolas Normais.
Esse período caracteriza-se pela multiplicação de manifestações da Psicologia
relacionadas a sua condição de área de conhecimento e de campo de ação,envolvendo :a
aplicação de seu ensino para cursos superiores.
Os dados demonstram que houve uma quantidade substancial de publicações, ainda que
nessa categoria estejam incluídas indistintamente referentes a livros, relatório de pesquisas ou
arquivos em periódicos; no entanto, essa diversidade demonstra que houve preocupação com
a sistematização e a difusão do conhecimento, em especial pelos periódicos especializados
então criados.
A partir dos anos 30 inicia-se o ensino formal de Psicologia em cursos superiores,com
destaque para as seções de Psicologia e Filosofia das FFGL.A aplicação da Psicologia aparece
em seguida, demonstrando que sua profissionalização vinha sendo gestada coma ampliação
cada vez maior de seu campo de atuação, abrangendo educação(dando continuidade a
tendência do período anterior),a ampliação e a organização do trabalho(incluído diversas
instituições que demandavam os serviços prestados pela Psicologia) e a clínica( que esboçava
sua autonomização em relação a medicina e que foi aos poucos conquistando um espaço que
se ampliaria significativamente no futuro próximo).No que se refere a pesquisa, a presença da
educação é também bastante significativa,reforçando a tendência reforçada em outras
modalidades de produção da Psicologia do Brasil.
Em 27 de agosto de 1962, foi aprovada a lei 4.119, que reconheceu a profissão de
psicólogo, acompanhada de uma emenda que dispunha sobre os cursos de formação deste
profissional e fixava seu currículo mínimo.
Os fatos anteriormente mencionados trouxeram transformações substanciais para a
Psicologia no Brasil, o que pode caracterizar um possível novo momento em sua história.

12-Qual a importância da História da Psicologia no Brasil deste período para a


Psicologia hoje?

A psicologia ocupava um espaço próprio; não, porém como disciplina autônoma e, sim,
como aspecto peculiar de diferentes áreas do saber, assumindo, em cada uma delas,
conotações diferentes. Ao mesmo tempo começam a aparecer tentativas de definir limites e
diferenças entre várias disciplinas que se ocupam do homem.
O conhecimento psicológico do Brasil no século XIX consiste na transmissão e
interpretação, mais ou menos fiel, de doutrinas elaboradas na Europa.
Com efeito, a sociedade brasileira desse período procura estruturar-se como uma nação
ocidental moderna, lançando os fundamentos econômicos, políticos e culturais de um
processo que deveria levar a realização de tal ideal. Nesse sentido, o passado colonial é
encarado negativamente e, na medida do possível procura-se apegar seus traços.
A função ocupada pelo conhecimento da subjetividade no âmbito do projeto social, deve-
se a institucionalização da psicologia nas escolas brasileiras, antes apenas como seção
especifica de outras disciplinas e depois como ciência autônoma.
A psicologia era considerada até pouco tempo como um campo de ação estritamente
urbano (exceção deve ser feita ao trabalho pioneiro de Helena Antipoff com educação rural).
Entretanto, sua preocupação com os movimentos sociais, seja no plano da pesquisa, seja no
plano da intervenção, veio mostrar dentre outras possibilidades, que a psicologia possui um
potencial efetivo de trabalho, tantos nas regiões urbanas como nas rurais. Isso se demonstra
em perspectivas várias de ação, como aquelas que atuam com assentamentos de sem-terra,
tribos indígenas, mutirões, etc. Também deve ser lembrado que, nessa área trabalhos
realizados com grupos vitimados por preconceito e intolerância - tais como mulheres, negros,
gays e lésbicas, pessoas portadores de deficiências - são de relevância não apenas profissional
e acadêmica, mas sobretudo social. Nessa perspectiva, deve sublinhar a importância histórica
da psicologia comunitária, que pode ser considerada como uma das expressões pioneira da
ampliação dos campos de ação da psicologia especificamente voltada para o atendimento de
segmentos da população antes aleijados dos benefícios que a psicologia poderia lhes
proporcionar.

Referências:
BROZEK, Josef,; MASSINI, Marina.. Historiografia da psicologia moderna: versão
brasileira. São Paulo: Loyola, Unimarco, c1998.
ANTUNES, Mitsuko Aparecida Makino.. A psicologia no Brasil: leitura histórica sobre sua
constituição. 2. ed. -. São Paulo: EDUC, Unimarco Ed, 2001.
SCHULTZ, Duane P.,; SCHULTZ, Sydney Ellen,. História da psicologia moderna. 12. ed. -
São Paulo: Cultrix, 2000.

Das könnte Ihnen auch gefallen