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AS REVOLTAS ANTI-COLONIAIS
PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA
Graças a Escola de Sagres,
em Portugal, foi possível para
o europeu lançar-se ao Mar
Tenebroso, abrindo caminho
às Grandes Navegações, no
século XV.
Com as viagens o eixo
econômico saiu do Mar
Mediterrâneo e passou ao
Mar Atlântico, com a
conquista e colonização das
terras americanas,
fortalecendo as nações e
enriquecendo a burguesia
européia.
Durante os primeiros anos do
Descobrimento, os nativos foram
tratados como “parceiros
comerciais”, uma vez que os
interesses portugueses voltavam-se
ao comércio do pau-brasil,
realizado na base do escambo.
Segundo os cronistas da época, os
indígenas consideravam os europeus,
amigos ou inimigos, conforme
fossem tratados: amistosamente ou
com hostilidade. Com o passar do
tempo, e ante a necessidade
crescente de mão-de-obra dos
senhores de engenho, essa relação
sofreu alterações. Com a instalação
do Governo Geral, em 1549,
intensificou-se a escravidão dos
indígenas nas diversas atividades
desenvolvidas na Colônia, gerando
constantes conflitos.
Os jesuítas procuraram se aproveitar do relacionamento com os indígenas, para concretizar a
missão evangelizadora que lhes cabia. Para eles, os portugueses aventureiros representavam
a afirmação integradora dos dois mundos: o bárbaro, dos índios, e o civilizado, dos europeus.
Estas estratégias, entretanto, não se mostravam suficientes para assegurar a Portugal o
domínio sobre suas terras. Não garantiam uma forma efetiva de ocupação do litoral, em toda
a sua extensão.
O rei francês, Francisco I, insatisfeito com a situação, resolveu contestar o monopólio
ibérico sobre as terras do novo mundo, legitimado pelo Tratado de Tordesilhas, em 1494. A
Coroa francesa pretendia estabelecer o princípio do Uti Possidetis, pelo qual só a ocupação
efetiva do lugar assegurava sua posse.
Para solucionar esta questão de forma definitiva, a Coroa portuguesa estabeleceu uma
política de colonização efetiva do Brasil. Dois fatos concorreram para esta decisão. Um deles
foi o declínio do comércio do Oriente, cujos investimentos passaram a pesar bastante na
economia portuguesa. Os lucros ficavam em grande parte com os financiadores de Flandres,
atual Bélgica. O outro fato a influir foi a notícia da descoberta, pelos espanhóis, de metais
preciosos nas suas terras americanas. Tal notícia estimulou o interesse dos portugueses pelo
novo território, reforçando a idéia de um "eldorado" promissor para os negócios de Portugal.
De modo a inserir o índio no processo de colonização os portugueses recorreram a três
métodos. O primeiro consistia na escravização pura e simples, na base da força,
empregada normalmente pelos colonos. O outro criava um campesinato indígena por meio
da aculturação e destribalização, praticadas primeiramente pelos jesuítas, e depois pelas
demais ordens religiosas. O terceiro buscava a integração gradual do índio como
trabalhador assalariado, medida adotada tanto por leigos como pelos religiosos. Durante
todo o século XVI e início do XVII os portugueses aplicaram simultaneamente esses
métodos. Naquele momento consideravam a mão-de-obra indígena indispensável aos
negócios açucareiros.
A sociedade da região açucareira dos séculos XVI e XVII era composta,
basicamente, por dois grupos. O dos proprietários de escravos e de terras
compreendia os senhores de engenho e os plantadores independentes de cana.
O outro grupo era formado pelos escravos,
numericamente muito maior, porém quase
sem direito algum. Entre esses dois grupos
existia uma faixa intermediária: pessoas que
serviam aos interesses dos senhores como
os trabalhadores assalariados (feitores,
mestres-de-açúcar, artesãos) e os
agregados (moradores do engenho que
prestavam serviços em troca de proteção e
auxílio).
A posse de escravos e de terras
determinava o lugar ocupado na sociedade
do açúcar. Os senhores de engenho
detinham posição mais vantajosa. Possuíam,
além de escravos e terras, o engenho.
Abaixo deles situavam-se os agricultores
que possuíam a terra em que trabalhavam,
adquirida por concessão ou compra. Em
termos sociais podiam ser identificados
como senhores de engenho em potencial,
possuindo terra, escravos, bois e outros
bens, menos o engenho. Compartilhavam com
eles as mesmas origens sociais e as mesmas
aspirações.
Em praça pública, para servirem de exemplo aos demais, os negros sofriam .seus
castigos. A escravidão negra no Brasil, iniciada, segundo alguns autores, em 1532,
estendeu-se até 1888. Foram mais de três séculos e meio de escravatura, condição
em que o negro desempenhou importante papel na colonização e, depois, no
desenvolvimento econômico do Império. Os africanos entravam no Brasil
principalmente através dos portos do Rio de Janeiro, de Salvador, do Recife e de
São Luís do Maranhão, de onde se espalhavam por todo o território brasileiro.
Muitas vezes, revoltados com sua condição, fugiam de seus senhores, chegando a
organizar-se em quilombos, cujo principal, o de Palmares, em Alagoas, conseguiu
tornar-se um verdadeiro estado negro dentro da colônia portuguesa.
Na África, há cerca de 800 milhões de habitantes. O Brasil,
país grande que é, possui um pouco mais de 180 milhões. O clima
na África é diferente do clima tropical do Brasil, pois lá é
quente e seco. É, aliás, um dos lugares mais quentes do globo.
REVOLUÇÃO
PERNAMBUCANA
GUERRA DOS
MASCATES
CONJURAÇÃO BAIANA
INCONFIDÊNCIA
MINEIRA