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DIREITOS SOCIAIS E POLÍTICA

SOCIAL

Suas bases sócio-


históricas.
OBJETIVO

 Abordagens teóricas de política social e


cidadania
 As novas configurações de Estado e
sociedade civil
 Abordar os direitos sociais e a política social,
de maneira a considerar as suas bases
sócio-históricas, as lutas sociais, as
concepções de direito e política e os
tratamentos à questão social.
OS DIREITOS SOCIAIS E A POLÍTICA SOCIAL E
SUAS BASES SÓCIO-HISTÓRICAS

 LIBERALISMO CLÁSSICO
– Contratualismo e Política Social
 CAPITALISMO MONOPOLISTA
– Política Social e Welfare State: generalização de
medidas de seguridade social no pós-1945.
 CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
– Neoliberalismo e Política Social
OS DIREITOS SOCIAIS E A POLÍTICA SOCIAL
E SUAS BASES SÓCIO-HISTÓRICAS NO
LIBERALISMO CLÁSSICO

 No século XVI e XVII


– Estado absolutista, no século XVI, inaugura as
estruturas próprias do Estado Moderno Nacional:
força armada sob comando único, uma
burocracia e um sistema fiscal.
– Decadência do sistema feudal e das leis divinas
como fundamentos de hierarquias políticas.
– Discussão acerca do papel do Estado: uma
abordagem racional do exercício do poder político
do Estado.
OS DIREITOS SOCIAIS E A POLÍTICA SOCIAL
E SUAS BASES SÓCIO-HISTÓRICAS NO
LIBERALISMO CLÁSSICO

– Divergência de interesses entre a aristocracia


(Estado Absolutista) e comerciantes/mercadores,
protagonistas econômicos importantes.
– Poder Político (Aristocracia) x Poder Econômico
(Burguesia).
– Revolução Burguesa – desenvolvimento das
forças produtivas
 1688/89 – Inglaterra
 1789 – França
OS DIREITOS SOCIAIS E A POLÍTICA SOCIAL
E SUAS BASES SÓCIO-HISTÓRICAS NO
LIBERALISMO CLÁSSICO

 FORÇAS PRODUTIVAS
– OS MEIOS DE TRABALHO
 Ferramentas, instrumentos, instalação, a terra, etc.
– OS OBJETOS DO TRABALHO
 Matérias naturais (brutas ou modificadas)
– A FORÇA DE TRABALHO
 Energia humana no processo de trabalho para
transformar os objetos do trabalho em bens úteis para a
satisfação das necessidades
OS DIREITOS SOCIAIS E A POLÍTICA SOCIAL
E SUAS BASES SÓCIO-HISTÓRICAS NO
LIBERALISMO CLÁSSICO

Thomas Hobbes (1588-1679) – John Locke (1632-1704) –


Leviatã (1651) Segundo Tratado sobre governo
(1690)
Representantes da teoria dos direitos naturais (jusnaturalismo).
Semelhança entre ambos: partem do princípio do estado de
natureza que pelo intermédio do contrato social realiza a passagem
para o estado civil.
 Categorias:
1. estado natural
2. contrato social
3. estado civil
OS DIREITOS SOCIAIS E A POLÍTICA SOCIAL
E SUAS BASES SÓCIO-HISTÓRICAS NO
LIBERALISMO CLÁSSICO

Thomas Hobbes (1588-1679) e Jean Jacques Rousseau (1712-1778)


John Locke (1632-1704)
O contrato social = pacto iníquo. As desigualdades sociais tem sua
= todos renunciam aos direitos origem na propriedade privada.
naturais = desigualdade política e O contrato legítimo é construído, a
econômica. partir de um sujeito coletivo,
A ideologia por trás desse constituindo-se como povo, e que por
discurso é o interesse particular isso, não renuncia os seus direitos.A
dos ricos apresentado ao restante idéia de cidadão = sujeito coletivo e
da sociedade como universal. soberano.
Alienam para um outro seus A liberdade positiva = denominação
direitos naturais democrática,
Pacto iníquo = liberdade O sujeito coletivo representa vontade
negativa geral = bem comum
OS DIREITOS SOCIAIS E A POLÍTICA SOCIAL
E SUAS BASES SÓCIO-HISTÓRICAS NO
LIBERALISMO CLÁSSICO

Jean Jacques Rousseau Adam Smith (1723-1790)


(1712-1778)
democracia direta.  Posição anti-estatista radical = o mercado
A base de toda a é o instrumento “natural” de regulação das
igualdade está firmada no relações sociais.
fator econômico, a  O Estado apresenta três funções:
distribuição da 1. “a defesa contra os inimigos externos;
propriedade deve ser 2. a proteção de todo indivíduo de ofensas
equânime entre os dirigidas por outros indivíduos; e
indivíduos
3. o provimento de obras públicas.
OS DIREITOS SOCIAIS E A POLÍTICA SOCIAL
E SUAS BASES SÓCIO-HISTÓRICAS NO
LIBERALISMO CLÁSSICO

 Quanto às Políticas Sociais


 Neste contexto:
– Não há lugar para a política social.
– A leis de proteção social eram recusadas, entendendo que as
mesmas reverteriam as leis da natureza
Este pensamento pode ser mais bem explicitado nas palavras
de Malthus: “há um direito que geralmente se pensa que o
homem possui e que estou convicto de que ele não possui
nem pode possuir: o direito de subsistência, quando seu
trabalho não a provê devidamente”. (op. cit. Berhing, 2000,
p.24)
OS DIREITOS SOCIAIS E A POLÍTICA SOCIAL
E SUAS BASES SÓCIO-HISTÓRICAS NO
LIBERALISMO CLÁSSICO

 Quantoao tratamento da questão social:


Concepção:
– Aos pobres
 nãose devia despender recursos com os pobres,
dependentes ou passivos, mas vigiá-los e puni-los.
– Aos trabalhadores
 não se deve regulamentar salários
– Estado policial e repressor.
OS DIREITOS SOCIAIS E A POLÍTICA SOCIAL
E SUAS BASES SÓCIO-HISTÓRICAS NO
CAPITALISMO MONOPOLISTA

 Crise do Liberalismo Clássico


– Determinantes:
 Crescimento do movimento operário que passou a
ocupar espaços políticos, o que forçou a burguesia a
reconhecer “direitos de cidadania política e social cada
vez mais amplos para esses segmentos” (BERHING,
2007, p.67)
 Criação de grandes monopólios que passaram a liderar
o mercado, dentro de uma fusão entre o capital
bancário e o capital da indústria, dando origem ao
capital financeiro (Idem, p.68).
OS DIREITOS SOCIAIS E A POLÍTICA SOCIAL
E SUAS BASES SÓCIO-HISTÓRICAS NO
CAPITALISMO MONOPOLISTA

 Revolução Keynesiana = Reforma Social


– Formulação de John Maynard Keynes (1883-
1946)
 Crisede superprodução de 1929
 Ele defende a liberdade individual e a economia de
produção, porém rompe com o liberalismo clássico
– Visando retirar a Inglaterra (como o próprio
capitalismo) da recessão e do desemprego,
propôs que o Estado investisse na economia.
– O Estado ampliou a sua função no domínio
econômico,
OS DIREITOS SOCIAIS E A POLÍTICA SOCIAL
E SUAS BASES SÓCIO-HISTÓRICAS NO
CAPITALISMO MONOPOLISTA

Segundo Berhing (2007):


 O Estado é ao mesmo produtor e regulador, tem a
função de restabelecer o equilíbrio econômico,
– política fiscal, creditícia e de gastos;
– a planificação com o intuito de evitar os riscos das flutuações;
– intervenção na relação capital/trabalho com a aplicação de
uma política salarial e de “controle de preços”;
– “distribuição de subsídios; a política fiscal; a oferta de créditos
combinada a uma política de juros;
– e as políticas sociais” (Ibidem, 86).
OS DIREITOS SOCIAIS E A POLÍTICA SOCIAL
E SUAS BASES SÓCIO-HISTÓRICAS NO
CAPITALISMO MONOPOLISTA

 Ao keynesianismo agregou-se o pacto fordista


– Mudanças nas relações de produção com o desenvolvimento
das forças produtivas, que decorrem:
 da combinação da produção em massa com consumo de massa,
“o que pressupunha um novo sistema de reprodução da força de
trabalho, bem como ‘uma nova política de controle e gerência do
trabalho, uma nova estética e uma nova psicologia,
– em suma, um novo tipo de sociedade democrática,
racionalizada, modernista e populista’ (Harvey, 1993, 121)”
(Berhing, 2007, p.87).
– O fordismo, então, foi bem mais que uma mudança técnica,
com a introdução da linha de montagem e da eletricidade: foi
uma forma de regulação das relações sociais, em condições
políticas determinadas.
OS DIREITOS SOCIAIS E A POLÍTICA SOCIAL
E SUAS BASES SÓCIO-HISTÓRICAS NO
CAPITALISMO MONOPOLISTA

 As políticas sociais se generalizaram nesse


contexto:
– Estado cria bases econômicas (medidas
anticíclicas), políticas e ideológicas para o
provimento público do bem-estar social,
decorrente do fortalecimento dos partidos social-
democratas, da difusão do fordismo, da
aceitação das propostas do Keynesiano e como
resultado de um pacto social estabelecido nos
anos subseqüentes com segmentos do movimento
operário.
As políticas sociais e as experiências do
Welfare State

 A construção de seguridade social, “um pacto pelo


quais os desiguais habitantes de um país
reconhecem na cidadania – conjunto de direitos
sociais – uma medida de igualdade, não apenas
formal, mas substantiva, que a todos capacita ao
gozo do patrimônio comum de uma vida digna
civilizada. E o Estado moderno, pelo seu caráter de
arena pública, vale dizer, referência de todos os
membros da comunidade política” (Vianna, 2000,
p.11).
As políticas sociais e as experiências do
Welfare State

 Para Berhing (2007), Pierson (1991) identifica os


elementos das “origens e desenvolvimento do
Welfare State”, que marcam os “anos de ouro”:
1) crescimento do orçamento social dos países da
Europa que integravam a Organização para a
Cooperação do Desenvolvimento Econômico
(OCDE);
2) aumento e mudança demográfica (aumento da
população economicamente inativa etc.); 3)
crescimento de programas sociais. (Idem, p.92).
As diferenças das concepções de Política
Social no pós-1945: T.H. Marshall

 Referência para o estudo dessa temática


 Para Marshall, T. H. (1967a), a cidadania moderna,
de base democrática, enquanto uma “igualdade
básica”, não se dissocia das desigualdades sociais
e econômicas, mas, ao contrário, se afirma sobre
elas.
 Para ele a cidadania consiste em um conjunto de
direitos racionais e legais, atribuídos e garantidos à
totalidade dos indivíduos integrantes de uma
sociedade nacional, mediante o qual a participação
no “bem comum da sociedade” lhes é assegurada.
As diferenças das concepções de Política
Social no pós-1945: T.H. Marshall

 Os direitos sociais incluem um conjunto de


direitos, que começa por “um mínimo de
bem-estar social econômico e
segurança”, e chega até a participação, “por
completo, na herança social”, a vida de um
ser civilizado, segundo os padrões
societários vigentes.
As diferenças das concepções de Política
Social no pós-1945: T.H. Marshall

 O autor remete a política social às atividades como:


1. seguro social,
2. assistência pública,
3. assistência social,
4. assistência à saúde,
5. política habitacional, educação e
6. medidas dispensadas ao enfrentamento do crime, por
exemplo, à delinqüência juvenil.
7. Promoção de programas de transferência de renda
(reformista social)
As diferenças das concepções de Política
Social no pós-1945: T.H. Marshall

 A concepção de cidadania em sua fase


madura comporta:
– Direitos Civis
 Relacionados ao direito de ir e vir, de fé, de propriedade,
etc.
– Direitos Políticos
 De votar e ser votado e à livre participação e organização
sindical e partidária.
– Direitos Sociais
 Bem-estar econômico social e de segurança.
As diferenças das concepções de Política
Social no pós-1945: T.H. Marshall

Socialista autêntica (Propostas pelos fabianos – movimento operário da


Inglaterra)
Propostas de:
1. um sistema fiscal redistributivo,
2. a estatização ou municipalização da economia,
3. a redução da renda fundiária,
4. a legislação social para tutela do trabalho e da infância,
5. a absorção do desemprego através de obras públicas,
6. a emancipação política das mulheres,
7. a aplicação do método científico à reforma social (BOBBIO, N. et
al., 1986, p.461).
As diferenças das concepções de Política
Social no pós-1945: T.H. Marshall

Reformista Conservadora
1. O Estado tem a tarefa1. Os direitos sociais são
primeira de ampliar os vistos como bloqueios
serviços sociais e aumentar
as “funções coletivas”. ao funcionamento do
2. Para esta corrente, é
mercado, pertubando a
impossível o sistema ordem natural do
econômico “sanar seus processo.
defeitos sociais por si
mesmo”.
As diferenças das concepções de Política
Social no pós-1945: Netto (1994, p. 247-305)

A perspectiva Liberal de natureza Liberal de natureza


crítica ou reformista conservadora
revolucionária
 Propõe-se à Defende o atendimento de  Defesa do Estado
construção de necessidades universais, Social mínimo, numa
um novo como direito social atenção focalista, em
projeto de inalienável ao homem, através direção aos mais
sociedade, de políticas sociais com necessitados, com a
superando as objetivo de reduzir as mediação das ONGs.
desigualdades desigualdades sociais,
sociais próprias utilizando-se de mecanismos
do capitalismo de redistribuição da riqueza
social.
Os direitos sociais e a política social no capitalismo
monopolista com as experiências do Welfare State

 As concepções de política social que


prevalecem no contexto do capitalismo
monopolista e a acepção de Política Social
de natureza reformista.
Tipologias de Welfare State (Vianna,
2000, p.24-25)

O modelo liberal ou O modelo meritocrático ou A modalidade


residual conservador institucional-
redistributiva de
proteção social
O Estado intervém Vincula a ação ‘protetora’ do voltado para a produção
somente quando o Estado ao desempenho dos e distribuição de bens e
mercado impõe grupos protegidos, serviços ‘extramercado’,
demasiadas penas aapresenta influências os quais são garantidos a
determinados conservadoras (estatismo, todos os cidadãos”
segmentos sociais reformismo paternalista, (Draibe, 1990), revela
e a satisfação das catolicismo e avanços da democracia
necessidades. corporativismo social no capitalismo”
hierarquizante)
Direito Social e a Política social na
acepção reformista.

Berhing (2007) e Faleiros (2007)


 A política social no Estado capitalista nasce no seio das
lutas de classes:
função à reprodução e manutenção das relações de produção
vigentes.
O Estado reproduz os interesses do capital incitando ao
investimento (taxa de juros) e ao consumo (política fiscal e política
social).
disfarce de neutralidade e velador da igualdade e da justiça
papel fundamental de insinuar um consenso
A política social serve como mecanismo para garantir o
consumo de bens (produzidos pelo sistema).
Direito Social e a Política social na
acepção reformista.

Berhing (2007) e Faleiros (2007)


O Estado capitalista se responsabiliza pelos investimentos não rentáveis
ao capital.
A universalidade, enquanto princípio é meramente formal, na medida em
que os homens são considerados iguais perante a lei, mas desiguais,
perante a base material da sociedade, que não lhes assegurara acesso igual
a esses direitos: rendimentos, condições residenciais, recursos educacionais,
culturais e de saúde, e justiça.
O Estado liberal, além de compensar os mais fracos, se preocupa, com a
compensação dos riscos que os indivíduos estão submetidos, diante do
desenvolvimento industrial, do regime de assalariamento e aquele proveniente
do próprio mercado. O maior risco é a perda da renda.
Direito Social e a Política social na
acepção reformista.

Berhing (2007)
Valoriza os programas de transferência de renda, dentro
da política social, por considerar que a perspectiva
redistributiva de “progressistas” é “uma luta política em
torno da gestão do Estado: “(...) a ocupação de espaços no
Estado, com pressão no âmbito da sociedade civil, por
uma vontade política redistributiva, humanista e
democrática, pode universalizar o acesso aos direitos
sociais, ampliando os padrões de cidadania” (idem, p.23-
24).
Direito Social e a Política social na
acepção reformista.

Berhing (2007)
Mas as determinações históricas da desigualdade social não são
sanadas com políticas sociais, restritas às esferas da distribuição e do
consumo (mesmo quando sua conceituação faça alusão à obra de
Marx), na medida em que elas mantêm as condições materiais de
pobreza das populações usuárias.
A chave da questão precisa se alocada na esfera da produção.
Como diz BERING, “é irrealizável todo o conjunto de ‘soluções’”
concernentes à esfera da circulação e consumo, na medida em que ‘a
chave do problema está na produção’” (idem, p.24).
Direito Social e a Política social na
acepção reformista.

 “A questão social não é senão as expressões do processo


de formação e desenvolvimento da classe operária e de
seu ingresso no cenário político da sociedade, exigindo
seu reconhecimento como classe por parte do
empresariado e do Estado. É a manifestação, no cotidiano
da vida social, da contradição entre o proletariado e a
burguesia, a qual passa a exigir outros tipos de
intervenção, mais além da caridade e repressão”
(Iamamoto in Iamamoto e Carvalho, 199, p.77)”.
Direito Social e a Política social na
acepção reformista.

 As expressões da questão social são


transformadas em objeto de programas
assistências no combate à pobreza – assistência
focalizada/repressão (retorno).
 A Questão Social, neste contexto, extrapola para a
esfera pública, exigindo a interferência do Estado
para o reconhecimento e a legalização de direitos
e deveres dos sujeitos sociais envolvidos
Crise do Keynesianismo e o
Neoliberalismo

 De acordo com Vianna (2000), a crise do Welfare State se


apresentou sob três ângulos:
1. a crise econômica (recessão, redução do PIB, aumento do
desemprego, diminuição de receitas, maiores gastos, dentre
outros);
2. as mudanças na estrutura demográfica (diminuição da população
ativa em relação a inativa, o que concorre gastos com encargos
com idosos, aposentados, doentes crônicos, etc.);
3. dimensão da crise política (insatisfação da população com a
atuação do estado de bem-estar – impostos altos, qualidade
decrescente dos serviços públicos, etc.). desse modo os novos
ditames neoliberais ganharam força, nos anos 70, ganhando
terreno as privatizações, contenções e seletividade dentre as
ações do Estado.(p.61).
Neoliberalismo

 Revolução Conservadora
– Desenvolvimento das forças produtivas
desencadeando mudanças nas relações sociais:
 Processo de “mudança social regressiva”
 Mudanças nas relações de trabalho
 A lógica contemporânea da reprodução do
capital
 O caminho da irresponsabilidade global
 Rompimento das “regulamentações que bem
ou mal, ordenavam a desigualdade” constitutiva
do capitalismo
Proposta neoliberal

 Concepção de um “Estado mínimo para o social e


máximo para o capital”.
 Trata-se do “fim do ‘Estado interventor’,
 redução do gasto público destinado às políticas
sociais,
– para a desregulação das condições de trabalho;
– para o controle cada vez maior do capital sobre o trabalho;
reservando a participação do Estado para salvaguardar a
propriedade e as ‘liberdades’,
– intervindo naqueles âmbitos nos quais o mercado não pode
ou não quer (por não ser atrativo, do ponto de vista da
lucratividade) dar resposta”. (Pastorini, 2007, p.41).
Proposta neoliberal
 “Isto implica uma redução dos direitos sociais, das
políticas sociais e, se for necessário, dos direitos
políticos, tudo em nome dos direitos civis
(principalmente o direito à propriedade privada).
 Concluindo: para os neoliberais, só na sociedade de
livre mercado os indivíduos podem se desenvolver
plenamente, optar sobre o que fazer e o que não fazer,
sem que exista uma autoridade (Estado) que lhes
imponha o que deve ser feito” (p.41).
 Trata-se da desregulamentação dos mercados, a
abertura comercial e financeira, a privatização do setor
público e a redução do Estado.
Proposta neoliberal

 Quanto às políticas sociais, Berhing (2007)


descreve que as mesmas tem sido
reconfiguradas pelo processo:
– de reestruturação produtiva,
– pelas mudanças na organização do trabalho, e
– pela hegemonia neoliberal:
A questão social no neoliberalismo

 “O trato da ‘questão social’ é orientado pela teoria da


integração social; dessa forma, acabam-se
naturalizando as desigualdades sociais, e as
políticas sociais perdem seu caráter de conquista
passando a ser concebidas como concessões do
Estado e do capital, reproduzindo a ‘ideologia do
favor’, caracterizada por formas paternalistas e
clientelísticas de relação que se combinam com um
tipo de atendimento, por parte do Estado, orientado
pela benevolência e a filantropia”. (p.93).
Proposta neoliberal

 Esse modelo aponta como soluções, para o


primeiro caso, a substituição dos direitos
sociais pela filantropia, e para o segundo, a
mercantilização dos serviços sociais.
 Neste sentido, o termo cidadão é alterado
por pobres e as medidas de caráter
emergencial e provisório são priorizadas, a
ajuda individual. (SOARES, 2003, p. 12).
Proposta neoliberal
 As políticas sociais, onde já  Para os países onde não existia
havia um Estado de Bem- um Estado de Bem-estar Social
Estar Social estruturado, constituído, as políticas de ajuste
profissionalizado e com vieram mais pelo lado econômico
recursos abundantes de – abertura comercial,
deslocalização de indústrias e
financiamento, as políticas atividades e desemprego – do
de ajuste estrutural sofreram que pelo lado da distribuição de
resistências concretas, tanto aparelhos de política social.
por parte da burocracia de  vários países foram obrigados a
Estado quanto por parte das fazer programas sociais de
populações-alvo. caráter emergencial, focalizados,
contando com a ‘solidariedade
comunitária’.
Conclusão

 Direito natural e as políticas sociais


 Direitos Sociais e as políticas sociais nas
experiências do Welfare State
 Direitos Sociais e os Ajustes nas Políticas
Sociais – descentralização, focalização,
privatização. – seletividade x universalidade.
Conclusão
 “[...] Assim, a ‘questão social’ capitalista continua sendo um
conjunto de problemas que dizem respeito à foram como os
homens se organizam para produzir e reproduzir num contexto
histórico determinado, que tem suas expressões na esfera da
reprodução social. Ou seja, o núcleo central da ‘questão social’ no
capitalismo permanece intimamente articulado ao conjunto de
problemas relativos à produção de mercadorias e mais-valia, mas
também, à reprodução das relações capitalistas” (Pastorini, 2007,
p.112).
 “[...] Assim sendo, diremos que a ‘novidade’ hoje reside na foram
que ela assume a partir das transformações vividas no mundo
capitalista em seu conjunto desde os anos 80, que produz, além
de um aumento da pobreza, uma desestabilização dos
trabalhadores outrora estáveis e, em decorrência, uma perda dos
padrões de proteção social”. (Idem, p.113).
Conclusão

 Assim, a política social serve como mecanismo para


garantir o consumo de bens produzidos pelo sistema
capitalista contemporâneo.
 As condições materiais de criação da pobreza
(enquanto fenômeno social) certamente não vão ser
alteradas por políticas sociais de transferência de
renda, embora possa melhorar a qualidade de vida
daqueles que vivem em níveis abaixo da miséria.

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