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O documento discute as ideias centrais do existencialismo, começando com seu surgimento no século XIX com Kierkegaard e abordando pensadores como Sartre, Heidegger e Jaspers. Apresenta os principais conceitos existencialistas como a noção de que a existência precede a essência e a angústia da condição humana diante da morte e da liberdade de escolha. Explora também as diferenças entre as vertentes cristã e ateia do movimento.
O documento discute as ideias centrais do existencialismo, começando com seu surgimento no século XIX com Kierkegaard e abordando pensadores como Sartre, Heidegger e Jaspers. Apresenta os principais conceitos existencialistas como a noção de que a existência precede a essência e a angústia da condição humana diante da morte e da liberdade de escolha. Explora também as diferenças entre as vertentes cristã e ateia do movimento.
O documento discute as ideias centrais do existencialismo, começando com seu surgimento no século XIX com Kierkegaard e abordando pensadores como Sartre, Heidegger e Jaspers. Apresenta os principais conceitos existencialistas como a noção de que a existência precede a essência e a angústia da condição humana diante da morte e da liberdade de escolha. Explora também as diferenças entre as vertentes cristã e ateia do movimento.
Cricima, 7 de junho de 2014. O existencialismo o nome dado corrente filosfica iniciada no sc. XIX pelo filsofo dinamarqus Sren Kierkegaard (1813-1855). Como o prprio nome diz, o conjunto de doutrinas existencialistas tem foco na existncia, isto , na condio de existncia humana.
O que torna as coisas complicadas a existncia de dois tipos de existencialistas: por um lado os cristos, tendo como exemplo Jaspers e Gabriel Marcel; e por outro os ateus, entre eles Heidegger e o prprio Sartre. O que esses dois ramos tm em comum o fato de admitirem que a existncia precede a essncia, ou em outras palavras, necessrio partir da subjetividade.
Consideremos um objeto fabricado, como um livro ou um corta-papel; esse objeto foi fabricado por um artfice que se inspirou num conceito; tinha, como referenciais, o conceito de corta-papel assim como determinada tcnica de produo, que faz parte do conceito e que, no fundo, uma receita. Desse modo, o corta-papel , simultaneamente, um objeto que produzido de certa maneira e que, por outro lado, tem uma utilidade definida: seria impossvel imaginarmos um homem que produzisse um corta-papel sem saber para que tal objeto iria servir. Podemos assim afirmar que, no caso do corta-papel, a essncia ou seja, o conjunto das tcnicas e das qualidades que permitem a sua produo e definio precede a existncia; e desse modo, tambm, a presena de tal corta-papel ou de tal livro na minha frente determinada. Eis aqui uma viso tcnica do mundo em funo da qual podemos afirmar que a produo precede a existncia (SARTRE, 1987:5).
Nas primeiras dcadas do sculo XX, o mundo estava em crise juntamente com a filosofia.
A filosofia passa a incorporar as discusses sociais, ticas e existenciais desse perodo. A falta de crena, no fazendo Deus como presena, o homem contemporneo sente toda solido, percebe que constri seu prprio destino, isto o angustia.
Em meio toda essa crise surge o movimento Existencialista que acredita que o homem no deve ser observado ou revisado como um objeto qualquer na cadeia dos seres vivos. O Existencialismo acredita que o homem, por possuir uma natureza singular, particular, intransfervel e to diferente dos outros seres vivos, deve ser abordado, avaliado e conhecido com outros mtodos.
Para as Cincias Humanas o Existencialismo prope encontrar outros postulados para conhecer o homem, considerando o seu contexto histrico a m realidade e as circunstncias que o movem para viver no mundo com os outros e a relao que ele fez a partir do seu vivido. Trecho do filme - Melancolia https://www.youtube.com/watch?v=w9Bl 9IDFh0c O Homem nada mais do que aquilo que faz de si mesmo.
Jean-Paul Charles Aymard Sartre nasceu em Paris, Frana, no dia 21 de junho de 1905. Filho de Jean Baptiste Marie Eymard Sartre, oficial da Marinha Francesa e de Anne- Marie Sartre.
Publicou livros importantes na Frana como forma de disseminar seus preceitos existencialistas:
Sua principal obra foi O Ser e o Nada. Sartre era um intelectual engajado com os movimentos sociais na Frana
Sartre morreu em Paris, Frana, no dia 15 de abril de 1980. Seus restos mortais encontra-se no Cemitrio de Montparnasse, onde tambm est sepultada sua companheira Simone de Beauvoir.
A idia central de todo pensamento existencialista que a existncia precede a essncia.
Sartre leva o indeterminismo s suas mais radicais conseqncias.
O pensamento de Sartre, contido em seus romances e peas de teatro e em escritos filosficos influenciou fortemente os intelectuais franceses.
Morrer no um acontecimento; um fenmeno a ser compreendido existencialmente. Martin Heidegger foi filsofo, escritor, professor universitrio, reitor e um dos grandes pensadores do sculo 20.
Nascido em uma pequena cidade catlica, seu pai era sacristo e sua me era amiga da me do jovem Conrad Grober, que viria a se tornar arcebispo de Friburgo.
Heidegger estudou em Constana, de 1903 a 1906, e em Friburgo at 1909.
Seu trabalho principal foi o Ser e tempo.
Para ele a angstia resulta da falta da precariedade da base da existncia humana. A "existncia" do homem algo temporrio, paira entre o seu nascimento e a morte que ele no pode evitar.
Como uma filosofia do tempo, o existencialismo exorta o homem a existir inteiramente "aqui" e "agora", para aceitar sua intensa "realidade humana" do momento presente.
Portanto, no homem, o ser est relacionado ao tempo e existe , em trs fenmenos, trs "existenciais" que caracterizam como as coisas do passado, do presente e do futuro se manifestem para o homem e a unidade desses trs fenmenos constitui a estrutura temporal que faz a existncia inteligvel, compreensvel. So a afetividade, com que se liga ao passado pelo seu julgamento; a fala, com que se liga ao presente, e o entendimento, que a inteligncia com que lida com o seu futuro, com a angstia de sua predestinao morte.
Na angstia, o homem experimenta a finitude da sua existncia humana. Todas as coisas suprfluas em que estava mergulhado se afastam deixando-o a n, como uma liberdade para encontrar-se com sua prpria morte (das Freisein fr den Tod), um "estar preparado para" e um contnuo "estar relacionado com" sua prpria morte (Sein zum Tode).
Kierkegaard nasceu em Copenhague, na Dinamarca, no dia 5 de maio de 1813, duas pessoas formam de fundamental importncia em sua vida, o pai, Michael Pedersen Kierkegaard, e a noiva Regina Oslen, a quem amava mas no conseguiu tomar por esposa pelo sentimento de culpa e de melancolia causados pela educao que recebeu.
Em Kierkegaard no encontramos um pensamento sistemtico, fundamentados em argumentos que levem a concluses lgicas, o que encontramos so situaes existenciais com opes de categorias vivenciais a partir da categoria essencial, que o indivduo. Kierkegaard, da nfase a subjetividade do individuo. Quando o indivduo se assume, acontece uma anulao da multido, que para ele a mentira. A conscincia do indivduo passa a ser o seu prprio guia, no permitindo-se conduzir apenas por impulsos, o eu o conduz a sua deciso.
O autor nos apresenta trs estdios da existncia, que no sucessivos no tempo, nem exclusivos, pois na passagem de um para o outro o indivduo retm aquilo que foi superado.
O estdio esttico: No estdio esttico, segundo o autor, o indivduo est sobre a dominao completa dos sentidos e dos sentimentos, do imediatismo da natureza, do qual no consegue distanciar-se.
Estdio tico: As exigncias da tica fazem do indivduo um ser consciente de suas falhas, o estdio tico um perodo de aprofundar-se dentro de sua prpria subjetividade, colocando-a em conflito com o universal. Fundamenta-se em consequncias sociais e histricas.O que o preparar para o prximo estdio. O estdio religioso.
Estdio religioso: Deus a regra do indivduo no estdio religioso, ele quem justifica todas as excesses. Assim em Deus que todas as categorias ticas so suspensas. O autor diz que s o homem que leva a srio o estdio tico tem o direito de dar o salto para o estdio religioso.
A angstia para Kierkegaard, est intrinsecamente ligada as possibilidades. a angstia que permite que o indivduo d o salto de um estdio para o outro. A possibilidade algo desconhecido, tambm so desconhecidas suas consequncias.
Numa sociedade de massa, que tende a anular as singularidades dos indivduos, o pensamento da morte passa a exercer a funo de fazer com que cada homem perceba que nico. A filosofia existencialista tem o mrito de ser uma linha de pensamento filosfico comprometida com tal funo. Na anlise do significado da morte destacamos algumas contribuies de pensadores da linha existencialista:
A morte mera faticidade: A morte de algum algo que no tem qualquer significado para a sua prpria vida nem sequer um fato da vida ela simplesmente acontece e tira-o do mundo. A existncia humana ocorre em meio aos nadas cujos limites so o nascimento e a morte. O principal aspecto do existencialismo o fato de estar condenado a ser livre, ele o ser que se cria a partir de nenhum fundamento, nenhuma certeza, nenhuma verdade a no ser a de que ele absolutamente livre.
Sartre diz que a morte : nadificao de todas as minhas possibilidades, nadificao essa que j no mais faz parte de minhas possibilidades (SARTRE, 1997, p.658).
Heidegger d nfase ao sentimento de angstia do homem diante da morte. A angstia da morte algo que altera to radicalmente o homem que o transforma em o nico ser autntico, o nico ser individual, o nico ser realmente mortal.
A morte uma situao- limite: Semelhante a Heidegger, o filsofo e psicanalista Karl Jaspers ver na morte um componente importante para a estrutura interna do homem. Ele a define como uma situao-limite.
A morte uma tragdia solitria: A tese da pluralidade do eu absolutamente rejeitada por Kierkegaard que, contra ela, levanta a da unicidade do eu (eu-sou-apenas-um). no haver um outro-eu que tenha conscincia da prpria morte.
ISLAMISMO: Os muulmanos crem que, como o nascimento, a morte est nas mos de Deus. "Foi Al quem te criou, quem te sustentou, e ele quem te far morrer", Surh 30:40
CRISTIANISMO: O destino varia de acordo com o que o morto fez em vida. Por isso, quando um cristo morre, familiares e amigos consolam uns aos outros pela perda, alm de orar para que o falecido seja perdoado de seus pecados e alcance o paraso.
BUDISMO: Velas so acesas no oratrio domstico ou de onde ocorreu o bito - o corpo fica prximo a ele. O rosto coberto com um pano branco e acendem-se incensos a sua volta. Um monge budista chamado para ler textos sagrados e confortar a famlia.
JUDASMO: Se foram bons e dignos em vida, a alma ser recompensada no alm. E para que siga iluminada que amigos e familiares cumprem uma srie de rituais.
HINDUSMO: Acreditam na reencarnao, ou seja, que a alma volta vrias vezes vida at se libertar.
Desde os primrdios da Civilizao, a morte considerada um aspecto que fascina e, ao mesmo tempo, aterroriza a Humanidade. A morte e os supostos eventos que a sucedem so, historicamente, fonte de inspirao para doutrinas filosficas e religiosas, bem como uma inesgotvel fonte de temores, angstias e ansiedades para os seres humanos.
Falar sobre morte, ao mesmo tempo que ajuda a elaborar a idia da finitude humana, provoca um certo desconforto, pois damos de cara com essa mesma finitude, o inevitvel, a certeza de que um dia a vida chega ao fim.
A demanda da clnica diversificada crianas, adolescentes, adultos, idosos e famlias , e existem queixas de diferentes ordens, como dificuldades na aprendizagem, nas relaes familiares, nas relaes amorosas, na sexualidade e dificuldades provenientes de doenas orgnicas, de violncia fsica e sexual e de psicopatologias variadas.
A psicoterapia tem como funo mediar o sujeito na construo de ferramentas que lhe possibilitem alterar a situao de impasse em que se encontra. A idia de mediao em Sartre est fundamentada no materialismo histrico-dialtico, que compreende o desenvolvimento humano como resultado da atividade do indivduo sobre seu meio.
A Psicologia clnica oferecidas na Clnica Integrada de Ateno Bsica Sade (CIABS) com o objetivo de oferecer atendimento psicoterpico gratuito como populao que procura essa unidade bsica, considerando que tal espao fornece possibilidade de construo de intervenes diretas nas comunidades, visando a desenvolver estratgias pessoais e coletivas de enfrentamento das dificuldades relacionadas aos processos de sade/doena. Esta uma experincia de interveno em Psicologia clnica, a partir da abordagem existencialista de Jean-Paul Sartre, realizada em uma clnica integrada de ateno bsica sade vinculada ao Sistema nico de Sade (SUS), na Grande Florianpolis.
REFERNCIAS SARTRE, Jean Paulo. O EXISTENCIALISMO UM HUMANISMO. Paris. 1970. MOREIRA, Fernanda; TOMCZYK, Gisele; PETRYCOVSKI, Marih R. O EXISTENCIALISMO DE SARTRE. Curitiba. 2003. MIRANDA, Sheyla. Como as grandes religies encaram a Morte?. Mundo Estranho. s.d. Disponvel em: <http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-as-grandes-religioes-encaram-o-momento-da-morte>. Acesso em: 03/06. 2014. VOMERO, Fernanda Maria. Morte. Super Abril. 2002. Disponvel em: <http://super.abril.com.br/cotidiano/morte- 442634.shtml>. Acesso em: 02/06. 2014. CELETI, Filipe Rangel. Existencialismo. Mundo Educao. s.d. Disponvel em: < http://www.mundoeducacao.com/filosofia/existencialismo.htm>. Acesso em: 02/06. 2014. VIGIANO, Jlio Csar Divino. Ser a morte o fim ltimo do ser humano?. Pensamento exteporneo. 2011. Disponvel em: < http://pensamentoextemporaneo.wordpress.com/2011/11/24/sera-a-morte-o-fim-ultimo-do-ser- humano/>. Acesso em: 02/06. 2014. SANTOS, Edemilton dos. A morte na filosofia existencialista. Saber e Filosofar. 2012. Disponvel em: < http://saberefilosofia.blogspot.com.br/2012/09/a-morte-na-filosofia-existencialista.html>. Acesso em: 04/06. 2014. POKLADEK, Danuta D. Ttulo do contedo. Instituto PsicoEthos. s.d. Disponvel em: < http://www.psicoethos.com.br/si/site/010404>. Acesso em: 05/06. 2014. <http://www.e-biografias.net/jean_paul_sartre/>. Acesso em: 05/06. 2014. UOL EDUCAO. Disponvel em: <http://educacao.uol.com.br/biografias/martin-heidegger.jhtm>. Acesso em: 05/06. 2014. Giles, Ransom Thomas, 1937 - Histria do existencialismo e da fenomenologia / Thomas Ransom Giles. - So Paulo : EPU, 1989 Reblin, Andras Reblin, 2008 - Revista Eletnica do Ncleo de Estudos e Pesquisa do Protestantismo (NEPP) da Escola Superior de Teologia Volume 16