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ATENDIMENTO

PSICOLÓGICO NAS
ESPECIALIDADES

CRISTINA SCHERBAUM
2007
PEDIATRIA
Os fatores referentes à reação da
criança frente à doença e
hospitalização dependem do grau de
compreensão que esta tem da
realidade.

(Lichamele & Goldeberg apud Baptista & Dias, 2003)


PEDIATRIA
• Até 3 anos: ansiedade de separação. Os
pais devem permanecer junto com a
criança.
• Dos 3 a 5 anos: já desenvolve um senso
de consciência. Pode atribuir significados
e sentimentos de culpa por estar doente
ou hospitalizada.
• Dos 6 aos 14 anos: sentimento de culpa,
mas quanto mais velhas ficam, mais
iformadas se tornam.
PEDIATRIA
Estressores externos capazes de gerar comportamentos
desadaptivos e ansiedade nas crianças:

• O ambiente hospitalar representa algo ameaçador e


agressivo: pessoas estranhas, máscaras, sondas, agulhas-
fantasia de ataque
• Rotina (horários, procedimentos, manipulações) e
imposições relacionadas a doença e hospitalização
• Estranhamento frente às instalações e equipamentos
• Sensação de abandono
• Hospitalizações prolongadas e tudo é proibido
PEDIATRIA
Os efeitos do adoecimento e hospitalização
estão relacionados às seguintes variáveis:
caráter agudo ou crônico da doença,
natureza da patologia, duração do
tratamento, fase do desenvolvimento
psicossexual e cognitivo, personalidade,
vínculo estabelecido com os pais e
familiares, suporte ambiental.

(Trinca apud Lima, 2006)


PEDIATRIA
Esclarecimentos pertinentes aos fatos que
estão acontecendo com a criança são de
extrema importância, claro que de acordo
com seu nível de maturidade e
possibilidades de compreensão. O aspecto
do desconhecido pode favorecer o
sofrimento psíquico (fantasias)
PEDIATRIA
A qualidade da comunicação estabelecida
com a criança está relacionada com a
condição interna de seus pais em
administrar a situação da doença. Eles
podem se sentir culpados e impotentes
frente a doença do filho o que leva ao
prejuízo na sua capacidade de oferecer
continência emocional ao seu filho.

(Lima, 2006)
UTI
UTI é uma unidade destinada ao
tratamento de enfermidades graves,
são pacientes que demandam
atendimento mais especializado.
A internação na UTI é considerada um
dos momentos mais críticos e
amedrontadores no processo de
hospitalização.
UTI
O paciente internado na UTI além de
apresentar um quadro clínico grave,
está submetido a ansiedades como a
dor, sofrimento, solidão e morte.
Os pacientes vivenciam perigos
internos e externos, reais ou
fantasiados:
UTI
• Medo da morte
• Encontra-se despido e sem objetos pessoais
• Sentimento de irrecuperabilidade
• Separação da família
• Perda de controle
• Intimidade com estranhos
• Insônia
• Procedimentos dolorosos
• Restrição à mobilidade: higiene e alimentação
são realizados no próprio leito
• Sons e ruídos específicos
UTI
Reações emocionais comuns:
• Tristeza
• Choro
• Medo
• Desorientação
• Euforia
• Apatia
UTI
Problemas comportamentais
• Paciente assustado: comportamento ameaçador,
verbalmente agressivo. Pode ser consequência de delirium,
demência.
• Comportamento autodestrutivo: arrancar cateteres, fumar
secretamente, usar àlcool trazido por familiares. Isso pode
requerer contenção, sedação, limitação de visitas.
• Comportamento inadequado: rejeitar ajuda, gritar, agir de
forma bizarra. Pode ser delirium, personalidade histriônica,
demência, dor, ansiedade, psicose, psicopatia.
• Paciente desesperançoso: paciente deprimido, passivo,
regressivo.
• Má adesão: cuspir medicação, fumar, mentir, recusar
medicações pode decorrer de uma patologia de caráter,
psicose, demência ou retardo mental.
UTI
• Síndrome de UTI: ansiedade, depressão,
delirium, prejuízo da memória de curto
prazo, distúrbios de atenção, alucinações,
fala e pensamento desorganizados. É
reversível e pode ser amenizado com:
implantação de janelas, relógios,
calendários, iluminação individualizada,
controle da temperatura ambiente,
informações claras e objetivas (dia, mês,
hora)
PSICÓLOGO
A atuação do psicólogo visa acolher, dar
sentido e amenizar, de forma terapêutica,
os sentimentos, as fantasias e
dificuldades provindas dessa situação
estressante, para permitir o alívio das
angústias e a melhora da qualidade de
permanência na UTI.
Exemplos da função do psicólogo (p.99).
UTI
Pacientes em coma
* O último órgão afetado é a audição. O psicólogo
pode tentar estimular o contato com a realidade,
propiciar sentimento de segurança e sensação de
existência. Instrumento é a fala: passar
orientações quanto ao dia da semana, local que
se encontra, informações sobre os aparelhos a
ele conectados, visitas que recebe. Ele pode
estar ouvindo. Pode responder com algum gesto
ou expressão. Sinais podem alterar.Estimular o
contato da família.
AIDS no contexto hospitalar
A infecção por HIV não provoca
alterações psicológicas no paciente,
só nos casos em que a doença
afetou estruturas neurológicas. Mas,
a experiência comprova que os
pacientes apresentam em menor ou
maior grau, algum tipo de transtorno
psicológico.
AIDS
As reações frente ao diagnóstico dependem de
alguns fatores, entre eles destacamos:
• Estrutura psicológica
• Modelo cultural
• Condições socio-econômicas
• Apoio social e familiar
• Capacidade de enfrentamento de situações de risco
• Qualidade de vida no momento
AIDS
Reações comuns:
• Raiva
• Apatia
• Desespero
• Culpa
• Depressão
• Medo da discriminação e rejeição
• Aceitação
REAÇÕES PSICOLÓGICAS ÀS DIFERENTES FASES
DE EVOLUÇÃO DA DOENÇA
(Brasio, 2003)

1) A pessoa suspeita estar infectada: dúvida e


ansiedade. A ansiedade pode vir acompanhada
de insônia, cefaléia, tensões musculares, entre
outros.
2) Resultado positivo
2.1) Choque emocional: dúvidas quanto a quem
contar o diagnóstico; preocupação com a família
e companheiro; sensação de morte iminente;
ansiedade; depressão; culpa; conflitos nos
relacionamentos inter-pessoais e sociais.
REAÇÕES PSICOLÓGICAS ÀS DIFERENTES FASES
DE EVOLUÇÃO DA DOENÇA
(Brasio, 2003)

2.2) Durante a evolução da infecção pelo HIV e


surgimento das primeiras infecções
oportunistas: depressão e ansiedade em relação
a perda de autonomia, ao medo do futuro e da
morte.
2.3)Período sintomático final: mudança na imagem
corporal e redução do auto-conceito. Declínio
progressivo da funções cognitivas e
neurológicas. Depara-se com o enfrentamento da
própria morte.
Crenças que influenciam no agravamento
das reações psicológicas
(Remor apud Brasio, 2003)

Atualmente não existe nenhum tratamento eficaz para a AIDS

As pessoas diagnosticadas com AIDS morrem em pouco


tempo

Quando eu fizer uma revisão no trabalho me descobrirão, me


despedirão quando souberem e meus colegas não
entenderão

Vou ficar sozinho, me abandonarão, não posso mais ter


relacionamentos sexuais e amorosos

Vai ser uma vergonha para minha família


O PSICÓLOGO...
O psicólogo deve verificar a relação entre a
sintomatologia psicológica apresentada e o
quadro orgânico. Também deve:
• Investigar as informações que o paciente possui
sobre a transmissão, prevenção e tratamento
• O conhecimento que tem de sua situação clínica
• Levantar suas principais preocupações
• Identificar estratégias de enfrentamento e sua rede
de apoio familiar e social
• Estimular o vínculo e adesão ao tratamento.
O PSICÓLOGO...
• Identificar possíveis fatores
desencadeantes e mantenedores dos
sintomas psicológicos apresentados
• Verificar a relevância desses
sintomas
• Propor um plano de intervenção
específico para o caso apresentado
Intervenção psi pode ter os
seguintes objetivos
• Reforçar capacidades de enfrentamento
• Estimular a autonomia e participação efetiva no
tratamento e tomada de decisões
• Apoio para que enfrente o estigma AIDS
• Minimizar as alterações psicológicas
• Fornecer informações atualizadas sobre a doença e
tratamento
• Reestruturar e modificar crenças irracionais
apresentadas pelo paciente
• Orientar e fornecer apoio a família
PACIENTE ONCOLÓGICO
O câncer é uma entre algumas
doenças penosas que atemorizam e
afligem as pessoas, pois possui
conotações muito negativas.
Diagnóstico de câncer representa
sentença de morte.
Horror à palavra câncer
PACIENTE ONCOLÓGICO
Estigma câncer está relacionado:
• Medo de sofrer (sofrimento prolongado)
• Dor
• Mutilação. O tratamento pode deformar o corpo, ou
até mesmo comprometer algumas funções
• Perda de peso e o tratamento denunciam a doença
• Perda da auto-estima
• Tratamento agressivo, com efeitos colaterais
insuportáveis
PACIENTE ONCOLÓGICO
• Perda do atrativo sexual
• Medo de recidivas
• Perda da capacidade produtiva
• Medo do contágio: alguns amigos se afastam. Também
por medo de deparar-se com a própria morte e medo de
sofrer
• Morte lenta: "se espalha", "toma o corpo todo“
• Atinge muitas vezes áreas embaraçosas: ânus, vagina,
mama, próstata.

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