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OS TRANSTORNOS EM DECORRÊNCIA
FRANCA, SP
2005
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OS TRANSTORNOS EM DECORRÊNCIA
FRANCA, SP
2005
3
AGRADECIMENTOS
pesquisa de campo.
trabalho.
5
RESUMO
SUMÁRIO
RESUMO ....................................................................................................................5
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................7
3 METODOLOGIA ...................................................................................................16
4 CONCLUSÃO..........................................................................................................34
REFERÊNCIAS ..........................................................................................................35
APÊNDICE ..................................................................................................................37
8
1 INTRODUÇÃO
sobre seu bem estar físico e psíquico. Muitos pacientes, sendo diabéticos,
seguindo dietas prescritas; hipertensão. Alguns relatam ter sofrido infarto do miocárdio e
são diabéticos, declaram não serem. Retornando, após consulta médica, informam ter o
Objetivo geral:
Objetivos específicos:
município.
em indivíduos com menos de 40 anos, obesos e que apresentam herança genética para
a moléstia.
hidratos de carbono, gorduras e proteínas; bem como, dos distúrbios provocados pelos
complexa enfermidade
10
2 REVISÃO DA LITERATURA
corpo, sendo eliminado o que não é útil. Na corrente sanguínea, são biotransformados e
com Karson; Gerok; Gross (1982, p. 13) “Os hidratos de carbono fornecem 50 a 70% de
imediata de energia para as células e os tecido corporais. “A maior parte das células,
1982, p. 13).
A glicose do glicogênio hepático serve como fonte de energia para qualquer tipo
de tecido do corpo.
energia armazenada, uma vez que se depositam no tecido adiposo, sendo aproveitados
carbono. Isto se dá pela quebra da estrutura lipídica, resultando ácidos graxos livres,
músculo cardíaco.
Segundo Costa e Almeida Neto (1992, p.79) “Corpos cetônicos são produtos do
excesso do carbolismo (quebra) das gorduras, que ocorre toda vez que falta glicose
para a obtenção de energia, sendo o aminoácido sua forma básica. “Em muitos órgãos
2.1 A INSULINA
para dentro das células, não permitindo sua concentração elevada na corrente
sanguínea. Segundo Costa e Almeida Neto (1992, p.4) “Uma das funções da Insulina é:
alimentação”.
12
insulina circulante inibe a secreção pela célula B, o que reforça a regulação” (KARSON;
normais têm glicemia inferior a 140mg%, as diabéticas têm glicemia igual ou superior a
200mg% e os com intolerância à glicose oral têm valores entre 140 e 200mg%”.
possível óbito.
13
e em outros tecidos.
obesos a
corpo
não são excretadas pela urina, são reabsorvidas, mas quando essas substâncias são
em excesso, acabam saindo pela urina, é o caso da glicose presente na urina dos
bactérias e,
acordo com Wyngaarden; Smith (1984, p.1075) “As mulheres com glicosúria são
micro-
1075).
alterações
na vasculatura que irriga os nervos, provocadas pelo Diabetes mellitus, podem levar a
por
depositam na parede interna destes. Sem a devida irrigação, a malha circulatória está
artérias periféricas são mais intensamente afetadas, e a gangrena dos pés, causada
1984, p.1078).
Diabetes juvenil.
sintomas:
acidose)” e no tipo 2 “(...) tem início, geralmente após os 40 anos de idade, estando em
alcoolismo
16
sexuais.
periodontal e o Pé-diabético.
glicêmico.
17
3 METODOLOGIA
cidade de
norteadores
administrativa da
Casa do Diabético, a Instituição foi fundada em 1991, o prédio pertence ao Lions Clube
Direção Regional de Saúde (DIR XIII) e de alguns municípios de Minas Gerais, que
Serviço de
com o
hábito
orientar a sua dieta e alimentação. Para os obesos a dieta é voltada tanto para o
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controle do Diabetes, como para o controle de peso, uma vez que o Diabetes mellitus
paciente
começa a elaborar melhor sua vida psíquica, desenvolvendo uma melhor qualidade de
vida.
cadastrados,
Estevam relatou que tal cadastramento é para que o Ministério da Saúde mande
do
Diabético e, ao término, havia 11816. Uma amostra de 817 prontuários foi analisada, o
de nº 11000 ao 11816. Destes, 515 casos eram de pacientes com outras patologias
Diabetes mellitus tipo 1 e 262 com Diabetes mellitus tipo 2. Destes, 34 casos ocorriam
Portanto, foram identificados e estudados 228 pacientes com Diabetes mellitus tipo 2.
diabético,
anos
de 2003, 2004 e 2005 e a idade dos pacientes consideradas quando surgiu a doença,
são decorrentes de uma elevação da taxa dos níveis glicêmicos, São sintomas, que se
revertem facilmente com a terapêutica mais a dieta, estes sintomas seriam a sede
21
insulina e as Complicações Crônicas, onde se procura abordar o paciente para que ele
tenha uma adesão maior ao tratamento e evitar essas complicações, que podem ser
mellitus tipo 2 (doenças cardiovasculares: derrames, úlceras e lesões, que podem levar
retinopatia, que leva a cegueira, sendo que a principal causa de cegueira adquirida é o
Diabetes mellitus.
idade,
SEXO
FEMININO MASCULINO
IDADE
22
15-29 11 4
30-39 20 25
40-64 84 61
> 65 8 15
com mais freqüência no sexo feminino, ou seja, 54% do diabéticos são mulheres. A faixa
etária com maior índice de surgimento do mal se situa entre os 40 a 64 anos, sendo
68% dos casos no sexo feminino e 58% no sexo masculino. No entanto, é considerável
a manifestação da doença na faixa etária entre os 15 aos 39 anos, sendo 25% dos
IDADE
15-29 30-39 40-64 > 65 Total 15-29 30-39 40-64 > 65 Total
PARENTES
DIABÉTICOS 6 8 27 1 42 1 9 20 4 34
IDADE
15-29 30-39 40-64 > 65 Total 15-29 30-39 40-64 > 65 Total
DIABÉTICOS
OBESOS 9 8 14 0 31 1 2 8 2 13
55% delas se localizam na faixa etária entre os 15 aos 39 anos. (tabela 3).
IDADE
HÁBITOS
DE
15-29 30-39 40-64 > 65 Total 15-29 30-39 40-64 > 65 Total
VIDA
ETILISMO 0 0 1 0 1 1 5 9 1 16
24
TABAGISMO 3 0 9 0 12 1 5 12 2 20
TOTAL 3 0 10 0 13 2 10 21 3 36
paciente acometido pelo Diabetes mellitus tipo 2 é o paciente mau tratado, indisciplinado
que não tem regularidade no tratamento, faz uso irregular de medicação, dietas
capacidade de não entender o tratamento, de não conseguir ler receita, isso influencia e
muito no tratamento.
pessoa obesa, com aquelas manifestações de pele tipo acantose, que mostra que o
Diabetes não é tanto por uma deficiência de insulina, mas mais por uma resistência
periférica. Então você começa a ter o Diabetes tipo 2 que acontecia lá na frente,
processo que antes se iniciava lá pelos 50 ou 60 anos para frente e que teria um tempo
X para se desenvolver as complicações, agora não. Agora, você tem jovem de 15 anos
25
de idade desenvolvendo o Diabetes mellitus tipo 2, e vai conviver com essa doença, 30,
40, 50 anos para frente. O início muito mais precoce deste Diabetes tipo 2, que é
determinado por vida moderna, por obesidade. Quando você analisa, pelo menos o que
tem de estatística mundial de obesidade, quando você pega as várias décadas 60, 70,
80 (dos anos 1900) você vê que a obesidade só cresce. Como a doença está
intimamente ligada à obesidade, ela vai cada vez ter uma freqüência maior e cada vez
International Diabetes Federation (IDF) e a International Association for the Study of Obesity
(IASO), esse número já está defasado. Ambos divulgaram, em maio deste ano, que o diabetes,
A explicação para esses números pode estar nas diferentes metodologias adotadas por cada
organização. De qualquer forma, tanto os resultados da OMS quanto os da IDFe IASO mostram
fator que leva os indivíduos com herança genética a desenvolverem o diabetes tipo 2.
Logo, a prevenção continua sendo imprescindível. A IDF, por exemplo, revela que 90% dos
casos de diabetes são do tipo 2. E mais: estima-se que 80% delas estão obesas ou acima do
sangue.
complicações. Então, veja bem, você tem glicemias elevadas, não sabe o mecanismo
intrínseco, porque a glicemia elevada causa isso, mas que é ela que causa este tipo de
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transtorno não tenha dúvida alguma. Então, glicemia elevada por muito tempo, começa-
se a ter deterioração dessa parte vascular, dessa parte neural, enfim, essas lesões
todas são irreversíveis. Uma vez iniciado, por exemplo, um envolvimento renal, uma
nefropatia diabética, ela vai evoluir. A neuropatia também vai evoluir. Então, estas
complicações crônicas, são irreversíveis. O que você consegue com um bom controle
dos pacientes, que não as têm, se você está iniciando o tratamento, é evitar que os
exemplo: frente a uma retinopatia, uma nefropatia, pode não se reverter este processo,
mas fazer com que ele evolua mais lentamente. Agora, que ele vai evoluir, ele vai.
IDADE
SINTOMAS 15-29 30-39 40-64 > 65 Total 15-29 30-39 40-64 > 65 Total
Poliúria 4 5 24 2 35 2 8 18 5 33
Polidipsia 3 5 24 1 33 2 6 19 4 31
Polifagia 4 4 3 0 11 0 1 6 1 8
Perda de Peso 2 4 13 1 20 2 9 18 2 31
Aumento de Peso 2 0 2 0 4 0 2 3 0 5
Alterações Visuais 2 8 26 2 38 0 8 14 3 25
Fraqueza 0 4 9 0 13 0 5 8 3 16
Edema 2 2 5 2 11 1 3 5 0 9
Infec. Genit-urinário 2 1 4 0 7 0 0 1 1 2
27
Nervosismo 2 2 10 1 15 0 0 6 0 6
Parestesias 1 4 15 3 23 0 3 7 1 11
Impotência Sexual 0 1 1 0 2 0 2 3 0 5
Dor Extremidades 1 6 29 0 36 0 4 15 2 21
Tonturas 0 1 7 1 9 0 1 5 1 7
TOTAL 25 47 172 13 257 7 52 128 23 210
SEXO E
FEMININO MASCULINO
IDADE
15-29 30-39 40-64 > 65 Total 15-29 30-39 40-64 > 65 Total
COMPLICAÇÕES
Cardiopatias 0 1 13 0 14 1 1 14 5 21
Doença Cérebro 0 0 2 1 3 0 0 6 2 8
Vascular
Hipertensão Arterial 2 12 67 6 87 2 2 39 8 51
Psicopatologias 1 0 3 0 4 0 1 4 0 5
Nefropatias 1 2 3 0 6 0 1 5 0 6
Neuropatias 1 0 3 0 4 0 4 5 1 10
Doenças Oculares 1 2 11 2 16 0 2 3 1 6
Pé Diabético 1 1 4 0 6 1 0 1 0 2
TOTAL 8 18 106 9 140 4 11 77 17 109
podem estar relacionados ao Diabetes mellitus tipo 2; sendo assim, já faz parte da
problemas tiveram uma incidência maior no sexo masculino, sendo de 73% e 71% dos
Quando o paciente refere dormência ou uma sensibilidade alterada nas pernas ou nas
mãos, nós já temos a obrigação de afastar o Diabetes mellitus . Por outro lado, o
paciente chega com uma lesão de pares cranianos, o distúrbio relacionado ao 8º par,
ligado à audição, está ligado a uma descompensação do Diabetes mellitus, sem contar
com distúrbios próprios metabólicos, como lesões mais avançadas de úlceras nas
Diabetes mellitus.
ter complicações renais e você suspeitar que ele é diabético, por causa da complicação
em 73% dos casos registrados. As mulheres situadas na faixa etária entre os 15 aos 39
que: há 5 anos, faz o trabalho na Casa do Diabético para o mapeamento de retina, que
apresentam algum grau de retinopatia. Então, assim que a pessoa sabe que é diabética,
deve fazer exame de fundo de olho a cada 6 meses, pelo menos. A Médica acrescenta,
ainda, que suspeita da existência de retinopatia quando em um exame de rotina, não tão
sabendo ser diabética, só com o exame de fundo de olho já se pode levantar a suspeita
da pessoa ser diabética. Não só retinopatias, pacientes de meia idade, com cinqüenta e
poucos anos, de acordo com o tipo de catarata, algumas são bem típicas dos diabéticos.
normalmente ela acontece em torno dos sessenta e cinco, setenta anos, quando o
paciente mais jovem, entre quarenta e cinco, cinqüenta anos, apresenta uma catarata,
vezes, não podem só fazer um exame de glicemia uma vez a cada dois anos e achar
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que realmente não são diabéticos. A glicemia de jejum pode dar falso-negativo.
Aparentemente, está normal, mas ela pode ter picos de hiperglicemia. Para os meus
que é a que faz a média dos últimos três meses, já que ela mede a glicose ligada na
hemoglobina. A pessoa teve picos de hiperglicemia e não aparecem nos exames, nesse
uma freqüência de 3,2% naqueles que desenvolveram complicações, sendo que 75%
Tabela 8 – Distribuição Atual (ano de 2005), por faixa etária, dos pacientes diabéticos
estudados
SEXO
FEMININO MASCULINO
IDADE
15-29 4 2
30-39 10 12
40-64 77 64
> 65 32 27
31
O grupo dos pacientes estudados está distribuído, atualmente (ano de 2005), nas
faixas etárias expostas na tabela 8. É de 12,30% a freqüência dos diabéticos, que estão
da Unidade Básica de Saúde (UBS). Tem um protocolo, que é seguido para fornecer o
Diabético não é uma porta aberta, o paciente só vai para lá se estiver referenciado da
Regionais no estado de São Paulo. A DIR-13 é uma delas e a sede é em Franca, que
engloba vinte e dois (22) municípios: Ribeirão Corrente, Restinga, São José da Bela
Vista, Rifaina, Pedregulho, Itirapuã, Ituverava, Franca, são vinte e dois municípios..
Ocorre, também, uma invasão do pessoal do Sul de Minas: Claraval, Capetinga, Ibiraci,
tem muita gente que pega insulina e que faz o tratamento na Casa do diabético porque
é mais fácil eles virem para cá do que irem para as Regionais deles.
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quantidade de profissionais para que seja realizado esse trabalho, que é insuficiente e
possam interagir com o seu saber, que é específico na sua profissão e fazerem
profissional, ter uma convivência e participação maior entre as áreas e acrescenta, que
se sente gratificada quando encontra um paciente que está com um controle bom e feliz.
insulina, que é uma proteína. Não pode ser congelada, tem muita gente que quer
carregar no gelo, quer por no congelador. Outros, deixam em cima do painel do carro,
no sol. A insulina denaturada perde o efeito e frisa que o lugar mais importante do
farmacêutico é nesse tipo de orientação porque você explicar, que a insulina é uma
proteína, que não pode ser aquecida, não pode ser resfriada porque será denaturada,
processo educativo, na hora que o paciente chegar aqui, vai ter dificuldade, ter que
educação mesmo. Às vezes, a gente está atendendo um usuário que é diabético e ele
33
vem acompanhado de um filho ou de uma filha obesa, sedentária. Teria que se fazer um
trabalho preventivo com essa família. Aqui, agente não tem isso. A equipe fica só no
curativo. A Profissional acredita que a Diretriz que se tem de Política Nacional de Saúde,
protocolos, que há pouca atenção ao atendimento primário e quando você não tem uma
estabelecer esse compromisso. O dia que tiver uma Política voltada para prevenção,
automaticamente os profissionais vão ter que se encaixar, aí não fica uma coisa
Ela cita que o Ministério da Saúde tem uma proposta excelente de atendimento
voltado ao renal crônico , só que meche nessa parte básica de prevenção, para que ele
Diabetes lá na atenção primária. Desde de outubro que nós temos conhecimento dessa
proposta, só que na prática não acontece nada e não precisa de recursos financeiros. O
A Dra. Lucile declarou que assim que chegou em Franca, foi em todas as
Muita gente não tem dinheiro nem para pagar um ônibus. Há uma demanda reprimida
Muitas vezes, o paciente não sente nada e acha que as complicações acontecem só
com os outros e terá consciência da gravidade, quando perder a visão, ter que amputar
34
uma perna. O Profissional sugere que uma forma de conscientizar melhor o diabético,
seria a de palestras proferidas por pessoas diabéticas, contando suas histórias em uma
4 CONCLUSÃO
sessenta e quatro anos, ou seja, 73% dos casos verificados. Acometendo em 17% os
pacientes situados na faixa etária entre os quinze a trinta e nove anos e em 10% os
maiores de sessenta e cinco anos. A hipertensão, seguida pelas doenças oculares, são
atenção primária, que enfoca a prevenção e a educação de uma população para impedir
REFERÊNCIAS
COSTA, Arual Augusto; ALMEIDA NETO, João Sérgio de. Manual de Diabetes:
alimentação. São Paulo: Savier, 1992.
LEITE, Miriam Lúcia Maximiniano. Entrevista concedida pela Assistente Social da Casa
do Diabético. Entrevistadora: D.C. Bartocci. Franca, 20 jul. 2005.
WYNGAARDEN, James B.; SMITH Jr., Lloyd H . Cecil Tratado de Medicina Interna:
doenças metabólicas. 16. ed. Rio de Janeiro: Interamericana, 1984. V. 1
38
• Assistente Social
1ª Identificação da Entrevistada
5ª Sugestões
• Cardiologista
1ª Identificação do Entrevistado
• Endocrinologista
1ª Identificação do entrevistado
• Farmacêutico
1ª Identificação do entrevistado
5ª Sugestões
1ª Identificação da entrevistada
3ª È mantida por?
4ª O prédio pertence?
• Nefrologista
1ª Identificação do entrevistado
• Neurologista
1ª Identificação do entrevistado
• Nutricionista
1ª Identificação da entrevistada
4ª Sugestões
• Oftalmologista
5ª Sugestões
41
• Psicólogo
1ª Identificação do entrevistado
6ª Sugestões
1ª Identificação da entrevistada
sobre o Mal?