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9 motivos sérios para perder a barriga

9 motivos sérios para perder a barriga


Conheça razões, muito além da estética, para dar adeus à
gordura que se instala no ventre e as medidas essenciais para
eliminá-la de uma vez por todas

por DIOGO SPONCHIATO, com reportagem de THEO RUPRECHT


design EDER REDDE

O abdômen avantajado se tornou o símbolo do que muitos


cientistas e profissionais de saúde acreditam ser um dos males
mais proeminentes do século 21: a síndrome metabólica, uma
conjugação de problemas que, além da dura barriga de chope,
engloba o colesterol alto, a hipertensão e o diabete. A famosa
pança, no entanto, é apenas a ponta do iceberg. A gordura que
estufa o ventre e se esconde entre órgãos como fígado e intestino é
capaz de fazer naufragar o organismo. Chamada de visceral, é
como se ela se depositasse no lugar errado, diz a endocrinologista
Maria Teresa Zanella, da Universidade Federal de São Paulo, a
Unifesp. Sob aqueles pneuzinhos que teimam em escapar da calça
e que não são, atenção, formados de gordura visceral em si pode
se esconder essa ameaça. Daí a associação entre as medidas e a
gordureba entre as vísceras. Mas dá para enxugar a cintura e
exterminar o perigo. Com a ajuda de um time de especialistas,
SAÚDE! explica por que é preciso dar um fim à barriga e mostra as
estratégias mais certeiras para desinflá-la. Veja a seguir.
1. ELA CAUSA DIABETE
Diferentemente de muita gente barriguda até os magros podem ser
barrigudos, lembre-se disso , as células que estocam gordura na
região abdominal não costumam ser sedentárias. São mais ativas
do que se imagina. Nessa região, elas vivem fabricando
substâncias que destrambelham algumas funções do organismo.
Além disso, sua gordura tem a capacidade de migrar e fixar moradia
em locais como o fígado. Ali, está por trás de alterações que deixam
essa glândula confusa, deflagrando uma produção excessiva de
glicose. Para suprir a necessidade de insulina, o hormônio que bota
todo esse açúcar para dentro das células, entra em cena o
pâncreas, que enlouquece na tentativa de atender à enorme
demanda. Mas essa gordura estocada no ventre também promove
a liberação de muitos ácidos graxos livres, explica o
endocrinologista Marcos Tambascia, da Universidade Estadual de
Campinas, no interior paulista. E eles, por sua vez, impedem a ação
correta da insulina, completa. Daí, como a substância não consegue
cumprir sua missão, sobra açúcar e abrem-se as portas ao diabete
tipo 2.

2. FAVORECE A HIPERTENSÃO
O corpo que exibe uma barriga saliente fica refém de um verdadeiro
efeito dominó. Para dar cabo de tanta glicose correndo pelas veias
conseqüência número 1 da cintura larga , o organismo intensifica
cada vez mais a produção de insulina, até não dar mais conta do
recado. A elevação dos níveis desse hormônio acarreta um
aumento da atividade do sistema nervoso simpático, que ordena
uma maior contração dos vasos sangüíneos, explica Maria Teresa.
Sem contar que os rins passam a reabsorver mais sódio. O
resultado desse combinado: a pressão vai às alturas.

3. AUMENTA O RISCO DE INFARTO E DERRAME


As células gordurosas localizadas na barriga produzem substâncias
inflamatórias relacionadas a doenças cardiovasculares, afirma o
cardiologista Heno Lopes, do Instituto do Coração, em São Paulo.
Nas pessoas com cintura farta, há geralmente gordura em demasia
na circulação. Nesse cenário, predominam moléculas de LDL, o
colesterol ruim. Elas podem se alojar na parede de um vaso,
disparando um processo inflamatório. Em meio a essa reação,
forma-se uma placa que fechará a assagem do sangue e essa é a
origem dos infartos e derrames.
4. INFLUENCIA O ALZHEIMER
A constatação é recente e, por isso, ainda não se sabe ao certo o
mecanismo que conecta a gordura visceral à maior prevalência da
doença que apaga a memória. Um estudo do Centro de Pesquisa
Kaiser Permanente, nos Estados Unidos, sugere que indivíduos
com barriga e outro fator envolvido na síndrome metabólica correm
um risco três vezes maior de desenvolver Alzheimer. O vilão pode
ser um mal que é pura conseqüência do excesso de banha no
abdômen, o diabete. O aumento dos níveis de glicose danifica os
neurônios, justifica o neurologista Cícero Galli Coimbra, da Unifesp.

5. PREJUDICA O FÍGADO
A gordura que está debaixo da parede abdominal pode passear
entre os órgãos e, num belo dia, fixar residência no fígado. Ela
consegue se depositar dentro das células dessa glândula, os
hepatócitos, conta a médica Edna Strauss, da Universidade de São
Paulo. Quando mais de 10% delas estão obesas, por assim dizer,
instala-se a esteatose hepática, caracterizada por inflamações que,
com o tempo, provocam a morte dos tais hepatócitos e podem até
mesmo levar o fígado à falência.

6. CONTRIBUI PARA A DISFUNÇÃO ERÉTIL


A notícia é de assustar qualquer homem, sobretudo os que têm
mais de 40 anos e cultivam uma barriga saltada. A gordura visceral,
associada a altos níveis de colesterol e triglicérides, patrocina a
perda da ereção e do apetite sexual. Quem tem síndrome
metabólica está mais sujeito às baixas de testosterona, alerta o
médico Carlos Da Ros, da Sociedade Brasileira de Urologia. Não à
toa. É que, nesse pessoal, os testículos passam a produzir uma
menor quantidade do hormônio masculino, que é essencial à
ereção.

Antes de afetar o desempenho do homem durante a relação sexual,


a queda dos níveis de testosterona rouba a sua própria libido. A
síntese do hormônio tende a cair com a idade, mas nunca cessa por
completo. Dosagens mínimas, porém, achatadas pela gordura da
barriga, podem esfriar o apetite sexual.
7. ESTÁ LIGADA À DEPRESSÃO
E isso vai além da insatisfação com o próprio corpo. As alterações
na pressão e nas taxas de açúcar que acompanham os barrigudos
favorecem quadros depressivos. A bagunça armada no corpo e
mesmo certas medidas para controlá-la interferem na atividade
cerebral. Quando se mexem nos níveis de colesterol, pode-se
prejudicar a síntese de neurotransmissores por trás da sensação de
bem-estar, exemplifica Alexandrina Meleiro, do Instituto de
Psiquiatria do Hospital das Clínicas (HC) de São Paulo. Ou seja,
tudo colabora para a tristeza sem fim.

8.PROVOCA DORES NAS COSTAS


Aquela gordura extra acima da cintura modifica o centro de
gravidade corporal, obrigando a coluna a se contorcer para não
perder o equilíbrio. Assim, surgem as dores constantes, inclusive
musculares. Sem contar que a pança pesa e todo quilo a mais, não
importa onde esteja, sobrecarrega as costas. Isso pode ser um fator
de risco para a hérnia de disco, diz o ortopedista Arnaldo José
Hernandez, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do
Exercício e do Esporte, em São Paulo.

9.DETONA OS JOELHOS
A postura que o barrigudo quase que fatalmente adota para
compensar o peso concentrado na barriga acaba com essas juntas.
A pélvis, localizada na cintura, vive mal encaixada. Isso faz com que
o joelho se desgaste ao trabalhar em dobro, descreve Arnaldo José
Hernandez. Daí a predisposição para fraturas por estresse, que
ocorrem quando realizamos movimentos errados com freqüência.
De quebra, esse tipo de sobrecarga pode gerar uma inflamação nas
articulações, a artrite, e desestabilizar uma peça fundamental para o
joelho se mexer, o tendão que liga a patela, o seu osso, à tíbia, o
osso da canela.

9 caminhos para livrar-se dela


por DIOGO SPONCHIATO, com reportagem de THEO RUPRECHT
design EDER REDDE

1.COMECE POR ESTA: RELAXE!


Para a médica Maria Teresa Zanella, da Unifesp, se existe um
culpado pela epidemia de gordura visceral e de síndrome
metabólica , é o estresse. Hoje as pessoas vivem com pressa e sob
tensão. Por isso, são mais sedentárias e, ansiosas, comem
fastfood, exemplifica. O estresse, aliás, é mais do que um inimigo
do estilo de vida. Ele dispara mudanças hormonais que colaboram
com a manutenção da barriga em si. A tensão faz subir os níveis do
hormônio cortisol e propicia um aumento das taxas de glicose no
sangue, explica a psiquiatra Alexandrina Meleiro, do HC paulistano.
Por questões bioquímicas, isso leva o organismo a acumular mais e
mais gordura bem... adivinhe onde! A ordem, portanto, é relaxar.
Procure respeitar as oito horas de sono, as oito de trabalho e as oito
de lazer, aconselha Alexandrina. Para aplacar o estresse, aposte na
meditação e desligue a mente da rotina por alguns minutos
respirando lentamente e ouvindo uma música calma. Dedique um
tempo do seu dia a algo que lhe dê prazer, dá a dica a psicóloga
Marilda Lipp, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas.

2. APOSTE EM CERTOS NUTRIENTES


Cálcio, gorduras insaturadas e flavonóides: alimentos ricos nessas
substâncias são indispensáveis ao cardápio de quem pretende
murchar a cintura. O cálcio atua no controle glicêmico, diminuindo a
resistência à insulina e facilitando a perda de gordura visceral, diz a
nutricionista Mariana Del Bosco, da Associação Brasileira para o
Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. O ideal é ingerir
fontes do mineral pelo menos três vezes ao dia. Ou seja, invista no
leite desnatado e em seus derivados magros, além de verduras
como brócolis. Outra medida essencial: escolha bem as gorduras
da sua dieta. Diminua o consumo das saturadas que estão nas
carnes e elimine para todo o sempre as trans, aquelas das frituras.
Tente substituí-las pelas monoinsaturadas do azeite, que melhoram
a ação da insulina, e pelo ômega-3 do salmão, que regula respostas
inflamatórias juntos, eles ajudam a afinar o abdômen. Também vale
maneirar nos carboidratos de rápida digestão, como doces e
massas que inflam a barriga mais depressa. E não se esqueça dos
flavonóides dos chás e das frutas vermelhas: eles fazem os
adipócitos, a alcunha científica das células gordurosas,
emagrecerem. E a barriga também.

3. CAPRICHE NAS FIBRAS


Elas promovem o aumento da saciedade. As fibras não elevam o
pico de açúcar no sangue. Portanto, evitam a descarga de insulina
na circulação, diminuindo a sensação de fome, explica a
nutricionista Eliana Giuntini, do Laboratório de Bioquímica dos
Alimentos da Universidade de São Paulo. Por passarem mais
devagar por todo o sistema digestivo, essas substâncias retardam a
vontade de comer e beneficiam o trânsito intestinal. São
encontradas principalmente nas frutas, nos cereais integrais e em
leguminosas como o feijão, diz Eliana.

4. PRESTE ATENÇÃO NA POSTURA


Quem está todo torto parece ser mais barrigudo. Manter os ombros
abertos e a coluna sempre reta diminui essa impressão. Mais do
que isso, porém, a postura correta, segundo certas correntes de
especialistas, favorece a circulação e, conseqüentemente, a queima
da gordura localizada. Quando estiver sentado de frente para o
computador, apóie bem as costas na cadeira, deixe os pés no chão
e os braços posicionados sobre os encostos laterais. Evite ficar
mais de 45 minutos sem se levantar. Bastam dois minutos de pé
para aliviar o peso sobre a coluna, assegura o fisioterapeuta Helder
Montenegro, do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral, em
Fortaleza.

5. FIQUE DE OLHO NOS HORMÔNIOS


Realizar exames de rotina, sobretudo depois dos 40, é o modo mais
eficaz de flagrar desequilíbrios hormonais que favorecem o acúmulo
gorduroso no abdômen com o passar do tempo. Nas mulheres, a
queda de estrogênio na menopausa desregula a distribuição da
gordura, facilitando a formação da barriga, avisa o cardiologista
Otavio Gebara, do HC de São Paulo. No caso dos homens, níveis
muito baixos de testosterona estão associados tanto ao colesterol
alto quanto ao umbigo protuberante. Por fim, se necessário, deve-
se iniciar a reposição hormonal sob orientação médica.

A baixa de testosterona resulta em desânimo e fraqueza muscular.


Quando indicada, a reposição reequilibra os hormônios, o que dá,
inclusive, disposição para perder a barriga, diz o urologista
Fernando Facio, da Faculdade de Medicina de São José do Rio
Preto, no interior paulista.

6. FORTALEÇA CERTOS MÚSCULOS


Os abdominais, por si sós, não moldam o abdômen. Até porque não
exigem um grande gasto energético. Ainda assim são parte
imprescindível da receita antibarriga. Eles desenvolvem a
musculatura da região e, daí, menos gordura se acumulará entre as
vísceras. Isso mesmo. O músculo fortalecido requer energia mesmo
em repouso e vai atrás das fontes mais próximas, ou seja, da
própria gordura visceral, explica Francisco Navarro, do Instituto
Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício. Ou seja,
primeiro você precisa conquistar barriga lisa graças a uma
atividade aeróbica. A partir disso, tem nos célebres abdominais a
chave para mantêla em forma. E mais: com um abdômen definido,
você melhora a postura. Aliás, para alcançar esse benefício
específico, a mensagem é malhar para fortificar os ombros, as
costas e o peito. Ao exercitálos, você também aumenta a queima de
calorias do corpo em repouso. Aí ele não estocará tanta gordura por
bobagem.

Invista nas flexões de braço, que desenvolvem o peitoral na hora de


erguer o corpo e as costas durante a descida. Quanto aos
abdominais, nunca deixe de lado os exercícios oblíquos, que
tonificam a lateral da barriga. Isso faz tremenda diferença. Outra
dica é levantar peso em pé, o que obriga o abdômen a se contrair.

7. FAÇA EXERCÍCIOS AERÓBICOS


Suar a camisa é preciso, seja na corrida, no ciclismo, seja na
natação. Praticados regularmente, esses esportes oferecem um
gasto calórico capaz de desinflar o ventre. Eles trabalham com
muitos grupos musculares, diz a educadora física Camila Coelho,
da Universidade Estadual Paulista, em Rio Claro. Daí, aceleram o
metabolismo, intensificando a perda de peso. E, ao ganhar
condicionamento, você pode adotar treinos mais intensos, que
consomem mais energia em menos tempo.

8. TAMBÉM PRATIQUE IOGA, PILATES OU DANÇA


Essas são atividades complementares importantes porque
trabalham a postura e os músculos.
O pilates exige muito do abdômen e, ao mesmo tempo, corrige a
posição da coluna, diz a educadora física Aline Haas, da Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Para quem prefere a
dança, vale experimentar a do ventre, que afina bastante a cintura.
Já a ioga, apesar de torrar menos calorias, acalma os ânimos algo
fundamental para o sucesso da empreitada antibarriga.

9. FORÇA DE VONTADE
Apesar de ter ficado por último, ela é o primeiríssimo ingrediente de
qualquer fórmula que pretenda dar cabo da barriga. Você deverá
estar convicto da importância de perder essa gordura localizada
para fazer os devidos ajustes na dieta, seguir uma rotina
diversificada de exercícios, corrigir a postura e, para completar,
manter a ansiedade de ver as medidas diminuírem sob controle.
Está em suas mãos, enfim, conquistar uma barriga enxuta. Em uma
palavra, saudável.

Cirurgia plástica acaba com a barriga?


Conheça a gordura-alvo desse tipo de intervenção e saiba até que
ponto o bisturi ajuda a afinar a cintura

Você provavelmente reparou que, entre as estratégias apontadas


em nossa reportagem de capa para extinguir de vez a pança, não
estava a famosa lipoaspiração - tampouco qualquer outra espécie
de cirurgia. Pois é, tanto as lipos quanto as plásticas de abdômen
não servem para remover o excesso de gordura visceral. Na
verdade, não existe nenhuma intervenção que consiga a proeza de
expurgar a perigosa banha que se acumula entre os órgãos.
"Portanto, nesses casos, continua o risco de síndrome metabólica,
conjunto de problemas que, além da circunferência abdominal
avantajada, carrega colesterol alto, hipertensão e diabete", diz o
cirurgião-plástico Alexandre Munhoz, do Hospital Sírio Libanês, em
São Paulo.

Aliás, essas operações nem têm como principal objetivo eliminar


aquele monte de quilos a mais. "Que fique claro: a lipoaspiração
não serve para emagrecer, mas apenas para melhorar o contorno
da cintura", esclarece José Yoshikazu Tariki, presidente da
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Mas, afinal, qual o alvo
dessas intervenções? Ora, a gordura subcutânea. Aquela que se
deposita nos pneuzinhos e que, geralmente, confere flacidez a
determinadas regiões do corpo... entre elas, a própria barriga. Em
tese, esse tipo não reserva tanto perigo. Pode-se dizer que, ao
contrário da sua parente visceral, ele até mora no lugar certo, ou
seja, nos adipócitos que vivem sob a pele.

Essa gordureba, porém, é um persistente incômodo - isso porque é


mais difícil de ser queimada, mesmo com exercícios físicos e dieta
balanceada. Para apelar à cirurgia plástica, no entanto, não pense
que basta marcar uma consulta com o especialista. "O ideal é que,
para se submeter à operação, o indivíduo esteja o mais próximo
possível do peso adequado à sua altura", avisa Munhoz.

São basicamente duas as intervenções estéticas que se prestam a


definir a silhueta. A mais conhecida delas é a lipoaspiração, que
permite sugar a gordura subcutânea. Também existem as
abdominoplastias, cuja missão é corrigir a flacidez muscular ou da
própria pele. Nesse caso, os médicos fazem uma incisão que abre
caminho ao realinhamento do músculo abdominal ou à retirada da
banha e da pele que estão sobrando. Elas são indicadas, por
exemplo, aos pacientes de cirurgia de redução do estômago. "Mas
tanto a lipo quanto a plástica de abdômen, diferentemente do que
muita gente pensa, exigem uma avaliação completa como qualquer
outro procedimento. Então, quem está fora das condições
necessárias não deve fazer nem uma nem outra", afirma Tariki.

Fonte:
http://saude.abril.com.br/edicoes/0301/medicina/conteudo_293933.s
html

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Sugestão de leitura:
“A DIETA REVOLUCIONÁRIA DO DR. ATKINS”
EMAGREÇA COMENDO BEM COM A SENSACIONAL
SUPERDIETA DO MOMENTO

Dr. Robert C. Atkins

Receitas e cardápio de Fran Gare e Helen Monica

Do original norte-americano Dr. Atkins’ Diet Revolution

Copyright © 1972 by Robert C Atkins, M.D.


Copyright © 1977 da edição em português Editora Artenova S.A.

Trecho do livro: da página 9 à 13


( o livro pode até ser um pouco antigo – 1972 – mas o conteúdo é
mais do que atual..... sendo que hoje em dia, a obesidade atingiu
proporções muito maiores do que quando este livro foi lançado. O
mais incrível, é que as idéias apresentadas pelo Dr. Atkins ainda
são muito combatidas.... por desconhecimento e ignorância
daqueles que deveriam zelar pela saúde da população! )

Pág 9

1
O QUE ESTE LIVRO
REVELARÁ A VOCÊ

Sobre este assunto que iremos tratar – obesidade – vários livros


já foram escritos, inúmeras pesquisas já foram realizadas e parece
que todos sabem tudo a esse respeito. Só não sabem qual é sua
causa e como podemos combatê-la.
Cada vez me surpreende mais a maneira inadequada com que os
médicos tratam a causa real da obesidade. Não é de admirar que
ela não desapareça.

Revolucione suas idéias


sobre as causas da obesidade

Até agora você deve estar pensando que a causa da obesidade é


o fato de se comer demais.
As coisas não são bem assim. Esta é uma daquelas hipóteses
que nós tomamos cegamente como verdadeira; podemos dizer que
é um dos muitos mitos sobre a obesidade que já é tempo de
destruir.

O desequilíbrio metabólico
causa a maioria das obesidades

Desde que o primeiro bestseller sobre dietas apareceu, há


cinqüenta anos, os médicos e dietistas procuram nos convencer
que emagrecer é só uma questão de controlar a ingestão de
calorias e fazer uma dieta equilibrada.

Pág 10
A maioria das pessoas – e isto inclui médicos e dietistas – ignora
completamente o desequilíbrio metabólico, que é a causa primária
de quase todas as obesidades.
O resultado de cinqüenta anos de prescrição de uma assim
chamada “dieta equilibrada” para pessoas que na verdade sofriam
de desequilíbrio metabólico foi uma epidemia de obesidade de
caráter nacional.

Há muito tempo precisávamos de uma revolução


na maneira de analisar as dietas

A obesidade traz muitos problemas.


O maior problema de saúde hoje – as doenças cardiovasculares –
está diretamente veiculado à obesidade. Também ocorrências como
diabetes, hiperinsulinismo, artrite, doenças dos rins, fígado,
vesícula, e até mesmo um elevado número de acidentes, riscos
cirúrgicos e vários suicídios, têm como causa a obesidade.

Por que esta é uma revolução da dieta?

Conceituando-se revolução como uma revolta bem sucedida


contra a ordem estabelecida, posso então dizer que os meus oito
últimos anos de prática da medicina representam uma verdadeira
revolução. Eu lhes contarei como tudo isso acont5eceu nos
capítulos seguintes. Para resumir: durante esse período, tratei de
dez mil pacientes com obesidade.
Todos eles perderam peso sem contar calorias, sem pílulas
moderadoras do apetite e principalmente sem sentir nenhuma dor
de fome.
Eles não emagreceram comendo pequenas quantidades, como
prescreve uma “dieta equilibrada”. Para começar, minha dieta não é
equilibrada. Ela é deliberadamente desequilibrada, para
contrabalançar o desequilíbrio metabólico que faz as pessoas
engordarem.
Todos sabem que a maioria das dietas equilibradas contém cerca
de cinqüenta por cento de carboidratos, trinta por cento de
proteínas e vinte por cento de gordura. As pessoas obesas
geralmente têm distúrbios no metabolismo dos carboidratos. Por
isso, não conseguem manejar aquela quantidade de carboidratos.
Nesta dieta, inicialmente cortamos os carboidratos
completamente. Depois os mantemos num baixo nível
permanentemente.

Pág 11

Nesta dieta nunca se sente fome

Uma das conseqüências mais agradáveis desta dieta terapêutica


deliberadamente desequilibrada é a mudança drástica que ela
provoca em seus hábitos alimentares.
Meus pacientes emagrecem comendo muito bem e nunca sentem
fome. No entanto, a maioria das pessoas passam a comer menos,
porque satisfazem completamente a fome com o que apresenta
esta dieta. Não conseguem mais comer tanto quanto comiam antes.
Mas alguns perderam dez, dezoito, quarenta e cinco ou mais
quilos, enquanto consumiam de duas a três mil calorias – ou até
mais – por dia. Portanto, deve ficar bastante claro o seguinte: você
come o que quiser, na quantidade que desejar e ainda pode
emagrecer.
Essas pessoas emagreceram, com bacon e ovos no café da
manhã, creme gorduroso no café, maionese nas saladas, molho de
manteiga na lagosta; com costeletas, pato assado, carne defumada;
com a minha receita especial e deliciosa de queijada (bolo de
queijo), pra sobremesa (ver receita). E, com esta dieta, geralmente
a taxa de colesterol baixa. Ainda mais importante: os níveis de
triglicerídeos (você será informado sobre isso em capítulos mais
adiante) também sempre baixam.
As pessoas que fazem esta dieta ganham anos de vida, à medida
que perdem peso. Elas adquirem energia, disposição,
autoconfiança. Passam a ser pessoas inteiramente novas. E não
contam calorias... A razão básica disso é que eu não acredito que o
ato de emagrecer seja uma simples questão de contar calorias e de
fazer o organismo funcionar somente em déficit calórico.
O caminho da contagem de calorias falhou

A medicina ortodoxa falhou ao tratar do problema da obesidade.


Mesmo assim, isso não levou e nem motivou os profissionais a
pesquisarem amplamente outras alternativas para o caminho da
contagem de calorias.
Em vez disso, outras coisas aconteceram. Foi criada uma
indústria gigantesca de comidas e bebidas, de baixo teor de
calorias. A indústria farmacêutica invadiu o mercado com uma
variedade enorme de multicoloridas pílulas moderadoras do
apetite.
E eu pergunto: as pílulas moderadoras do apetite e os alimentos e
bebidas pobres em calorias, por acaso, nos transformaram de uma
nação gorda em uma nação esquia? Você sabe a resposta.

Pág 12
A cada ano que passa mais nos preocupamos com o problema da
obesidade, e assim mesmo cada vez mais a nossa sociedade
crescentemente sedentária nos leva ao caminho do envelhecimento
e da morte prematura, por doenças ligadas a dietas erradas e a
excesso de peso.
A tentativa de contar calorias para resolver o problema da
obesidade nacional falhou. (Você se aprofundará sobre o porquê
disso em capítulo mais adiante).
Consideremos que há duas razões principais para este fato: uma
é que poucas pessoas podem suportar a fome que acompanha uma
dieta de baixa caloria e o tempo necessário para conseguir
emagrecer o bastante; e a outra é aquela outra razão, ainda mais
séria, que mencionei antes, e que aprofundarei em capítulo
posterior.

Muitas de nossas doenças atuais têm um fator


predisponente em comum: intolerância a carboidratos

Através dos anos, um grande número de médicos e


pesquisadores observou que a pessoa obesa, o diabético, o
hipoglicêmico (uma pessoa que sofre de baixo teor de açúcar no
sangue), o propenso a ataques cardíacos, todos têm uma coisa em
comum: algo profundamente errado na maneira de o organismo
lidar com o açúcar e outros carboidratos.
Estas pessoas têm intolerâncias a carboidratos – devido a um
desequilíbrio metabólico.
O que precisamos agora é de uma revolução na dieta. Uma dieta
na qual a ingestão de carboidratos seja cortada para se ajustar
àquelas pessoas intolerantes a carboidratos. Daí – e somente então
– a obesidade, e todos os seus perigos, pode ser controlada.

Por que a Medicina não pesquisou o papel mortal


dos carboidratos?

Como é possível que tantos “especialistas” em nutrição não


tenham conhecimento da intolerância a carboidratos?
Por que as “autoridades” médicas por tanto tempo ignoraram, em
vez de pesquisarem, o caminho lógico pra o tratamento da
obesidade?
Que explicação pode haver para que não se tenha dado a devida
importância aos vários relatórios médicos sobre o papel que
exercem os carboidratos na obesidade, desde a publicação, em
1864, da famosa Carta sobre a obesidade, de William Banting?
Poderia estar, em parte, relacionada às grandes doações
financeiras

Pág 13
feitas pelos fabricantes de alimentos de carboidratos refinados aos
vários departamentos de educação alimentar?

Somos vítimas do “envenenamento por carboidratos”

As doenças do século XX que mais causam morte se originam do


que eu chamo “envenenamento por carboidratos”. O que causa
isso?
O principal responsável é o açúcar. Em muitos casos, até mesmo
o vício do açúcar.
O Dr. John Yudkin salienta que “atualmente nosso consumo de
açúcar, em duas semanas, é maior do que em um ano, há dois
séculos”.
Há várias décadas que os americanos vêm sofrendo lavagens
cerebrais dos anunciantes, para começar o dia comendo cereais e
encher as horas seguintes com bebidas que não contêm valor
nutritivo real, somente carboidratos.
Desde o homem das cavernas até hoje, evoluímos principalmente
com uma dieta de carne. E é para isso que nossos organismos
eram e são constituídos. Durante cinqüenta milhões de anos nosso
organismo teve que lidar somente com quantidades diminutas de
carboidratos – naquela época, carboidratos não refinados. Cerca de
sete mil anos antes de Cristo, quando o homem aprendeu a cultivar
o solo, o consumo de carboidratos teve um brusco incremento –
mas eram ainda carboidratos não refinados. Em outras palavras,
esses carboidratos não eram concentrados artificialmente por um
processo de refinação. Somente no último século houve uma
mudança radical no que o homem come e bebe, com o advento de
uma dieta composta predominantemente de carboidratos refinados.
O mecanismo feito para metabolizar as pequenas quantidades
originais de hidrato de carbono quebrou-se sob o violento e mortal
ataque da nossa cultura: refrigerantes-bolos-catchupe, biscoitos e
doces. O resultado: obesidade. Assim como algumas doenças
cardiovasculares, que são responsáveis nominais pela maioria das
mortes de várias causas. E mais uma completa gama de doenças
degenerativas, até então desconhecidas da maioria das pessoas.

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