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Será que o árbitro vai ser justo quando a sua vida profissional (e
pessoal) dependem da vitória dessa equipa? Se a equipa que
enverga camisolas com a cor branca ganhar, a sua vitória será
insuspeita? Ou seja, será que essa equipa pode acreditar que
venceu porque merecia?
Será então justo, no contexto escolar, não deixar bem claro ao aluno
que este obteve bons resultados como fruto do seu mérito próprio,
deixando subsistir a terrível dúvida que, para além do seu esforço,
pode ter prevalecido uma necessidade alheia? A incontestável mais
valia da componente formativa da avaliação cairá assim por terra
quando o aluno não tiver a certeza absoluta que os resultados do
seu trabalho se devem, exclusivamente, ao seu estudo e empenho.
Se a avaliação não serve para formar o aluno, mas apenas para o
classificar (ou antes, para o transitar de ano), então a própria
avaliação perde a sua razão de ser.
- Claro que não Zézinho, claro que não! Isso não se faz, está errado!
- Sra. Professora isso quer dizer que mesmo depois de ter atirado
ovos à Sra. Ministra posso vir a ter positiva?
2 – Pior cego é aquele que não quer ver: só não vê quem não quer
que este modelo de avaliação é mau para todos (e mesmo assim há
quem não queira ver!).
O que se apresenta não são soluções para o ensino, mas sim mais
problemas. Estes problemas foram explicados a uma criança de 10
anos que compreendeu e agora sabe o que se passa.