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1ª questão (direito processo penal):

No caso em tela, a alegação de ausência de justa causa para o exercício da ação penal é
totalmente insubsistente, pois a acusação fundamentou-se em elementos de prova que
comprovam os indícios de autoria e de materialidade delitiva.
Inicialmente, convém esclarecer que, no tocante à investigação conduzida pelo
Ministério Público, não há que se falar na ilicitude da prova, uma vez que as peças de
informação que deram ensejo à prisão temporária dos sete indivíduos, possuem amparo na
Constituição Federal, nas Leis Orgânicas do Ministério Público e na jurisprudência do STJ.
Isso porque o poder investigatório do Ministério Público está inserido implicitamente
na prerrogativa de controle externo da atividade policial, bem como na prerrogativa de
requisitar diligências, ambas previstas no artigo 129, incisos VII e VIII da Constituição
Federal, aplicando-se, na espécie, a teoria dos poderes implícitos.
Para reforçar esse entendimento, a Súmula 234 do STJ admite a possibilidade de
investigação criminal por parte do Parquet.
De igual modo, não restou evidenciada a ilicitude da prova obtida por meio da
interceptação de correspondência epistolar efetuada pela penitenciária, haja vista que, no caso
concreto, há incidência do princípio da proporcionalidade pro societate, conforme
entendimento já exarado pelo STF e corroborado pelo artigo 41, parágrafo único da Lei de
Execuções Penais.
Ressalte-se que, embora o sigilo de correspondência esteja previsto no artigo 5°, inciso
XII, da Constituição Federal, não se trata de um direito absoluto, podendo ser afastado diante
de um valor de maior relevância, qual seja, a segurança pública.
Por último, cumpre enfatizar que a prisão em flagrante efetuada pela polícia obedeceu
ao disposto no artigo 5°, inciso XI, da Constituição Federal, por restar caracterizada a situação
de permanência das infrações praticadas pelos acusados.
Note-se que, o fato dos acusados possuírem substância entorpecente e armas de fogo
no interior do domicilio, autoriza a prisão em flagrante a qualquer momento, nos termos do
artigo 303 do CPP. Desse modo, forçoso concluir que a conduta da autoridade policial de
retardar a prisão para o momento mais adequado, não configura qualquer espécie de nulidade.

2ª questão (direito penal):


A exceção da verdade é cabível tanto no crime de calúnia (regra), quanto no crime de
difamação (de forma excepcional), com algumas peculiaridades.
No crime de calúnia, o interesse público, mais especificamente a moralidade pública,
justifica a exceção da verdade, possibilitando-se ao ofensor (querelado) provar, no mesmo
processo, a veracidade da imputação, a fim de que o pretenso ofendido (querelante) possa ser
responsabilizado futuramente.
Já no crime de difamação, a razão de existir a exceção da verdade está no fato de haver
um interesse maior da Administração Pública de apurar e, se for o caso, de punir funcionários
públicos, que pratiquem má conduta, no exercício de suas funções.
Quanto à procedência da exceção da verdade, observa-se que, no crime de calúnia, o
querelado deverá ser absolvido com fundamento no artigo 386, inciso III, do CPP, porque
sendo a falsidade uma elementar do tipo, a prova da verdade da imputação exclui a tipicidade
da conduta.
Já no crime de difamação, a procedência da exceção da verdade enseja a absolvição do
querelado, com base no artigo 386, inciso VI, do CPP, por haver uma causa especial de
exclusão da ilicitude, qual seja, o exercício regular do direito, agindo o querelado como fiscal
do exercício público. Desse modo, provando o ofensor a verdade da imputação, exclui-se a
ilicitude da sua conduta, permanecendo, porém, a tipicidade, uma vez que a falsidade não
integra o tipo.

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