Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Dragões
por Trip Adler
Tradução a partir do inglês Por
José Fernandes da Silva
Era uma vez sete dragões. Eles chamavamse Segunda Feira, Terça Feira,
Quarta Feira, Quinta Feira, Sexta Feira, Sábado e Domingo. Moravam juntos,
num fresco, escuro e vazio castelo, numa bela ilha, cheia de flores e frutos
deliciosos.
Um dia, Terça Feira disse: ''Algo está faltando, deveria haver uma Quinta
Feira. '' Então, decidiram sair em busca do irmão há muito tempo desaparecido.
Os seis dragões foram para outra ilha, chamada A Ilha Perdida das Cavernas, à
procura do irmão. Mas eles estavam receosos, porque ouviram dizer que lá vivia
uma enorme serpente, de três cabeças e escamas verdeadas, que cuspia fogo. No
entanto, criaram coragem e foram assim mesmo.
Havia apenas uma maneira de chegar lá. Eles deveriam buscar a ajuda de um
anão chamado Booz, que tinha um chapéu pontudo, de aproximadamente 6 metros
de altura. Ele os levaria ao interior da ilha, através de um rio subterrâneo.
Do outro lado da ilha em que eles moravam, encontraram Booz roncando
sobre uma balsa de madeira. Então, começaram a dar saltos e a fazer um grande
barulho, para ver se ele acordava. Booz levantose de um pulo e gritou três vezes:
“Olá!” E, em seguida, perguntou: ''Em que posso ajudar?”
Domingo respondeu perguntando se poderia leválos à Ilha Perdida das
Cavernas. Booz disse que poderia, mas avisou que, na ilha, havia dez mil cavernas
e, numa delas, vivia uma serpente muito maldosa, chamada Wanka. Booz entregou
ao Sábado uma garrafa contendo uma poção mágica e disse: "Quando vocês
estiverem em perigo, poderão usar a magia desta garrafa, mas apenas três vezes."
Os seis dragões saltaram então para dentro da jangada de Booz e viajaram
com ele rumo à Ilha Perdida das Cavernas. No decorrer da viagem, através do rio
subterrâneo, viram coisas estranhas, tipos esquisitos de sapos e de peixes.
Quando chegaram à Ilha Perdida das Cavernas, os dragões perguntaram a
Booz se ele poderia ficar ali esperando por eles cercas de sete horas. Se acaso eles
não voltassem durante essas sete horas, ele poderia irse embora.
Ao saírem da jangada, os dragões olharam para os arredores. Pois não sabiam
em qual das cavernas a serpente Wanka poderia estar. Segunda Feira teve então
uma idéia: jogou um a parte da poção mágica para o ar e disse: “Poção, poção, vá
até à serpente Wanka, penetre em suas narinas e faça com que ela espirre bem
forte!"
De repente, veio uma grande rajada de vento e soprou a poção mágica rumo a
todas as cavernas. Não demorou nem um minuto e a serpente Wanka saltou de
dentro de uma das cavernas, dando estrondosos espirros.
Terça Feira pegou então a garrafa, jogou mais uma parte da poção mágica
para o ar e disse: “Poção, poção, atue sobre a serpente Wanka e faça com que ela
durma, para que possamos passar por ela e dar uma olhadinha lá no interior da
caverna!”
Em poucos minutos, estava a serpente Wanka estendida no chão e dando
enormes roncos. Eles então entraram na caverna e viram o irmão Quinta Feira
sentado numa pedra lá mais para o fundo.
Os seis nem disseram "olá!" para o coitadinho solitário, pois mal teriam
tempo de saírem dali com vida. Ao passarem novamente pela serpente Wanka, esta
acordouse e pôsse a perseguilos.
O irmão Domingo pegou então a garrafa com a poção mágica, jogou mais
uma parte para o ar e disse: “Poção, poção, faça com que a serpente Wanka se
transforme num sapo”.
De imediato, a serpente Wanka começou a se encolher e, de súbito,
transformouse num feio e inofensivo sapo, que ficou pulando à distância.
Assim os sete irmãos puderam continuaram a viagem e chegarem,
finalmente, ao local onde Booz os estava esperando. Eles haviam levado apenas três
minutos no percurso.
Entraram, então, mais uma vez, na jangada de Booz, e este os conduziu de
volta para casa, através do rio subterrâneo.
Ao chegarem ao ponto donde haviam partido, eles desceram da jangada e
despediramse de Booz, agradecendoo pela ajuda.
Nesse instante, os seis puderam finalmente dizer: ”Olá!” para o irmão
Quinta Feira. E, ao fazerem isso, todos se transformaram em príncipes.
O problema é que, quando eram ainda pequenos, a serpente Wanka os havia
submetido a um maldoso encantamento, transformandoos em dragões. Mas, agora,
com a transformação da serpente Wanka em sapo, feio e inofensivo, o
encantamento havia sido desfeito.
Quando se aproximaram do castelo onde moravam, perceberam que este
estava agora todo revestido de outro. Em frente, o pai e a mãe estavam de pé,
esperando por eles. O pai era um rei e a mãe era uma rainha. O nome dele era
Junho. O dela era Abril.
Todos se abraçaram afetuosamente e viveram felizes para sempre.
Fim