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Fábio de Oliveira
A síndrome do sofá
Desses fatores, o excesso de peso chama a atenção por ser uma das
pragas do nosso século. “O obeso tem mais líquido circulando no
corpo”, explica o cardiologista e nefrologista Celso Amodeo, do
Hospital do Coração, em São Paulo, e presidente da Sociedade
Brasileira de Cardiologia. Esse volume extra força o organismo a
trabalhar redobrado, principalmente os rins, encarregado de filtrar os
líquidos e responsáveis pelo equilíbrio dos níveis de pressão arterial.
Os cientistas ainda não sabem por quê, mas o álcool além da conta é
outro que dispara os níveis de pressão. “Ele intensifica a presença de
hormônios do estresse, que levam à vasoconstrição”, suspeita a
cardiologista Lucélia Cunha Magalhães, doutoranda do Instituto de
Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia. “Em pequenas
doses, no entanto, pode até fazer bem, pois deixa o sangue mais
fluido e eleva a proporção de HDL, o colesterol bom”, ela completa.
Assim, uma taça diária de vinho tinto é vem vinda – a garrafa inteira
pode ser outra história.
Na hora de se alimentar, o pré-hipertenso – como qualquer indivíduo
ligado em prevenção – precisa investir em verduras, frutas, cereais,
legumes e carnes magras. “Assim, há uma menor oxidação das
gorduras e de outras moléculas do organismo, o que diminui o risco da
hipertensão”, justifica a nutricionista Liliana Bricarello, da Unifesp.
Orquestra afinada
Momento a momento, como o sistema nervoso regula a pressão
arterial.
Fonte:
Revista Saúde! N.º 245 – fevereiro 2004 –
Páginas 32-37.