Brasil A Guerra do Contestado Equipe 2: Emanuele Henrique Esmael Denilson Witallo Claudemir Pobreza e misria no sul do pas A maior revolta civil do Brasil no perodo da Primeira Repblica ocorreu no sul do pas, em uma regio que era disputada judicialmente entre os estados do Paran e Santa Catarina. No incio do sculo XX, muitos agricultores e posseiros se estabeleceram na rea. Mas, ao longo dos anos, viram seus territrios serem ocupados por fazendeiros interessados na extrao de erva-mate e madeireiras. Os seguidores do monge acreditavam que o fim do mundo estava prximo e a adeso aos movimentos significaria a salvao da alma. Os operrios recrutados para a construo da ferrovia foram demitidos e proibidos de viver s margens da estrada. Esses trabalhadores se uniram aos caboclos nativos e aos fieis do monge Jos Maria e formaram uma comunidade, cujo nmero de moradores crescia a cada dia Esses homens e mulheres eram fanticos religiosos e ignorantes, que ameaavam a existncia da repblica. Eles deveriam ser enquadrados nos modelos esperados de comportamento, moralidade e at mesmo, religiosidade. O incio da guerra Em 12 de outubro de 1912, a guerra eclodiu. O monge Jos Maria e um grupo de fieis rumaram at a cidade de Irani, as autoridades paranaenses acreditavam que os caboclos tinham sido enviados pelo governo de SC. Surgiram, ento, as chamadas cidades santas. Os caboclos reivindicavam direito a terra, trabalho e liberdade religiosa. Estima-se que o exrcito tenha enviado cerca de dois teros para a regio e equipado as tropas com canhes e outras armas modernas. Em 1915, a falta de alimentos e doenas como o tifo enfraqueceram a resistncia rebelde, que sofria tambm com a truculncia do exrcito. O Contestado de hoje Os descendentes dos caboclos que lutaram no Contestado vive em municpios como Timb Grande, onde ocorreu a ltima batalha do Contestado, 44,2%da populao pobre ou indigente. Esses homens e mulheres dedicam-se, principalmente, aos cultivos de subsistncia e ao trabalho temporrio em grandes fazendas ou madeireiras. Essas pessoas sofrem com a ausncia de servios de sade, a precariedade do transporte pblico e a falta de escolas e de trabalho. Em algumas localidades, curandeiros, benzedeiras procuram suprir a ausncia do Estado com suas rezas e outras prticas msticas.