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INTRODUÇÃO AOS

ESTUDOS
LITERÁRIOS
II

Prof.ª Daniele Aquino


GÊNEROS POÉTICOS
 Os textos escritos em versos são denominados poemas e
são classificados em três gêneros:
 Poesia Épica: Geralmente é longa e narra (em terceira
pessoa) a história de um povo, ressaltando aventuras e feitos
heróicos em tom de exaltação. As principais epopéias são
Ilíada e Odisséia, de Homero; Eneida, de Virgílio; Divina
Comédia, de Dante Alighieri; Lusíadas, de Camões e Paraíso
Perdido, de Mílton.
 Poesia Lírica: Existe um eu-lírico que expressa sua
individualidade em primeira pessoa. Alguns expoentes desse
gênero são Pessoa, Poe, Drummond, Goethe.
 Poesia Dramática: É aquela que dá espaço ao diálogo ou
monólogo de personagens. Em geral, pode ser encenada em
teatro. Alguns grandes nomes dessa poesia são Ésquilo,
Sófocles, Eurípides e Shakespeare.
ESCANSÃO – METRIFICAÇÃO
b) Quando em um verso uma palavra terminar por vogal átona e a palavra seguinte
começar por vogal ou H (que não tem som, portanto não é fonema, mas uma simples
letra), dar-se-á uma elisão.

A/mo/-te, ó/ cruz/ no/ vér/ti/ce/ fir/ma//da


De es/plên/di/das/ i/gre//jas.

c) Sinérese: é a fusão de dois sons (de um hiato) num só dentro da mesma palavra.

Lan/ça a/ poe/si/a

d) Diérese: é o contrário da sinérese. Separa em sílabas distintas dois sons vocálicos


(ditongo) dentro de uma mesma palavra.

“Mas / dor / que / tem / pra/ze/res: / sa/u/da/de”


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Ocorre crase quando há fusão de duas vogais de mesma natureza.

“mas / não / ser/vi/a ao / pai, /ser/vi/a a / e/ la,”


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Camões
2. Classificação do verso quanto ao número de sílabas:

a) Isométricos: são os versos de uma só medida. São classificados


como:
pentassílabos (ou redondilha menor)
hexassílabos (heróico quebrado)
heptassílabos (redondilha maior)
octossílabos
eneassílabos
decassílabos (medida nova)
hendecassílabos
dodecassílabos (ou alexandrinos)

b) Heterométricos: são os versos de diferentes medidas, usados em um


mesmo poema. (VERSOS LIVRES)
Rima
A rima é um dos elementos do verso, mas não é essencial
ou obrigatório. É apenas uma opção do autor para criar um
vínculo de "melodia" e acentuar o final de um verso. Este
recurso passou a ser usado na Idade Média pelos
trovadores. Atualmente, existem composições poéticas
onde as rimas não são usadas, que recebem o nome de
Poesia Branca ou Poesia Solta.
As rimas são classificadas quanto à disposição nas
estrofes, e de acordo com as classes gramaticais que a
compõem. Veja alguns exemplos.
1 - Quanto à posição:
Emparelhada (ligando versos seguidos).

A
A
B
B

Cruzada (versos rimados se alternam).

A A
B ou B
C A
B B

Abraçada (ligando dois versos iguais e dois diferentes).

A A C
B ou A e C
B A C
A B B
Interpolada (liga o primeiro e último verso, quando existem três ou mais entre as
ligações).
A A
B B
B ou C
B D
A A
Seguida (liga dois ou mais versos sucessivos).
A B
B ou B
B A

2 - Quanto ao valor:
Pobre – Formada por palavras da mesma classe gramatical.
Existe (verbo)
Teimoso (adjetivo)
Aviste (verbo)
Amoroso (adjetivo)
Rica – Formada por palavras de classes gramaticais diferentes.

Espero (verbo)
Vida (substantivo)
Sincero (adjetivo)
Querida (adjetivo)
EXEMPLOS:
Amor é fogo que arde sem se ver; (verbo) A
É ferida que dói e não se sente; (verbo) B
É um contentamento descontente; (adjetivo) B
É dor que desatina sem doer; (verbo) A

É um não querer mais que bem querer; A


É solitário andar por entre a gente; B
É nunca contentar-se de contente; B
É cuidar que se ganha em se perder; A

É querer estar preso por vontade; C


É servir a quem vence, o vencedor; D
É ter com quem nos mata lealdade. C

Mas como causar pode seu favor D


Nos corações humanos amizade, C
se tão contrário a si é o mesmo Amor? D

 
A/mor/ é/ fo/go/ que ar/de/ sem/ se/ ver//; A
É/ fe/ri/da /que/ dói/ e/ não/ se/ sen//te; B
É/ um/ con/ten/ta/men/to/ des/con/ten//te; B
É /dor/ que/ de/sa/ti/na /sem/ do/er//; A

É /um/ não/ que/rer/ mais/ que/ bem/ que/rer//; A


É /so/li/tá/rioan/dar/por/en/tre a/ gen//te; B
É /nun/ca/ con/ten/tar/-se/ de/ con/ten//te; B
É /um /cui/dar/ que/ga/nha/ em/ se/ per//der; A

É/ que/rer/ es/tar/ pre/so /por/ von/ta//de; C


É/ ser/vir/ a /quem /ven/ce, o/ ven/ce/dor//; D
É/ ter/ com/ quem/ nos/ ma/ta/ le/al/da//de. C

Mas /co/mo/cau/sar/ po/de /seu/ fa/vor// D


Nos/ co/ra/ções/ hu/ma/nos/ a/mi/za//de, C
Se/ tão/ con/trá/rio a/ si/ é o/ mes/moA/mor//? D

Luís Vaz de Camões


EXEMPLOS:

- O/ meu/ no/me é/ Se/ve/ri//no, 7 A


co/mo/ não/ te/nho/ ou/tro/ de/ pi//a. 9 B
Co/mo/há/ mui/tos/ Se/ve/ri//nos, 8 C
que é/ san/to/ de/ ro/ma/ri//a, 7 B
de/ram/en/tão/ de/ me/ cha/mar// 8 D
Se/ve/ri/no /de/ Ma/ri//a 7 B
co/mo/ há/ mui/tos/ Se/ve/ri//nos 8 C
com/ mães/ cha/ma/das/ Ma/ri//a, 7 B
fi/quei /sem/do o / da/ Ma/ri//a 7 B
do/ fi/na/do/ Za/ca/ri//as. 7 E

Morte e Vida Severina – Um auto de natal


Pernambucano. João Cabral de Melo Neto

Versos livres (sem padrão métrico determinado) e brancos


(sem padrão rímico determinado).
As armas e os barões assinalados, A
Que da ocidental praia Lusitana, B
Por mares nunca de antes navegados, A
Passaram ainda além da Taprobana, B
Em perigos e guerras esforçados, A
Mais do que prometia a força humana, B
E entre gente remota edificaram C
Novo Reino, que tanto sublimaram; C

E também as memórias gloriosas Oitava Real, oitava rima,


Daqueles Reis, que foram dilatando Oitava heróica, oitava italiana:
Estrofes com oito versos decassílabos.
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando;
E aqueles, que por obras valerosas
Se vão da lei da morte libertando;
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.

Os Lusíadas, Luís Vaz de Camões

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