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Ficha Técnica:
Coordenação Global
Augusto Mateus
Coordenação Operacional
Ricardo Veludo
Equipa Técnica
Ana Cristina Silva, Ana Caetano, António Marques, Filipa Lopes, Susana Mateus
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AZAMBUJA 2025: UMA ESTRATÉGIA COM UM RIO DE OPORTUNIDADES
Índice
INTRODUÇÃO _________________________________________________________________________________________7
1. UMA VISÃO PARA A AZAMBUJA _______________________________________________________________________8
2. ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO PARA A AZAMBUJA _______________________________________________17
2.1 Eixo 1: Qualificação e valorização dos espaços empresariais [ Dimensão do Território: para Trabalhar ] _________________ 25
2.2 Eixo 2: Valorização do património cultural e natural [ Dimensão do Território: para Visitar ] ___________________________ 29
2.3 Eixo 3: Qualificação e valorização do território para a função residencial [ Dimensão do Território: para Viver ] ____________ 33
2.4 Dimensão Transversal de Intervenção “Governança e Capacitação” _____________________________________________ 36
2.5 Dimensão Transversal de Intervenção “Sustentabilidade e eficiência” ____________________________________________ 37
2.6 Dimensão Transversal de Intervenção “Marketing Territorial e Promoção” _________________________________________ 39
4. PLANO DE ACÇÃO__________________________________________________________________________________81
ANEXOS ___________________________________________________________________________________________123
Anexo 1 - Participação pública na construção da estratégia para o concelho de Azambuja ______________________________ 124
Anexo 2 - Orientações e directrizes dos Instrumentos de Planeamento de base territorial superior ________________________ 132
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Índice de Caixas
Caixa 1: Turismo Fluvial e Estuarino – Benchmarking Internacional ____________________________________________________ 30
Caixa 2: Portugal Logístico____________________________________________________________________________________ 46
Caixa 3: Azambuja – A evolução é natural________________________________________________________________________ 54
Caixa 4: Acessibilidades rodoviárias e ferroviárias ao nível nacional ___________________________________________________ 59
Caixa 5: Gestão do Território em Azambuja – PDM em vigor _________________________________________________________ 65
Caixa 6: Equipamento Escolar – principais valências e características__________________________________________________ 72
Caixa 6: Equipamento de Segurança Social – principais valências e características _______________________________________ 72
Caixa 6: Equipamento de Saúde – principais valências e características ________________________________________________ 73
Caixa 6: Equipamentos Culturais e Recreativos – principais valências e características ____________________________________ 73
Caixa 6: Equipamentos Desportivos – principais valências e características _____________________________________________ 73
Caixa 6: Outros Equipamentos – principais valências e características _________________________________________________ 74
Caixa 7: Orientações nacionais para o sector do turismo ____________________________________________________________ 75
Caixa 8: Áreas urbanas com valor de conjunto ____________________________________________________________________ 76
Caixa 9: Património classificado em Azambuja ____________________________________________________________________ 78
Caixa 10: Frente Tejo – Lezíria e Estuário ________________________________________________________________________ 79
Caixa 11: Eixos Prioritários propostos pelo Programa Operacional Regional do Alentejo, 2007-2013 _________________________ 132
Caixa 12: Directrizes Nacionais (PNPOT) e regionais (PROT-OVT) de Ordenamento do Território – posicionamento de Azambuja _ 133
Caixa 13: Programa de Acção AMO/4LT 2008-2017 _______________________________________________________________ 135
Caixa 14: Programa de Acção Territorial Alenquer / Azambuja _______________________________________________________ 136
Índice de Figuras
Figura 1: Dinâmicas e factores estratégicos com impacte no território de Azambuja _______________________________________ 12
Figura 2: Da Visão à Estratégia de Desenvolvimento para a Azambuja _________________________________________________ 17
Figura 3: Estratégia de Desenvolvimento para a Azambuja – encadeamento esquemático de motivações e justificações __________ 20
Figura 4: Estratégia de Desenvolvimento para a Azambuja – síntese conceptual _________________________________________ 21
Figura 5: Enquadramento do concelho face às NUTS III _____________________________________________________________ 40
Figura 6: Mapa esquemático de inserção do município de Azambuja na sua envolvente territorial ____________________________ 40
Figura 7: Densidade Populacional (hab./Km2) _____________________________________________________________________ 41
Figura 8: Taxas de Crescimento Efectivo e Migratório, 2001 _________________________________________________________ 41
Figura 9: Taxas de atracção e de repulsão interna, 2001 ____________________________________________________________ 43
Figura 10: Índices de dependência de jovens e de envelhecimento, 2001 _______________________________________________ 43
Figura 11: Evolução da população por grupos etários _______________________________________________________________ 44
Figura 12: População residente por sector de actividade ____________________________________________________________ 44
Figura 13: Principais culturas permanentes _______________________________________________________________________ 45
Figura 14: Padrão de actividade________________________________________________________________________________ 48
Figura 15: População empregada por profissão ___________________________________________________________________ 48
Figura 16: População desempregada ___________________________________________________________________________ 48
Figura 17: População sem actividade económica __________________________________________________________________ 48
Figura 18: Evolução do desemprego – Centro de Emprego de V. F. de Xira, Jan. 2004 a Jan. 2010 __________________________ 48
Figura 19: Evolução do desemprego no concelho de Azambuja, Jan. 2004 a Jan. 2010 ____________________________________ 48
Figura 20: População residente por qualificação académica __________________________________________________________ 49
Figura 21. PIB per capita (PT=100) _____________________________________________________________________________ 53
Figura 22: Movimentos pendulares – Entradas e Saídas de Azambuja (Trabalho) _________________________________________ 55
Figura 23: Esquema dos fluxos de entrada e de saída em Azambuja, por sub-região/concelho de origem/destino e motivo. ________ 56
Figura 24: Movimentos na AML, 2001 ___________________________________________________________________________ 58
Figura 25: Integração de Azambuja nas redes rodo e ferroviária ______________________________________________________ 58
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Índice de Fotografias
Fotografia 1: Habitação colectiva em (1) V. Nova da Rainha, (2) Virtudes e (3) Azambuja. __________________________________ 68
Fotografia 2: Azambuja - Loteamentos a Nascente _________________________________________________________________ 68
Fotografia 3: Azambuja – Loteamentos perto da EM641 _____________________________________________________________ 68
Fotografia 4: Casais da Lagoa - Loteamento ______________________________________________________________________ 68
Fotografia 5: Casais dos Britos - Loteamento infraestruturado ________________________________________________________ 68
Fotografia 6: Passagem aérea sobre a linha de caminho-de-ferro, Azambuja e Virtudes ____________________________________ 69
Fotografia 7: Soluções existentes / Intervenções recentes a replicar ___________________________________________________ 69
Fotografia 8: Vista do Castro de V. N. S. Pedro sobre a ribeira de Almoster _____________________________________________ 78
Fotografia 9: Workshop „Logística, Indústria, Serviços e Agricultura‟ __________________________________________________ 124
Fotografia 10: Workshop „Sustentabilidade, Ambiente, Qualidade de Vida e Desenvolvimento Turístico‟ ______________________ 128
Índice de Quadros
Quadro 1: Leitura do Município de Azambuja à luz das suas forças, fraquezas, oportunidades e ameaças (SWOT) _______________ 9
Quadro 2: Modelo de Intervenção Estratégica e Factores Críticos dos Eixos Estratégicos de Desenvolvimento de Azambuja ______ 23
Quadro 3: Modelo de Intervenção Estratégica e Factores Críticos das Dimensões Transversais de Intervenção da Estratégia de
Desenvolvimento de Azambuja ___________________________________________________________________________ 24
Quadro 4: Objectivos do Eixo 1: Qualificação e Valorização dos espaços empresariais ____________________________________ 27
Quadro 5: Objectivos do Eixo 2: Valorização do património cultural e natural – Território para Visitar __________________________ 32
Quadro 6: Objectivos do Eixo 3: Qualificação e valorização do território para a função residencial - Território para Viver __________ 35
Quadro 7: Objectivos da Dimensão Transversal – Governança e Capacitação ___________________________________________ 36
Quadro 8: Objectivos da Dimensão Transversal - Sustentabilidade e Eficiência __________________________________________ 37
Quadro 9: „Dimensões Transversais – Marketing Territorial e Promoção‟ Quadro-resumo da estratégia ________________________ 39
Quadro 10: Evolução da população residente, entre 1991 e 2001 _____________________________________________________ 42
Quadro 11: Estabelecimentos e emprego ________________________________________________________________________ 51
Quadro 12: Grau de Especialização do Emprego por Sectores de Actividade ____________________________________________ 52
Quadro 13: Indicadores de mobilidade de Azambuja _______________________________________________________________ 57
Quadro 14: Oferta turística em Azambuja ________________________________________________________________________ 80
Quadro 15: Indicadores de hotelaria, 2007 _______________________________________________________________________ 80
Quadro 15: Projectos que compõem o Plano de Acção, por __________________________________________________________ 82
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Siglas e Acrónimos
AML Área Metropolitana de Lisboa
AMO Associação de Municípios do Oeste
CIMLT Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo
CM | CMA Câmara Municipal | Câmara Municipal de Azambuja
CTA Campo de Tiro de Alcochete
DGOTDU Direcção-Geral de Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano
IGT Instrumento de Gestão Territorial
INE Instituto Nacional de Estatística
JF Junta(s) de Freguesia
LT Lezíria do Tejo
LVT Lisboa e Vale do Tejo
NAL Novo Aeroporto de Lisboa
NERSANT Associação Empresarial da Região de Santarém
NUTS Nomenclatura das Unidades Territoriais para fins Estatísticos
OVT Oeste e Vale do Tejo
PA AMO/4LT Programa de Acção para os Municípios do Oeste e Quatro Municípios da Lezíria do Tejo 2008 – 2017
PAT Programa de Acção Territorial
PDM Plano Director Municipal
PENT Plano Estratégico Nacional do Turismo
PMOT Plano Municipal de Ordenamento do Território
PNPOT Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território
PO Plano Operacional
PP Plano de Pormenor
PRN Plano Rodoviário Nacional
PROT Plano Regional de Ordenamento do Território
PU Plano de Urbanização
QREN Quadro de Referência Estratégico Nacional (2007-2013)
RGA Recenseamento Geral de Agricultura
SAU Superfície Agrícola Utilizada
UE União Europeia
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AZAMBUJA 2025: UMA ESTRATÉGIA COM UM RIO DE OPORTUNIDADES
Introdução
“Azambuja 2025 – Uma Estratégia com um Rio de Oportunidades” consubstancia o Plano Estratégico
para o Desenvolvimento de Azambuja no horizonte de 2025 e resulta da análise e diagnóstico efectuada ao
concelho e de um processo de participação, debate e reflexão promovido pela Câmara Municipal, que permitiu
construir e consolidar as bases de uma leitura partilhada sobre os desafios e as oportunidades que se
colocam ao concelho e ao seu espaço de inserção regional, e sustentar as opções agora propostas.
A abordagem deste documento deixa em evidência o espírito de articulação aplicado ao longo deste processo
de reflexão estratégica sobre o futuro de Azambuja, considerando aspectos que têm influenciado a
formação e progresso do concelho, e aspectos relacionados com o seu posicionamento face ao País (enquanto
realidade económica, social e institucional) e face à sua inserção no espaço territorial da Lezíria do Tejo.
“Azambuja – uma Estratégia com um Rio de Oportunidades” é o documento onde se apresenta uma Visão
para o concelho no horizonte de 2025 suportada por um processo validado e largamente participado de
diagnóstico prospectivo. É o documento onde se define a Estratégia de Desenvolvimento consentânea com a
operacionalização da Visão delineada, e onde se elencam as linhas directivas do correspondente Plano de
Acção, enquanto instrumento que articula intenções de investimento e intervenção. Pretende-se que seja um
instrumento ao serviço do desenvolvimento integrado e sustentado de Azambuja, com que todos – dos
autarcas à comunidade, dos investidores aos actores económicos – se identifiquem e para o qual contribuam.
Este documento está organizado em quatro capítulos – o Capítulo 1 apresenta a Visão definida para a
Azambuja no horizonte de 2025, e é suportado pelo diagnóstico e pelas conclusões do Capítulo 3, na
análise de instrumentos e programas de âmbito nacional, regional e supra-municipal que influenciam a
Azambuja e no resultado do processo de participação, debate e reflexão que resultou das reuniões de trabalho
temáticas organizadas, permitindo assim identificar as forças e fraquezas do concelho e as dinâmicas das suas
ameaças e oportunidades. No Capítulo 2 apresenta-se o caminho operacional de concretização da Visão,
numa Estratégia de Desenvolvimento organizada em torno de três eixos estratégicos de
desenvolvimento e três dimensões transversais de intervenção. No Capítulo 4 procede-se à
materialização da Estratégia preconizada para o concelho de Azambuja num conjunto de projectos – Plano de
Acção - que se pretende contribuam para um melhor posicionamento do concelho no seu espaço alargado,
para a capitalização de dinâmicas e recursos internos e para o cabal aproveitamento das vantagens e
oportunidades que se colocam ao território em que Azambuja está inserido.
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A reflexão estratégica para o concelho de Azambuja visa promover a articulação e garantir a coerência da
actuação do Município nas suas múltiplas áreas de intervenção, com vista a:
A visão estratégica de desenvolvimento para o concelho de Azambuja no horizonte 2025 é construída com
base num quadro de referência, onde as forças (a potenciar) e as fraquezas (a debelar) identificadas à
Azambuja se revelam essenciais à prossecução de uma estratégia coerente de desenvolvimento, suportada
por cenários de desenvolvimento que “ponderem os mecanismos” em que as oportunidades que se afiguram
ao concelho sejam “utilizadas” como forma de fazer frente às possíveis ameaças que o possam condicionar,
numa lógica que se pretende pró-activa. Este referencial de análise (sistematizado no quadro seguinte) resulta
de um processo que conjuga a análise e diagnóstico do Concelho (nas dimensões aprofundadas no capítulo 3),
os contactos, reuniões e entrevistas havidos com a autarquia e com actores actuantes no seu território
alargado, a percepção resultante das visitas realizadas ao concelho, e os resultados dos workshops temáticos
efectuados com o objectivo de incorporar os contributos e sensibilidade operativa dos “utilizadores” do território,
enquanto efectivos parceiros com intervenção no seu desenvolvimento (ver Anexo 1).
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Quadro 1: Leitura do Município de Azambuja à luz das suas forças, fraquezas, oportunidades e ameaças (SWOT)
Forças Fraquezas
Proximidade à AML/Lisboa - principal pólo de emprego do País e maior Existência de importantes constrangimentos ao nível das
mercado de consumo – e posicionamento estratégico junto a importantes acessibilidades relevantes para o sector logístico e desconsideração
vias de comunicação (A1/IP1-A2, A1/IP1-A23, A10/A13-A6, A15, IC2, …); da área logística de Azambuja no „Portugal Logístico‟.
Existência de um tecido produtivo atomizado e de carências em termos
Enquadramento estratégico do concelho nos instrumentos de planeamento de espaços infraestruturados e qualificados para implantação de PME;
de nível superior e supra-municipal (Arco Metropolitano de Lisboa, „Porta Empreendedorismo empresarial pouco expressivo e baixos níveis de
Norte de Lisboa‟); inovação e de ligação ao sistema de ensino e investigação;
Integração do concelho numa região de Convergência (NUTS II Alentejo), Dificuldades de concertação entre possíveis parceiros;
que confere maiores possibilidades de acesso a fundos comunitários do
que se se mantivesse a anterior inserção da Lezíria do Tejo (e de Fraca projecção exterior do concelho;
Azambuja, por inerência) na NUTS II Lisboa (região em objectivo Atravessamento do concelho por importantes Espaços-Canal que
Competitividade Regional e Emprego); condicionam o ordenamento do território;
Excelente posicionamento de Azambuja face à procura no sector logístico e Existência de constrangimentos decorrentes da aplicação do Plano
industrial; Director Municipal e do seu grau de desajuste;
Existência de dinâmica económica e empresarial, criadora de postos de Persistência de importantes debilidades no que se refere à
trabalho – Azambuja é receptor líquido de mão-de-obra. escolarização e qualificações do capital humano e falta de alternativas
Actividade agrícola com boa produtividade; de progressão curricular dos alunos adequadas às necessidades da
estrutura económica local e regional;
Beleza natural e valor ecológico do Estuário do Tejo e dos vales
aluvionares; Relevante nível de envelhecimento da população e Isolamento e
dependência de idosos, particularmente no Alto Concelho;
Crescimento populacional associado ao dinamismo económico e à
atractividade residencial do concelho; Abandono das áreas rurais, particularmente no Alto Concelho;
Evolução positiva em matéria de equipamentos colectivos e taxas de Crescimento urbano recente difuso e pouco estruturado, que contribuí
cobertura satisfatórias e Existência de associativismo e estruturas para a desestruturação da actividade agrícola e para o abandono das
comunitárias com serviços de apoio à escala local; áreas centrais dos aglomerados;
Existência de património edificado relevante; Existência de debilidades ao nível da integração e intensidade na
oferta de transportes públicos;
Crescimento do turismo residencial e residências secundárias (entre 1991 e
2001, os alojamentos para uso sazonal ou secundário aumentaram 9%); Necessidade de reforçar e qualificar algumas redes de equipamentos e
de diversificar a oferta;
Existência de uma rede urbana polinucleada.
Fraco dinamismo do mercado imobiliário.
Existência de diversos PMOT em elaboração;
Existência de uma campanha de promoção do concelho.
Oportunidades Ameaças
Crescimento populacional associado à capacidade de atracção de Incapacidade em qualificar espaços logísticos e empresariais que
população e à criação de emprego; possam competir com as novas plataformas logísticas existentes no
Planos e projectos para criação, ampliação e qualificação de espaços para País;
implantação de novas actividades económicas; Especialização nos serviços pessoais e empresariais de menor
Localização numa região elegível no âmbito do objectivo de convergência produtividade, associados a fenómenos de deslocalização do centro da
(2007-2013), criando condições para a localização preferencial de AML;
actividades económicas e infraestruturas da área de influência de Lisboa; Incapacidade em criar sinergias entre os operadores e empresas de
Presença no concelho de importantes empresas e operadores logísticos, maior dimensão e a estrutura empresarial local;
ligados à inovação e ao mercado; Concentração do investimento na sede de concelho e em algumas
Existência de fortes potencialidades ao nível das actividades associadas ao áreas do concelho, contribuindo para a perda de atractividade relativa
sector primário e aos recursos endógenos; dos aglomerados rurais e seu despovoamento;
Crescente consciência ambiental e de valorização paisagística, associada à Ocupação das margens ribeirinhas e zonas inundáveis;
importância biofísica, beleza natural e potencialidades turísticas da Frente Risco de suburbanização;
Tejo e da Lezíria, dos vales aluvionares e do Alto Concelho; Dispersão da ocupação edificada do solo pelas zonas rurais com a
Polis Tejo; consequente degradação da paisagem, ocupação de áreas agrícolas e
Marketing territorial direccionado para a projecção de uma imagem criação de dificuldades acrescidas à implementação de um sistema de
coerente do concelho, valorizadora da sua baixa densidade de ocupação; transportes públicos sustentável;
Existência de aglomerados urbanos com valor de conjunto e de projectos Forte dependência relativamente ao transporte individual;
para sua valorização e regeneração urbana; Agravamento da tendência de envelhecimento da população;
Existência de projectos e planos para expansão planeada dos aglomerados Abandono das áreas rurais (despovoamento, risco de incêndio,
urbanos; degradação do território);
Construção do Novo Aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete e Incapacidade em qualificar e povoar os núcleos antigos dos
da linha ferroviária de alta velocidade, potenciando actividades económicas aglomerados urbanos;
de suporte directo ao NAL e que valorizem a proximidade de localização; Incapacidade em integrar e desenvolver produtos turísticos de
Plano Estratégico da linha do Oeste, em que Azambuja pode posicionar-se excelência em rede com outros municípios que permitam promover os
como possível solução na ligação a Lisboa. valores turísticos únicos do concelho e da sua envolvente;
Incapacidade em mobilizar os investidores turísticos para se aliarem
como parceiros na construção de um caminho comum.
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Reestruturação da actividade
e dos canais logísticos 4
Traçado previsto da
Nova Linha do Oeste Áreas agrícolas com
5
interesse estratégico
Território inserido
numa Região de Convergência
2
1 Corredor ou fim de linha?
Fronteira da Atractividade
Residencial de Lisboa
1
Reestruturação da actividade
e dos canais logísticos 4
LEGENDA
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A visão estabelecida para o território de Azambuja pondera estas questões e assume opções claras, tendo
presente que planear, definir objectivos e dar-lhes “corpo” numa imagem antecipada do que poderá ser
o território de Azambuja no horizonte de médio prazo, significa:
compreender, em toda a sua extensão, o desafio logístico concreto que suportou o sucesso
histórico de Azambuja, estruturando um mecanismo de canalização das vantagens acumuladas
por uma localização que historicamente beneficiou de uma preferência indiscutível à fixação de
actividades logísticas, em termos de maturidade e enraizamento da base empresarial do sector no
concelho e da solidez da bolsa de mão-de-obra ali existente, para a adaptação aos desafios futuros
que se identificam para o sector no País, em que as opções para localização de actividades logísticas
estão a tornar-se mais competitivas. O elemento de diferenciação de Azambuja está associado à
solidez da sua base empresarial instalada, que lhe permite poupar esforços na captação de
investimentos novos e canalizá-los para a implementação de mecanismos inovadores de sustentação
de um patamar de atractividade que entretanto enfraqueceu;
Tomar uma “posição afirmativa” no que respeita ao posicionamento de Azambuja enquanto território
de ligação à Área Metropolitana de Lisboa, que se obtém por aprofundamento da sua posição já
firmada enquanto espaço de localização empresarial e logística, e por intensificação do papel das
empresas na captação dos fluxos nacionais e internacionais de trocas de e para a AML;
Estabelecer uma “posição concertada” com os municípios do Oeste e da Lezíria que compõem a
coroa envolvente da AML com modelo residencial homogéneo no descongestionamento e envolvência
rural, no sentido de criar condições para afirmar um modelo residencial qualificado e impedir a
desqualificação do respectivo perfil residencial;
Tomar uma “posição impulsionadora” da dinamização turística do concelho, valorizando a mancha
verde de um território dominado por espaços florestais e espaços agrícolas (quer integrados quer não
integrados em reserva agrícola) e por uma extensa frente ribeirinha do Tejo, não só enquanto
emblema de promoção e desenvolvimento de uma vocação turística, ainda incipiente, no
concelho, mas sobretudo enquanto argumento de robustecimento de um perfil de atractividade
residencial baseado na conjugação entre bolsa de postos de trabalho e local aprazível de morada;
Valorizar as diferentes dimensões de governança que devem ganhar consistência no concelho, quer
enquanto modelos de cooperação e posicionamento à escala supra-municipal, quer enquanto modelos
de organização e articulação de diferentes agentes económicos à escala municipal.
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Subjacente à definição da Visão para a Azambuja no horizonte de 2025 estão “parâmetros metodológicos”
com repercussões operacionais que devem ser assumidas, em termos da fixação de objectivos e da
respectiva abrangência, da decisão de afectação de meios de financiamento, da articulação entre impactes e
assumpção de responsabilidades executivas partilhadas, e da justificação para a validação de mecanismos de
definição estratégica com preocupações de articulação supra-municipal, quer enquanto “processo de trabalho”
conducente à definição estratégica, quer enquanto exigência subjacente à garantia de coerência com as
orientações em matéria de coesão, ordenamento e directrizes de planeamento de base territorial superior. Em
termos sintéticos, salienta-se que:
a Visão para a Azambuja traduz o “modelo conceptual” ambicionado para o percurso futuro do
concelho. A sua concretização depende de um processo complexo, que articula várias dimensões de
intervenção, protagonistas e iniciativas, que precisam estar identificados e articulados numa
Estratégia de Desenvolvimento, que se recomenda que seja “mais incisiva e restritiva”, porque
orientada para os objectivos e condicionada por restrições financeiras e técnicas, e “menos simpática
e lata”, porque não deverá cobrir todas as áreas e expectativas (da população e dos agentes
económicos e sociais) com igual intensidade na afectação de meios. Definir uma estratégia de
desenvolvimento implica fazer apostas e uma afectação desigual de meios, ou seja, implica a
opção por áreas de actuação prioritárias (necessariamente em número reduzido e ligadas por relações
de causalidade) e que possam ancorar outros processos de desenvolvimento.
a Visão para a Azambuja deve ser passível de tradução numa estratégia de desenvolvimento
que incorpore a necessidade de promover uma concentração dos recursos disponíveis
(financeiros, técnicos, etc.) em iniciativas e projectos estruturantes para a prossecução de
objectivos assumidos como prioritários, potenciando a obtenção de resultados económicos e
sociais com impacte real na vida das populações. Esta abordagem salienta a importância do
estabelecimento ou do fortalecimento das lógicas de cooperação público-público, entre os diversos
níveis e âmbitos da Administração Pública, e público-privado, de modo a sustentar estratégias de
competitividade e coesão territorial duradouras no tempo e verdadeiramente impactantes.
a Visão para a Azambuja estrutura um conjunto de objectivos globais definidos em função do
potencial individual de afirmação do concelho, tomando como referência conceptual o seu quadro
de inserção regional e o “mapa geral de temáticas de articulação e de afirmações individuais”
que faz sentido equacionar à escala local e supra-municipal.
A intensificação da concorrência entre mercados e territórios tem vindo a introduzir mudanças nos
mecanismos de planeamento estratégico e de afirmação de hierarquias. A qualificação, a
diferenciação, a capacidade prospectiva e de concretização dos objectivos fixados para um território,
ditam a sua resiliência e a sua capacidade de se adaptar a diferentes contextos. Isto implica uma
atenção e adequação da estratégia de cada território num processo continuado, que deve ser
monitorizado e desenvolvido com parcerias estratégicas que maximizem as possibilidades de
êxito, construindo-se um „plano-processo‟ sustentado numa visão sistémica do território, que
necessariamente considera as restrições e os objectivos do planeamento estratégico de nível
superior.
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O realismo e o pragmatismo desta Visão estão associados à percepção consciente dos desafios que se
colocam à base empresarial e logística do concelho, que enfatizam a necessidade de se encontrarem
caminhos que sustentem a atractividade do concelho enquanto plataforma de afirmação de novas tendências
da integração entre a produção industrial e logística. A apetência complementar do concelho para a produção
agrícola desempenhará um papel importante nesta reorientação dos mecanismos de afirmação produtiva de
Azambuja, sobretudo se se conseguirem implementar os canais de organização e governação exigidos a um
concelho no qual se vão passar a fazer sentir pressões concorrenciais até agora inexistentes. Nesta área, a
Estratégia deverá estruturar uma intervenção que garanta a continuidade da “relevância produtiva” de
Azambuja, considerando as alterações que o contexto regional e sectorial introduzem.
A ambição e o sonho desta Visão estão associados aos objectivos de valorização de um património natural
que deve fazer integrante dos vectores de atractividade e da imagem projectada pela Azambuja, e que, em
paralelo, permite afirmar uma função residencial mais atractiva, que acrescente à já existente dimensão
“trabalho” uma ainda incipiente dimensão de “vivência”. A Estratégia deverá estruturar mecanismos de
intervenção que projectem o contacto com a natureza como vector embrionário de um modelo residencial
equilibrado, que beneficie da complementaridade entre a atractividade do concelho para “trabalhar e visitar”.
Figura 2: Da Visão à Estratégia de Desenvolvimento para a Azambuja
Recomendações do Diagnóstico
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Azambuja é um concelho que beneficia de dois “trunfos” diferenciadores. Beneficia da apetência de uma
localização face aos eixos viários de circulação que levou a que no concelho se formasse um verdadeiro
“monumento artificial” formado pela base logística aí existente e por uma significativa concentração de
empresas. E beneficia da inserção num território onde o Rio Tejo e a sua fértil Lezíria se conjugam num
verdadeiro “monumento natural”.
A estes trunfos diferenciadores estão, porém, associados um bloqueio e uma restrição. Um bloqueio que se
prende com o aumento substancial da concorrência entre opções de localização logística, que vieram retirar à
Azambuja a soberania de outrora, enquanto localização que “colhia” todas as decisões de fixação de
operadores logísticos – “cuidar do bloqueio” que pode colocar a Azambuja numa posição de “fim de linha” é
um imperativo exigido a um concelho que “apenas” precisa de sustentar o patamar de atractividade da base
logística que já ali está instalada, sem ter de desenvolver os esforços iniciais de promoção da atractividade à
fixação de empresas. Uma restrição que se prende com os padrões de sustentabilidade, conservação e
protecção que é preciso garantir ao Rio Tejo, às suas margens ribeirinhas, à Lezíria e à mancha verde
existente na Azambuja – “incorporar esta restrição” nas definições estratégicas a assumir pode favorecer o
concelho na montagem de um perfil residencial que incorpore uma ligação facilitada ao meio natural envolvente
e impedir que esse património natural seja danificado, antes mesmo de se terem capitalizado os benefícios
potenciais desta articulação.
Pensar o desenvolvimento futuro de Azambuja implica equacionar em que moldes estes trunfos
diferenciadores podem ser “utilizados” com benefício para o concelho e avaliar em que medida devem
ser estruturadas intervenções em torno destes “trunfos” por forma a canalizar benefícios para outras
temáticas em que sejam também necessários investimentos, mas em que eventualmente não existam
“trunfos”. Implica, igualmente, considerar os bloqueios e restrições existentes, incorporando-os na estruturação
do perfil global de iniciativas e intervenções estratégicas.
A estratégia de desenvolvimento para o concelho de Azambuja valoriza o papel que estes “trunfos” podem ter
no concelho, estruturando intervenções orientadas para actuar directamente em áreas que não constituem o
topo da hierarquia de intervenções típicas de um executivo municipal, como sejam os domínios empresarial e
turístico, onde o papel dos agentes privados tende a ser mais activo, e estruturando a canalização de
benefícios indirectos resultantes dessas intervenções para as áreas típicas de intervenção municipal,
com forte conotação em termos dos vectores explicativos da qualidade de vida, e onde a responsabilidade de
intervenção é primordialmente pública.
A estratégia de desenvolvimento para a Azambuja deve, portanto, ser pensada como uma estratégia
autárquica alargada, estruturando-se com base numa decisão consciente de concentração essencial de
recursos financeiros nas apostas estratégicas assumidas em torno dos “trunfos” do território, na sua
leitura de “território para trabalhar” e de “território para visitar”, e de planeamento paralelo dos investimentos
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necessários nas funções básicas que suportam os patamares fixados de qualidade de vida, na sua
leitura de “território para viver”, sabendo que:
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A qualificação e valorização do território para a função residencial (Eixo 3) assume um papel central na
estratégia de desenvolvimento para a Azambuja, na leitura do território na sua componente de “território para
viver”, assumindo-se como Eixo de Desenvolvimento Complementar, na medida em que beneficia das
apostas de actuação justificadas por “trunfos” que se encontram em estádios diferentes de maturação:
beneficia de uma aposta na qualificação e valorização dos espaços empresariais (Eixo 1), na leitura do
território na sua componente de “território para trabalhar”, enquanto Eixo de Desenvolvimento de
Continuidade. A canalização de benefícios derivada do papel desta estratégia autárquica alargada
estrutura-se no sentido da provisão de vectores basilares de qualidade de vida induzidos pela
sustentação da base empresarial e de postos de trabalho.
beneficia de uma aposta na valorização do património cultural e natural (Eixo 2), na leitura do território
na sua componente de “território para visitar”, enquanto Eixo de Desenvolvimento Embrionário. A
canalização de benefícios derivada do papel desta estratégia autárquica alargada orienta-se para a
percepção de qualidade de vida induzida por um modelo de vida facilmente articulável com a natureza.
Imagem coerente
Equilíbrio entre as
dimensões explicativas da
atractividade territorial
Marketing Territorial
e Promoção
“Contacto
“Fim de Linha”
com a natureza”
Localização periférica
nos corredores de Conservação e
circulação protecção da natureza
Cuidar de um bloqueio
Incorporar uma restrição
Eixo 1 Eixo 2
QUALIFICAÇÃO VALORIZAÇÃO
E VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO
DOS ESPAÇOS CULTURAL
EMPRESARIAIS E NATURAL
“Monumento” “Monumento”
Artificial Natural
Base Logística
Rio Tejo
e concentração
e Lezíria do Tejo
de empresas
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o “bloqueio” que em termos empresariais constitui a posição relativamente periférica a que a Azambuja
pode ficar confinada nos corredores de circulação, favorece a definição de uma estratégia participada,
com a introdução da “Governança e Capacitação” enquanto dimensão transversal de intervenção.
Em termos estratégicos, a validade desta dimensão transversal de intervenção está na garantia de um
processo de “consciencialização colectiva” de que é possível conferir à Azambuja a capacidade de
incorporar mecanismos para contrariar atempadamente os efeitos de uma potencial posição de “fim de
linha” nos corredores logísticos de circulação, por via de processos de alargamento da base sectorial
de articulação com Lisboa. Partindo de uma “posição confortável” conferida pela concentração já
instalada de operadores logísticos e pela densidade da sua base empresarial, a Azambuja precisa
introduzir mecanismos de sustentação da continuidade da atractividade de outrora à fixação de
actividades logísticas, numa visão moderna e actual da logística enquanto cadeia de valor e cadeia de
abastecimento integrada, com capacidade de induzir a atractividade à localização empresarial dos
seus segmentos mais representativos (agro-alimentar, indústria e serviços).
a “restrição” que, em termos do património natural, constitui a necessidade de acautelar mecanismos
sólidos de conservação e protecção da natureza que garantam igualmente a viabilização de um
modelo de vivência em efectiva inserção e contacto com a natureza, favorece a definição de uma
estratégia sustentável, com a introdução da “Sustentabilidade e Eficiência” enquanto dimensão
transversal de intervenção.
a “posição activa” que é necessário assumir na transmissão de uma imagem coerente do território de
Azambuja, com equilíbrio entre as dimensões explicativas da atractividade territorial, favorece a
definição de uma estratégia com capacidade de comunicação, com a introdução do “Marketing
Territorial e Promoção” enquanto dimensão transversal de intervenção.
Condicionantes identificadas
Tipo de Intervenção no concelho
Dimensões e repercussões na estratégia
Eixos Estratégicos de Intervenção
de Leitura do Território Condicionantes Dimensões Transversais
Tipo de Aposta Grau de Maturidade
associadas de Intervenção
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A Azambuja aposta em intervenções com estratégias diferenciadas para dimensões que se querem
complementares e que dependem de diferentes factores críticos, tal como sintetizado nos quadros seguintes.
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Quadro 2: Modelo de Intervenção Estratégica e Factores Críticos dos Eixos Estratégicos de Desenvolvimento de Azambuja
A dimensão “Território para Trabalhar” é fortemente potenciada por projectos de valorização dos espaços
para localização empresarial e do parque logístico e empresarial do concelho, pela capacidade em
colmatar as carências em matéria de qualificação e capacitação empresarial e pela beneficiação,
Factores
melhoria e diversificação das acessibilidades e modos de transporte. É também influenciada pela
críticos
capacidade em atrair investimento e em juntar esforços na promoção e valorização dos produtos locais,
nomeadamente entre os diversos agentes económicos, e, paralelamente, pela flexibilização dos modelos
residenciais e de localização de actividades.
Assume-se como um eixo embrionário, com fortes repercussões na dimensão “Território para Viver”,
naquilo que se refere ao investimento em equipamentos culturais, de recreio e lazer e na canalização de
benefícios associada à percepção de melhoria qualidade de vida induzida por um modelo de vida com
Intervenção
interacção facilitada com a natureza. A estratégia para o turismo deve potenciar de forma inovadora as
Estratégica
oportunidades criadas pelo importante património natural e paisagístico do concelho associado ao Tejo e
ao Alto Concelho, com estímulo à oferta de produtos inovadores e ao turismo em contexto rural,
aproveitando a dinâmica turística de Lisboa (City Breaks) e do Oeste.
A dimensão “Território para Visitar” é moldada pela capacidade do município e dos seus parceiros em
desenvolver projectos verdadeiramente inovadores que possam atrair visitantes e prolongar a sua estadia
Factores
no município (dependente, neste caso, da criação de alojamento) e do processo de elaboração e do nível
críticos
de ambição do POLIS TEJO, mas também da capacidade em investir em equipamentos e serviços que
possam contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população e alavancar novas iniciativas.
Eixo 3: Qualificação e valorização do território para a função residencial - Território para Viver
A consolidação da dimensão “Território para Viver” é moldada pela qualificação do território (muito
Factores
dependente dos instrumentos de gestão territorial vigentes e a elaborar, e da sua gestão) e pela oferta de
críticos
equipamentos e serviços de excelência às famílias.
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Quadro 3: Modelo de Intervenção Estratégica e Factores Críticos das Dimensões Transversais de Intervenção
da Estratégia de Desenvolvimento de Azambuja
Governança e Capacitação
Assume-se como dimensão de intervenção que pretende “cuidar de um bloqueio” que pode remeter a
Azambuja a uma localização periférica nos corredores de circulação, com impactos significativos no seu
potencial de atractividade à localização logística. Paralelamente, os mecanismos de governação,
organização e capacitação desenvolvidos servem de base à generalização recomendada de iniciativas
Intervenção concertadas de actuação, entre diferentes agentes económicos, visando contribuir para objectivos
Estratégica comuns. O estabelecimento de uma boa governança é um factor fundamental e transversal à
prossecução da estratégia de desenvolvimento na medida em que diz respeito à qualidade do exercício
do poder público, que se pretende menos centralizado, mais próximo da sociedade civil, mais
transparente e mais aberto a parcerias e à partilha de responsabilidades entre agentes públicos e entre
estes e os privados, nos diversos níveis.
Sustentabilidade e Eficiência
Factores O recurso a canais de promoção apropriados, a associação a marcas, produtos e valores de sucesso e a
críticos monitorização constante do impacte da campanha (ou campanhas) de promoção são factores críticos.
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A localização e a existência de acessibilidades não são, por si sós, razão de atractividade já que, por exemplo,
no sector da logística, há um predomínio da gestão “medida em tempo” sobre a “gestão medida em distância”.
O parque logístico e empresarial de Azambuja / Vila Nova da Rainha depara-se na actualidade com
importantes constrangimentos, com diferentes graus de gravidade, que importa dissipar,
designadamente a saturação da EN3 e do nó do Carregado da A1, a desadequação do traçado e do nível de
serviço da EN3 ao tráfego de procura (penalizante para as actividades instaladas, mas também para a
qualidade de vida dos munícipes), as debilidades associadas à carência de áreas de apoio, à ausência de
intermodalidade, entre outras questões.
O facto do parque logístico de Azambuja não ter sido considerado no Programa Portugal Logístico, pode não
representar uma desvantagem em si mesmo, uma vez que é no concelho que estão afinal implantados vários
dos mais relevantes operadores logísticos do País. Importa, contudo, garantir que a Azambuja mantém a sua
posição de destaque, perante a pressão competitiva induzida pelo aumento das opções de localização
empresarial com potencial de atractividade logística.
Para além da necessária capacidade de antecipação e monitorização que qualquer território e actividade
deve garantir continuadamente, Azambuja deve „manter a guarda‟ e permanecer competitivo naqueles que
são os factores de atractividade para as actividades que lhe interessa manter e cativar. Só assim será
possível prospectivar a evolução da procura e dos diversos sectores de actividade presentes no concelho,
construindo uma oferta qualificada e interessante que torne menos apelativos outros espaços
equipados e infraestruturados que possam surgir.
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Assumem, portanto, uma importância estratégica, a valorização do parque logístico „alargado‟ de Vila Nova
da Rainha/ Azambuja/ Casais da Lagoa e das acessibilidades que o servem, garantindo uma boa oferta de
serviços complementares (espaços de apoio, equipamentos, serviços, alojamento, etc.) e a possibilidade de
uma gestão operacional e de espaço flexível. Simultaneamente, há que garantir uma oferta qualificada de
espaços de localização empresarial (cuja carência tem levado à fixação de empresas noutros concelhos)
que possam beneficiar da relação sinérgica e complementar com as actividades implantadas no concelho,
assente na criação de uma rede de conhecimento e partilha de informação que inclua a base empresarial e
logística, a administração pública e centros de investigação e conhecimento.
O concelho está integrado num território dinâmico do ponto de vista da concentração de unidades empresariais
e da absorção de postos de trabalho (principalmente industriais), sendo que a dimensão média das unidades
empresariais supera o patamar de alguns concelhos vizinhos, situação para a qual contribuem empresas como
FCC Logística, Jerónimo Martins, Auchan, SONAE, Staples, Luís Simões, entre outras. Estas grandes
empresas representam um importante potencial porque estão ligadas à inovação e ao mercado, podendo
alavancar o desenvolvimento de micro, pequenas e médias empresas locais baseadas em recursos
endógenos.
O sector primário (no que se refere concretamente à agricultura, silvicultura ou produção animal) é, claramente,
um dos que pode lucrar com esta relação sinérgica com o tecido logístico e empresarial estabelecido no
concelho. Nos últimos anos este sector tem perdido representatividade na estrutura económica concelhia, quer
para o sector secundário, quer, e muito principalmente, para o sector terciário. Com efeito, no Alto Concelho o
abandono rural surge associado à pequena dimensão da propriedade, à orografia e ao envelhecimento da
população, havendo que investir na modernização da agricultura e da silvicultura e em novas formas de
rentabilizar os terrenos agrícolas, i.e., num projecto que analise o problema, mobilizando as comunidades
e os proprietários dos terrenos, e aponte soluções, quer para a questão fundiária, quer para o
redireccionar da produção, de forma coerente com o tipo e a qualidade dos solos. Só assim será possível
promover um desenvolvimento integrado e equilibrado de todo o concelho.
Destaque para o facto da proximidade de Azambuja a Lisboa e a geografia dos fundos estruturais fazerem
antever uma maior procura por parte de empresas e outras organizações, razão pela qual é essencial que,
atempadamente, se prevejam condições para os receber aproveitando as vantagens de atracção de
actividades avançadas e competitivas, alicerçadas em tecnologia, conhecimento, criatividade e
sustentabilidade, que permitam diversificar o tecido produtivo e contribuir para um desenvolvimento robusto e
sustentável e para a criação de emprego.
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Valorização do parque logístico de Vila Nova da Rainha/ Azambuja/ Casais da Lagoa, promovendo o seu
reordenamento e a qualificação dos aspectos que condicionam a atractividade do parque logístico:
Duplicação de vias na EN3, criação de áreas de estacionamento, redução do número de acessos directos
à EN3 e reformulação do nó do Carregado da A1;
Construção de variantes à EN3 que permitam desviar o tráfego de atravessamento e melhorar os tempos e
condições de circulação, aspecto fundamental à actividade logística;
Aposta na intermodalidade: concertação dos diversos operadores sediados no concelho no sentido de
implementar um ramal ferroviário dedicado, e respectivo nó rodo-ferroviário;
Introdução de melhorias que garantam a máxima flexibilidade operacional e de espaço e investimento em
equipamentos, serviços de apoio e infraestruturas qualificantes do parque logístico e empresarial e
geradoras de economias de escala;
Ajuste da rede de transporte públicos ao nível dos horários e dos percursos para que constitua uma
resposta mais adequada às necessidades da população e empregadores.
Captação e fixação de investimentos, através da criação de uma dinâmica de reforço da base empresarial
do concelho, beneficiando da densidade empresarial já existente e das implicações derivadas (know
acumulado e bacia de mão-de-obra experiente, nomeadamente), e tirando inclusivamente partido dos critérios
de afectação de fundos comunitários.
Criação de „áreas de localização empresarial’, para localização de pequenas e médias empresas, com vista
ao robustecimento e valorização do parque logístico e empresarial de Vila Nova da Rainha/ Azambuja/ Casais
da Lagoa, mas também de novas áreas de localização empresarial em Aveiras de Cima – Alcoentre.
Estudo de viabilidade de novo esquema de acessibilidade ferroviária Oeste – Lisboa assente na conexão
entre a linha do Oeste e a linha de Azambuja, para aferir a viabilidade, relevância e impacte de que o concelho
de Azambuja se posicione como solução possível na conexão da Linha do Oeste, a partir da zona de Torres
Vedras, a Lisboa, independente da Linha de Sintra (Plano Estratégico da Linha do Oeste).
Valorização das actividades produtivas típicas do concelho, através da rentabilização do solo agrícola
improdutivo e da criação de uma relação sinérgica, de cooperação e parceria entre os grandes operadores
logísticos e a base empresarial do concelho, particularmente no sector agro-industrial, que potencie a ligação
ao mercado e à inovação e recupere para a produtividade o território do Alto Concelho;
Estruturar uma ruralidade qualificada, através de uma correcta articulação urbano-rural ao nível das
actividades económicas, do modelo de vivência e da sustentabilidade na utilização dos recursos.
Qualificação dos recursos humanos, através da criação de uma Escola Profissional e Profissionalizante que
responda às necessidades das empresas sediadas no concelho e permita o alargamento das alternativas de
progressão curricular para os residentes de Azambuja em geral e naquilo que interessa estrategicamente ao
concelho.
Criação de uma rede de conhecimento e partilha de informação que inclua a base empresarial, o sector
logístico, a administração pública e centros de investigação e conhecimento;
Valorização de mecanismos e instrumentos suportados por tecnologias de informação e comunicação:
Alargamento da internet de banda larga e promoção de uma rápida e efectiva apropriação económica e
social das TIC; Contrariar a info-exclusão; Promoção das TIC como instrumento fundamental de
desenvolvimento territorial e de coesão social;
Modernização tecnológica da Administração Pública, bem como do tecido empresarial.
Capacitação empresarial e institucional.
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É relevante o facto de Azambuja apresentar debilidades que condicionam o seu desempenho económico e o
seu potencial de desenvolvimento, quando se analisa a estrutura etária e de habilitações da sua população
enquanto aspectos que debilitam a sua capacidade em dinamizar iniciativas e em reorientar o seu perfil
de especialização. À tendência de envelhecimento da população (que associa a diminuição da população
jovem ao aumento da população idosa), só compensada pelo peso dos movimentos migratórios, na Azambuja
associa-se um baixo patamar de habilitações da população (recorde-se que, de acordo com os Censos 2001,
42.1% da população de Azambuja não tinha ido além do 1º ciclo do Ensino Básico, 17.8% eram analfabetos e
apenas 3.4% da população havia frequentado com sucesso o ensino superior). Esta é uma questão sensível
que foi abordada por diversos empregadores do concelho, denunciando a fraca qualificação da mão-de-
obra e dificuldades no recrutamento e na retenção de trabalhadores. O processo de reorganização e
valorização do tecido produtivo está dependente de uma aposta na qualificação dos recursos humanos,
sendo portanto fundamental alargar as alternativas de percurso escolar no concelho e criar uma escola
profissional e profissionalizante que responda às necessidades reais das empresas.
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É preciso olhar para a Frente Tejo com ambição. É preciso entendê-la como uma oportunidade não para a
Azambuja isoladamente, mas para os municípios „do TEJO‟, assumindo a influência que a acção do Homem
teve no modelar da paisagem e a relevância da visitação e da promoção dos espaços na sua
preservação e na consciencialização das pessoas para o seu valor.
Também aqui, a proximidade a Lisboa – grande porta de entrada de turistas no País – e a localização entre o
Oeste, a Grande Lisboa e a Lezíria do Tejo, recomendam a articulação de iniciativas concertadas entre os
municípios abrangidos, a Região de Turismo de Lisboa e operadores e promotores turísticos, na promoção do
destino TEJO e Lezíria, em campanhas e iniciativas com forte impacto e/ou através dos media e da internet.
O Polis Tejo é de uma importância estratégica nesta matéria e pode ser o motor para um projecto mais
abrangente de preservação, valorização e utilização sustentada do TEJO e de toda a sua envolvente natural e
cultural, alicerçando a criação de uma plataforma que sirva estes objectivos. Por isto, é essencial que o
município, os stakeholders e as comunidades se empenhem no compromisso face ao acompanhamento e
elaboração deste instrumento.
A fraca navegabilidade do Tejo, devido ao assoreamento, é uma questão fundamental, e que foi abordada
nas sessões públicas realizadas durante o processo conducente à formulação do Plano Estratégico de
Desenvolvimento para a Azambuja. É vital que os diversos promotores turísticos e investidores interessados se
associem e se empenhem como parceiros na construção de uma estratégia comum e na identificação de
possíveis áreas de conflito, inclusive com o apoio das comunidades locais, para que, então, se possam
envolver as entidades públicas com responsabilidades neste território para aferir o nível do seu envolvimento e
o investimento necessário para resolução dos problemas identificados, inclusive no âmbito do Polis Tejo.
Parte significativa dos residentes em Lisboa desconhecem a beleza natural do Estuário e da Lezíria, apesar de
residirem a uma distância muito razoável para a sua visitação. Os turistas estrangeiros, condicionados pelo
tempo, teriam no Tejo e na Lezíria uma alternativa à urbanidade da Capital. O leque de possibilidades na
construção de produtos turísticos é diversificado e os casos internacionais de sucesso permitem
destacar tipologias de projectos potencialmente bem sucedidos, como sejam, passeios fluviais de um,
dois ou mais dias para explorar o Tejo, com pernoita e actividades em unidades de agro-turismo, ou aluguer de
pequenas embarcações que permitam também a pernoita.
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Há que desenvolver um programa ambicioso, mas não necessariamente oneroso - terá sim que ser inovador e
inteligente, permitindo tirar o máximo partido da paisagem, da cultura e dos recursos endógenos e
tradicionais do concelho e da região. Terá, também, que ter presente as características e as
condicionantes do público que constitui o seu mercado-alvo.
Noutra perspectiva, há que promover a conciliação do concelho e da população com a Lezíria e a Frente
Tejo, assumidos como uma importante mais-valia para a qualidade de vida dos munícipes, num processo que
deve partir da „supressão‟ (possível) da barreira que constituem a EN3 e a linha de caminho-de-ferro, através
da multiplicação de passagens pedonais e cicláveis, do aligeirar do impacte das passagens aéreas na
paisagem urbana, da penetração de apontamentos verdes de Lezíria pelos espaços urbanos, mas,
essencialmente, através da integração de programas de lazer na Lezíria e Frente Tejo na rotina diária da
população.
Não existindo alojamento turístico qualificado no concelho, há espaço para investir inovadoramente nesta
área, potenciando o cariz rural de Azambuja e das suas actividades tradicionais, designadamente para
unidades de agro-turismo, com produção animal, cavalos, produção agrícola e vinha, entre outros. Explorar
parcerias com instituições locais, promover novas vertentes de actividades paralelas, encontrar soluções
diferenciadas para as diversas faixas etárias, criar sinergias com produtores locais, seriam algumas
possibilidades a explorar.
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Quadro 5: Objectivos do Eixo 2: Valorização do património cultural e natural – Território para Visitar
Valorização e promoção da Lezíria e da Frente Rio, em articulação com outros concelhos abrangidos, e
estímulo ao desenvolvimento de produtos de excelência que permitam potenciar as potencialidades do TEJO
no seu todo (tendo no Polis Tejo uma oportunidade), de forma integrada, designadamente para:
Passeios fluviais e actividades de recreio e lazer, investindo na infraestruturação, na reabilitação e
dinamização de antigas estruturas edificadas, na recuperação de canais navegáveis, etc., que assim
permitam a criação de produtos turísticos em rede verdadeiramente competitivos e interessantes;
Turismo de natureza, turismo de aventura e percursos pedestres, cicláveis ou a cavalo, que permitam
conhecer os valores patrimoniais e paisagísticos, afirmar Azambuja como destino turístico e aumentar os
períodos de estadia dos visitantes.
Valorização das freguesias do Alto Concelho, designadamente das potencialidades associadas aos
recursos endógenos e actividades tradicionais, numa estratégia que permita inverter a tendência de
esvaziamento, de envelhecimento populacional e de abandono e degradação dos solos agrícolas;
Requalificação, dinamização e divulgação do património histórico e cultural do concelho, num programa, o
mais possível, integrado em rede com outros municípios relevantes:
Reabilitação e valorização das zonas antigas e com valor de conjunto dos aglomerados do concelho, num
processo iniciado em Manique do Intendente e Azambuja, que permita enquadrar intervenções no edificado
(correcção de volumetrias e de dissonâncias, reabilitação, do edificado, etc.), no espaço público (criação de
áreas de estadia, introdução de mobiliário urbano adequado, promoção da acessibilidade) e ao nível dos
equipamentos culturais e do comércio, por exemplo, criando atractivos para a visitação e melhorando a
qualidade de vida urbana;
Requalificação do património arquitectónico existente no concelho e sua dinamização e divulgação através
do Posto de Turismo, das Regiões de Turismo e de outros canais privilegiados.
Aposta no desenvolvimento sustentável das actividades tradicionais associadas à agricultura, à
gastronomia, à produção animal, aos cavalos, ao artesanato, etc., sua divulgação e colocação preferencial
no mercado através de canais da autarquia ou de parceiros.
Criação de equipamentos culturais e oferta de uma programação aliciante. Optimização e racionalização
de equipamentos e espaços culturais através de uma rede articulada de iniciativas com outros parceiros
(particulares ou públicos) evitando a pulverização de meios e a duplicação de esforços;
Criação de alojamento turístico, preferencialmente agro-turismo e turismo-rural:
Incentivo/apoio à criação de unidades de turismo rural ou agro-turismo, que aliem a beleza natural dos
espaços a produtos endógenos, incluindo a reabilitação e reconversão de estruturas edificadas em
alojamento turístico.
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O planeamento estratégico estabelece linhas de objectivos para o território, que devem ser transpostas
para os instrumentos aplicáveis de planeamento e gestão do território. O Plano Director Municipal é, por
excelência, o instrumento com capacidade para introduzir, quer as medidas orientadoras dos objectivos que se
pretendem atingir, quer as medidas limitativas dos eventuais tendências que se pretendam contrariar.
O desafio que se coloca à Azambuja é então o de criar condições que lhe permitam cativar e acolher
novos habitantes, seja em áreas urbanas ou com características eminentemente rurais, zelando sempre pela
funcionalidade dos espaços e pela provisão de equipamentos e serviços que supram as expectativas de um
modelo de vida activo e com qualidade. É vital promover a revisão do Plano Director Municipal, apostando
na qualificação das áreas urbanas, na densificação e colmatação das áreas centrais dos aglomerados urbanos
em geral e numa ocupação menos densa em áreas de expansão de níveis mais baixos da hierarquia dos
aglomerados (por exemplo, diminuindo o número de pisos, permitindo habitação colectiva só em algumas
áreas específicas da sede de concelho, de Aveiras de Cima, de Alcoentre ou em espaços de colmatação
confinantes com esta tipologia, evitando o surgimento de moradias bifamiliares e em banda nos espaços de
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expansão dos últimos níveis da hierarquia dos aglomerados, definindo lotes mínimos de maiores dimensões).
Simultaneamente, há que salvaguardar a imagem de Azambuja impedindo a proliferação da ocupação
edificada em áreas de Solo Rural, a menos que enquadrada em actividade agrícola ou agro-pecuária.
O modelo de urbanidade a estruturar para a Azambuja deve promover a densificação das suas áreas centrais,
não se baseando na consolidação dos espaços de expansão nem na importação de soluções urbanísticas
descontextualizadas. O conceito de espaço urbano e da vivência a ele associada resulta da combinação
entre obras de urbanização (infraestruturas, espaços, verdes e de utilização colectiva) e do acesso a uma
oferta adequada de equipamentos de utilização colectiva e a serviços e comércio com alguma
diversidade e especialização, muito embora, no caso dos principais aglomerados da rede urbana, seja
natural e desejável que os espaços possam assumir características diferentes, marcadamente mais urbanas
mesmo ao nível do desenho urbano e das densidades permitidas.
Colocam-se ao concelho diversos desafios, incluindo o de construir processos de monitorização que permitam
acompanhar a dinâmica gerada pela densificação de espaços empresariais e logísticos, convocando uma
resposta adequada ao nível habitacional e das funções residenciais.
Uma das mais-valias do município é a sua aptidão para fazer emergir uma ruralidade moderna, cuja procura
no mercado imobiliário tem assumido maior expressão nos últimos anos. Aliando a inovação e a qualidade dos
espaços urbanos, Azambuja será por certo um concelho mais competitivo na atracção de pessoas com maior
qualificação e potencialmente mais empreendedoras (que possam contribuir para o seu desenvolvimento,
inclusive através da criação de emprego local) e „consumidoras‟ mais exigentes de serviços e equipamentos.
A combinação das intervenções previstas no âmbito dos Eixo 1 e 2 introduzirá uma dinâmica importante de
captação de população com o perfil necessário para a mudança que se pretende operar, atraída pela
combinação de dois dos principais vectores explicativos da qualidade de vida: a atractividade induzida por um
território que oferece a percepção de que o estilo de vida urbano interage facilmente com o meio natural
envolvente, e a atractividade induzida por um território com forte vocação laboral e disponibilidade de postos de
trabalho. A idade, a estrutura familiar, o nível de instrução e o poder de compra influenciam decisivamente o
tipo de procura, o tipo de habitação a prover e o dimensionamento e programação de equipamentos.
Facilmente se percepciona o ciclo virtuoso que se estabelece quando um território oferece um mercado de
trabalho com opções de emprego e um modelo residencial atractivo. Trabalhar e residir num território com
estas características introduz padrões de densidade e massa crítica que conferem consistência acrescida às
dimensões explicativas da qualidade de vida percebida, nomeadamente pela justificação eu oferecem à
abertura de novos espaços comerciais, de serviços e de lazer, eles próprios fortemente conotados com os
vectores de modernidade e urbanidade exigidos pelos conceitos modernos de vivência.
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Quadro 6: Objectivos do Eixo 3: Qualificação e valorização do território para a função residencial - Território para Viver
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Uma boa governança pressupõe que se estabeleçam plataformas de entendimento e actuação conjunta,
harmonizadas por objectivos partilhados pelos diversos intervenientes, ainda que apenas de forma parcial. Esta
boa governança combina uma dimensão interna e outra externa: a primeira permitirá estruturar o cumprimento
de objectivos complexos, envolvendo entidades e agentes económicos com diferentes âmbitos de intervenção
à escala do concelho; a segunda tende a ser representada por iniciativas de cooperação supra–municipal, em
projectos que assentam em recursos que ultrapassam as fronteiras administrativas do próprio concelho.
A governança consiste, afinal, na forma como trabalham conjuntamente o sector público, o sector privado
e a sociedade civil, na construção de uma economia mais forte e de uma sociedade melhor. Compreende os
mecanismos, os processos e as instituições através das quais os grupos de cidadãos alcançam os seus
objectivos, articulam os seus interesses, exercem os seus direitos legais, respondem às suas obrigações e
medeiam as suas diferenças, e, como tal: implica a partilha de responsabilidades; garante uma melhor gestão e
uma maior eficiência; facilita a participação de novos actores sociais; permite uma aproximação significativa da
sociedade civil às instituições, reforçando a legitimidade e a eficácia das políticas; permite e facilita a existência
de iniciativa económica local; permite uma melhor regulação dos mercados e uma melhor distribuição de
recursos; e desenvolve mecanismos de gestão e integração social que reforçam a participação ao nível local.
Uma boa governança implica a capacitação institucional e o empowerment da sociedade civil na melhoria
do exercício de cidadania e da participação, permitindo reequilibrar a estrutura de poder na sociedade,
tornando a acção do Estado mais sujeita a prestação de contas, aumentando os poderes da sociedade civil na
gestão dos seus próprios assuntos e tornando o negócio empresarial socialmente mais responsável.
Quadro 7: Objectivos da Dimensão Transversal – Governança e Capacitação
Objectivos de carácter transversal com justificação estratégica primordial introduzida pelo Eixo 1
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Objectivos de carácter transversal com justificação estratégica primordial introduzida pelo Eixo 2
Elaborar um Plano Energético Municipal que permita (i) conhecer os consumos de energia que ocorrem no território
municipal; (ii) fornecer à Câmara Municipal de Azambuja os instrumentos necessários à tomada de decisão na
construção de uma política energética municipal integrada; e (iii) definir acções que coloquem Azambuja no caminho da
sustentabilidade ambiental e energética.
Criar uma cidade mais sustentável: Garantir que os projectos das novas urbanizações e as operações de
regeneração e reabilitação urbana seguem os mais elevados padrões energéticos e de construção sustentável e que
utilizam, sempre que possível, energias renováveis e tecnologias de baixa produção de carbono. Implementar soluções
de eco-urbanismo. Promover a caracterização energética dos edifícios e a elaboração de um programa de intervenção
para melhoria da eficiência energética dos edifícios e uma utilização mais eficiente da energia.
Contribuir para a mudança dos comportamentos da população através de acção pública directa e de iniciativas
conjuntas entre organizações do Estado e parceiros, junto de stakeholders, dos trabalhadores, dos visitantes e das
comunidades. Lançamento de acções de promoção de uma utilização racional de energia e de programas de eficiência
energética.
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Também a Iniciativa JESSICA („Joint European Support for Sustainable Investment in City Areas‟, da
responsabilidade da Comissão Europeia em cooperação com o Banco Europeu de Investimento e o Banco de
Desenvolvimento do Conselho da Europa) configura um importante instrumento para a sustentabilidade na
medida em que permite que os Estados Membros utilizem as verbas atribuídas no âmbito dos Fundos
Estruturais, designadamente do FEDER, para criação de Fundos de Desenvolvimento Urbano, destinados a
apoiar operações sustentáveis de reabilitação urbana, inseridas no contexto de programas integrados de
desenvolvimento urbano.
Os próprios objectivos de aprofundamento do usufruto, por parte da população, das zonas verdes e dos
espaços protegidos do concelho, devem ser acompanhados por medidas que garantam patamares adequados
de conservação e protecção da natureza, garantindo a sustentabilidade de um futuro em que se pretende
que o património natural da Azambuja continue a pautar-se pela sua riqueza e valia ambiental.
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Esta linha de actuação parte do reconhecimento de que há ainda um caminho a percorrer na alteração da
imagem percebida e, bem assim, na afirmação de uma imagem de Azambuja que se aproxime da realidade e a
desvincule da de outros municípios vizinhos onde o processo de suburbanização tem levado a uma maior
depreciação dos espaços construídos e dos valores naturais e paisagísticos. A criação de uma marca e a
(re)construção de uma estratégia de marketing territorial e promoção (que urge afinar e monitorizar), é um
passo fundamental na afirmação da imagem funcional e ambicionada de Azambuja.
Objectivos de carácter transversal com justificação estratégica primordial introduzida pelo Eixo 3
Reajuste da campanha de promoção em curso no sentido de a desmultiplicar em função das diversas dimensões de
desenvolvimento, adequando-as assim aos diversos públicos-alvo e recorrendo aos canais de comunicação mais
ajustados a cada um dos casos.
Transformação do sítio de promoção do concelho numa verdadeira plataforma com funcionalidades que permitam,
por exemplo, identificar possibilidades de investimento, encontrar espaços para fixação de empresas, tratar (ou pelo
menos, iniciar) os processos de licenciamento, perceber que vantagens oferece o concelho, que outras empresas estão
já instaladas, etc.;
Valorização da imagem global do concelho no exterior, dissociando-a da de concelhos vizinhos e dos corredores da
A1 e caminho-de-ferro, e casando-a a aspectos menos conhecidos da população em geral, designadamente à
ruralidade, ao património edificado e histórico (Manique do Intendente, Palácio das Obras Novas e Vala Real, vila de
Azambuja, Castro de V. Nova de S. Pedro, etc.) ou a valores naturais e paisagísticos como a Frente do Tejo / Lezíria e
o Alto Concelho, ou ainda a marcas e empresas de sucesso.
Integração de valores turísticos do concelho em rotas e produtos intermunicipais, ambiciosos, que envolvam uma
maior diversidade de parceiros (alojamento, restauração e gastronomia, adegas, coudelarias, produtos turísticos, etc.)
imprimindo maior densidade e solidez aos produtos e permitindo aumentar os períodos de estadia dos turistas no
concelho; Este processo depende do empenho de investidores e promotores que terão que se associar como parceiros
na construção de produtos turísticos complementares e de uma plataforma de divulgação turística própria em torno do
Tejo, por exemplo, como valor agrutinador (Polis Tejo); Divulgação através de canais diversificados, sejam canais
próprios da autarquia, ou junto de parceiros ou, ainda, através das Regiões de Turismo e de media;
Monitorização e avaliação das campanhas de promoção de Azambuja para que se perceba o seu impacte e para
que possam promover-se ajustamentos onde necessário, procurando sempre os melhores canais de comunicação e
incorporando sugestões e críticas de parceiros na sua construção e melhoramento.
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Com efeito, Azambuja apresentava, em 2001, uma taxa de atracção total (relação entre a população
residente que 5 anos antes residia noutra unidade territorial e a população residente na unidade territorial) da
população bastante alta (10.4%) no contexto da sua envolvente territorial (média sub-regional de 6.3%), a par
do que se passava nos concelhos de Benavente (14.3%) e de Cartaxo (9.5%). Consequentemente, tinha uma
taxa de repulsão interna (relação entre a população residente que 5 anos antes residia na unidade territorial e
já não reside e a que efectivamente aí permanece) de 6.1%, valor que, apesar de ser superior à média sub-
regional (3.1%), era inferior ao da generalidade dos municípios da Grande Lisboa, em que se destacavam
Loures, Lisboa e a Amadora com as taxas de repulsão interna mais elevadas (cerca de 15-16%).
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Figura 12: População residente por sector de actividade Nos últimos anos o sector agrícola tem perdido
representatividade na estrutura económica
concelhia, quer para o sector secundário, quer,
2001 e muito principalmente, para o sector terciário.
Em 2001, o primário não passava dos 8%
(menos do que os 10% registados pela
1981 totalidade da sub-região Lezíria do Tejo, em
que 58% dos activos tinham ocupação no
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
sector terciário). Das nove freguesias de
Terciário Secundário Primário
Azambuja, destacavam-se Maçussa, Manique
do Intendente e Vila Nova de São Pedro pela
Fonte: Equipa de projecto com base em dados do INE (Censos).
importância que o sector primário ainda
mantinha – 32%, 13% e 10%,
respectivamente. Na Lezíria do Tejo, os municípios de Coruche e Chamusca retinham, em 2001, uma
percentagem considerável dos seus activos no sector primário – 21% e 18%.
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Ainda no que se refere ao sector agrícola, vale a pena analisar alguns dos dados publicados no último
Recenseamento Geral da Agrícola (1999, INE), segundo os quais existiam no município de Azambuja 1552
produtores singulares recenseados (1433 produtores autónomos e 119 empresários), 57 produtores em
sociedade, três estatais ou pessoas públicas e um noutra situação não referenciada. Dos produtores
singulares, 1333 (86%) dedicavam-se à exploração agrícola a tempo parcial, ainda que só 39% tivessem
efectivamente uma actividade remunerada exterior à exploração, maioritariamente associada aos sectores
terciário e secundário. Finalmente, refira-se que foram recenseadas 4297 pessoas como estando associadas
às explorações familiares (1547 eram os dirigentes das explorações).
Em 1999, se tinham, em média, 9.6 ha por exploração; Figura 13: Principais culturas permanentes
2,1% 0,1%
A Superfície Agrícola Utilizada (SAU) equivalia a 73%
(11317 ha) da Superfície total de exploração (mais 10% 5,9% 0,8%
do que no total dos concelhos da Lezíria);
Da SAU, 64% correspondia a Terra arável (47% na 19,5%
Lezíria), 30% eram Culturas permanentes (14% na
Lezíria) e 6% eram Pastagens permanentes (39% na
Lezíria); 71,1%
O abandono rural é uma realidade em Azambuja, tal como noutros municípios da Lezíria e do Oeste, surgindo
associado ao envelhecimento da população, ao aparecimento de uma nova população urbana e, com ela, a
alterações culturais e económicas. Este problema surge principalmente associado às zonas Norte e Centro do
concelho, já que no Sul, a dimensão da propriedade e a fertilidade dos solos o evitam. É essencial modernizar
a actividade agrícola e encontrar novas formas de rentabilizar os terrenos agrícolas entretanto abandonados,
contornando as dificuldades criadas pela orografia e pela pequena dimensão da propriedade.
De acordo com os resultados dos Censos 2001, o perfil de especialização de Azambuja incide,
maioritariamente, em sectores ligados às indústrias transformadoras (19.1%), no comércio por grosso e a
retalho (19%), no sector da construção (12.1%), na administração pública, defesa e segurança social (10.4%),
na agricultura, silvicultura e pecuária (7.5%), sendo que os transportes e armazenagem concentram ainda
cerca de 6% (aproximadamente 550 pessoas) da população empregada.
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Muito embora o concelho de Azambuja concentre uma série de operadores logísticos (particularmente em Vila
Nova da Rainha, mas também em Aveiras de Cima/Alcoentre e, menos, em Aveiras de Baixo) e esteja
integrado pelo PROT-OVT numa das três “portas logístico-empresariais” de entrada na Capital, como se terá
oportunidade de verificar, não foi considerado no Programa Portugal Logístico não tendo assim sido integrado
na Rede Nacional de Plataformas Logísticas por ele proposta. Há que aferir que implicações terá esta situação
na atractividade e competitividade das áreas logísticas de Azambuja, concretamente atendendo aos objectivos
de desenvolvimento e às estratégias que o Município de Azambuja pretenda prosseguir. Importa perceber que
desvantagens poderão ter as áreas logístico-empresariais que não venham a ser integradas neste Programa,
além (sistema integrado “Janela Única Logística”, investimentos, benefícios, etc.).
Caixa 2: Portugal Logístico
A Zona Industrial de Vila Nova da Rainha, com uma área total disponível definida no PDM em vigor de 214.20
ha, tem 71.04 ha ocupados por empresas como, por exemplo: Modis, FCC Logística, Jerónimo Martins,
Auchan, SONAE, Staples, Luís Simões, etc. Estão em fase de licenciamento cerca de 20 ha para onde estão
previstos novos projectos, entre os quais a nova Central Logística da SONAE, onde o grupo prevê concentrar
as suas actividades numa área de 200 000 m2, criando cerca de 1000 postos de trabalho directos.
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Contudo, a zona industrial e logística de V. N. da Rainha não constitui uma verdadeira plataforma logística, e
lida actualmente com alguns constrangimentos ao nível das acessibilidades (variável fulcral no sector da
logística): (i) não é servida por uma linha ferroviária dedicada; (ii) a EN3, que a serve e estrutura, não tem
traçado e nível de serviço adequados ao tráfego de procura.
A condição da população residente em Azambuja face à actividade económica, em 2001, era bastante
aproximada da que se verificava na sub-região Lezíria do Tejo, sendo apenas de destacar o seguinte:
Padrão de actividade: o peso global da população disponível para o trabalho (população empregada e
desempregada) era de cerca de 55% - 9819 pessoas (57.4% a nível nacional);
População activa: os dados relativos à distribuição da população por profissões no município de
Azambuja reproduzem uma situação semelhante ao que se verifica a nível Nacional na generalidade
dos grupos, mas evidenciam maiores fragilidades no que se refere (i) ao menor peso assumido por
profissões como “quadros superiores da administração pública, dirigentes e quadros superiores”,
“especialistas de profissões intelectuais e científicas” e “técnicos e profissionais de nível intermédio”, e
(ii) à relevância dos “trabalhadores não qualificados” e dos “operadores de instalações e máquinas e
trabalhadores da montagem”;
População inactiva: os níveis de envelhecimento da população de Azambuja, a que já se fez
referência, são evidenciados pelo peso dos indivíduos “reformados, aposentados ou na reserva” (em
Azambuja representam 54% dos inactivos, quando em Portugal correspondem a 52%) e pela menor
representatividade dos “estudantes” no total de população inactiva em 2001 – 13.7% em Azambuja,
face aos 18.4%, em Portugal.
O concelho de Azambuja está integrado na área geográfica abrangida pelo Centro de Emprego (CE) de Vila
Franca de Xira (tal como os municípios de Alenquer e Arruda dos Vinhos), sendo que do total de
desempregados inscritos neste Centro de Emprego cerca de 10%-12% são residentes de Azambuja (peso
semelhante ao da população residente em Azambuja no total de residentes destes 4 concelhos).
Em Janeiro de 2010 estavam desempregadas 1055 pessoas em Azambuja, das quais: (i) 96% procuravam
novo emprego; (ii) 43% tinham idade compreendida entre os 35 e os 54 anos; e (iii) 52% tinham um nível de
ensino que não ia além do 2º ciclo do Ensino Básico.
A resiliência das empresas e da estrutura económica de um determinado território depende, em larga medida,
de factores como a existência de mão-de-obra qualificada, de serviços pessoais e empresariais de suporte à
inovação, de instituições de investigação e desenvolvimento e de infraestruturas físicas que facilitem a
comunicação e o trabalho em rede.
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Figura 14: Padrão de actividade Figura 15: População empregada por profissão
100% Legenda: 100%
Pop. Inactiva 12% 13% 8%
80% 39% 38% 80% 8% 8% 8% 8%
43% 47% 44% 44% 45% Pop. Desempregada 10% 12%
55% 9% 10% 13% 13% 10% 11%
Pop. Empregada 11%
14% 15% 16%
60% 5% 60% 14% 15% 15%
14%
Legenda: 14%
Azambuja
Oeste
ALENTEJO
PORTUGAL
CENTRO
LISBOA
Grande Lisboa
Lezíria Tejo
Azambuja
CENTRO
Oeste
ALENTEJO
LISBOA
PORTUGAL
Grande Lisboa
Lezíria Tejo
Figura 16: População desempregada Figura 17: População sem actividade económica
100% Legenda: 100%
18% 17% 16% 15% 15% 14%
20% 20% Estudantes 19% 19% 18%
25% 22% 26% 26% 21%
80% 12% 14% 16% Domésticos 80%
17% 17% 19% 12% 12%
Reformados, apos. ou reserva
60% Incapacitados permanentes 60%
Outros inactivos
68% 68% 67%
40% 55% 55% 61% 58% 54% 62% 64% 62% 62% 67%
52% 54% 53% 40%
Legenda:
20% Procura emprego há 12 ou 20%
mais meses
8% 6% 7% 9% 9% 8% 8% 11% Procurou emprego nos 13% 14% 13% 12% 12% 12% 14% 15%
0% 0%
últimos 11 meses
PORTUGAL
Azambuja
Oeste
ALENTEJO
CENTRO
LISBOA
Grande Lisboa
Lezíria Tejo
Lezíria Tejo
PORTUGAL
Azambuja
CENTRO
Oeste
ALENTEJO
LISBOA
Grande Lisboa
Não procurou emprego
Figura 18: Evolução do desemprego – Centro de Emprego de Figura 19: Evolução do desemprego no concelho de Azambuja,
V. F. de Xira, Jan. 2004 a Jan. 2010 Jan. 2004 a Jan. 2010
11000 1200
10000
9000 1000
8000
800
7000
6000
Desempregados Total 600
5000 Desempregados Total
À procura 1º emprego À procura 1º emprego
4000
400
3000
À procura novo emprego À procura novo emprego
2000 200
1000
0 0
Set-04
Set-05
Set-06
Set-07
Set-08
Set-09
Set-04
Set-05
Set-06
Set-07
Set-08
Set-09
Jan-04
Jan-05
Jan-06
Jan-07
Jan-08
Mai-04
Mai-05
Mai-06
Mai-07
Mai-08
Jan-09
Mai-09
Jan-10
Jan-04
Mai-04
Jan-05
Mai-05
Mai-06
Mai-07
Mai-08
Mai-09
Jan-06
Jan-07
Jan-08
Jan-09
Jan-10
Fonte: IEFP – Estatísticas mensais do Centro de Emprego Fonte: IEFP – Estatísticas mensais de Azambuja
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No que concerne à estrutura habilitacional da população residente (Censos 2001), a situação de Azambuja é
um pouco melhor do que a que se verifica na sub-região Lezíria do Tejo, muito embora o cenário seja
igualmente preocupante – 42.1% da população de Azambuja não foi além do 1º ciclo do Ensino Básico (contra
40.8% na Lezíria 39.3% ao nível Nacional) e 17.8% são analfabetos (18% na Lezíria e 14.9% a nível Nacional).
Só 3.4% da população frequentou com sucesso o ensino superior (4.7% na Lezíria, 11.8% na Grande Lisboa e
6.5% em Portugal).
80% 36,3%
36,7% 36,1%
38,6% 39,9% 38,5%
70% 46,6%
43,6%
39,3%
60%
50%
29,7% 28,9% 29,9%
40% 27,8% 28,2% 26,8%
23,2% 25,4%
30% 22,8%
12,3% 12,0% 12,3%
20% 11,4% 11,9% 11,7%
8,8% 8,5% 8,7%
10% 16,7% 18,0% 17,8%
14,9% 11,4% 12,5% 14,6% 15,0%
10,6%
0%
PORTUGAL OESTE GRANDE Lisboa Vila Franca LEZÍRIA DO Azambuja Cartaxo Santarém
LISBOA de Xira TEJO
Não Sabe Ler Nem Escrever Sabe ler e escrever sem grau de ensino
EB 1º Ciclo EB 2º/3º Ciclo/Secundário
Ensino Superior (qualquer grau)
Analisando o nível de habilitações dos 5740 trabalhadores por conta de outrem empregados nos
estabelecimentos com sede em Azambuja (dados publicados no Anuário Estatístico de 2007, com base nos
Quadros de Pessoal do MTSS), verifica-se que 31.7% tinham o 3º ciclo do Ensino Básico, 21.3% haviam
completado o Ensino Secundário, 19.4% tinham o 2º ciclo do Ensino Básico, 16.5% apenas tinham completado
o 1º ciclo e 9.6% dos empregados havia frequentado com sucesso um nível superior de ensino. Este quadro
configura uma situação um pouco mais favorável relativamente à que havia sido descrita acima, afinal não são
considerados estudantes, nem inactivos, nem população empregada por conta própria.
Um último dado relativo ao nível de instrução, desta feita dos produtores singulares (que, de acordo com o
RGA, totalizavam 1552 pessoas): em 1999, 13% eram analfabetos e 69% não tinham mais do que o
equivalente ao 1º ciclo do Ensino Básico. Só 4% dos produtores singulares possuíam formação média ou
superior (politécnico e superior, agrícola ou não) – 1388 produtores (89%) tinham formação agrícola
exclusivamente prática, denunciando debilidades ao nível da capacitação profissional e empresarial dos
produtores agrícolas.
Se se atender aos indicadores das empresas por município, em 2006 (Anuário Estatístico, 2007) tinham-se
6.3 empresas/Km2 no concelho de Azambuja, mais do que as 5.1 empresas/Km2 da sub-região e menos do
que as 11.8 empresas/Km2 registadas a nível Nacional. O volume médio de negócio por empresa era de
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721.7 milhares de euros em Azambuja, um valor bastante superior à média Nacional - 305.5 milhares de
euros – e à média da Lezíria do Tejo situada nos 265.5 milhares de euros.
Das 1643 empresas registadas em 2006 em Azambuja (7.6% do total de empresas da Lezíria), 32% eram
empresas do ramo do “comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis de bens de uso
pessoal e doméstico”, 13.5% correspondiam a “Outras actividades de serviços colectivos, sociais e pessoais”,
13.3% dedicavam-se a “actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas”, 10.2% estavam
relacionadas com “alojamento e restauração”, 9.7% operavam na área da construção e 8.3% eram indústrias
transformadoras (136 empresas, das quais 34 eram indústrias de fabricação de produtos minerais não
metálicos e 26 indústrias alimentares, das bebidas e do tabaco). Do total de empresas, 95.5% tinham menos
de 9 trabalhadores (percentagem semelhante à que se verificava na Lezíria e em Portugal).
O Quadro 11 sintetiza alguns dados dos Quadros de Pessoal de 2008, permitindo constatar que, entre 1998 e
2008, se verificou um crescimento modesto do número total de unidades empresariais, materializado
numa Taxa Média Anual de Crescimento de 3,7% ao ano, face aos 4,6% registados a nível Nacional, e uma
estagnação na indústria (0,2% ao ano) acompanhada por uma vincada perda líquida de postos de trabalho
industriais de -6,8% ao ano (face a -1,3% em Portugal).
O concelho de Azambuja está “envolvido” por um território dinâmico do ponto de vista da concentração de
unidades empresariais e de absorção de postos de trabalho (principalmente industriais), sendo que a dimensão
média das unidades empresariais supera o patamar dos concelhos vizinhos (cerca de 12 trabalhadores, face a
um patamar nacional de 8). Na indústria aproxima-se do patamar de Benavente e de Vila Franca de Xira (21
trabalhadores, face aos 25 de Benavente e de Vila Franca de Xira).
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Actividade Azambuja Rio Maior Salvaterra Coruche Montijo Palmela Alcochete V.F. Xira Lezíria Tejo ALENTEJO
Agric., Silvic. e Pesca 3,74 2,57 2,69 5,10 3,05 0,22 1,51 2,92 4,01 5,49
Extractivas 0,64 7,52 0,81 1,09 0,00 0,12 4,30 4,25 2,51 3,70
Alimentares 1,16 6,12 2,22 0,83 2,26 1,21 2,84 4,21 2,69 2,14
INDÚSTRIAS E CONSTRUÇÃO
Têxtil, Vest. e Calçado 0,00 0,07 0,48 0,00 0,02 0,04 0,07 0,16 0,12 0,09
Madeira, Cortiça e Mobil. 0,41 0,34 0,05 1,50 0,26 0,12 0,33 0,81 1,41 0,95
Papel e Publicações 0,10 0,85 0,48 0,13 1,70 0,25 1,36 0,89 0,73 0,45
Químicas 4,76 0,02 1,94 0,41 3,74 3,04 0,45 0,07 1,35 1,24
Metálicas 1,61 0,59 0,98 2,07 2,20 1,06 1,91 0,07 1,01 0,78
Mecânicas e Electrónicas 0,04 0,25 0,70 1,44 0,92 3,22 0,93 0,18 0,48 1,00
Material de Transporte 0,28 4,13 5,49 0,00 4,52 0,01 3,74 0,00 1,62 0,87
Material de Construção 0,10 2,37 2,02 0,40 0,57 0,84 2,47 1,70 0,87 0,78
Construção 0,30 0,95 0,79 1,43 1,15 0,73 0,92 1,30 0,92 0,92
Energia, Água e Saneam. 0,70 0,30 1,60 0,00 0,18 0,52 2,54 4,76 0,90 1,09
Transp., Logística e Com. 2,59 1,70 0,46 1,07 1,18 1,99 3,15 0,91 1,08 0,81
SERVIÇOS
Distribuição e Comércio 1,98 1,04 1,18 1,17 1,14 1,20 0,98 1,28 1,20 1,02
Serviços Empresariais 0,30 0,35 0,59 0,49 0,57 1,13 0,51 0,33 0,62 0,60
Hotelaria e Restauração 0,65 0,57 0,80 0,64 0,55 0,64 0,44 0,28 0,70 0,90
Educação, Saúde e Cultura 0,67 0,65 1,01 0,97 0,47 0,90 0,41 0,97 0,86 1,16
Administrações Públicas 0,69 0,23 2,20 1,67 0,86 0,39 0,19 2,74 1,01 1,87
Nota: o quadro apresenta os Indicadores de Especialização, que compara a estrutura sectorial do emprego do concelho com a estrutura sectorial do emprego do País. Se o
indicador tem um valor superior a 1, o concelho é especializado no sector (peso do emprego no sector naquele concelho é mais elevado do que o peso do emprego daquele
sector no total do emprego do País); se é inferior a 1, o concelho não é especializado no sector. A azul escuro evidenciam-se os sectores de especialização mais acentuada
(superior a 2); a azul claro, os sectores que sendo de especialização, não têm a relevância dos anteriores.
Fonte: GEP – Quadros do Pessoal, 2008
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O ganho mensal médio dos trabalhadores por conta de outrem nos estabelecimentos do município, em 2006,
era de 1047.9€, o valor mais alto dos municípios da Lezíria (média sub-regional de 847.8€) e superior ainda à
média Nacional (934€), situação que ficará a dever-se ao peso dos trabalhadores com o 3º ciclo do Ensino
Básico e com o Secundário (que recebiam um salário médio de 646€), mas, principalmente, à relevância e ao
nível satisfatório de remunerações dos trabalhadores com nível superior de ensino (em média, 2313€).
Finalmente, uma última nota para os indicadores das contas regionais – em 2006, a Lezíria contribuiu para
o PIB nacional em 2% (a maior contribuição de todas as NUTSIII integradas na região Alentejo), tendo um PIB
per capita de 12.9 mil euros (no Alentejo era de 13.9 mil euros e em Portugal de 14.7 mil euros).
Grande Lisboa
(NUTSIII)
Lezíria do Tejo
(NUTSIII)
100 PT
ALENTEJO (NUTSII)
Oeste - NUTSIII
Península de
Setúbal (NUTSIII)
60
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Efectivamente, a Lezíria do Tejo tem um posicionamento relativamente mais favorável no que se refere ao PIB
per capita quando comparada ao Oeste e à Península de Setúbal, mas tem um resultado inferior à média
nacional (PT=100) e um desempenho bastante inferior ao da Grande Lisboa.
Procurando promover a Azambuja em termos turísticos, mas também para atracção de investimento e emprego
e com vista a capitalizar as vantagens associadas à localização geográfica e à existência de áreas
infraestruturadas para a localização de empresas, a CMA desenvolveu todo um leque de produtos de
promoção do concelho partindo da criação de uma marca identitária Azambuja – A evolução é natural.
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Desconhece-se o impacte desta campanha junto de investidores e visitantes, havendo que aferir os seus
resultados para que possa ser continuamente ajustada, não só em termos de conteúdo, mas também dos
canais de promoção.
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De acordo com os dados do INE referentes aos Censos de 2001 (ver Figura 23), das 9229 pessoas residentes
em Azambuja que se deslocavam diariamente por razões profissionais, 72.8% tinha como destino a sub-região
Lezíria do Tejo e 16.3% a Grande Lisboa. No primeiro caso destacavam-se as deslocações internas – 66% do
total, 6078 pessoas - e a ligação ao concelho do Cartaxo (4.4%). Já nas deslocações com destino à Grande
Lisboa destacavam-se os concelhos de Lisboa (855) e de Vila Franca de Xira (453).
Por outro lado, os dados do INE contabilizam um total de 10397 entradas diárias no município de Azambuja,
sendo que 78% eram provenientes de municípios da Lezíria do Tejo considerando as deslocações internas ao
município de Azambuja (que, como se viu, equivalem a 6078, pelo que, globalmente, entravam diariamente no
Município 4319 pessoas provenientes de outros concelhos). Repare-se que 47% das deslocações pendulares
tinham uma duração inferior a 15 minutos, o que evidencia o peso dos movimentos internos; da mesma forma,
27% demorava de 30 a 60 minutos (INE, 2001), evidenciando assim o peso das deslocações de e para
municípios vizinhos), Cartaxo (1300) e Santarém (310). Dos 12% que vinham de concelhos da Grande Lisboa,
destacavam-se Vila Franca de Xira (582), Lisboa (204) e Loures (143) como maiores fornecedores de mão-de-
obra.
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Figura 23: Esquema dos fluxos de entrada e de saída em Azambuja, por sub-região/concelho de origem/destino e motivo.
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Em 2001, os sectores de actividade mais dependentes de mão-de-obra exterior eram: o “comércio grosso
e retalho; reparação de automóveis” (29% das 4319 entradas), a “fabricação de material de transporte” (19%),
os “transportes, armazenagem e comunicações” (8%) e as “actividades imobiliárias, alugueres…” (7%).
Já os sectores que empregavam mais população de Azambuja no exterior eram: o “comércio por grosso e
a retalho…” (16% das 3151 saídas), a “construção” (13%), os “transportes, armazenagem e comunicações”
(11%) e a “administração pública, defesa e segurança social” (10%).
Finalmente, os movimentos internos (6078) eram mais relevantes em sectores como: o “comércio grosso e
retalho; reparação de automóveis” (21%), a “construção” (11%), a “administração pública, defesa e segurança
social” (10%) e a “agricultura, produção animal, caça e silvicultura” (10%).
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O município de Azambuja é servido por boas Figura 25: Integração de Azambuja nas
acessibilidades, quer externas, quer internas, que redes rodo e ferroviária
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Departamento de Urbanismo da Câmara Municipal, a zona industrial de Vila Nova da Rainha gera um volume
de tráfego de 4818 veículos ligeiros e de 3517 veículos pesados por dia), é importante que algumas vias sejam
intervencionadas e beneficiadas de forma a melhorar as condições de circulação e os níveis de segurança –
está prevista a duplicação de vias e a introdução de separador central na EN3 e a construção de variantes a
alguns aglomerados (Azambuja e Aveiras de Cima, por exemplo). O PRN 2000 propõe ainda a beneficiação do
IC2, assumida pelo PA AMO/4LT 2008-2017, e o PAT Alenquer / Azambuja prevê a reformulação do nó do
Carregado da A1. Estas intervenções trarão importantes benefícios ao tráfego no Município.
Uma última referência ainda para as acessibilidades ferroviárias: o município é o limite da linha suburbana de
Azambuja, que liga a Âlcantara-terra e atravessa a cidade de Lisboa, sendo, obviamente, servido ainda pela
linha ferroviária do Norte.
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O carácter rural do concelho está bem patente na rede urbana e nas características de ocupação do solo. Das
nove freguesias (refira-se, a propósito, que a freguesia de Maçussa foi criada a partir da cisão da freguesia de
Manique do Intendente em 1985), Azambuja é considerada Predominantemente Urbana, Aveiras de Cima e
Vale de Paraíso Medianamente Urbanas e as restantes são Predominantemente Rurais (tipologia das áreas
urbanas, DGOUTDU). De facto, as primeiras três são as que assumem valores mais altos de densidade
populacional (no caso de Vale de Paraíso justificado pela pequena dimensão da freguesia).
Na última década censitária (1991-2001), as freguesias de Alcoentre (+26.8%), Azambuja (+11%), Aveiras de
Baixo (+6.1%) e Manique do Intendente (+1.3%) foram as que registaram crescimentos populacionais (no caso
de Alcoentre talvez relacionado com o facto de terem sido contabilizados os indivíduos que se encontram no
estabelecimento prisional). Todas as outras perderam população, sendo o decrescimento mais acentuado em
Vila Nova da Rainha (-11%) e Vila Nova de São Pedro (-8.3%).
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Nota: COS'90 - Informação cartográfica à escala 1:25 000 (fotografias de base - Agosto de 1990/Agosto de 1991). COS‟2007, prevista para Abril
de 2010. As folhas 351 e 352, que abrangem a parte mais a Norte do Concelho, não estão disponíveis, contudo a ocupação do solo será
semelhante (e um prolongamento) da que se verifica nas áreas adjacentes, com predomínio de pastagens, prados e áreas florestais.
Corine Land Cover 2006 - Série cartográfica de ocupação do solo, à escala 1:100 000.
Fonte: Carta de Ocupação do Solo COS’90 e Corine Land Cover
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Figura 28: Densidade Pop., 2001 Figura 29: Var. Pop, 91-2001 Figura 30: Tipologia Áreas Urbanas
Por outro lado, de acordo com os dados do INE (2001), cerca de 53% da população de Azambuja residia em
aglomerados com menos de 999 habitantes ou de forma isolada, sendo que 23% habitava em núcleos com
uma população situada entre os 1000 e os 4999 habitantes e 24% em aglomerados com mais de 5000
habitantes – a sede de concelho.
Sendo um concelho que mantém vivas as suas características rurais, que são, aliás, um dos seus principais
atractivos, Azambuja tem assistido à dispersão da ocupação edificada do solo. Muito embora no passado estes
processos tenham estado associados à actividade agrícola e às características orográficas do território, mais
recentemente surgem associados à entrada de novos residentes no município e a uma procura crescente
por novas áreas de urbanização (processo que vai deixando vazios os núcleos antigos dos aglomerados), o
que levanta preocupações não só ao nível ambiental e de preservação de valores ecológicos e dos solos, mas
também ao nível da gestão das áreas urbanas (com custos bem mais gravosos), da provisão pública
(infraestruturas, equipamentos, etc.) e/ou privada (transportes, etc.) de bens e serviços às populações e da
criação de sentimentos de pertença e de apropriação nos novos residentes.
Se em 1981 a população residente nascida na Azambuja representava 61% do total, face a 36% de residentes
naturais de outros concelhos portugueses (consequência de uma década de movimentos de migração interna e
de retorno a Portugal de emigrantes e população das ex-colónias), em 2001, a população natural de Azambuja
situava-se nos 67%, registando-se um acréscimo de população natural de países estrangeiros, que
representava 5% (1049 pessoas - destaque, por exemplo, para os naturais do Brasil (183) de Países do Leste
Europeu, como é o caso da Ucrânia (71) -, quando, em 1981, equivalia a 441 indivíduos).
Grande Lisboa, Lezíria do Tejo, Oeste e Médio Tejo são as NUTS III cujos concelhos, consistentemente, mais
têm contribuído para o acréscimo de população em Azambuja, particularmente nas freguesias de Azambuja
(2575 pessoas nascidas noutros concelhos e 497 estrangeiros), Alcoentre (1027 indivíduos naturais de outros
municípios portugueses e 190 estrangeiros) e Aveiras de Cima (793 pessoas nascidas noutros concelhos e 119
estrangeiros).
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As acessibilidades à Azambuja, associadas à qualidade de vida e aos valores competitivos que são praticados
no mercado imobiliário face a alguns municípios da AML, justificam a capacidade de atracção do município
face à sua envolvente, atestada assim pelo crescimento populacional de 6.5% na última década
censitária (componente migratória).
Em termos de dinâmica urbanística, Azambuja teve um comportamento bastante estável entre 2001 e 2008,
muito embora se reconheça uma pequena quebra nos fogos licenciados nos últimos anos, em linha com o que
se passou noutros concelhos – neste período foram licenciados 50 fogos em construção nova para
habitação familiar por cada 1000 habitantes (cálculo efectuado pela equipa com base em dados do INE,
considerando a população residente em 2001), valor inferior à média da Lezíria do Tejo (65 fogos/1000
habitantes), mas superior à média da Grande Lisboa (41 fogos/1000 habitantes). Em Vila Franca de Xira este
indicador cifrava-se nos 66 fogos/1000 habitantes; em Santarém nos 51 fogos/1000 habitantes; no Cartaxo nos
85 fogos/1000 habitantes e em Benavente nos 109 fogos/1000 habitantes.
Dos 1043 fogos em construção nova para habitação familiar licenciados pela Câmara Municipal entre 2001 e
2008, 50.8% correspondiam a T3, 24.2% a T2 e 17.9% a T4 ou maior, o que evidencia a preponderância de
moradias (unifamiliares ou bifamiliares).
6914
7000
6228
5806 Nascidos no estrangeiro
6000
Nascidos na Azambuja
5000 4503 4671 4661
Nascidos em Portugal, fora da Azambuja
4000 3534
3306
2788
3000
2115
2000
1338 1277 1355 1374 1392
1113 1040 1146
893 798 791 725
1000 661 710
528 506
0
0
198119912001198119912001198119912001198119912001198119912001198119912001198119912001198119912001198119912001
Alcoentre Aveiras de Aveiras de Azambuja Manique do Vila Nova da Vila Nova de Vale do Maçussa
Baixo Cima Intendente Rainha S. Pedro Paraíso
Fonte. Elaborado pela equipa com base em dados do INE – Censos 1981, 1991 e 2001
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Figura 32: Valor médio dos prédios transaccionados – urbanos e rústicos, 2001
Por outro lado, Azambuja é, como se referiu, dos concelhos em que predominam deslocações internas no
quadro de mobilidade da AML, sendo ainda um receptor líquido de mão-de-obra. Cabe ao município procurar
manter um determinado nível de independência da sua estrutura económica, gerando emprego que possa
contribuir para atrair novos habitantes sem contudo promover a ocupação de áreas sensíveis, sem permitir o
crescimento de áreas urbanas desqualificadas e impedindo a degradação da paisagem, questões que deve
acautelar no desenhar da estratégia de desenvolvimento futuro do concelho e na revisão / elaboração dos seus
Planos Municipais de Ordenamento do Território.
2000
1600
1200
800
400
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
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O Plano Director Municipal de Azambuja foi ratificado pela RCM n.º 14/95, de 16 de Fevereiro (alterado - Art.º 37º do
Regulamento - pela RCM n.º 3/97, de 11 de Janeiro). Vigoram ainda sobre parte do território municipal as Medidas
Preventivas destinadas a impedir que sofram alterações os espaços-canal previstos para a rede ferroviária de alta
velocidade (RAVE; RCM n.º 12/2009, de 27 de Janeiro).
Os estudos de caracterização, ainda que tenham sido alvo de algumas actualizações no Relatório do Plano (Censos
1991), recorrem a dados de 1981 ou anteriores.
O Plano identificava, de uma forma geral, cinco aspectos condicionadores do desenvolvimento do concelho:
A localização geográfica face aos eixos de ligação da AML (logística e indústria transformadora);
A oportunidade criada pelo crescimento demográfico para implantação de habitação de qualidade;
As características naturais e valores ambientais e possível criação de equipamentos de recreio e lazer;
A qualidade dos solos e as excelentes condições da Lezíria para desenvolvimentos da actividade agrícola;
A ausência de um centro polarizador da vida económica e social como obstáculo ao desenvolvimento dos serviços e,
consequentemente, contributo para fomentar a dependência relativamente à AML.
Atendendo às forças e debilidades identificadas, o Plano assumia um cenário de desenvolvimento assente em quatro
objectivos estratégicos:
Aproveitamento das forças de transformação com vista à integração funcional selectiva no quadro da AML, associada
à contenção do crescimento demográfico, à consolidação e (re)qualificação dos espaços urbanos, ao privilégio de
actividades “amigas do ambiente” e ao desenvolvimento de equipamentos e infr. de recreio e lazer.
Objectivos estratégicos
3. Promover a preservação das potencialidades agrícolas, dos valores ambientais e das características rurais do
concelho - desenvolver equipamentos de recreio e lazer orientados para o espaço metropolitano; promover o
desenvolvimento turístico; preservar a qualidade ambiental e defender os espaços agrícolas e florestais.
4. Valorizar as potencialidades agrícolas e promover uma maior articulação das actividades transformadoras com
recursos locais.
A proposta do Plano era sustentada na definição de uma hierarquia dos aglomerados, desagregada em cinco níveis em
função de critérios administrativos (distinção entre sede de concelho, sedes de freguesia e restantes aglomerados),
demográficos (quantitativo populacional e dinâmica demográfica), funcionais (oferta de bens e serviços – funções
centrais) e das acessibilidades (tipo de acesso): A – Azambuja; B – Aveiras de Cima; C – Alcoentre, Aveiras de Baixo,
Maçussa, Manique do Intendente, Vale Paraíso, Vila Nova da Rainha e Vila Nova de S. Pedro; D e E – restantes
aglomerados. Esta hierarquia sustentava a regulamentação.
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A análise e quantificação da área ocupada por cada categoria de espaço (realizada pela equipa com base na digitalização
da Planta de Ordenamento fornecida pela CMA e apresentada no quadro anterior) permite concluir que: existem,
sensivelmente, 504 m2 de área urbana ou urbanizável por habitante (mínimo de 371 m2/hab. em Azambuja e 903 m2/hab.
em Manique do Intendente); os espaços urbanos e urbanizáveis representam cerca de 4% da área do concelho, enquanto
os espaços verdes correspondem a 0.5% e os industriais (existentes ou propostos) ocupam 1.7%.
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Figura 34: Esquema da proposta de ordenamento do PDM em vigor Globalmente, pode dizer-se que as categorias
de espaço de carácter rural (não urbanas ou
urbanizáveis ou com um nível de edificação
compatível com uma utilização rural)
correspondem a 94.3% da área total do
município.
Contudo, na prática, a aplicação de regras
facilitadoras da edificação em categorias de
uso de solo de carácter rural, terá contribuído
para a proliferação de áreas dispersas.
Atendendo aos dados constantes do Relatório
5 – Usos do Solo da 1ª fase (Caracterização e
Diagnóstico) da 1ª revisão do Plano Director
Municipal de Azambuja (baseados na análise
dos usos do solo dominantes no concelho de
Azambuja elaborada no âmbito do PROT-
OVT), a área edificada em Azambuja (e que
inclui áreas edificadas compactas,
fragmentadas, dispersas, em espaço rústico,
lineares contínuas e descontínuas, etc.)
corresponde a sensivelmente 28 Km2, ou seja,
cerca de 10% do território municipal.
Finalmente, ainda que o PDM identifique os
PU de Azambuja e de Aveiras de Cima como
estando em elaboração, e a necessidade de
que seja promovida a elaboração de PU para
as restantes sedes de freguesia e de PP para
Aveiras de Cima (área de intervenção
delimitada na planta 1:5000 do aglomerado),
estes PMOT não foram identificados na Planta
de Ordenamento e no Regulamento como
Unidades Operativas de Planeamento e
Fonte: Tratamento próprio da digitalização da CMA da Planta de Ordenamento Gestão, e os Planos nunca foram elaborados.
do PDM em vigor
Embora dois dos principais objectivos estratégicos do PDM fossem os de (A) contrariar processos de
suburbanização, promovendo a consolidação e qualificação dos aglomerados e valorizando a atractividade
residencial, e (B) promover a preservação das potencialidades agrícolas, dos valores ambientais e as
características rurais do concelho, o Plano Director Municipal permite um nível de densificação e opções de
ocupação pouco consentâneos com estes propósitos e que parecem inclusivamente comprometê-los –
soluções como habitação colectiva e bifamiliar, interditas apenas em núcleos de Classe E, deviam ser limitadas
também em aglomerados rurais de outras classes; densidades habitacionais um pouco elevadas; utilizações e
parâmetros aplicáveis a espaços agrícolas não integrados em RAN (nomeadamente no que se refere a
habitação unifamiliar) promotores da dispersão da edificação em espaço rural, designadamente porque não é
imposto um limite mínimo à área da parcela; são apenas alguns exemplos.
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AZAMBUJA 2025: UMA ESTRATÉGIA COM UM RIO DE OPORTUNIDADES
Fotografia 1: Habitação colectiva em (1) V. Nova da Rainha, (2) Virtudes e (3) Azambuja.
Tem-se assistido ao esvaziamento dos centros antigos dos aglomerados em benefício de novas áreas urbanas
que vão surgindo na sua periferia, materializadas em loteamentos (habitação colectiva e moradias
unifamiliares, maioritariamente em banda ou geminadas), nem sempre convenientemente integrados na malha
urbana, como acontece nos loteamentos desenvolvidos em Casais de Lagoa ou em Casais dos Britos.
O centro histórico de Azambuja, com valor de conjunto e elevado interesse patrimonial, nomeadamente na
zona envolvente à Praça do Município e à Igreja Matriz, ou as zonas antigas de Maçussa e Vila Nova de S.
Pedro, são exemplos deste processo de abandono. Há que equacionar medidas que permitam inverter esta
tendência promovendo, por exemplo, (i) a recuperação de edifícios à luz de parâmetros actuais, respeitando a
volumetria e a linguagem arquitectónica originais e aplicando materiais adequados, e (ii) acertos na malha
urbana que permitam torná-la mais funcional, através de intervenções ao nível da rede viária, do
estacionamento e da circulação, acautelando as necessidades de pessoas com mobilidade condicionada.
Fotografia 4: Casais da Lagoa - Loteamento Fotografia 5: Casais dos Britos - Loteamento infraestruturado
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O território concelhio é muito penalizado pelo atravessamento de diversas infraestruturas de nível primário
cujos espaços-canal não só condicionam a ocupação do solo, mas também a circulação de pessoas e veículos.
O atravessamento da Vila de Azambuja e de Virtudes pela linha de caminho-de-ferro (agravado no primeiro
caso pela EN3), muito embora possa ser entendido como uma vantagem em termos de acessibilidade, é um
constrangimento significativo à expansão e gestão do espaço urbano, particularmente porque a malha se tem
vindo a conformar a estas infraestruturas, assumindo-as como barreiras ou limites e agravando visualmente o
seu impacte.
Estas questões poderão ser equacionadas nos planos de ordenamento em elaboração ou previstos,
implementando soluções que permitam atenuar o efeito destes atravessamentos, eventualmente, aligeirando
as estruturas de acesso e passagens aéreas (ou tornando-as subterrâneas); “trazendo” a Lezíria para dentro
das áreas urbanas, através de alinhamentos arbóreos, de espaços verdes e de estadia (dando seguimento a
projectos que a autarquia tem vindo já a implementar) e da reintrodução / reinvenção de soluções promotoras
da permeabilidade da malha urbana; e pensando a volumetria de edifícios de forma a adequá-los à escala dos
núcleos urbanos.
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No âmbito do Plano Director Municipal, importa destacar que, além de terem passado 14 anos sobre a data da
sua publicação, o Plano está desactualizado, quer no que se refere aos dados utilizados, quer do ponto de
vista conceptual e de conformidade com os actuais regimes jurídicos. A proposta do Plano foi desenhada para
um cenário de evolução demográfica concretizado num intervalo de população entre os 20069 e os 25000
habitantes no ano 2000. Conhecem-se as limitações das projecções da população, mas a adopção de um
intervalo de variação de 5000 habitantes para um mesmo cenário, i.e., sensivelmente 26% da população
residente em 1991, quando o Plano não contempla métodos de monitorização para ajuste da proposta de
ordenamento e do dimensionamento de equipamentos e infraestruturas, resulta desadequada. Importa
assegurar que a provisão de solos para espaços públicos e equipamentos de utilização colectiva é ajustada,
em dimensão e localização, à estratégia de qualificação do território e de atracção de novos residentes.
A aplicação de uma curva logística constitui um exercício simples mas ajustado na medida em que permite
incluir no modelo as limitações inerentes à ocupação do espaço urbano e urbanizável e à utilização de
infraestruturas e equipamentos (materializado na definição da assimptota, aqui assumida nos 30000
habitantes, admitindo, como é comummente aceite, o sobredimensionamento da proposta de ordenamento -
Normas Urbanísticas, vol.II, p.172; Costa Lobo, 2001, pp.130-132 -, bem como das soluções propostas ao nível
das infraestruturas de base e dos equipamentos, no caso presente relativamente ao limite superior do intervalo
de projecção).
O gráfico permite perceber que, mesmo que se mantenha a tendência para atrair e fixar nova população e
novas actividades geradoras de emprego (o que é expectável) num ritmo semelhante ao que se tem verificado,
a linha de evolução da população manter-se-á abaixo do limite superior do intervalo de projecção do PDM em
vigor.
O processo de revisão do Plano Director Municipal em curso é de toda a importância, cabendo-lhe prospectivar
o futuro e desenhar uma estratégia que permita ao concelho cativar actividades geradoras de emprego,
qualificar as áreas urbanas (prevendo a correcta integração dos diferentes espaços e usos), pensar as actuais
e futuras áreas de acolhimento de empresas/actividades económicas, planear as áreas de expansão urbana,
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salvaguardar e potenciar os valores ambientais e biofísicos e o património histórico, etc., obviando à melhoria a
qualidade de vida dos seus cidadãos e impedindo que Azambuja siga o caminho de outros seus vizinhos e se
deixe suburbanizar à custa da depreciação da paisagem e do seu carácter rural que são, afinal, dos seus
principais atributos.
Finalmente, importa destacar que estão vários Planos de Pormenor em elaboração, a saber: (i) Plano de
Pormenor do Parque Temático – Lusolândia; (ii) Plano de Pormenor da Zona Nascente de Aveiras de Cima; (iii)
Plano de Pormenor da Quinta da Fonte do Pinheiro; (iv) Plano de Pormenor de Vale Gerardo; (v) Plano de
Pormenor da Quinta da Mina; (vi) Plano de Pormenor de Vale de Lobos; (vii) Plano de Pormenor da Zona
Industrial de Aveiras – Alcoentre; (viii) Plano de Pormenor da Zona Industrial de Casal das Lagoas; (ix) Plano
de Pormenor da Encosta de Valverde; (x) Plano de Pormenor do Núcleo de Desenvolvimento Turístico do Pôr-
do-Sol II; (xi) Plano de Pormenor do Núcleo de Desenvolvimento Turístico da Quinta das Salgadas; (xii) Plano
de Pormenor da Quinta de Vale Fornos; e (xiii) Plano de Pormenor da Zona da Guarita e do Paul (Relatório de
Caracterização e Diagnóstico da 1ª revisão do PDM).
O PAT Alenquer / Azambuja propõe ainda a elaboração dos seguintes Planos e projectos: PU de Azambuja,
PU de Aveiras de Cima, PP de Qualificação da Plataforma Logística de Vila Nova da Rainha, PP da Zona
Histórica de Azambuja, PP da Zona Turística do Palácio das Obras Novas, PP da Quinta da Marquesa, PP do
Parque Temático da Quinta do Bunhal e Plano de Estrutura Ecológica Intermunicipal Alenquer / Azambuja.
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Centro de Saúde de Azambuja e Extensões de Aveiras Centro de Saúde de Azambuja: com 9951 utentes inscritos (2682 sem
de Baixo, Manique do Intendente, Vale Paraíso e médico de família), tem como área de influência as freguesias de Azambuja e
Alcoentre. V. Nova da Rainha.
Extensão CS Manique do Intendente: Com 2126 utentes, abrange as
freguesias de Manique do Intendente, Maçussa e V. Nova de S. Pedro.
Extensão CS Aveiras de Baixo: Com 1628 utentes.
Extensão CS Vale Paraíso: Com 1190 utentes.
Extensão CS Alcoentre: Com 3121 utentes (1501 sem médico de família).
As Extensões de Aveiras de Baixo e Vale Paraíso funcionam em instalações
alugadas em mau estado de conservação.
Farmácias Existem sete farmácias – duas em Azambuja, duas em Av. Cima, uma em
Alcoentre, uma em Manique do Intendente e uma em Vale Paraíso.
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Se, por um lado, a rede de equipamentos escolares responde genericamente às necessidades detectadas
(estando previstas intervenções de ampliação, construção e requalificação de estabelecimentos escolares),
havendo apenas a colmatar o problema de capacidade no 2º/3º nível do Ensino Básico, já no respeitante ao
equipamento social há um caminho importante a percorrer para alargar a oferta de creches e ATL (valências
importantíssimas, com a crescente inserção de mulheres no mercado de trabalho) e colmatar as fragilidades na
resposta à 3ª idade, designadamente de Lares de Idosos. Em três freguesias não são disponibilizados
equipamentos sociais de apoio a crianças/jovens e idosos (Vila Nova da Rainha, e, mais preocupante,
Maçussa e Vila Nova de S. Pedro, duas das freguesias mais envelhecidas do concelho) e a ampliação da rede
de cuidados continuados prevista no PA AMO/4LT não permitirá suprimir as carências em matéria de
equipamento social direccionado à 3ª idade. Também o Equipamento de Saúde sofre de constrangimentos que
importa solucionar - 18.9% dos utentes não tem médico de família (apesar de alinhado com a realidade
Nacional, não deixa de ser um problema), há falta de pessoal administrativo e de apoio e vigilância e duas das
Extensões de Centro de Saúde funcionam em instalações alugadas em mau estado de conservação.
A dispersão na ocupação do território dificulta a gestão urbanística e dos sistemas de transportes (por exemplo
na definição de rotas e horários de transportes públicos que promovam a integração de todos os habitantes e
lhes permitam utilizar as valências e serviços disponibilizados nos principais aglomerados urbanos), mas
também o provimento de infraestruturas urbanísticas. Assim se explica que, muito embora quase toda a
população residente no município fosse abrangida por sistemas públicos de abastecimento de água, só 60%
era servida por sistemas de drenagem de águas residuais e apenas 52% via os seus efluentes tratados em
estações de tratamento. Ainda assim, aquilo que poderia ser percepcionado da leitura imediata dos dados
como um constrangimento sério, é afinal uma consequência do tipo de povoamento, muito associado a casais,
da dispersão na ocupação edificada do solo e do relevo irregular, com alguns vales mais encaixados, em que
se recorre frequentemente a sistemas individuais (como fossas sépticas) e em que a integração nos sistemas
municipais é extremamente onerosa, sem grandes benefícios ambientais. Os diversos investimentos previstos
na área do saneamento básico tornam expectável o registo de melhorias significativas nos próximos anos.
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Os recursos naturais, patrimoniais e culturais, a existência de produtos regionais com forte atracção turística
(cavalo, gastronomia e vinho), a proximidade a Lisboa (potenciando a vertente short break) e a crescente
procura de actividades ao ar livre e de formas alternativas de turismo, constituem inegáveis vantagens e
oportunidades para o sector, mas dependem da colmatação de uma série de debilidades, associadas à
deficiente estruturação da oferta ou à baixa integração em roteiros turísticos, e da capacidade para criação de
sinergias entre municípios que permita conferir maior massa crítica aos produtos potenciais de Azambuja.
Simultaneamente, importa revitalizar e requalificar alguns aglomerados ou espaços urbanos que têm vindo a
perder população, mas que mantêm interesse patrimonial e valor de conjunto. É o caso dos centros antigos
de Azambuja, de Vila Nova de S. Pedro, de Maçussa ou de Manique do Intendente.
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A malha urbana de
traçado orgânico e os
edifícios de arquitectura
tradicional com uma
volumetria de um ou dois
pisos, conferem ao centro
histórico de Azambuja um
carácter intimista, com
bastante potencial.
Destaca-se a Praça do
Município, com o
pelourinho Manuelino e a
Igreja Matriz, a Igreja e o
edifício da Misericórdia e
algumas casas senhoriais
que lhe conferem alguma
monumentalidade.
É uma aldeia de traçado linear que se desenvolve numa linha de cumeada com vista privilegiada para os
vales envolventes, designadamente para a ribeira de Almoster. O nível de preservação da malha urbana e da
volumetria (garantido pelo facto de parte da expansão urbana se ter realizado em Torre de Penalva, onde a
orografia é mais favorável) e a existência das ruínas de um Castro próximo são justificação para um esforço
acrescido de requalificação.
Maçussa
Desenvolve-se na base
de uma elevação de
onde o moinho da
Maçussa vislumbra os
vales envolventes.
Mantém o casario
tradicional, muito embora
existam algumas
construções
dissonantes.
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Manique do Intendente
Uma intervenção de requalificação neste aglomerado permitiria potenciar o valor de conjunto da Praça dos
Imperadores (com configuração hexagonal e fachadas neoclássicas) e a importância patrimonial do
Palácio/Igreja de Pina Manique (de estilo neoclássico de finais do século XVIII), que importa revitalizar.
Noutros núcleos urbanos existem também valores individuais que importa preservar e valorizar, pelo que a
aposta na reabilitação é, de igual forma, essencial, para defesa do património e da imagem geral do concelho,
e também para criação de sentimentos de pertença na população que aqui se vai instalando.
Além de inúmeros imóveis com interesse (por exemplo, a Escola Francisco Almeida Grandella, a ponte da
Ermida, o Palácio do Conselheiro Frederico Arouca, a Igreja Velha e a Torre do Relógio em Alcoentre, o
moinho da Maçussa ou a Igreja de N. Sr.ª do Paraíso) são dez os imóveis classificados no concelho – um
Monumento Nacional (MN, Castro de Vila Nova de São Pedro), oito Imóveis de Interesse Público (IIP, Marco de
cruzamento em São Salvador, Igreja Matriz de Azambuja, Igreja e edifício da Misericórdia de Azambuja, Marco
de légua à entrada de Azambuja, Pelourinho de Azambuja, Pelourinho de Manique do Intendente, Palácio do
Manique do Intendente e Palácio dos Condes de Aveiras) e um Imóvel de Interesse Municipal (IIM, Igreja do
Mosteiro de Nossa Senhora das Virtudes da Ordem de São Francisco).
A Frente Tejo é, possivelmente, o mais importante valor natural e paisagístico deste concelho, valor esse que
Azambuja partilha com outros Municípios, como é o caso de Alcochete, Salvaterra de Magos ou o Cartaxo.
A importância ecológica, paisagística e até histórica desta área impõe a construção de uma estratégia
integrada que não deixe de fora os espaços naturais e agrícolas nas zonas centro e norte do concelho, e que
constitua uma verdadeira aposta não só na dinamização do sector turístico, mas também na preservação de
valores ecológicos que aqui resultam, em grande parte, da acção do Homem.
Com efeito, o carácter rural e agrícola do concelho marca a paisagem num mosaico de tons de verde e tem
como legado diversas quintas com interesse, como a Quinta da Serra, a Quinta da Cerca, a Quinta do Pilar, a
Quinta da Lapa ou a Quinta de Vale de Fornos, algumas ligadas à produção de vinho, por exemplo, outras
mais vocacionadas para a oferta de produtos turísticos e para a organização de eventos. A paisagem agrícola
é particularmente interessante ao longo dos vales aluvionares do concelho – o rio da Ota, a ribeira de Valverde,
a ribeira do Judeu, a ribeira da Maçussa ou a encantadora ribeira de Almoster – não só pelo relevo em si, mas
também porque são terrenos mais férteis onde a actividade agrícola se mantém.
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Palácio dos Condes de Aveiras (IIP) Igreja do Mosteiro de Nossa Senhora das Virtudes da Ordem
Palácio do século XVIII, é o resultado da de São Francisco (IIM)
reforma barroca levada a cabo em No início da década de 90 do século XX, efectuaram-se
Setecentos (supõe-se que a construção escavações arqueológicas no monumento, que se encontrava
anterior fosse quinhentista). O palácio está em ruínas, destelhado, com os portais entaipados e múltiplos
organizado em alas a partir de um pátio sinais de degradação. A planimetria geral do monumento é
central. quatrocentista, assim como os seus portais.
Fonte: http://www.igespar.pt/
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Apesar de se encontrar a Norte da Reserva Natural do Estuário do Tejo, a área de Lezíria integrada no concelho de Azambuja
tem um importante valor ecológico e patrimonial, e grandes potencialidades quer para a agricultura, quer para o turismo.
O estuário do Tejo, a Lezíria e as zonas envolventes constituem um sistema baseado na convivência equilibrada entre
actividades humanas e o ecossistema natural, constituindo a maior zona húmida e o maior estuário de Portugal (atravessado por
uma densa rede de linhas de água e valas de drenagem e rega), e uma das mais importantes da Europa. Possui uma
considerável diversidade de comunidades vegetais, naturais, semi-naturais e de influência antropogénica, inúmeras espécies de
fauna e flora, algumas com elevado valor de conservação. Tem grandes extensões de bancos de vasa e sapais, razão dos
declives suaves das suas margens e da amplitude da maré.
No seu todo, o Estuário do Tejo alberga regularmente mais de
100.000 aves aquáticas invernantes, sendo ainda o local mais
importante do país para a invernada de patos, de aves limícolas,
do Flamingo (Phoenicopterus ruber) e de gaivotas. Existem
também concentrações importantes de aves aquáticas
nidificantes.
Tendo a lezíria vantagens incontestáveis para a agricultura,
foram, ao longo dos anos, realizadas diversas obras (como a
abertura de colectores ou a construção de diques de defesa)
com vista a potenciar ao máximo a produtividade destes solos. A
Vala Real de Azambuja terá sido realizada por ordem do
Marquês de Pombal no reinado de D. José (muito embora tenha
sido terminada já no reinado de D. Maria) com o propósito de
criar uma vala navegável que permitisse aproximar a vila do rio
para escoar mercadorias e a produção agrícola.
O Palácio das Obras Novas terá sido edificado em finais do século XVIII, princípios do século XIX, junto à foz da Vala Real,
tendo funcionado como posto de controlo de tráfego de embarcações, de pessoas e de mercadorias e como entreposto e
estalagem de apoio à antiga carreira de vapores que estabeleciam a ligação entre Constância e Lisboa. Esta área tem um
potencial turístico incontestável.
Fonte: Informação - Enquadramento geral do Estuário de Tejo, PO da Reserva Natural do Estuário do Tejo, ICNB (p.107 e sgs.);
http://www.spea.pt/IBA/IBAs%20PDF/PT021.pdf
Fotos – Google Earth e Equipa.
A Câmara Municipal de Azambuja tem procurado dinamizar o sector turístico (à semelhança do que tem feito
para divulgar as vantagens do concelho junto de possíveis investidores) tendo desenvolvido um conjunto de
brochuras e panfletos, com particular destaque, neste caso, para o guia turístico e para o mapa,
disponibilizados gratuitamente em linha no sítio da internet. Por outro lado, a autarquia assumiu a dinamização
de alguns produtos turísticos, como é o caso da Rota dos Mouchões. Da oferta turística existente no concelho
pode destacar-se o sintetizado no Quadro 14.
No município de Azambuja existem poucas unidades de alojamento turístico – três unidades hoteleiras
(Centro Turístico de Ponderosa, Gaibéu e Pôr-do-sol) e duas pensões na sede de concelho – que garantem
uma capacidade de alojamento de 4.8 quartos/1000 habitantes (valor um pouco acima dos 4.6/1000 habitantes
registados pela Lezíria do Tejo – Anuário Estatístico 2007). Contudo as estatísticas do turismo no concelho
ficam aquém do que se verifica para a média dos concelhos da Lezíria e ao nível nacional (Quadro 15).
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4. Plano de Acção
O Plano de Acção agrega o conjunto de projectos que, no seu conjunto, permitem dar corpo à Visão, aos
objectivos e à estratégia de desenvolvimento definida pra o concelho de Azambuja no horizonte de 2025.
Os projectos são apresentados de acordo com o seu contributo primordial para cada um dos eixos estratégicos
de desenvolvimento e segundo as respectivas áreas prioritárias de intervenção, respeitando as linhas de
actuação propostas por este Plano Estratégico de Desenvolvimento. São apresentados em fichas de projecto
com informação detalhada sobre o quadro de desenvolvimento dos projectos previstos - designadamente no
que se refere ao(s) seus promotor(es), parceiros e a outras entidades envolvidas, à prioridade do projecto, ao
horizonte temporal, à sua área de influência e ao custo estimado -, com uma breve descrição do projecto e dos
resultados/ impacte esperados, com a identificação das fontes de financiamento previstas e contributo de cada
projecto para os outros eixos.
Para facilitar a identificação do eixo para o qual se considera que o projecto contribui de forma mais vincada,
recorre-se a um código de cores, tal como apresentado abaixo, e à sua numeração sequencial.
A B C D
Qualificação e valorização do Marketing e Promoção
Valorização do espaço Valorização do património
território para a função Sustentabilidade e eficiência
logístico e empresarial construído e natural
residencial Governança e capacitação
O quadro seguinte sistematiza os projectos que compõem o Plano de Acção proposto para a Azambuja,
segundo o respectivo encaixe por Eixos Estratégicos de Desenvolvimento e Temáticas de Intervenção.
Seguidamente, apresentam-se as 37 fichas de projectos previstos.
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Quadro 16: Projectos que compõem o Plano de Acção, porEixo Estratégico de Desenvolvimento e por temática de intervenção
A.01 Valorização do parque logístico e empresarial de V. N. da Rainha / Azambuja / Casais da Lagoa €€ NaL 2010-2013
Plano de Pormenor da Área de Localização Empresarial de Vila Nova da Rainha/Azambuja:
A.02
PP Quinta da Mina
€ LR 2010-2013
A.04 Plano de Pormenor da Área de Localização Empresarial de Aveiras de Cima/Alcoentre € LR 2013-2015
Acessibilidades e Mobilidade
Construção de variante à EN3/Azambuja - Duplicação da EN3 entre o Carregado e Azambuja,
A.05 incluindo o novo nó de inserção na A1 e a variante a Vila Nova da Rainha €€€€€ RaL 2013-2015
A.06 Construção de uma variante a Aveiras de Cima €€€ RaL 2010-2013
EIXO A
Valorização do A.07 Reajuste e reforço da rede de transportes públicos € LR 2010-2013
espaço logístico Estudo de viabilidade da criação de um ramal ferroviário dedicado e respectivo nó intermodal
A.08 rodo-ferroviário € R 2015-2020
e empresarial
Estudo de viabilidade de novo esquema de acessibilidade ferroviária Oeste – Lisboa (conexão
A.09 linha do Oeste - linha de Azambuja) € RaL 2015-2020
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Descrição: Fotos:
Pretende-se promover a qualificação da extensa área logística,
industrial e empresarial Vila Nova da Rainha / Azambuja / Casais da
Lagoa, nomeadamente com vista a:
- Promover o ordenamento e qualificação do parque logístico;
- Melhorar a capacidade de atracção e as condições para fixação de
empresas, garantindo assim flexibilidade operacional e de espaço e a
possibilidade de reconversão de usos;
- Promover a concentração empresarial e o investimento em
equipamentos, serviços de apoio e infraestruturas qualificantes do
parque logístico e empresarial, gerando economias de escala;
- Criar estacionamento, devidamente disciplinado, para veículos ligeiros
e pesados, ajustado às necessidades;
- Reduzir o número de entradas directas na EN3;
-Criar condições para estabelecimento de empresas e actividades
subsidiárias da logística.
Este projecto terá que ser articulado com as intervenções previstas em
A.05 e também com o projecto A.08.
A intervenção
da comunidade logística e empresarial é fundamental na medida em que terá que chamar a si a responsabilidade
partilhada por alguns dos projectos que são mormente do seu próprio interesse.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Melhoria da competitividade do parque no quadro logístico Nacional, melhoria das condições de circulação e ganhos em tempo de
circulação, aumento do número de postos de trabalho.
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Descrição: Fotos:
Este Plano de Pormenor tem por principais objectivos dotar a
área de intervenção de valências complementares e
qualificadoras, potenciando a implantação de actividades
tecnológicas e empresariais que possam criar sinergias com o
Biotério e com as unidades instaladas no parque logístico e na
Área de Localização Empresarial de Aveiras de Cima / Alcoentre.
A Área de Localização Empresarial criada deve possuir uma
estrutura de funcionamento organizada e disponibilizar uma gama
alargada de serviços, impulsionando a criação de sinergias com
sectores relacionados com a economia local e os recursos
endógenos.
Pretende-se desenvolver um espaço ordenado e competitivo, disponibilizando um centro de serviços de suporte (apoio logístico e
institucional, hotelaria e restauração, espaços para reuniões e conferências, serviços, etc.) e TIC que possam atrair empresas com
maior nível de exigência e incorporação tecnológica, industriais, logísticas e de serviços. Finalmente, deverá ser equacionada a
criação de um centro de formação profissionalizante (A.11).
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Acréscimodo investimento, da procura de espaços, da criação de protocolos e relações de cooperação, de postos de trabalho, etc.
Reconhecimento das Áreas de Localização Empresarial por empresas, operadores e parceiros.
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Descrição: Fotos:
O presente Plano tem por principais objectivos:
- Fechar de forma clara a plataforma logística de Vila Nova da
Rainha / Azambuja, na sua área contígua à sede de Concelho,
clarificando limites e usos, estabelecendo uma fronteira clara entre
a urbe consolidada e a área dedicada à logística de grande
dimensão, ponderando usos que permitam clarificar esta fronteira;
- Reabilitar a Vala do Esteiro no seu contacto com a vila de
Azambuja, promovendo a sua utilização para fins de recreio e lazer
salvaguardando a memória de relação da vila com a Lezíria,
atribuindo uma nova frente qualificada à sede de Concelho;
- Avaliar acessos e mobilidade, designadamente relativos aos
estacionamentos de apoio à Estação de caminho de ferro de
Azambuja;
- Dignificar a entrada Sul da vila de Azambuja, incluindo a área que
se situa a Este da linha de caminho de ferro;
- Aumentar o n.º de passagens pedonais e aligeirar o impacte dos atravessamentos aéreos existentes;
- Tornar mais clara a ligação entre a Lezíria e a Área Urbana, inclusive através de alinhamentos arbóreos e espaços verdes que
possam „trazer‟ a Lezíria para o espaço urbano;
- Requalificar a envolvente à Estação de caminho de ferro, promovendo mobilidades acrescidas, reorganizando o estacionamento,
integrando as áreas já concessionadas e requalificando a envolvente ao esteiro;
- Constituir novas áreas urbanas de uso empresarial dominante, permitindo funções de serviços e comércio, contribuindo para a
atribuição de novas centralidades, assim como para a consolidação e para o desenvolvimento de uma base económica
diversificada e sustentada.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Melhoria da qualidade dos espaços urbanos e da qualidade de vida da população. Promoção da ligação entre a área urbana e a
Lezíria e atenuação do efeito barreira exercido pela EN3 e pela linha de caminho de ferro. Acréscimo da dinâmica económica.
Clarificação da distribuição territorial dos usos.
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Descrição:
Fotos:
Este Plano de Pormenor deve ser desenvolvido por fases e tem por
principais objectivos dotar as áreas de intervenção de valências
complementares e qualificadoras, potenciando a implantação de
actividades tecnológicas e empresariais que possam criar sinergias
com as unidades instaladas no parque logístico e na Área de
Localização Empresarial de Vila Nova da Rainha / Azambuja e
impulsionar a valorização de recursos endógenos (inclusive no sector
agro-industrial) e da economia local.
A Área de Localização Empresarial criada deve possuir uma estrutura
de funcionamento organizada e disponibilizar uma gama alargada de
serviços.
Pretende-se desenvolver um espaço ordenado (que possa responder adequadamente à pressão urbanística que resultará do nó do
novo IC2 com a EN 366) e competitivo com capacidade para atrair actividades industriais e logísticas, disponibilizando um centro
de serviços de suporte (apoio logístico e institucional, hotelaria e restauração, espaços para reuniões e conferências, serviços, etc.)
e TIC que possam atrair empresas com maior nível de exigência e incorporação tecnológica.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Acréscimodo investimento, da procura de espaços, da criação de protocolos e relações de cooperação, de postos de trabalho, etc.
Reconhecimento das Áreas de Localização Empresarial por empresas, operadores e parceiros.
Comunitário
Público – Administração Local
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Descrição: Fotos:
Este projecto, a ser desenvolvido por fases, pretende levar a cabo:
- a duplicação da EN3 entre o Carregado e Azambuja, com
construção de um separador central;
- a reformulação do nó da A1 - designado por nó do Carregado –
para melhoria da acessibilidade da A1 à Azambuja / Alenquer por
intermédio de novas ligações a Norte do nó actual;
- a construção de uma variante à EN3/Azambuja, para desvio do
tráfego de atravessamento;
- a construção de uma variante a Vila Nova da Rainha para desvio
do tráfego de atravessamento.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Redução dos tempos de percurso e aumento da segurança de circulação e da fluidez do tráfego. Aumento da competitividade
das áreas de localização empresarial e logística com acréscimo do n.º de postos de trabalho. Melhoria da segurança e qualidade
de vida em Azambuja e Vila Nova da Rainha.
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Descrição: Fotos:
Aveiras de Cima tem sido extremamente penalizado em termos de
segurança e qualidade de vida com o tráfego de atravessamento.
Desta forma o projecto pretende implementar uma variante que
permita desviar o tráfego, garantindo melhores condições de
circulação e maior fluidez no tráfego de atravessamento e a
segurança e a qualidade de vida dos residentes.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Redução dos tempos de percurso e aumento da segurança de circulação, da fluidez do tráfego e da qualidade de vida em
Aveiras de Cima.
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Descrição: Fotos:
Este projecto pretende promover a concertação entre a autarquia, os
operadores de transporte público, as empresas, operadores logísticos e
unidades industriais instaladas no concelho e os trabalhadores e
residentes no sentido de ajustar o fluxo, os horários e os percursos de
circulação dos transportes públicos às reais necessidades das pessoas e
das empresas, estabelecendo protocolos e parcerias que o possibilitem.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Adequação da oferta de transportes públicos às reais necessidades das pessoas, desincentivando a utilização de viatura própria
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Descrição: Fotos:
A intermodalidade é um dos factores mais relevantes para a
logística e transporte de mercadorias em geral, principalmente
se se atender ao tendencial aumento de preço e escassez de
combustíveis fósseis, tendo sido, inclusivamente, um dos
factores privilegiados na construção do „Portugal Logístico‟.
A criação de um ramal ferroviário dedicado e de um nó
intermodal rodo-ferroviário possibilitaria importantes ganhos em
termos de competitividade estratégica para as unidades
instaladas no parque logístico de Azambuja quer no contexto
regional, quer mesmo ao nível Nacional e até Internacional,
alargando a área de influência e posicionamento estratégico de
Azambuja.
Este projecto
propõe a elaboração de um estudo de avaliação da viabilidade deste ramal ferroviário dedicado e de um nó rodo-
ferroviário e assenta na concertação entre os operadores logísticos sediados no concelho e a REFER.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Acréscimo de investimento, de procura de espaços, criação de protocolos e relações de cooperação, acréscimo de postos de
trabalho, etc. Reconhecimento do Parque Logístico e das Áreas de Localização Empresarial por empresas, operadores e parceiros.
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Descrição: Fotos:
Com níveis baixos de utilização em termos de passageiros e
carga transportada, foi proposto um projecto de modernização
para a linha do Oeste que entretanto foi suspenso devido ao
quadro de restrições à despesa pública.
Propõe-se a análise de viabilidade da conexão da Linha do
Oeste, a partir da zona de Torres Vedras, a Lisboa,
independentemente da linha de Sintra.
Propõe-se que seja realizado um estudo que permita aferir a
exequibilidade e interesse em estabelecer a ligação entre a linha
do Oeste e a de Azambuja, garantindo assim a ligação a Lisboa,
para que a Autarquia se possa posicionar de acordo com os seus
interesses. De facto, há que aferir que impacte teria no território
municipal (uma vez que este já é bastante penalizado por
espaços-canal) e que benefícios poderia trazer, nomeadamente
num possível acréscimo a atractividade (pessoas e investimento).
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Melhoria da
acessibilidade ao concelho de Azambuja, a Lisboa e à linha do Norte. Aumento da mobilidade. Acréscimo da procura
residencial e turística. Aumento da quota de mercado de passageiros e mercadorias – com predominância da componente de
mercadorias geradas na própria Linha ou de atravessamento Oeste / Norte. Eficiência das condições de exploração com
adequados padrões de segurança. Evolução para um modelo de financiamento sustentável e promotor da eficiência.
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Descrição: Fotos:
No contexto actual é fundamental estimular e gerir o fluxo de
conhecimento e tecnologias entre Universidades, Instituições de I&D,
empresas e mercados.
A Rede de Conhecimento e Inovação deve suportar a resolução
colaborativa de problemas e a partilha de experiências relacionadas com
a gestão de conhecimento e informação, sendo aberta a organizações
públicas, privadas e não governamentais. A Rede deve ter uma orientação
prática, baseada nas questões concretas dos seus membros, facilitando a
criação e o crescimento de empresas baseadas na inovação através da
incubação e de processos de spin-off, fornecendo outros serviços de valor
acrescentado, bem como espaços de serviços de apoio de elevada
qualidade.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Criação de empresas mais inovadoras, eficientes, resilientes e com maior visibilidade. Acréscimo do emprego qualificado. Criação
de conhecimento.
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Descrição:
Os municípios envolvidos assumem-se como um laboratório de experimentação para implementação de políticas públicas com
vista à promoção da qualificação dos recursos humanos da região, promovendo a inovação e a difusão de boas práticas. Propõe-
se uma coordenação regional das acções mais directamente associadas à formação profissionalizante e tecnológica, através de
uma rede empresas e entidades inseridas no Sistema Nacional de Qualificações, visando dotar a região de uma base reforçada de
competências intermédias e avançadas (nível 3 e 4, nomeadamente), decisiva para o progresso competitivo e para a desejada
convergência económica no espaço nacional e europeu.
Os objectivos deste projecto passam por: (i) Orientar o Desenvolvimento do Potencial Humano para as prioridades estratégicas da
Região; (ii) Optimizar a utilização das instalações e equipamentos da rede escolar e de formação profissional disponíveis na
Região; (iii) Concertar os esforços de formação profissional na área da Cidadania, Inclusão e Desenvolvimento Social e da
Igualdade de Oportunidades, bem como na Qualificação dos Profissionais da Administração Pública Central e Local, dos
Profissionais da Saúde e de Educação; (iv) Optimizar a organização de eventos relacionados com a divulgação e sensibilização de
temas associados ao Desenvolvimento do Potencial Humano.
O projecto tem quatro componentes: (1) Formação de activos, procurando abranger, pelo menos, um quarto dos activos
empregados na região; (2) Lançamento de acções avançadas para a qualificação da iniciativa empresarial e a promoção da
inovação, do desenvolvimento tecnológico e da internacionalização, ao abrigo de programas de estágio no âmbito do MTSS,
através de um mecanismo de contratualização que consigne um número de vagas para estágios (predominantemente para os
sectores que constituem apostas estratégicas da região), bem como os meios para a sua gestão, e da inserção na vida activa de
jovens com perfis superiores de formação nas áreas dos serviços de suporte à cadeia de valor das actividades do sector primário,
do turismo e património, e da indústria e logística). (3) Realização de um estudo de diagnóstico das necessidades de formação
existentes, e do respectivo plano de acção; (4) Incremento da formação autárquica.
Neste sentido, e uma vez que as qualificações da população em Azambuja são uma debilidade a que urge dar resposta, propõe-se
adicionalmente a criação de uma escola profissional especializada e qualificante que possa dirigir a formação às necessidades
reais dos empregadores do concelho, apostando na inovação e na qualidade do ensino.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Criação de uma dinâmica de efectiva cooperação estratégica qualitativa entre a administração central e as administrações locais
que propicie progressos mais rápidos no desenvolvimento do capital humano, em articulação com as necessidades efectivas das
actividades económicas, com as linhas de estratégia para a qualificação definidas pelo Governo e Administração Central e com a
exigência de novas práticas de governança.
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Descrição:
Pretende desenvolver-se um projecto que permita uma intervenção de carácter sócio-económico com vista a aumentar o leque de
alternativas e as oportunidades de emprego, em áreas complementares.
Esta intervenção baseia-se na criação de uma Rede de Micro e Pequenas Empresas, especialmente destinada a Jovens
residentes em ambos os Municípios, mas extensível a toda a população, destinada a enquadrar no tecido empresarial e produtivo,
de forma profissional, as várias iniciativas existentes. Consiste na concepção do modelo de rede, incluindo as acções inerentes a
uma implementação sustentada (marcas, financiamento, direitos e deveres dos aderentes), bem a definição do quadro jurídico e
institucional ou o desenvolvimento de parcerias com entidades públicas e privadas de vária ordem, sob o beneplácito das
Autarquias.
A Rede deverá ficar sediada em edifício próprio, tendo, assim, por objectivos principais: (i) Diversificar a economia através do
aproveitamento das potencialidades existentes; (ii) Conferir menor precariedade ao emprego, mesmo que seja emprego próprio;
(iii) Contribuir para o aumento do rendimento médio das famílias; (iv) Valorizar os Recursos Humanos; (v) Atrair novas populações
residentes, principalmente jovens, e investimento.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Evolução do
desempenho da rede – acréscimo de aderentes, do n.º de postos de trabalho criados, do investimento, etc..
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Descrição:
Este projecto permitirá instalar naquele local o Biotério Central, da responsabilidade da Fundação Champalimaud, da Fundação
Calouste Gulbenkian e da Universidade de Lisboa. Pretende ser um Biotério “state of the art” para responder às suas
necessidades, para servir outros centros de investigação em Portugal e no estrangeiro, e para desenvolver um pólo de promoção
de investigação científica de excelência.
Para além de
garantir o fornecimento de Fotos:
animais de laboratório e a manutenção
de estirpes específicas, este projecto
apresenta vantagens para os promotores
(partilha dos recursos, redução do seu
valor agregado e ganhos de escala) e
terá impactos significativos, quer directos
(criação de emprego e formação de mão-
de-obra), quer indirectos, (criação de
empresas que actuam a montante e a
jusante da cadeia de valor; promoção da
ciência e da investigação).
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Ao nível Local: (i) Fornecimento de estirpes de animais de laboratório a Universidades, Institutos de Investigação e empresas
farmacêuticas de todo o país, particularmente na área da Grande Lisboa; (ii) Emprego (80-100 postos de trabalho) e formação de
mão-de-obra especializada e não especializada; (iii) Estímulo para a criação local de empresas que actuam a montante e a
jusante. Ao nível Global: (iv) Exportação de animais de laboratório para a Europa, nomeadamente para Espanha e para o sul da
Europa, e eventualmente para África; (v) Manutenção de stocks de estirpes específicas; (vi) Criação de novos modelos de
doenças, nomeadamente doenças cerebrais e oncológicas; (vii) Realização de estudos científicos em Portugal, por
investigadores e empresas farmacêuticas estrangeiras.
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Descrição: Fotos:
No Alto Concelho o abandono rural surge associado à pequena
dimensão da propriedade, à orografia e ao envelhecimento da
população, havendo que avançar com a modernização da
agricultura e silvicultura e com novas formas de rentabilizar os
terrenos agrícolas.
Há que investir num projecto que analise o problema,
mobilizando as comunidades e os proprietários dos terrenos, e
aponte soluções, quer para a questão fundiária, quer para o
redireccionar da produção, de forma coerente com o tipo e a
qualidade dos solos. Só assim será possível promover um
desenvolvimento integrado e equilibrado de todo o concelho,
evitando o empobrecimento do território, a depreciação da
paisagem e a desvalorização de actividades tradicionais e de um importante património cultural, mas, também, o aumento do risco
de incêndio.
Este projecto tem por objectivo equacionar uma estratégia, materializada num plano de acção, que permita encontrar soluções
para inverter este processo e tornar os terrenos produtivos, encontrando formas de rentabilizar o espaço agro-florestal, de forma
sustentável.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Acréscimo da produção agrícola, florestal e pecuária e do número de proprietários envolvidos. Revitalização da estrutura
económica local e valorização de actividades tradicionais. Rejuvenescimento da população. Acréscimo do emprego ligado a
actividades tradicionais. Fixação de novos residentes. Valorização da paisagem.
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Descrição: Fotos:
O Plano (a articular com o projecto A.03) visa planear de forma sustentada e
qualificada a vila de Azambuja contrariando e prevenindo a ocorrência do
processo de suburbanização que levou ao crescimento desarticulado de
alguns dos espaços urbanizáveis. O PU tem assim por objectivos prioritários:
– Repensar o espaço urbano, promovendo a colmatação, requalificação e
expansão programada do tecido edificado, salvaguardando os espaços
naturais, prevendo áreas destinadas a equipamentos que permitam debelar
carências existentes e fazer frente a novas procuras e preservando,
recuperando e promovendo o património existente;
– Reequacionar o sistema viário e as acessibilidades, criando alternativas que
permitam aliviar a rede da sobrecarga verificada, melhorando os perfis de
algumas vias, estabelecendo novos troços de ligação, obviando ao
desenvolvimento de uma rede viária legível e funcional;
– Atenuar a barreira física constituída pela linha do caminho-de-ferro (através
de passagens aéreas e subterrâneas com menor impacto visual), promovendo
um desenvolvimento urbano equilibrado;
– Incrementar e promover a dinamização económica da sede de concelho,
permitindo a implantação de novas actividades;
– Melhorar a capacidade de atracção e as condições para fixação de população, promovendo o ordenamento da área de
intervenção, através do estabelecimento de princípios orientadores que, no seu conjunto, permitam conferir coerência formal,
funcional e estética à totalidade do espaço.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Aumento da qualidade de vida através do acréscimo da capitação de espaços verdes e de estadia, da colmatação de carências
ao nível dos equipamentos colectivos, da dinamização do comércio e serviços, da melhoria da mobilidade, das acessibilidades e
dos serviços de transporte público, etc. Acréscimo da capacidade de fixação de empresas e pessoas.
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Descrição: Fotos:
Com a abertura do nó da A1, a vila de Aveiras de Cima sofreu um
crescimento rápido e desordenado que não foi apoiado por uma estratégia de
ocupação do território. Assim, o Plano visa planear Aveiras de Cima de forma
sustentada, tendo por objectivos prioritários:
– Melhorar a imagem urbana, reequacionar a intensidade de uso do solo e as
volumetrias, repensar o espaço urbano, promovendo a colmatação,
requalificação e expansão programada do tecido edificado e criar uma área
central de comércio e serviços;
– Reequacionar as acessibilidades e estacionamento, criando alternativas
viárias que permitam aliviar a rede da sobrecarga verificada, nomeadamente
prevendo a criação de uma variante (A.06) para desviar o tráfego de
atravessamento;
– Apoiar e promover a dinamização económica de Aveiras de Cima, que se
tem vindo a assumir nos últimos anos como um importante pólo económico do
concelho;
– Melhorar a capacidade de atracção e as condições para fixação de
população, promovendo o ordenamento da área de intervenção, através do
estabelecimento de princípios orientadores que, no seu conjunto, permitam
conferir coerência formal, funcional e estética à totalidade do espaço, e
prevendo novas áreas de urbanização, novos equipamentos e a criação de
um parque urbano (B.12).
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Aumento da qualidade de vida através do acréscimo da capitação de espaços verdes e de estadia, da colmatação de carências
ao nível dos equipamentos colectivos, da dinamização do comércio e serviços, da melhoria da mobilidade, das acessibilidades e
dos serviços de transporte público, etc. Acréscimo da capacidade de fixação de empresas e pessoas.
Descrição: Fotos:
A mobilidade e plena acessibilidade para todos os cidadãos é uma
prerrogativa desta estratégia de desenvolvimento. Como tal, este projecto
deve permitir:
- Efectuar o levantamento, espacialização e caracterização das barreiras
físicas urbanísticas e arquitectónicas do Concelho e da área envolvente aos
equipamentos públicos fundamentais para a vivência urbana;
- Efectuar o levantamento do contexto territorial, demográfico e sócio-
económico da população-alvo do estudo (pessoas com mobilidade reduzida);
- Definir as orientações estratégicas e as soluções-tipo a adoptar, para as diferentes áreas objecto de análise;
- Definir as principais intervenções para promoção da acessibilidade e mobilidade, com desenhos de pormenor para medidas
tipificadas, bem como a elaboração de um "caderno de encargos", com o cronograma e estimativa orçamental referente às
intervenções propostas no estudo.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Garantir a acessibilidade e mobilidade de todos os cidadãos do concelho, de forma independente.
Descrição: Fotos:
A malha urbana de traçado orgânico e os edifícios de arquitectura tradicional
conferem ao centro histórico de Azambuja um carácter intimista, complementado
pela monumentalidade da Praça do Município, com o pelourinho Manuelino e a
Igreja Matriz, do edifício da Misericórdia e de algumas casas senhoriais. Este
projecto parte da definição de uma Área de Reabilitação Urbana, de acordo com a
proposta integradora da Câmara Municipal, tem por objectivos fundamentais: (1)
Assegurar a reabilitação dos edifícios que se encontram degradados ou
funcionalmente inadequados e reabilitar o tecido urbano degradado ou em
degradação, em respeito pela escala e volumetria do tecido edificado; (2) Garantir a
protecção e promover a valorização do património cultural e afirmar os valores
patrimoniais, materiais e simbólicos como factores de identidade, diferenciação e
competitividade urbana; (3) Promover a sustentabilidade ambiental, cultural, social e
económica dos espaços urbanos e requalificar os espaços verdes, os espaços
urbanos e os equipamentos públicos de utilização colectiva; „Trazer‟ a Lezíria para
dentro da área urbana, através de alinhamentos arbóreos, de espaços verdes e de
estadia e da reintrodução / reinvenção de soluções promotoras da permeabilidade
da malha; (4) Promover a revitalização urbana, orientada por objectivos estratégicos
de desenvolvimento urbano, em que as acções de natureza material são concebidas
de forma integrada e activamente combinadas na sua execução com intervenções
de natureza social e económica; Neste sentido, há ainda que assegurar a integração funcional e a diversidade económica e sócio-
cultural nos tecidos urbanos existentes, promovendo o seu potencial para atrair funções urbanas inovadoras e competitivas; (5)
Assegurar a igualdade de oportunidades dos cidadãos no acesso às infra-estruturas, equipamentos, serviços e funções urbanas, e
habitação; (6) Promover a melhoria geral da mobilidade e das acessibilidades para cidadãos com mobilidade condicionada; (7)
Fomentar a adopção de critérios de eficiência energética em edifícios públicos e privados e utilizar tecnologias „verdes‟ e soluções
sustentáveis de infraestruturas e equipamentos, e na gestão urbana.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Eliminação de dissonâncias no edificado e problemas relacionados com a conservação e salubridade, valorização do edificado e
dos espaços de estadia e circulação, aumento da capitação de áreas verdes, atenuação de barreiras arquitectónicas, criação de
regras para regulação de intervenções no edificado; regeneração sócio-económica do espaço urbano; acréscimo da eficiência
energética e sustentabilidade dos espaços; etc.
Descrição: Fotos:
Pensado como uma cidade ideal, com uma Praça central de forma hexagonal e
traçado regular, o projecto racionalista de Pina Manique visava a criação de uma
vila com todas as instituições necessárias ao seu funcionamento, incluindo a
Câmara Municipal, o Pelourinho, o Palácio da Justiça e a Igreja.
O projecto aqui proposto parte da definição de uma Área de Reabilitação Urbana,
de acordo com a proposta integradora da Câmara Municipal, tem por objectivos
fundamentais: (1) Assegurar a reabilitação dos edifícios que se encontram
degradados ou funcionalmente inadequados e reabilitar o tecido urbano degradado
ou em degradação, em respeito pela escala e volumetria do tecido edificado; (2)
Garantir a protecção e promover a valorização do património cultural e afirmar os
valores patrimoniais, materiais e simbólicos como factores de identidade,
diferenciação e competitividade urbana; (3) Promover a sustentabilidade ambiental,
cultural, social e económica dos espaços urbanos e requalificar os espaços verdes,
os espaços urbanos e os equipamentos públicos de utilização colectiva; „Trazer‟ a
Lezíria para dentro da área urbana, através de alinhamentos arbóreos, de espaços
verdes e de estadia e da reintrodução / reinvenção de soluções promotoras da
permeabilidade da malha; (4) Promover a revitalização urbana, orientada por
objectivos estratégicos de desenvolvimento urbano, em que as acções de natureza
material são concebidas de forma integrada e activamente combinadas na sua
execução com intervenções de natureza social e económica; Neste sentido, há
ainda que assegurar a integração funcional e a diversidade económica e sócio-cultural nos tecidos urbanos existentes,
promovendo o seu potencial para atrair funções urbanas inovadoras e competitivas; (5) Assegurar a igualdade de oportunidades
dos cidadãos no acesso às infra-estruturas, equipamentos, serviços e funções urbanas, e habitação; (6) Promover a melhoria geral
da mobilidade e das acessibilidades para cidadãos com mobilidade condicionada; (7) Fomentar a adopção de critérios de
eficiência energética em edifícios públicos e privados e utilizar tecnologias „verdes‟ e soluções sustentáveis de infraestruturas e
equipamentos, e na gestão urbana.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Eliminação de dissonâncias no edificado e problemas relacionados com a conservação e salubridade, valorização do edificado e
dos espaços de estadia e circulação, aumento da capitação de áreas verdes, atenuação de barreiras arquitectónicas, criação de
regras para regulação de intervenções no edificado; regeneração sócio-económica do espaço urbano; acréscimo da eficiência
energética e sustentabilidade dos espaços; etc.
Descrição: Fotos:
Mais do que elaborar cartas de equipamentos sectoriais, este
projecto propõe a elaboração de uma carta de equipamentos
municipal que possa, em primeiro lugar, estabelecer um quadro
global sobre os níveis de dotação e condições de funcionamento
dos equipamentos do concelho nas suas diversas dimensões (de
saúde, de educação, social, desportivo, de protecção civil,
cultural, etc.), mas, essencialmente, propor e gerir as
complementaridades entre as diversas valências e promover a
adaptação de antigos equipamentos às exigências colocadas
pela evolução sócio-económica e demográfica da população.
Este processo lucrará da articulação com a elaboração ou revisão
de Planos Municipais de Ordenamento do Território beneficiando
a qualidade de ambos os instrumentos.
Este projecto
deve ser articulado com B.07, entre outros, e deve ser desenvolvido com o objectivo de garantir uma oferta de
equipamentos de utilização colectiva moderna, inovadora e de qualidade que possa contribuir para a atractividade do concelho.
Caberá à Câmara Municipal estabelecer um quadro de incentivo à criação de valências e unidades de equipamento de utilização
colectiva, com particular destaque para o apoio à infância e à 3ª idade, e mobilizar investidores e parceiros, actuando como
facilitador e impulsionador.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Acréscimo do grau de satisfação dos utilizadores das diversas valências de equipamento colectivo. Acréscimo de população.
Melhoria dos serviços prestados. Diversificação de valências.
Descrição: Fotos:
Assumindo a educação como um factor de competitividade territorial, o projecto educativo do
concelho de Azambuja deve (i) permitir disponibilizar um ensino de qualidade que contribua para a
realização pessoal, desenvolvimento da autonomia, da criatividade, do empreendedorismo e
capacidade de integração das crianças e jovens na sociedade e, posteriormente, no mercado de
trabalho, valorizando a preservação da sua identidade e promovendo uma cultura de inclusão, e
(ii) permitir posicionar os indicadores de qualificação da população residente ao nível dos valores
médios verificados na Grande Lisboa. O projecto educativo deve ter como principais objectivos:
- Adequar e qualificar a rede de equipamentos colectivos de educação para que constituam uma
resposta adequada às necessidades actuais e futuras da população e à estratégia de
desenvolvimento do concelho;
- Promover uma oferta de ensino tecnológico e profissional e de nível intermédio (formação especializada posterior ao ensino
secundário) de qualidade, ajustada às necessidades das empresas e da estrutura económica do concelho e da região, que permita
o desenvolvimento de competências para a sociedade da informação e conhecimento e a formação contínua da população;
- Potenciar a oferta de percursos educativos alternativos na rede supra-municipal de estabelecimentos de ensino, garantindo, por
exemplo, um ensino artístico de qualidade e a criação de sinergias com a produção e programação cultural local e regional;
- Promover a educação para a saúde, protecção civil e intervenção cívica, designadamente através da cooperação entre as
diversas instituições competentes;
- Promover a avaliação, reflexividade e melhoria contínua do sistema de ensino local, designadamente através de parcerias de
cooperação, partilha de experiências e implementação de boas práticas de ensino e aprendizagem, envolvendo toda a comunidade
educativa e acompanhando atentamente a evolução da sociedade, do emprego, das comunidades, ajustando as estratégias e
metas educativas, de modo a aumentar a resiliência do projecto educativo e das soluções preconizadas.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Melhoria das
habilitações e qualificação da população; Aumento dos níveis de empregabilidade através de uma maior adequação
da oferta educativa / formativa às necessidades do mercado de trabalho local; Melhoria dos níveis de desempenho das empresas
sediadas no concelho; Fixação de população em idade activa; Acréscimo da resiliência económica e social do concelho e da sua
sustentabilidade económica; etc.
Descrição: Fotos:
Este PP abrange uma área de sensivelmente 22 ha, tendo como
objecto a programação de uma nova área urbana em Azambuja,
garantindo a necessária integração ambiental e paisagística.
A área habitacional deve ser de baixa densidade, ocupada por
moradias unifamiliares.
Devem ser privilegiados os espaços públicos e terá que ser
salvaguardada a implantação de equipamentos de utilização colectiva
que se detectem estar em falta, bem como zonas verdes.
A execução desta expansão urbana deve ponderar a efectiva
necessidade de habitação e dar resposta às exigências actuais em
matéria de eficiência energética e sustentabilidade.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Criação de um espaço urbano de qualidade, sustentável e articulado com a área urbana existente que permita ampliar a
capacidade de fixação de pessoas.
Descrição: Fotos:
Este PP abrange uma área de sensivelmente 27.5 ha, contígua a
Aveiras de Baixo, de que é principal proprietária a Câmara Municipal.
Este Plano tem por objectivos:
- Constituir um pólo aglutinador para fixação de população jovem;
- Programar uma nova área urbana destinada a 1ª residência acessível
que permita inverter o processo de decréscimo populacional;
- Prever espaços públicos de qualidade, com áreas verdes e de recreio
e lazer próximas a espaços para equipamentos que permitam dar
resposta a carências deste aglomerado;
A execução desta expansão urbana deve ponderar a efectiva
necessidade de habitação e dar resposta às exigências actuais em
matéria de eficiência energética e sustentabilidade.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Criação de um espaço urbano de qualidade, sustentável e articulado com a área urbana existente que permita ampliar a
capacidade residencial e contribuir para a fixação de jovens numa freguesia em declínio populacional.
Público
– Administração Local
Privado
Descrição: Fotos:
O Plano de Pormenor deve enquadrar e fundamentar uma solução
urbanística que promova a consolidação da malha urbana de Aveiras
de Cima, contrariando a dispersão da ocupação edificada do solo, e
permita capitalizar a proximidade à A1, quer do ponto de vista
residencial, quer das actividades instaladas, salvaguardando a
qualidade de vida e dos espaços urbanos. O PP terá que permitir a:
1. Constituição de uma área de localização empresarial servida
directamente pela futura variante de Aveiras de Cima, em área visível a
partir da A1;
2. Implementação de uma área central de equipamentos colectivos,
serviços e comércio, em área marginal a um parque urbano, que servirá
a vila da Aveiras de Cima, e que terá que salvaguardar e valorizar a
linha de água existente;
3. Proposta de uma nova área urbana na envolvente imediata da área
consolidada de Aveiras de Cima, que tenha como referência os índices
e parâmetros urbanísticos definidos para o núcleo urbano de Aveiras
de Cima e a articulação funcional com a malha urbana e rede viária do espaço consolidado;
4. Salvaguarda da compatibilidade quer ao nível dos usos propostos, quer das volumetrias e imagem urbana.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Aumento da qualidade de vida da população através do acréscimo da capitação de espaços verdes e de estadia, da colmatação de
carências ao nível dos equipamentos colectivos, da dinamização do comércio e serviços, da melhoria da mobilidade, das
acessibilidades, etc. Acréscimo da capacidade de fixação de empresas e pessoas. Criação de um espaço urbano de qualidade,
sustentável e articulado com a área urbana existente.
Descrição: Fotos:
A frente ribeirinha do Tejo apresenta características paisagísticas e
ambientais de grande valor. Todavia, as restrições à sua utilização e a
inexistência de acessos e de equipamentos de apoio têm contribuído para a
sua degradação e abandono.
Desta forma, esta área deverá ser objecto de intervenções que conduzam à
sua qualificação mas também que sejam potenciadoras da sua utilização por
parte da população e de possíveis visitantes, devidamente equacionadas
atendendo à capacidade de carga do meio.
As intervenções a equacionar nesta área, bem como o quadro de
ordenamento a prever em sede de PMOT, devem ser alicerçadas no facto de
que esta área é fruto, em larga medida, da intervenção humana e procurar: (i)
garantir a requalificação ambiental e paisagística do total da área; (ii)
possibilitar o acesso à frente Tejo e permitir o seu usufruto pela população,
criando áreas de estadia e de recreio e lazer; (iii) potenciar usos
diversificados, inclusive as actividades tradicionais; (iv) valorizar os valores
patrimoniais históricos; (v) promover uma rede de ofertas turísticas na lezíria
para criação de produto turístico original e sustentado, que inclua a criação de
unidade hoteleira no palácio das Obras Novas (C.03);e (vi) recuperação da
navegabilidade da Vala Real e da Vala do Esteiro (Azambuja), construção de
um espelho de água e recuperação e valorização das margens do Esteiro
para a prática de desportos náuticos, cicloturismo, percursos pedonais e
construção de uma pequena marina junto ao cais da Vala Real.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Aumento da
atractividade e do nível de utilização e usufruto da Frente Tejo em respeito pela capacidade de carga. Requalificação
ambiental da zona ribeirinha, contribuindo para a prossecução de objectivos de sustentabilidade do corredor ecológico do Tejo.
Recuperação da navegabilidade da Vala Real e recuperação e intervenção do Palácio das Obras Novas com vista à sua
transformação numa unidade hoteleira.
Descrição: Fotos:
Este projecto prevê a instalação do equipamento de apoio e mobiliário
estritamente necessário em espaços de estadia para oferecer um bom
nível de conforto aos utilizadores, complementando assim o Apoio de
Praia, com serviço de bar, instalações sanitárias, posto de socorros e uma
esplanada coberta nesta que é a única praia fluvial do concelho. O
projecto prevê a instalação de um percurso elevado entre o topo do
pontão e o Mouchão a Poente da praia, que permitirá a sua utilização
para fins balneares e um ponto de observação privilegiada do rio e toda a
envolvente. Complementarmente, duas estruturas flutuantes darão apoio
à navegação de turismo que se pretende dinamizar.
O cais previsto no âmbito deste projecto irá complementar o cais proposto
no âmbito do PP do Palácio das Obras Novas, e irá potenciar a criação de
produtos turísticos mais consistentes entre os municípios da Lezíria do
Tejo que envolvam passeios fluviais, canoagem, pesca, observação de
pássaros, passeios
pedestres e a cavalo, entre outros, que possam ser divulgados em canais privilegiados de Lisboa e de
parceiros da região Oeste, contribuindo, assim, para aumentar os períodos de estadia de visitantes.
A Ciclovia (a articular com C.07) irá permitir, não só, ligar as duas maiores praias fluviais - a Praia do Tejo e Valada do Ribatejo (no
concelho do Cartaxo), mas também aceder às aldeias avieiras de Lezirão (C.04), em Azambuja, e Palhoça, no Cartaxo. Será
implementada utilizando o dique existente como linha directriz, e com base numa estrutura de módulos com pavimento regular e
devidamente equipada com sinalética, painéis informativos e passadeiras.
Este projecto é complementar ao C.01 e terá que promover a sua articulação.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Aumento da
atractividade e dos níveis de utilização e visitação desta área.
Descrição: Fotos:
O Palácio das Obras Novas terá sido edificado em finais do século XVIII,
princípios do século XIX, junto à foz da Vala Real, tendo funcionado como
posto de controlo de tráfego de embarcações, de pessoas e de mercadorias e
como entreposto e estalagem de apoio à antiga carreira de vapores que
estabeleciam a ligação entre Constância e Lisboa. Já a Vala Real de
Azambuja terá sido realizada por ordem do Marquês de Pombal no reinado de
D. José (muito embora tenha sido terminada já no reinado de D. Maria) com o
propósito de criar uma vala navegável que permitisse aproximar a vila do rio
para escoar mercadorias e a produção agrícola.
Este Plano de Pormenor assenta na estratégia concelhia de devolver o rio aos
munícipes, pondera o facto de que esta área é fruto, em larga medida, da
intervenção humana, pretendendo criar oferta turística original e sustentada
na Lezíria. O Plano deve prever a criação de uma unidade hoteleira no
Palácio das Obras Novas e de um cais fluvial que permita o acesso via fluvial
à dita unidade hoteleira, bem como promover actividades lúdicas que tirem
partido das mais-valias e beleza natural desta área do concelho.
Os projectos têm que atender à capacidade de carga do espaço e que
respeitar os princípios de sustentabilidade e preservação dos valores
ecológicos em presença.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Aumento da atractividade e dos níveis de utilização e visitação desta área. Criação de uma unidade hoteleira e prolongamento
dos períodos de estadia dos visitantes.
Descrição: Fotos:
O projecto construído pela Câmara Municipal tem por principais objectivos:
- Garantir a preservação da cultura avieira;
- Intervir junto da comunidade local e recolher testemunhos (materiais e imateriais)
que permitam reconstituir e registar as memórias destas populações e assim
complementar o parco acervo museológico, dando continuidade à missão do
Museu Sebastião Mateus Arenque no sentido de recolher e preservar os traços da
identidade local que contribuíram e contribuem para afirmação do património
material e imaterial (humano), inerente à cultura avieira;
- Constituir um complemento à „Rota dos Mouchões‟ na divulgação da cultura
avieira, desenvolvendo ainda acções de sensibilização e informação, visitas
guiadas, ateliers, rotas temáticas, etc.;
- Promover o touring cutural e paisagístico, a gastronomia e produtos locais;
- Promover o desenvolvimento local;
- Recuperar e reabilitar espaços que possam constituir pontos de atracção com
vista ao desenvolvimento de actividades e iniciativas com carácter lúdico-
pedagógico, designadamente: limpeza do canal entre o Lezirão e a Praia do Tejo,
consolidação
e limpeza dos espaços envolventes à aldeia, construção de cais e de arrumos, efectuar o arranjo paisagístico e
equipar a envolvente, etc.
- Salvaguardar e reabilitar o património construído existente e criar uma casa palafita visitável que reconstitua, o mais possível, a
vivência destes espaços;
- Construir uma casa oficina de artesanato que ficará a cargo da comunidade local, e de um restaurante;
- Colocação de painéis informativos e sinalética;
- Divulgação do projecto também no âmbito de D.01 (será integrado na Candidatura da Cultura Avieira a Património Nacional).
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Preservação
e divulgação da cultura avieira. Aumento da atractividade e dos níveis de utilização e visitação da aldeia do Lezirão.
Acções de sensibilização e informação. Dinamização da economia local.
Descrição: Fotos:
O projecto para este Castro, que é tido como um dos mais importantes da
Península Ibérica, inclui, por exemplo: a limpeza do sítio arqueológico e de
toda a sua área envolvente; o mapeamento, levantamento topográfico e
fotográfico; a elaboração do estudo arqueológico e de restauro; a
implementação de um Programa de Prospecções Intensivas; a realização de
trabalhos de salvaguarda (escavações exaustivas, registo fotográfico e
detalhado e recolha de artefactos e elementos arqueológicos estatisticamente
representativos da cultura material do sítio arqueológico); a catalogação,
estudo, restauro e interpretação dos vestígios arqueológicos recolhidos; a
realização do Programa de Visita; a guarda dos elementos em núcleo
museológico construído para o efeito; a divulgação de toda a informação
disponível em diversos meios; a implantação de mobiliário urbano, sinalização
e informação;
a implantação de cenas de reconstituição com figuras; a aquisição de equipamento; ou a recuperação do Moinho
com objectivo de criar uma loja de venda de produtos regionais/artesanais.
Contempla ainda um pequeno auditório e um restaurante, que privilegiará a gastronomia e tradições locais, com vista panorâmica
para o Vale de Almoster, podendo ainda incluir uma unidade hoteleira.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Valorização,
preservação e divulgação do Castro. Aumento da visitação. Divulgação e dinamização de actividades tradicionais.
Descrição: Fotos:
O objectivo do projecto é promover a salvaguarda e valorização deste imóvel
classificado como factor de dinamização e desenvolvimento regional.
Inclui:
(i) consolidação e protecção dos elementos da fachada que estão em risco de
queda;
(ii) levantamento das patologias e monitorização da estabilidade estrutural;
(iii) isolamento e drenagem auxiliares no tardoz do paramento da fachada à
cota das coberturas;
(iv) consolidação estrutural;
(v) criação e dinamização de um núcleo museológico sobre o contexto histórico da origem de Manique do Intendente, a
apresentação e explicação do projecto de Pina Manique e informação sobre os edifícios;
(vi) elaboração de um projecto para identificação e comparação de possibilidades para utilização e rentabilização do
edifício, envolvendo entidades diversas (Turismo de Portugal, IGESPAR, Pousadas de Portugal, etc.) que o promova e
impeça a sua depreciação e eventual perda.
A dinamização e valorização do Palácio deve ser articulada com o processo de regeneração urbana previsto em B.05.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Valorização,
preservação e divulgação do Palácio. Aumento da visitação a Manique do Intendente. Dinamização da economia
local.
Descrição:
Este projecto pretende completar e dar maior solidez ao projecto previsto no Plano de Acção AMO+4LT no que concerne ao
território de Azambuja.
Com um investimento relativamente baixo, pondo em prática acordos de colaboração e parcerias e envolvendo as comunidades
locais será possível implementar percursos cicláveis e pedonais (e não necessariamente ciclopistas, cujo custo é mais elevado)
numa rede abrangente que interligue os principais pontos de interesse do concelho através de corredores associados a vales
aluvionares e que percorram a Lezíria e a Frente Tejo e, ainda, que surjam apoiados em estradas e caminhos municipais.
Azambuja pode capitalizar a beleza natural dos seus espaços, investindo pontualmente em sinalética, espaços de estadia e algum
equipamento de apoio, destacando-se pela qualidade e interesse dos seus percursos e assim atraindo residentes e visitantes.
Fotos:
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Aumento da
visitação. Dinamização da economia local. Divulgação dos valores naturais e paisagísticos de Azambuja.
Fotos:
Descrição:
Pretende-se através deste Plano dar corpo a um investimento
programado para construção de um parque temático sob o tema dos
Descobrimentos numa área total de 125 ha, entre Alenquer e Azambuja.
Pretende-se que este parque constitua um motor de desenvolvimento
económico, incluindo ainda um centro de congressos, várias unidades
hoteleiras, entre outros serviços.
O espaço terá um projecto paisagístico ambicioso que promova a
salvaguarda dos valores naturais e paisagísticos.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Acréscimo da atractividade do concelho e, consequentemente, do n.º de visitantes. Dinamização da economia e criação de
emprego.
Descrição: Fotos:
Este plano programa a instalação da primeira unidade turística no Alto
Concelho, prevendo-se que se venha a assumir como um pólo gerador de
atractividade turística beneficiando das qualidades paisagísticas ímpares
desta área do concelho.
O PP terá que definir a área a afectar a um hotel com 100 quartos e
apartamentos turísticos e prever um espaço para implantar um
equipamento de apoio para actividades de recreio e lazer afecto à
unidade hoteleira que valorize o empreendimento turístico (cavalariças,
apoio a um percurso de manutenção, spa, são algumas alternativas).
Devem prever-se soluções urbanísticas e arquitectónicas de qualidade,
sustentáveis, que potenciem a existência de espaços verdes, públicos ou
privados, e promovam a salvaguarda de áreas sensíveis e com valor
ecológico, integrando-as numa estrutura verde com funções de
enquadramento, protecção e lazer que estruture corredores de ligação e
atravessamento dos diversos espaços previstos.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Acréscimo da atractividade do concelho e, consequentemente, do n.º de visitantes. Aumento dos períodos de estadia dos
visitantes. Dinamização da economia local.
Descrição: Fotos:
Este Plano de Pormenor abrange uma área de 183 ha e permitirá enquadrar
a primeira unidade turística na sede do concelho que se prevê venha a
assumir-se como pólo gerador de atractividade turística nesta área do
concelho.
Esta unidade estará integrada numa exploração agrícola com tradição,
vocacionada para a cultura do vinho e com vários prémios nacionais,
destinando-se a complementar a actividade vinícola e tendo no cavalo um
forte factor de atractividade.
O Plano deve procurar soluções de qualidade, prevendo soluções
sustentadas e sustentáveis que promovam a qualificação do espaço e a
protecção e valorização dos espaços naturais. O projecto arquitectónico terá
que privilegiar o sistema de vistas existente e que estabelecer espaços de
estadia e lazer, públicos e privados.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Acréscimo da atractividade do concelho e, consequentemente, do n.º de visitantes. Aumento dos períodos de estadia dos
visitantes. Dinamização da economia local.
Descrição: Fotos:
Este é um projecto de continuidade. Pretende-se prosseguir o trabalho de
promoção que tem vindo a ser realizado pela Câmara Municipal,
reformulando-o, dando-lhe maior solidez e outra escala.
Neste processo haverá que desmultiplicar a campanha nas diversas
dimensões de desenvolvimento, adequando-as assim aos diversos
públicos-alvo e recorrendo aos canais de comunicação mais adequados a
cada caso.
Há que mobilizar os parceiros, os stakeholders, as empresas aqui instaladas
para que „emprestem‟ a sua imagem à campanha de promoção e permitam
assim atrair novos investidores que qualifiquem o espaço e dêem maior
notoriedade a Azambuja.
O sítio de promoção terá que se transformar numa verdadeira plataforma com funcionalidades que permitam, por exemplo,
identificar possibilidades de investimento, encontrar espaços para fixação de empresas, tratar (ou pelo menos, iniciar) os processos
de licenciamento, perceber que vantagens oferece o concelho, que outras empresas estão já instaladas, etc.
A vertente turística deve ser integrada numa outra plataforma dedicada à promoção do Tejo e dos seus espaços envolventes, que,
de forma rápida e fácil, permita conhecer todos os produtos disponíveis na região, construir itinerários, fazer marcações e
pagamentos, etc. Esta plataforma deve ser construída pelos diversos promotores turísticos e investidores interessados associados
e empenhados como parceiros na construção de produtos turísticos complementares, muito embora possam e devam contar a
colaboração de entidades públicas, centrais e locais (a elaboração do Polis Tejo é uma oportunidade chave para o
desenvolvimento desta plataforma de modo integrado e sustentável).
As campanhas de promoção de Azambuja devem ser acompanhadas para que se perceba o seu impacte e para que possam
promover-se ajustamentos onde necessário, procurando sempre os melhores canais de comunicação e incorporando sugestões e
críticas de parceiros na sua construção.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Acréscimo da
atractividade do concelho e, consequentemente, do n.º de empresas instaladas, do n.º de postos de trabalho, do n.º
de residentes e do n.º de visitantes. Dinamização da economia local.
Descrição:
O Plano Energético Municipal irá permitir conhecer os consumos de energia que ocorrem no território municipal; fornecer à Câmara
Municipal de Azambuja os instrumentos necessários à tomada de decisão na construção de uma política energética municipal
integrada; e definir acções que coloquem Azambuja no caminho da sustentabilidade ambiental e energética, designadamente
procurando (1) melhorar a eficiência energética na utilização final, através de uma utilização mais racional da energia e da redução
da intensidade energética e dos custos associados; (2) promover o aproveitamento dos recursos energéticos endógenos (energia
eólica, hídrica, solar, etc.); e (3) estabelecer um sistema de monitorização (desejavelmente integrado num sistema mais amplo que
inclua concelhos vizinhos num processo de partilha de conhecimento e cooperação), que permita acompanhar a implementação
das políticas e medidas propostas pelo Plano Energético Municipal.
Simultaneamente há que: criar regras para garantir que os projectos das novas urbanizações e as operações de regeneração e
reabilitação urbana seguem os mais elevados padrões energéticos e de construção sustentável e que utilizam, sempre que
possível, energias renováveis e tecnologias de baixa produção de carbono; implementar soluções de eco-urbanismo; promover a
caracterização energética dos edifícios e a elaboração de um programa de intervenção para sua melhoria e para uma utilização
mais eficiente da energia.
Finalmente, a autarquia deve contribuir para a mudança dos comportamentos da população através de acção pública directa e de
iniciativas conjuntas entre organizações do Estado e parceiros, junto de stakeholders, dos trabalhadores, dos visitantes e das
comunidades. Lançamento de acções de promoção de uma utilização racional de energia e de programas de eficiência energética.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Melhoria do desempenho energético do município.
Descrição:
A eficiência, transparência e agilidade dos processos administrativos e da gestão autárquica são elementos fundamentais obviando
a uma maior capacidade de atracção e fixação de investimento e a menores gastos com tarefas administrativas.
Este projecto pretende promover:
(i) A facilitação do relacionamento com Cidadãos e Empresas;
(ii) O estabelecimento de Redes de Colaboração (complementar a A.10);
(iii) A simplificação e Modernização Administrativa;
(iv) A integração de um sistema de Administração Electrónica, assegurando uma a ligação universal dos organismos e
serviços da Administração Pública e a interoperabilidade entre sistemas;
(v) A reengenharia de processos, gestão estratégica e controle de gestão;
(vi) A formação em gestão e direcção.
Resultados,
Impacto e Sustentabilidade do Projecto
Melhoria do desempenho da autarquia no exercício das suas competências. Rapidez na resposta nos processos de licenciamento,
etc. Volume do encaixe financeiro com a implementação de medidas de eficiência e reengenharia de processos. Etc.
As sessões foram iniciadas com uma breve apresentação de alguns dados de síntese direccionados para o
tema em discussão, que pretendia contribuir para a reflexão a realizar nos workshops temáticos.
A primeira workshop decorreu no dia 23 de Setembro de 2010, sob o tema „Logística, Indústria, Serviços e
Agricultura‟. Participaram como oradores: o Dr. José da Costa Faria da DHL, o Eng. Manuel Fontoura da
Sonae Distribuição, o Sr. Daniel Claro da ACISMA e o Eng. Hermínio Martinho da Agrovia.
Sintetizam-se, de seguida, as principais conclusões de cada uma das intervenções (com manifestas
preocupações de selectividade):
Tendo em conta a importância estratégica deste sector para o concelho de Azambuja, designadamente
atendendo à sua localização e à importância dos operadores já aqui sediados, foi analisada a evolução recente
da logística destacando, nomeadamente, aspectos que têm contribuído para uma crescente complexidade e
exigência do sector, associados, por exemplo:
à redução do ciclo de vida dos produtos (tempo, obsolescência, inovação, mudança, reengenharia de
processos);
à diminuição drástica dos inventários, com políticas „just in time’, redução de custos, diminuição do
risco de obsolescência, maior flexibilidade operacional, maior frequência das entregas, etc., que
resultam assim em menores stocks;
à extensão do âmbito da distribuição, associada à relocalização das indústrias, a mercados maiores, a
novos clientes e novos produtos, etc.;
a uma maior exigência dos clientes (com acesso a mais informação) quer em qualidade, quer em
inovação;
ao predomínio da gestão de tempo sobre o espaço e à relevância da localização de armazéns e
plataformas de trânsito;
à relevância da gestão da informação sobre a mercadoria;
à relevância de uma política de alianças e subcontratação e de um funcionamento em rede que
permita aumentar cobertura geográfica; ou
à relevância da intermodalidade, entre outros.
A análise destes factores permite assim compreender a importância que reveste a aposta na requalificação do
espaço logístico e das acessibilidades, tendo em perspectiva a redução dos tempos de transporte (razão da
competitividade), mas também a necessidade de que seja criada uma verdadeira „comunidade logística‟ na
região, que potencie a agregação de um cluster também pela produção de conhecimento e pelos níveis de
inovação, através de parcerias com universidades/ centros de conhecimento e da realização de conferências,
seminários e acções formativas para a comunidade logística.
Por último, Azambuja tem que potenciar não só a sua localização na „porta Norte de Lisboa‟, mas também o
facto de estarem sediadas no concelho importantes empresas logísticas e industriais, induzindo a criação de
sinergias com outras empresas e actividades do concelho e criando soluções que tornem menos apelativas
outras ofertas de espaço infraestruturado e equipado na envolvente.
Atendendo ao desafio que foi lançado aos diversos oradores, esta comunicação foi transformada numa análise
SWOT (identificação de Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) para o concelho, em cuja construção
participaram diversos colaboradores e dirigentes da Sonae Distribuição em Azambuja:
Como FORÇAS foram identificadas (i) a localização do concelho no centro gravitacional do País (o
maior centro populacional e de consumo), (ii) a proximidade a eixos viários e (iii) a forte presença de
operadores logísticos e de outras empresas.
As FRAQUEZAS consistem (i) nas dificuldades associadas ao recrutamento e à retenção de
trabalhadores, (ii) nos constrangimentos ao nível dos transportes públicos (associados a uma fraca
É importante que Azambuja deixe de ser um „concelho por onde muita gente passa, mas onde pouca gente
vem‟, havendo que promover e qualificar os factores de atractividade: o ambiente e a envolvente natural, as
boas acessibilidades (que têm que „trazer‟ mais pessoas, ao invés de „as levar‟), os serviços de apoio à família
(sociais, educativos, desportivos e de saúde), a política cultural e os serviços empresariais.
Por outro lado é importante que o território municipal seja olhado como um todo, construindo políticas que
permitam o seu desenvolvimento equilibrado e integrado, pondo em perspectiva, neste processo, algumas
dinâmicas em curso – a afirmação de Aveiras de Cima na rede urbana, a necessidade de que se encontre uma
solução para o abandono da área do Alto Concelho (associado à dimensão da propriedade, à fraca
rentabilidade da agricultura, ao envelhecimento e decréscimo da população, entre outros factores), a
importância de que se aposte na requalificação dos espaços industriais e logísticos e, por último, a urgência da
valorização da Lezíria e da Frente Tejo e das suas potencialidades únicas. A construção de políticas deveria
assim passar pela criação de uma „sociedade para o desenvolvimento local‟, que incluísse um centro de
formação (com cursos flexíveis que respondam às necessidades efectivas das empresas), de um gabinete de
apoio aos investidores e de um Conselho Económico.
As tendências nas fileiras de produção agrícola e agro-pecuária e o seu papel na densificação da base
empresarial do concelho de Azambuja (Eng. Hermínio Martinho, Agrovia)
O sector agrícola atravessa, de uma forma geral, sérias dificuldades (os cereais, por exemplo, são hoje
vendidos a um preço muito baixo - mais baixo do que há duas décadas atrás - apesar da evolução verificada
nos factores de produção), sendo que a incapacidade dos agricultores em se associarem para defenderem os
seus interesses não tem contribuído para a sua resolução.
Ao nível concelhio, o sequeiro (na parte Norte do concelho) está numa situação pior do que o regadio, com
muitos campos abandonados, sendo importante que a alternativa passe agora pela produção florestal e pela
renovação/densificação de áreas florestadas, com plantação inclusive em terrenos com declives mais
acentuados.
Adicionalmente, a aposta na vinha é fundamental (até porque os vinhos da Lezíria se têm distinguido nos
últimos anos pela qualidade, arrecadando inúmeros prémios em concursos nacionais e internacionais) e deve
ser complementada com a promoção do Turismo Rural, capitalizando a beleza natural do concelho (com
características diferentes no Alto concelho e na Lezíria) e a existência de casas agrícolas que importa reabilitar
e valorizar.
O debate que se seguiu foi enriquecido com as opiniões e comentários da plateia distinguindo que a logística é
um sector de futuro, transversal e de charneira, que acaba por sofrer menos com as flutuações económicas
porque está associado a diversas áreas de actividade e tem uma forte capacidade de adaptação (Sr. Jorge
Franco), havendo, no entanto, que investir na criação de equipamentos e serviços de apoio para estruturar e
qualificar a actividade, garantindo que se mantém competitiva (Sr. José António Carmo).
Já no que se refere ao sector agrícola, foi referida a quebra de actividade agrícola no norte do concelho que se
tem, de facto, reflectido na redução de pedidos de financiamento para o sector, sendo de toda a importância
que se invista em parques empresariais promovendo a permanência de PME no concelho (representante do
Crédito Agrícola), e que sejam equacionadas soluções, levadas a cabo noutros países, e que passaram pela
criação de empresas para gestão dos terrenos através de „contratos de concessão para exploração‟ (Sr.
Gabirro Fernandes).
Em jeito de síntese, o Professor Augusto Mateus abordou o processo de construção de uma estratégia para
destacar que este deve assentar em dois pressupostos fundamentais: (1) a selecção de áreas de aposta numa
lógica de „especialização inteligente‟, na medida em que o concelho não pode ser bom em todas as áreas, mas
pode distinguir-se e ser excelente nalguns sectores; e (2) a autonomização da estratégia de modo a que o
desenvolvimento do concelho não fique refém da intervenção Estatal. Azambuja, e independentemente da
existência de outros espaços logísticos com melhor localização e melhor oferta de serviços e infraestruturas, é
o concelho onde se encontram alguns dos mais importantes operadores logísticos – operadores que estão
ligados à inovação e ao mercado e não aos recursos – havendo que garantir que aqui permanecem. Desta
forma, há que promover o reordenamento e qualificação da área logística de Azambuja („improvement‟) e das
acessibilidades que a servem, garantindo uma boa oferta de serviços complementares (espaços de estadia,
equipamentos, serviços, alojamento, etc.) e a possibilidade de crescimento em harmónica (aumentar/diminuir a
área de cada operador em função das suas necessidades) num processo partilhado com os parceiros. Neste
processo, a Câmara Municipal deverá ocupar-se das questões de eficiência colectiva e deixar que os
processos sejam assumidos, cada vez mais, pelos actores e pela comunidade.
A segunda workshop decorreu no dia 30 de Setembro de 2010, sob o tema „Sustentabilidade, Ambiente,
Qualidade de Vida e Desenvolvimento Turístico‟. Participaram como oradores o Dr. Carlos Figueiredo, Vice-
Presidente do ICNB, a Eng.ª Simone Pio, da Administração da Região Hidrográfica do Tejo, e o Dr. Gilberto
Jordan, Presidente do Conselho de Administração da Planbelas, S.A.. Sintetizam-se, de seguida, as principais
conclusões de cada uma das intervenções.
Primeiramente foram abordadas diversas questões como a orgânica e missão do Instituto para a Conservação
da Natureza e Biodiversidade, a organização da rede fundamental de conservação da natureza (áreas
classificadas, RAN, REN, domínio público hídrico), da rede nacional de áreas protegidas e caracterização das
áreas protegidas, da Rede Natura 2000 e dos Sítios Ramsar, a estratégia nacional para a conservação da
natureza e biodiversidade 2001-2010 e o seu enquadramento comunitário, os projectos em curso, etc.
Planeamento e Ordenamento dos Recursos Hídricos - Sessão Pública sobre o Plano Estratégico de
Azambuja catalisador de desenvolvimento (Eng.ª Simone Pio, ARH do Tejo)
Abordando inicialmente matérias gerais relacionadas com a missão das Administrações de Região
Hidrográfica, com o Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo, com o Plano de Ordenamento do
Estuário do Tejo e com o Polis Tejo, centrou-se então no concelho de Azambuja para destacar que este está
integrado na bacia hidrográfica do Tejo, sendo abrangido por três sub-bacias: Rio Maior, Rio Alenquer e Tejo 3,
sendo que a área de intervenção do Plano de Ordenamento do Estuário do Tejo abrange apenas uma pequena
área de Azambuja (0.04 do total), nomeadamente áreas marginais a linhas de água associadas a solos de
aluviões com elevada produtividade agrícola (Lezíria).
O Polis Tejo, em concreto, assumirá grande relevância na estruturação de uma estratégia de desenvolvimento
integrada para o Tejo que permita criar um território de referência em termos de património, de recreio e lazer,
de actividades económicas, de turismo e de equilíbrios ambientais. Este instrumento assenta em seis eixos
estratégicos: (1) Tejo, referência de qualidade ambiental, (2) Tejo, espaço de desenvolvimento económico
(criação de estruturas de apoio à promoção de produtos endógenos e criação de pólos de desenvolvimento
turístico), (3) Tejo, espaço de encontro e lazer (qualificação e valorização do espaço público de frentes
ribeirinhas, requalificação de espaços urbanos e estruturas simbólicas, criação e requalificação de zonas e
estruturas de recreio e lazer e criação de zonas de pesca e de desportos náuticos), (4) Tejo, património natural
e cultural (valorização dos espaços naturais e dos elementos patrimoniais e recuperação e requalificação das
aldeias avieiras), (5) Tejo, espaço para o conhecimento, inovação e educação, e (6) Tejo, mais disciplinado e
navegável.
O Belas Clube de Campo constitui um dos muitos exemplos alternativos de residencialidade que é possível
implementar em concelhos como o de Azambuja, não se pretendendo importar esta solução, mas antes
analisar casos de sucesso de projectos alternativos de residencialidade. Este empreendimento de 500 ha foi
desenvolvido sob o conceito „viver no campo, perto da cidade‟, com elevados padrões de qualidade (atestada
pelas inúmeras certificações e distinções, em diversas áreas, que o empreendimento já recebeu) e localização
nas proximidades de grandes centros urbanos, sendo destinado, essencialmente, a primeira residência e a
uma população relativamente jovem, com níveis de qualificação elevados.
A oferta residencial do Belas Clube de Campo inclui: golfe (Championship Golf Course), health club,
segurança, médico de família, lavandaria, lavagem de automóveis, mini-mercado e cafetaria, restaurante,
clubinho (para crianças) e clube de lazer, espaços abertos e de convívio, serviço de organização de eventos,
transporte (entre o Belas Clube de Campo e o Centro Comercial Colombo), entre outros.
O debate que se seguiu foi enriquecido com as opiniões e comentários da plateia, nomeadamente do Sr.
Manuel Rodrigues, do Sr. Fernando Henriques, do promotor de um projecto de turismo rural, da Sr.ª Madalena
Viana, de um representante da Caixa Agrícola, do Sr. Daniel Claro e do Sr. João Lourenço, entre outros, que
manifestaram algumas preocupações relacionadas com o abandono das áreas agrícolas e os problemas
associados ao envelhecimento e perda populacional registada no Alto Concelho, a exigir uma estratégia
adequada; a necessidade de que seja feita a promoção da imagem e dos produtos endógenos junto de um
turista que privilegie a protecção da natureza, potenciando o surgimento de restaurantes e alojamento; os
problemas de navegabilidade do Tejo e a falta de infraestruturas que permitam a exploração de rotas turísticas
fluviais que, apesar das dificuldades, têm muita procura.
Sintetizando alguns dos contributos desta sessão, o Professor Augusto Mateus destacou que o Tejo tem que
ser assumido como o corredor de desenvolvimento que é, e não uma barreira entre as duas margens – é um
corredor de vida, de progresso e de ligação entre diversos pontos de interesse. Ao nível da residencialidade,
não se pretende impor uma solução como a do Belas Clube de Campo, mas sim analisar uma alternativa
diferente em termos de conceito de residencialidade. A este nível o concelho pode procurar atrair população
jovem que aqui queira criar os seus filhos ou pessoas reformadas que procurem um ambiente mais calmo e um
padrão de qualidade de vida mais alto (com bons serviços e equipamentos). Neste processo é fundamental
que, ao nível do ordenamento e do planeamento do território, se construa um guião para uma melhor qualidade
de vida, permitindo captar talentos e recursos humanos e, assim, garantir um modelo de desenvolvimento
económico sustentável (assente igualmente na captação de empresas mais qualificadas e especializadas).
Cabe ao Plano Estratégico definir as ambições para o concelho, bem como a articulação e faseamento das
actividades e projectos, numa abordagem voluntarista e permita que Azambuja se reinvente.
No final das duas sessões públicas as pessoas foram convidadas a participar num processo de recolha de
opiniões e sugestões promovido pela Câmara Municipal, devidamente publicitado no portal da autarquia.
Infelizmente, e apesar da forte participação da população nas duas workshops, apenas foram apresentadas
duas sugestões:
Sr. António Menino: (1) Destaca que o sector logístico, pela sua natureza (associada a baixas qualificações e
pouco apoiada em factores locais) não deve constituir um sector de aposta da Câmara Municipal, devendo „os
vários centros de logística (…) ser interligados por vias próprias de forma a não complicar em termos de
tráfego outras actividades‟. (2) Aponta como alternativa para o Alto Concelho a aposta no turismo e nos valores
patrimoniais, por exemplo, em Manique do Intendente, havendo que garantir que o aproveitamento florestal do
território deverá salvaguardar a paisagem e a qualidade ambiental. (3) Sugere o investimento em
equipamentos qualificantes das áreas urbanas. (4) Aponta a necessidade de que se invista nalgumas ligações
viárias, designadamente: uma radial (que já existe ainda que em terra batida) em Vila Nova de S. Pedro e uma
nova via que ligasse Almoster ao cruzamento de Manique/ Maçussa/ Vila Nova de S. Pedro.
Sr. José Leirião: (1) Critica o facto do estudo apresentado nas sessões (em que não pôde participar por
razões profissionais) não incluir uma análise SWOT. (2) Assinala preocupação com a calendarização prevista
para desenvolvimento do Plano Estratégico.
O Plano Estratégico procurará ter em conta as sugestões apresentadas pelo Sr. António Menino na construção
da estratégia, naquilo que é do seu âmbito, remetendo para a revisão do Plano Director Municipal sugestões
que poderão ser ponderadas naquele instrumento.
No que se refere às notas enviadas pelo Sr. José Leirião, a 1ª etapa da fase „Visão Estratégica‟ entregue à
Câmara Municipal e disponível para consulta, inclui a identificação de Fraquezas e Forças que apenas não
foram apresentados nas sessões públicas devido a restrições de agenda (seria impossível apresentar todo o
trabalho de análise e diagnóstico que sustenta o processo de identificação de potencialidades e debilidades) e
para não condicionar a priori a opinião dos presentes, centrando aí a discussão. O relatório final do Plano
Estratégico de Azambuja, incorporando já o resultado dos workshops e das discussões realizadas entretanto,
completa a abordagem anterior, identificando já Oportunidades e Ameaças, como processo de construção da
estratégia.
Caixa 16: Eixos Prioritários propostos pelo Programa Operacional Regional do Alentejo, 2007-2013
O PO do Alentejo estabelece como visão para a região (Alentejo 2015) alcançar um Alentejo que possa ser reconhecido,
interna e externamente, como uma região aberta ao exterior, exemplar no plano ambiental e capaz de gerar pela sua
dinâmica empresarial, riqueza e emprego.
São definidos três eixos estratégicos que agregam um conjunto de prioridades de acção:
1) Desenvolvimento empresarial, criação de riqueza e emprego: (i) dinamizar e renovar as actividades económicas
tradicionais; (ii) diversificar o perfil de espacialização produtiva da região; (iii) dinamizar o sistema regional de
inovação estabelecendo uma relação mais próxima entre os centros de conhecimento e a base económica regional;
(iv) dotar a Administração Pública de maior eficácia.
2) Abertura da economia, sociedade e território ao exterior: (i) reforçar as redes de acessibilidades físicas e digitais; (ii)
captar actividades económicas associadas às vantagens logísticas da região; (iii) promover a integração da região em
espaços e redes alargadas (cooperação internacional, internacionalização da economia e das novas tecnologias.
3) Melhoria global da qualidade urbana, rural e ambiental: (i) reforçar a competitividade e atractividade das cidades,
assumindo-as como motores económicos do território e como garante da coesão social e territorial e promovendo as
complementaridades urbano/rural; (ii) promover a obtenção de padrões de excelência ambiental, através de uma
gestão de recursos mais eficiente e da adopção de meios minimizadores dos impactes.
Garantindo a adequação dos Eixos Estratégicos do “Alentejo 2015” aos Eixos Prioritários do Programa Operacional, foi
definido um conjunto de objectivos específicos, a saber:
Incentivar a criação de empresas e o empreendedorismo, promovendo a densificação do relacionamento
empresarial em clusters; Apoiar a incorporação de inovação e conhecimento nas empresas,
nomeadamente através da captação de investigação para a região;
Constituir uma rede regional de centros tecnológicos; Aumentar as actividades I&D associadas aos
clusters estratégicos; Reforçar as conexões em rede dos actores regionais através da adopção das TIC;
Reforçar a rede regional de parques empresariais, reforçando a mobilidade intra-regional, através da
melhoria das infraestruturas e sistemas de transporte e da conclusão da rede viária principal;
Promover o desenvolvimento sustentável dos centros urbanos e reforçar a sua competitividade e
atractividade, inclusive através de uma correcta dotação em serviços e equipamentos colectivos à
população; Promover a articulação das cidades com a envolvente e a revitalização económica do espaço
rural;
Gerir eficientemente os recursos hídricos; Prevenir e mitigar os riscos naturais e tecnológicos; Valorizar e
gerir as áreas de maior valia ambiental.
Fonte: Programa Regional Operacional do Alentejo - QREN.
Caixa 17: Directrizes Nacionais (PNPOT) e regionais (PROT-OVT) de Ordenamento do Território – posicionamento de Azambuja
Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT) Figura 36: Sistema urbano e acessibilidades
a aposta na energia eólica; (v) Mapear riscos; (vi) Promover uma gestão adequada de resíduos.
Na qualidade | Eixo 3 - concretizar a visão policêntrica e valorizar a qualidade de vida urbana: (i)
Consolidar os subsistemas urbanos regionais numa rede polinucleada que integre soluções intermunicipais e
que atenue a litoralização do território; (ii) Qualificar os centros urbanos; (iii) Apostar em soluções alternativas
de turismo que considerem os pequenos aglomerados tradicionais; (iv) Qualificar os recursos humanos.
Na multifuncionalidade | Eixo 4 - descobrir as novas ruralidades: (i) Apostar na competitividade das fileiras
de produção agrícola, florestal e agro-pecuária, valorizando produtos com elevado grau de diferenciação e
qualidade; (ii) Requalificar e consolidar a agricultura de regadio; (iii) Promover a articulação urbano-rural das
actividades económicas e sustentabilidade da utilização dos recursos, e apostar na ruralidade qualificada.
Naquilo que interessa ao sector turístico, o PROT-OVT destaca os recursos turísticos da Lezíria do Tejo, designadamente dos
que estão associados às quintas agrícolas, à caça e à conservação na natureza, considerando que são, todavia, incipientes. O
Plano propõe o privilégio de actividades de Turismo em Espaço Rural ou Turismo Cinegético em complementaridade a outras
actividades. Assumindo a importância da Lezíria enquanto espaço geográfico identitário e estruturante e a necessidade de
promover a aproximação entre o Oeste e o Vale do Tejo (um corredor ecológico estruturante), o Plano classifica a Azambuja
como Área turística emergente a reestruturar.
Do ponto de vista agrícola, em Azambuja são destacadas duas vertentes essenciais – a Agricultura de Regadio e a Viticultura e
Olivicultura.
Fonte: PNPOT e PROT-OVT.
O Programa de Acção para os Municípios do Oeste e Quatro Municípios da Lezíria do Tejo 2008 – 2017 (PA AMO/4LT,
Resolução de Conselho de Ministros n.º 135/2008, de 9 de Setembro) enquadra uma intervenção integrada de
desenvolvimento económico e social num modelo de cooperação estratégica supra-municipal público-público, envolvendo a
Administração Central, a Administração Local e a dinamização de parcerias e investimentos. O objectivo central é o de
construir um catalisador de desenvolvimento sustentável num território onde se projectam as consequências da alteração de
localização do Novo Aeroporto de Lisboa (NAL), nomeadamente pelos efeitos da aplicação prolongada de medidas de
excepção e das expectativas entretanto não concretizadas. Tomando em linha de conta as directrizes e prioridades nacionais
definidas no âmbito do QREN, cuja execução se estende até 2015, a decisão de alterar a localização do futuro aeroporto de
Lisboa para o Campo de Tiro de Alcochete, a proximidade à cidade de Lisboa e à AML, cujas sinergias são uma vantagem
inquestionável, o Programa de Acção propõe-se apostar em cinco grandes eixos:
Emergência e consolidação de um novo pólo turístico competitivo indutor de novas oportunidades,
apostando na melhoria qualitativa da oferta cultural e na valorização do património enquanto factores de
desenvolvimento económico, criação de emprego, competitividade e coesão social;
Afirmação de uma ruralidade moderna capaz de articular modelos empresariais e residenciais geradores
de atractividade e de promover a coesão territorial, assentes em conhecimento, desenvolvimento
tecnológico e gestão sustentável do meio ambiente;
Promoção de crescimento demográfico com base em novos fluxos populacionais atraídos pela qualidade
de vida, por uma rede de equipamentos e serviços de qualidade e servidos por boas acessibilidades
internas e externas;
Atracção e promoção de investimento empresarial, orientado para a produção e distribuição concorrencial
de bens e serviços transaccionáveis e competitivos, inclusive através da aposta na qualificação de
recursos humanos, para melhoria do padrão de especialização das actividades económicas a consolidar e
a acolher no território;
Promoção de boa governança para uma administração pública mais eficiente e mais próxima dos
cidadãos.
Os projectos são de âmbitos diversificados e envolvem diversas entidades da administração central, local e privadas,
podendo destacar-se: Projectos de âmbito nacional ou regional - Biotério Central - Fundação Champalimaud, Fundação
Calouste Gulbenkian, Universidade de Lisboa, Câmara Municipal de Azambuja; Posto da GNR de Aveiras de Cima,
Azambuja – MAI, DG de Infra-Estruturas e Equipamentos; Beneficiação de Estradas Nacionais e Regionais, MOPTC EP –
Estradas de Portugal, S.A.; Intervenções no âmbito das competências dos Ministérios da Saúde, Trabalho e Segurança
Social, Ciência, Educação e Cultura (Palácio de Manique do Intendente); Projectos de âmbito local - Valorização do
Património Histórico – Castro de Vila Nova de São Pedro e Mosteiro das Virtudes, CM Azambuja, Requalificação do eixo
urbano Azambuja/Aveiras de Cima, CM Azambuja; Valorização da margem ribeirinha do Tejo e afluentes, CM Azambuja.
O Programa de Acção Territorial (PAT) da Zona Estratégica de Figura 38: Estratégia Territorial do PAT Alenquer / Azambuja
Desenvolvimento de Alenquer – Azambuja (ZEDAA) – Porta Norte
de Lisboa, ainda por aprovar (referido adiante como PAT
Alenquer/Azambuja) procura conciliar o desenvolvimento sócio-
económico dos dois municípios nas suas áreas conexas com a
componente urbanística (Objectivo Estratégico 2 - OE2) e
sustentabilidade (entendida em sentido lato: Sistemas Ambiental,
Económico, Urbano e Sociocultural - OE1) explorando relações de
dependência e complementaridade com o restante território dos
dois Municípios e com projectos similares da Região Oeste.
O PAT Alenquer/Azambuja ambiciona ainda promover a
“diversificação, modernização e expansão das actividades
económicas e do próprio tecido empresarial (OE3)”, a “criação de
emprego e qualificação dos recursos humanos e das condições de
trabalho (OE4), o “(…) incremento da qualidade de vida dos
habitantes residentes”, a “criação de um modelo institucional para
a gestão da ZEDAA (OE6)”, o reforço da atractividade desta área
pela aposta na “qualificação, planeamento, estruturação,
organização e controle (OE7)”, a “sensibilização do sector privado
para as oportunidades de investimento (OE8)” e o “reforço e
desenvolvimento do potencial económico em articulação com outros Municípios do Vale do Tejo e do Oeste (OE9)”.
Com base numa proposta de rede viária estruturante, o PAT Alenquer/Azambuja prevê a possibilidade de criação de duas novas
áreas destinadas a actividades económicas - Área de Intervenção Prioritária, a localizar na área do anterior aeroporto da Ota; e
Área de Localização Empresarial de Aveiras de Cima / Alcoentre / Ota, apoiada na Companhia Logística de Combustíveis (CLC) -
que, juntamente com a actual área de logística de Carregado - Azambuja e com a futura Plataforma Logística da Castanheira,
viriam estruturar e reforçar a Porta Norte de Lisboa identificada do PROT-OVT.
O PAT Alenquer / Azambuja define 9 Unidades Territoriais, das quais interessa destacar:
Unidade 1 – Tejo/Ota/Alenquer: integra as áreas mais sensíveis do ponto de vista biofísico (áreas protegidas a
nível regional ou local), garantindo o bom funcionamento dos sistemas ecológicos, a compatibilidade de usos e a
manutenção da actividade agrícola nas várzeas;
Unidade 2 – Plataforma Logística de V.N. Rainha: apoiada na EN3 e na Linha do Norte, esta unidade será
alvo de um programa de qualificação, assente no reordenamento viário e na criação de estacionamento, na
melhoria da capacidade de atracção e fixação de empresas e na flexibilização das alterações de uso, prevendo a
possibilidade de conversão de unidades;
Unidade 4 – Azambuja: a Vila e áreas circundantes terão que ser alvo de um Plano de Urbanização que permita
planear e qualificar os espaços, contrariando a sua suburbanização, intervir ao nível da rede viária estruturante,
potenciar a utilização de transporte público e dar coerência formal, funcional e estética aos diversos espaços;
Unidade 5 – Área interior: corresponde a uma zona marginal dos dois concelhos, despovoada e ocupada por
floresta de produção que importa gerir adequadamente em função dos objectivos do Plano de Ordenamento
Florestal aplicável. Está previsto um Parque Temático para esta área, assente na elaboração de um Plano de
Pormenor partilhado por ambos os Municípios;
Unidade 7 – Aveiras de Cima: o Plano de Urbanização a elaborar para esta unidade deverá privilegiar o
planeamento sustentado e qualificação da vila de Aveiras de Cima, a correcta integração dos diversos espaços
urbanos, a qualificação das áreas de serviços junto ao nó da Auto-estrada e a reorganização do tráfego e
estacionamento;
Unidade 8 – Ota / EN366: esta unidade deverá ser alvo de um plano de reordenamento das actividades
instaladas, criando uma área de Localização Empresarial, que inclua e qualifique o espaço onde se localiza a
Companhia Logística de Combustíveis.
Fonte: PAT Azambuja / Alenquer