Sie sind auf Seite 1von 25

A gramática e o texto

no ensino da Língua
Portuguesa
Profª Ms. Simone Daise
Schneider
sschneider@sinos.net
sschneider@feevale.br
Ensino da língua exige
interlocução...

 GÊNEROS TEXTUAIS;

 - LÍNGUA;

 - LETRAMENTO;
GÊNEROS TEXTUAIS
 ...parte de processos de atividades socialmente
organizadas;

 ...são fatos sociais sobre os tipos de atos de fala que as


pessoas podem realizar e sobre o modo como elas os
realizam;

 ...emergem nos processos sociais em que pessoas


tentam compreender umas às outras suficientemente
bem para coordenar atividades e compartilhar
significados com vistas a seus propósitos práticos.
Letramento
 Devido à necessidade de reconhecer e nomear práticas
sociais de leitura e de escrita mais avançadas e complexas
que as práticas do ler e escrever resultantes da
aprendizagem do sistema de escrita, que, em meados dos
anos 1980, se dá, simultaneamente, a invenção do
letramento no Brasil, do illetrisme, na França, da literacia,
em Portugal, para nomear fenômenos distintos do
denominado alfabetização;

 trata-se de uma extensão do conceito de alfabetização ao


conceito de letramento: do saber ler e escrever em direção
ao ser capaz de fazer uso da leitura e da escrita.
Língua - Gramática
 Cabe à gramática especificar, desde a formação de palavras até a
formação de frases, determinando qual a ordem possível;

 A língua apresenta mais de um componente (léxico e gramática), e seu uso


está sujeito a diferentes tipos de regras e normas (textuais e sociais);

 ...recurso para o sentido que s pessoas atribuem a si mesmas, ao mundo,


às coisas todas;

 ...parte de nós mesmos, de nossa identidade cultural, histórica e social;

 ...por meio dela que nos socializamos, que interagimos, que


desenvolvemos nosso sentimento de pertencimento a um grupo, a uma
comunidade. EU SOU DAQUI.
RENOVAÇÕES METODOLÓGICAS
 segundo os PCNs - TEXTO = UNIDADE DE ENSINO
- GÊNEROS TEXTUAIS = OBJETOS DE ENSINO
 na sociedade atual, uma grande variedade de textos é exigida pelas múltiplas
e complexas relações sociais…;

 … é necessário que o ensino de língua portuguesa gire em torno do texto, de


modo a desenvolver competências lingüísticas, textuais e comunicativas dos
alunos, possibilitando-lhes uma convivência mais inclusiva no mundo letrado
de hoje.

 LOGO…
 O trabalho com os gêneros textuais é uma extraordinária oportunidade de se
lidar com a língua em seus mais diversos usos autênticos no dia-a-dia. Pois
nada do que fizermos lingüisticamente pode ser tratado apenas em um ou
outro gênero.

 É NECESSÁRIO...
 ERROS – ACERTOS MUDANÇAS
Como a língua tem sido vista na
escola?
 Equívocos:
 ... para se garantir eficiência nas atividades de
falar, de ler e de escrever, BASTA ESTUDAR
GRAMÁTICA;
 ...NÃO É PARA SE ENSINAR GRAMÁTICA.

 E a heterogeneidade e a flexibilidade dos usos?


Para pensar.... gramática
 “... com 3 anos de idade, qualquer criança de
qualquer parte do mundo se comunica com
estruturas lingüísticas complexas...”(Scherre,
2005:9)
 O professor:
“os alunos chegam à 4ª série e não conhecem
regras de gramática.”

PERGUNTA: Fala-se da mesma gramática?


Como professor é preciso aceitar
que a língua é constituída de...
 Um léxico;
 uma gramática;
 a composição de textos;
 uma situação de interação.

 A gramática sozinha é incapaz de preencher as


necessidades interacionais de quem fala,
escuta, lê ou escreve textos.
A interação verbal requer...
 Conhecimento do real ou do mundo;
Manchete de jornal
“A rede não balançou para o São Paulo neste final de semana”
“... alguém tucanou.”

 Conhecimento das normas de textualização;


Reescreva no seu caderno o trecho da história a seguir, substituindo as
palavras sublinhadas por: ele – ela – eles – elas

Pedro estava arranjando o carro, enquanto Lígia fazia as malas.


Julinho queria ajudar na arrumação da bagagem de Lígia, pois tudo estava
atrasado.
Pedro conseguiu arrumar o carro, porque Fátima, Inês e Marcos também
vieram ajudar. Bernardo, porém, não pôde participar do passeio, porque
estava adoentado e cheio de preguiça.
 Como ficaria o entendimento deste texto:
Ele estava arranjando o carro, enquanto ela fazia as malas.
Ele queria ajudar na arrumação da bagagem dela, pois tudo estava atrasado.
Ele conseguiu arrumar o carro, porque eles também vieram ajudar. Ele,
porém, não pôde participar do passeio, porque estava adoentado e cheio de
preguiça.

 Conhecimento das normas sociais de uso da língua.


-usar expressões que demonstram atitudes de polidez ou usar de tolerância
frente a determinados tipos de interlocutores é comportamento socialmente
prestigiado;
-qualquer atividade de linguagem é uma atividade socialmente normatizada
e, assim, regulada.
UMA FUNÇÃO DA ESCOLA NA AMPLIAÇÃO DA COMPETÊNCIA
COMUNICATIVA DOS ALUNOS É CULTIVAR O APREÇO PELA
DIVERSIDADE.
 De modalidade de uso da língua;
 de norma;
 de registro;
 de interlocutores;
 de suportes;
 de funções;
 de universos de referência;
 de tipos e de gêneros de texto;
 de complexidade desses textos;
 diversidade, enfim.

 SERIA BEM MAIS PRODUTIVO PENSAR A LINGUAGEM; PENSAR


SOBRE A LINGUAGEM; TENTAR VÊ-LA POR DENTRO; TENTAR
ENTENDER O ENCAIXE DAS PEÇAS QUE FAZEM SEU
FUNCIONAMENTO INTERATIVO.
Análise do texto “O mais terrível”
 Tente encontrar palavras que possam substituir os “a”
das linhas 01, 08, 21, 33 e 38, mantendo sentido
aproximado.
- Em dois dos casos a substituição não é possível.
Quais são? Por quê?
-Nos outros casos, que palavras você utilizou na
substituição?
 Compare as palavras destacadas nas frases a seguir:
(a) “O ‘tio’ disse: Não tenho dinheiro, deixei minha
carteira em casa”
(b) E acrescentou: “Onde está tua mãe?”
(c) “se a miséria a tua volta te incomoda” (l. 43 e 44)

- Em qual das frases a palavra destacada indica


realmente posse, propriedade?
- E nas outras, o que indica?
 Observe o sentido das frases seguintes, especialmente o
papel das palavras destacadas.
(a) “este ( ) é apenas um ciclo econômico, e a nossa geração
foi a escolhida para este ( ) vexame, você aí desse ( )
tamanho pedindo esmola” (l.26 a 30)
(b)“Esta ( ) é a lição destes ( )dias (...).Todos esses ( )anos
de convivência (l.45 a 48)
(c) Como se isso ( ) fosse nos salvar (linha 59)
Identifique nos parênteses o papel dos termos destacados
acima, de acordo com o código seguinte:
i) indica que se trata do tempo atual;
ii) refere algo que já passou no tempo;
iii) retoma uma idéia já apresentada no texto.
 As palavras “família” (linha 18), “geração” (linha 51), mesmo
quando usadas no singular, dão uma idéia de conjunto. Quem
compõe a “família” do texto? E a “geração”? E o “mercado”?

- E fora do texto, quem pode fazer parte de uma família, de uma


geração, de um mercado?

- Descubra em seu vocabulário outras palavras que, mesmo usadas


no singular, representam conjuntos de pessoas, objetos, utensílios,
instrumentos, etc, e faça frases com elas.
 A palavra “aqui” é empregada duas vezes no texto (linha 29 e 57),
mas não significam a mesma coisa. Qual o significado de cada
uma? Como chegamos a ele? Que outras palavras poderiam ser
utilizadas no lugar delas, mantendo seus significados?

 Analise o papel das expressões sublinhadas e numere os


parênteses de acordo com o sentido que tem cada uma.
( ) “escolhendo a cara e a voz para dizer que não tinha trocado” (l.
5 e 6)
( )”não temos nada para lhes dar ou dizer, além de esmola” (l. 16
e 18)
( ) “ eu aqui sem nada para te dizer” ( l. 29 e 30)
( ) “ todos esses anos de convivência com a dor dos outros” (l 47
e 48)
(1) Indica ausência de algo.
(2) Introduz uma finalidade.
(3) Dá a idéia de acompanhamento.
(4) Relaciona por adição.
 Compare as frases a seguir e diga o que têm de semelhante e de
diferente.
(a) “ela era tão pequena que a cusparada não me atingiu” (l.11 a
13)
(b) Ela era muito pequena, pois a cusparada não me atingiu.
(c) Ela era muito pequena, portanto, a cusparada não me atingiu.
(d) Como ela era muito pequena, a cusparada não me atingiu.
Novas concepções de língua e
suas repercussões
 Prioridade conteúdos, objetivos e práticas pedagógicas... a escola irá se
concentrar em atividades:
- de compreensão e análise de textos orais e escritos;
- de convivência com o patrimônio literário da região e do país;
- de reflexão e debate em torno de temas que põem em relação as
variedades lingüísticas e a realidade social e política do país;
- de elaboração de textos orais e escritos, de diferentes gêneros, de
diferentes registros e finalidades, com ênfase nos procedimentos de
planejamento e de revisão.

ASSIM....
...ESTAREMOS PREPARANDO OS ALUNOS
PARA...
 Ler e entender um texto, de qualquer dimensão, de
qualquer tipo ou gênero;
 para interagir em público, em contextos menos ou mais
formais, como falante ou como ouvinte;
 para se expressar por escrito, conforme a solicitação do
momento, de forma clara, precisa, coesa, coerente e
relevante;
 para usufruir do gosto estético das produções literárias;
 para relacionar as informações dos textos verbais com
outras expressas em outras linguagens.
Aula de Língua Portuguesa (sugestão)
 Leitura;
 compreensão do texto;
 estudo de vocabulário;
 interpretação do texto;
 análise lingüística do texto;
 sistematização do conteúdo;
 produção textual;
 reescrita de texto;
 Literatura.
O QUE PRECISA MUDAR NA
ESCOLA?
 Rever os objetivos do ensino;

 dar maior destaque e funcionalidade ao espaço destinado à biblioteca, às


salas de leitura, às salas de debates e de outros recursos midiáticos;

 ter professores que pensam e ensinam a pensar;

 contemplar a articulação dos vários componentes da língua, na forma em que


ela funciona;

 redefinir os programas – eixo: questões do texto falado e escrito;

 Foco das aulas: deixar de ser a correção para ser o ensino, a exploração, a
investigação, a pesquisa, a procura.
POR FIM...
 O professor de português deve ser, para todos os efeitos, um leitor assíduo,
funcionalmente múltiplo e “amante” de textos literários e não-literários;

 Deve ser alguém que sabe escrever e que o faz com freqüência;

 Ser uma pessoa que sabe fazer aquilo que ensina, que experimenta, como
“eterno aprendiz”, os desafios que propõe aos outros;

 Conhecer bem a gramática para usá-la como instrumento analítico e


explicativo da linguagem de seus próprios alunos;

 Ser alguém que produz conhecimento.

 QUAL A RELAÇÃO ENTRE GÊNEROS – LÍNGUA –


LETRAMENTO?
 Para pensar...
 Língua e gramática podem ser uma solução se
soubermos ir adiante, muito além da gramática:
muito além até mesmo da língua, para alcançar
a nós mesmos e aos vestígios mais sutis da
cultura, da história, dos discursos todos que
teceram e tecem os versos de cada um.
 Teríamos cumprido a missão sonhada de fazer
a travessia do ensino de línguas sem tantas
pedras no caminho!
Possenti (1996:32-33)
 “No dia em que... Sobrariam apenas
coisas inteligentes para fazer na aula,
como ler e escrever, discutir e reescrever,
reler e reescrever mais, para escrever e
ler de forma sempre mais sofisticada...”
(Irandé,2007:37)

Das könnte Ihnen auch gefallen