MARCOS IMPORTANTES
Distribuímos vinte mil jornais em
O Projecto
stávamos em Outubro de 2005. A META desenhava-
E
se como um grande sucesso. Na Keystone
Development Trust vivia-se um momento de grande
abertura a projectos vocacionados às comunidades
imigrantes. Com o Consulado e a Embaixada
portuguesa havia uma relação aberta, franca e proveitosa.
Na comunidade britânica um interesse em facilitar e garantir
uma integração rápida aos milhares de imigrantes aqui
radicados vindos dos países da União Europeia.
A ideia já se encontrava em andamento, mas depois do
insucesso, meses antes, de um semanário em português
editado aqui perto na cidade de Dereham, qualquer intenção
nesta actividade deixava muitas interrogações nos
investidores. Depois o insucesso de outras 18 tentativas
anteriores , nos últimos 20 anos, não era, com certeza, o
passaporte ideal para o apoio dos comerciantes portugueses
a esta iniciativa, sobretudo na cidade de Londres, onde vive
cerca de metade da nossa comunidade.
Só que este projecto, tal como a META, estava muito bem
estruturado, suportado pela KDT e por fundos à sua
disposição. Claro que nada pode garantir o sucesso, contudo
a grande vontade e dedicação do seu mentor, fez com que a
ideia se fosse enraizando no seio da estrutura da fundação, e
passados seis meses, era dada a “luz verde” e o jornal
arrancou no papel.
A partir daí estruturou-se o projecto e o respectivo plano
financeiro, foram contactados os primeiros colaboradores e,
em Agosto de 2006, apresentado ao conselho de gestão e
aprovado. Nascia, assim, o jornal “as Notícias”, programado
para ser editado e apresentado aos portugueses em Outubro
de 2007. No entanto, só no dia 6 de Novembro seria
apresentado e no dia 9 do mesmo mês saiu para rua.
O início foi difícil, mas a receptividade foi muito boa,
especialmente nas regiões fora de Londres, onde, na
maioria, nunca tinha chegado uma publicação portuguesa.
Mas depois de um período de seis meses e falhados que
foram outros projectos, a nossa publicação começou a
vingar, fruto da capacidade e competência de muitos que, a
pouco e pouco, foram tomando as rédeas da publicação até
hoje, já lá vão dois anos.
A partir do nosso sucesso, a nossa actividade ganhou
respeito e nada mais foi como antes. Hoje temos várias
publicações que connosco levam periodicamente aos
portugueses, a informação necessária e preciosa para que se
possam enquadrar mais e melhor no seio de tudo o que lhes
diz respeito.
Foi com uma manchete sobre
a imigração na Europa que tudo
começou. Dois anos depois,
e porque a nossa comunidade
é agora muito maior e com
interesses mais diversificados,
o nosso último número chama
a atenção para uma notícia que
interessa a britânicos e portugueses
519 pontos de distribuição, 258
localidades, abrangendo toda a
Inglaterra, País de Gales, Escócia,
Jersey e Guernsey. Somos a maior
publicação em língua portuguesa em
todo o Reino Unido. E somos lidos
quinzenalmente por cerca de 200 mil
leitores da língua de Camões.
Segundo um estudo de uma das mais
importantes empresas de marketing
britânicas para o mercado de
imigração falante português, em
cada 10 inquiridos, 9 eram
conhecedores/leitores do nosso
jornal.
A nossa tomada de posição frontal
contra o ex-Cônsul Geral de Portugal
em Londres, dr. Miguel Pires, levou à
sua demissão.
Conduzimos um estudo de opinião
pública que comprovou a ineficácia
do Conselho das Comunidades no
seio da Comunidade portuguesa no
Reino Unido. Nesse estudo, 92 por
cento dos portugueses desconheciam
quem eram os conselheiros, o que era
o Conselho das Comunidades,
confundiam os conselheiros com
o Cônsul-Geral e o Consulado com
o Conselho, e 60% dos que
conheciam os conselheiros
apontavam para um mau desempenho
das suas actividades. Estudo que
provocou grandes protestos da parte
dos próprios conselheiros, mas que
hoje motivou uma grande mudança
na atitude dos recém-eleitos, que se
propõem criar uma nova eficácia,
que a seu tempo será testada.
Demos apoio e contribuímos para
a constituição do “The European
Challenge”, em Thetford, Norfolk,
a maior instituição de apoio aos
portugueses no Reino Unido,
inaugurando o maior espaço de
consulta e atendimento à comunidade
portuguesa, com lojas, restaurante,
clube, empresas e serviços que
competem com os do consulado em
termos de apoio administrativo,
social, cultural e legal – recebendo já
pessoas e famílias de tão longe como
Londres, sul e norte de Inglaterra.
Recebemos semanalmente dezenas
de cartas que encaminhamos para
departamentos de apoio e publicamos
quando achamos pertinente.
Conduzimos, em Junho de 2007, um
estudo que apontou para mais de 700
mil portugueses residentes no Reino
Unido. Estudo que mereceu algumas
críticas do poder institucional
português, mas que hoje é
confirmado por variados sectores da
vida pública, sindical, eclesiástica e
alguma imprensa portuguesa.