Sie sind auf Seite 1von 22

Paulo Freire

Prof. Celso Tomba


Dezembro/2009
Paulo Freire – vida
 Paulo Reglus Neves Freire nasceu no
Recife, em 19 de setembro de 1921
 Trabalhou inicialmente no SESI (Serviço
Social da Indústria)
 Fez suas primeiras experiências de
alfabetização em Angicos, Rio Grande do
Norte, em 1963.
 Foi um dos primeiros brasileiros a serem
exilados pelo Regime Militar, em 1964.

 Passou 16 anos no exílio, vivendo na Bolívia, no Chile, nos


Estados Unidos e na Suíça
Paulo Freire – vida
Professor na Universidade
de Harvard (1969)
Retornou ao Brasil em 1980
Professor na Unicamp e na
PUC-SP.
Secretário de Educação no
Município de São Paulo
(1989-1991)
Casou-se duas vezes e teve
cinco filhos.
Faleceu em São Paulo, no
dia 2 de maio de 1997.
Paulo Freire –
reconhecimento
 Foi reconhecido
mundialmente pela sua
práxis educativa através de
numerosas homenagens.
 Doutor “Honoris Causa”
por 27 universidades.
 "Prêmio Rei Balduíno para
o Desenvolvimento"
(Bélgica, 1980)
 "Prêmio UNESCO da
Educação para a Paz"
(1986)
 "Prêmio Andres Bello" da
OEA, como Educador do
Continente (1992)
Fonte: http://www.paulofreire.org/Crpf/CrpfAcervo000031
Paulo Freire – obras
A propósito de uma administração. Recife: Imprensa
Universitária, 1961.
Conscientização e alfabetização: uma nova visão do processo.
Estudos Universitários – Revista de Cultura da Universidade
do Recife. Núm 4, 1963: 5-22.
Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Editora
Paz e Terra, 1967.
Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra,
1970.
Educação e mudança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1979.
A importância do ato de ler em três artigos que se
completam. São Paulo: Cortez Editora, 1982.
A educação na cidade. São Paulo: Cortez Editora, 1991.
Pedagogia da esperança. São Paulo: Editora Paz e Terra,
1992.
Política e educação. São Paulo: Cortez Editora, 1993.
Cartas a Cristina. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1974.
À sombra desta mangueira. São Paulo: Editora Olho
d’Água, 1995.
Pedagogia da autonomia. São Paulo: Editora Paz e Terra,
1997.
Mudar é difícil, mas é possível (Palestra no SESI de
Pernambuco). Recife: CNI/SESI, 1997-b.
Pedagogia da indignação. São Paulo: UNESP, 2000.
Educação e atualidade brasileira. São Paulo: Cortez
Editora, 2001.
Paulo Freire –
pensamento
 Identifica a alfabetização
com um processo de
conscientização,
capacitando o oprimido
tanto para a aquisição dos
instrumentos de leitura e
escrita quanto para a sua
libertação.
Saberes necessários à prática
educativa
A obra Publicado em abril de 1997
Último livro de Paulo Freire
publicado em vida
Temática central:
A formação docente ao
lado da reflexão sobre a
prática educativo-
progressiva em favor da
autonomia do ser dos
educandos
Análise de saberes
fundamentais a essa
prática
Primeiras palavras
Formar é muito mais do que puramente treinar o educando no
desempenho de destrezas
Responsabilidade ética no exercício da tarefa docente:
 não é a ética menor, do mercado.
 Falo da ética universal do ser humano, que condena o cinismo do
discurso citado, que condena a exploração da força de trabalho do
ser humano, que condena acusar por ouvir dizer.
 A ética de que falo é a que se sabe traída e negada nos
comportamentos grosseiramente imortais como na perversão
hipócrita da pureza em puritanismo.
 A ética de que falo é a que se sabe afrontada na manifestação
discriminatória de raça, de gênero, de classe.
Primeiras palavras
A melhor maneira de por ela lutar é vivê-la em nossa
prática:
Na maneira como lidamos com o conteúdo que
ensinamos.
Formação científica, correção ética, respeito aos
outros, coerência, capacidade de viver e de
aprender com o diferente, não permitir que o
nosso mal-estar pessoal ou a nossa antipatia com
relação ao outro nos façam acusá-lo do que não fez
são obrigações a cujo cumprimento devemos
humilde mas perseverantemente nos dedicar.
Primeiras palavras
Convencido da natureza ética da prática
educativa:
Não podemos nos assumir como sujeitos da
procura, da decisão, da ruptura, da opção,
transformadores, a não ser assumindo-nos
como sujeitos éticos.
Não é possível ao sujeito ético viver sem estar
permanentemente exposta á transgressão da
ética.
Quando falo da ética universal do ser humano estou
falando da ética enquanto marca da natureza humana,
enquanto algo indispensável à convivência humana.
- Falo da ética do ser humano da mesma forma como
falo de sua vocação ontológica para o ser mais, como
falo de sua natureza constituindo-se social. Mais do
que um ser no mundo, o ser humano se tornou uma
Presença no mundo, presença que, reconhecendo a
outra presença como um “não-eu” se reconhecendo
como “si própria”. Presença que se pensa a si mesma,
que se sabe presença, que intervém, que transforma,
que fala do que faz, mas também do que sonha
Primeiras palavras
Como presença consciente no mundo não posso escapar à
responsabilidade ética no meu mover-me no mundo.
Somos seres condicionados, mas não determinados. A História é
tempo de possibilidade e não de determinismo.
A ideologia fatalista, imobilizante, que anima o discurso neoliberal
anda solta no mundo, insiste em convencer-nos de que nada
podemos contra a realidade social que, de histórica e cultural, passa
a ser ou virar “quase natural”.
Do ponto de vista de tal ideologia, só há uma saída para a prática
educativa: adaptar o educando a esta realidade que não pode ser
mudada.
1) Não há docência sem
discência
Saberes indispensáveis à prática docente de educadores
críticos, progressistas; alguns são igualmente necessários a
educadores conservadores.
Reflexão crítica sobre a prática:
uma exigência da relação Teoria/Prática
sem ela, a teoria pode virar blábláblá e a prática, ativismo.
O que me interessa é alinhar e discutir alguns saberes
fundamentais à prática educativo-crítica que, devem ser
conteúdos obrigatórios à organização programática da
formação docente.
1) Não há docência sem
discência
Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para a sua produção ou a sua construção.
É preciso que vá ficando cada vez mais claro que,
embora diferentes entre si:
quem forma se forma e re-forma ao formar;
e quem é formado forma-se e forma ao ser formado.
Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina
ao aprender.
Quem ensina, ensina alguma coisa a alguém. Ensinar
inexiste sem aprender e vice-versa.
1) Não há docência sem
discência
Quanto mais criticamente se exerça a capacidade
de aprender, tanto mais se constrói e desenvolve
o que venho chamando “curiosidade
epistemológica”, uma curiosidade crescente que
pode tornar o educando cada vez mais criador.
Manter uma postura crítica e de recusa ao ensino
bancário
O educando precisa manter vivo em si o gosto da
sua rebeldia que, aguçando sua curiosidade e
estimulando sua capacidade de arriscar-se, de
aventurar-se, de certa forma o “imuniza” contra o
poder apassivador do “bancarismo”.
1) Não há docência sem
discência
Ensinar exige:
rigorosidade metódica
pesquisa

respeito aos saberes dos educandos


criticidade
estética e ética
a corporeificação das palavras pelo exemplo
risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma
de discriminação.
reflexão crítica sobre a prática
o reconhecimento e a assunção da identidade cultural
2) Ensinar não é transferir
conhecimento
Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para a sua produção ou a sua
construção.
Devo ser um ser aberto a indagações, à curiosidade, às
perguntas dos alunos, a suas inibições: um ser crítico e
inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho – a de
ensinar e não a de transferir conhecimento.
Isso precisa ser apreendido e vivido, testemunhado.
Pensar certo é uma postura exigente que temos que
assumir perante os outros, com os outros e ante nós
mesmos.
2) Ensinar não é transferir
conhecimento
Ensinar exige:
consciência do inacabamento
o reconhecimento de ser condicionado
respeito à autonomia do ser do educando
bom senso
humildade, tolerância e luta em defesa dos
direitos dos educadores.
apreensão da realidade
alegria e esperança
a convicção de que a mudança é possível
curiosidade
3) Ensinar é uma especificidade
humana
Segurança em si mesma: uma das qualidades
essenciais da autoridade docente democrática
Segurança que se expressa na firmeza com
que:
atua;
decide;
respeita as liberdades;
discute suas próprias posições;
aceita rever-se.
Segura de si, a autoridade não necessita fazer
o discurso sobre sua existência.
Ela é porque tem autoridade e a exerce com
indiscutível sabedoria.
3) Ensinar é uma especificidade
humana
Ensinar exige:
segurança, competência profissional e generosidade.
comprometimento
compreender que a educação é uma forma de
intervenção ao mundo
liberdade e autoridade
tomada consciente de decisões
saber escutar
reconhecer que a educação é ideológica
disponibilidade para o diálogo
querer bem aos educandos

Das könnte Ihnen auch gefallen