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GERENCIAMENTO E

CONTROLE DE ESTOQUES

Prof. M.Sc. Adolfo Sérgio Furtado da Silva

Goiânia, 2009

1
Introdução
 Os estoques estão, em geral, no topo da agenda
de preocupações
• Dos gestores de operações;
• Dos gestores financeiros, que se preocupam com a
quantidade de recursos financeiros que os estoques
“empatam” e seus correspondentes custos;
• Dos gestores comerciais, que se preocupam com o
prejuízo no atendimento aos clientes por falta de
produtos acabados em estoque;

2
Introdução
 Ao mesmo tempo, é freqüente encontrar:
• Operações com altos níveis de estoques e,
contrariamente, baixos níveis de atendimento ao cliente;
• Manutenção de níveis errados de estoques para os
diversos itens;
• Excesso de estoques de certos itens e falta de estoque
de outros, em função do uso inadequado de técnicas e
conceitos de gestão de estoques;

3
Introdução
 Estoques são considerados acúmulos de recursos
materiais entre fases específicas de processos de
transformação;
 Esses processos de transformação podem referir-
se à:
• Transformação física: processos de manufatura;
• Transformação de estado do bem ou do cliente:
processos de tratamento, manutenção e outros;
• Posse ou localização do bem ou do cliente: processos
de distribuição e logísticos;

4
Introdução
 Os estoques podem ser representados pelo
conjunto de matérias-primas, produtos em
fabricação, produtos prontos, material de aplicação
e material de embalagem, nas indústrias, e pelas
mercadorias nas empresas comerciais;

5
Introdução
 Principais razões para o surgimento / manutenção
de estoques:
• Falta de coordenação entre fases de um processo de
transformação;
• Incertezas com relação às taxas futuras de consumo e
suprimento;
• Especulação com a compra e venda de materiais;
• Disponibilidade no canal de distribuição.

6
Tipos de estoque
 Estoques de matérias-primas e componentes
comprados: quantidades de itens comprados na
expectativa de transformar mas ainda não o fez;
 Estoques de material em processo: quantidades de
itens que já sofreram alguma transformação, mas
ainda não se encontram prontos para a venda;
 Estoques de produtos acabados: quantidades de
itens de produto acabado, pronto para
comercialização;

7
Tipos de estoque
 Estoques de materiais para MRO (manutenção,
reparo e operação): quantidade de itens adquiridos
como apoio à atividade de produção.

8
Administração de estoque
 As empresas trabalham com estoques de
diferentes tipos que necessitam ser administrados;
 As principais funções para as quais os estoques
são criados são:
• Garantir a independência entre etapas produtivas:
colocação de estoques amortecedores entre etapas de
produção ou distribuição da cadeia produtiva;
• Permitir uma produção constante: colocação de
estoques de produtos acabados ou de matérias-primas
para evitar que o ritmo de produção sofra alterações em
função de variações sazonais na demanda;

9
Administração de estoque
• Possibilitar o uso de lotes econômicos: produção ou
movimentação econômica de lotes maiores que a
necessidade de consumo imediata, gerando um
excedente que precisa ser administrado;
• Reduzir os lead times produtivos: manutenção de
estoques intermediários para reduzir os prazos de entrega
dos produtos;
• Como fator de segurança: colocação de estoques de
segurança para administrar as variações aleatórias na
demanda;
• Para obter vantagens de preço: incremento do nível de
estoque para prevenir possíveis aumentos de preços ou
visando obter desconto no preço unitário.
10
Administração de estoque
 Como os estoques não agregam valor aos
produtos, quanto menor o nível de estoques com
que um sistema produtivo conseguir trabalhar,
mais eficiente este sistema será;
 A administração dos estoques é responsável pela
definição do planejamento e controle dos níveis de
estoque:
• Equacionar os tamanhos de lotes;
• Definir a forma de reposição dos itens;
• Calcular os estoques de segurança do sistema.

11
Classificação ABC dos estoques
 É um método de diferenciação dos estoques
segundo sua maior ou menor abrangência em
relação a determinado fator, consistindo em
separar os itens por classes de acordo com sua
importância relativa;
 Também chamado de curva de Pareto;
 No âmbito da administração de estoques, a
classificação ABC mais utilizada é a obtida pela
demanda valorizada (quantidade de demanda
vezes o custo unitário do item);

12
Classificação ABC dos estoques
 Ao ordenar-se os itens, nota-se que uma pequena
quantidade de itens (classe A) representa uma
grande parcela dos recursos investidos;
 Por outro lado, a grande maioria dos itens (classe
C) tem pouca representatividade nestes recursos;
 Entre as classes A e C situam-se itens com
importância e quantidades médias (classe B);

13
Classificação ABC dos estoques
 Exemplo de gráfico ABC:

14
Classificação ABC dos estoques
 Podemos elaborar a classificação ABC por demanda
valorizada empregando a seguinte rotina:
• Calcula-se a demanda valorizada de cada item, multiplicando-
se o valor da demanda pelo custo unitário do item;
• Colocam-se os itens em ordem decrescente de valor de
demanda valorizada;
• Calcula-se a demanda valorizada total dos itens;
• Calculam-se as percentagens da demanda valorizada de
cada item em relação a demanda valorizada total, podendo-
se calcular também as percentagens acumuladas;
• Em função dos critérios de decisões, estabelecem-se as
classes A, B e C (ou quantas quisermos).
15
Classificação ABC dos estoques
 Exemplo:
Item X1 X2 X3 X4 X5 X6 X7 X8 X9 X10
Demanda Anual 9000 4625 1075 15000 59500 16000 10000 4250 13500 1000
Custo Unitário 10 4 80 1 5 5 2 50 1 17

Demanda % Individual Demanda % Acumulado


Ordem Item Valorizada Valorizada Classe
Acumulada
1 X5 297500 35,0 297500 35,0 A
2 X8 212500 25,0 510000 60,0 A
3 X1 90000 10,6 600000 70,6 B
4 X3 86000 10,1 686000 80,7 B
5 X6 80000 9,4 766000 90,1 B
6 X7 20000 2,4 786000 92,5 C
7 X2 18500 2,1 804500 94,6 C
8 X10 17000 2,0 821500 96,6 C
9 X4 15000 1,8 836500 98,4 C
10 X9 13500 1,6 850000 100,0 C

16
Tipos de demandas
 Tipos de demanda que afetam os itens de estoque:
• Demanda independente;
• Demanda dependente.
 Demanda independente:
• Para alguns itens de estoque, é necessário recorrer a
previsões para que se possa ter a visão de consumo
futuro;
• Não está sob o controle da organização o consumo
futuro desse item e sim sujeito a fatores como
desempenho das ofertas e promoções dos concorrentes,
condições de mercado ou mesmo outros produtos;

17
Tipos de demandas
• A esse tipo de demanda dá-se o nome de demanda
independente;
• A demanda desses itens não depende, em sua maioria,
de fatores que estejam sob controle da operação.

 Demanda dependente:
• Alguns itens de estoque permitem que seu consumo
futuro seja calculado com base em fatores sob controle
da operação;
• Por exemplo, o consumo futuro dos componentes
necessários para a montagem de determinado produto;

18
Tipos de demandas
• De posse de informações sobre a quantidade de insumo
necessária por unidade de produto produzido, obter a
informação sobre o consumo futuro passa a ser uma
questão de cálculo e não de previsão;
• A esse tipo de demanda dá-se o nome de demanda
dependente.

 Alguns itens podem ter parte de sua demanda


dependente e parte independente, como os casos
de peças automotivas.

19
Tamanho do lote de reposição
Quanto pedir?
 A determinação do tamanho dos lotes de compra
ou fabricação é obtida através da análise dos
custos que estão envolvidos no sistema de
reposição e de armazenagem dos itens;
 O melhor lote de reposição, conhecido como lote
econômico, é aquele que consegue minimizar os custos
totais;
 Os custos relacionados ao tamanho do lote são:
• Custo direto;
• Custo de preparação;
• Custo de manutenção de estoques.

 O custo total é a soma dos três custos citados.


20
Tamanho do lote de reposição
Quanto pedir?
 Custo Direto: é aquele incorrido diretamente com a
compra ou fabricação do item. É proporcional à
demanda para o período e aos custos unitários do
item (de fabricação ou de compra):

CD = D ⋅ C

onde:
CD = Custo direto do período;
D = Demanda do item para o período;
C = Custo unitário de compra ou fabricação do item.
21
Tamanho do lote de reposição
Quanto pedir?
 Custo de Preparação: são todos aqueles custos
referentes ao processo de reposição do item pela
compra ou fabricação do lote de itens, é
proporcional ao custo de uma preparação de
compra ou de fabricação do item e ao número de
vezes em que este item foi requerido durante o
período de planejamento.

22
Tamanho do lote de reposição
Quanto pedir?
D D
CP = N ⋅ A N= CP = ⋅ A
Q Q
onde:
CP = Custo de preparação do período;
A = Custo unitário de preparação;
N = Número de pedidos de compra ou fabricação
durante o período;
D = Demanda do item para o período;
Q = Tamanho do lote de reposição.
23
Tamanho do lote de reposição
Quanto pedir?
 Custo de manutenção de estoques: são aqueles
custos decorrentes do fato do sistema produtivo
necessitar manter itens em estoques para o seu
funcionamento, é proporcional à quantidade de
estoques médio do período de planejamento, ao
custo unitário do item, e à taxa de encargos
financeiros que incidem sobre os estoques.

24
Tamanho do lote de reposição
Quanto pedir?

CM = Qm ⋅ C ⋅ I

onde:
CM = Custo de manutenção de estoques do período;
Qm = Estoque médio durante o período;
C = Custo unitário de compra ou fabricação do item;
I = Taxa de encargos financeiros sobre os estoques.

Com isso, a fórmula do custo total fica:


D
CT = CD + CP + CM = D.C + . A + Qm .C.I
Q
25
Tamanho do lote de reposição
Quanto pedir?
 Exemplo: Um comerciante trabalha com máquinas
fotográficas compradas em Manaus a um custo de
$ 50,00 cada e vendidas aqui. Em cada viagem a
Manaus gasta $ 1.300,00, independente da
quantidade trazida. A demanda anual pelas
máquinas é de 600 unidades, e sobre o capital
empatado paga uma taxa de 78% ao ano. Quantas
viagens ele deve fazer por ano, ou qual o tamanho
do lote a ser comprado em cada viagem?

26
Tamanho do lote de reposição
Quanto pedir?
Viagens Lotes CD CP CM CT
1 600 30.000 1.300 11.700 43.000
2 300 30.000 2.600 5.850 38.450
3 200 30.000 3.900 3.900 37.800
4 150 30.000 5.200 2.925 38.125

50000
45000 Custo Total
40000
35000
Custo Direto
30000
$ 25000
20000
15000 Custo de Manutenção de Estoques
10000
5000 Custo de Preparação
0
150 200 300 600
Tamanho do lote

27
Tamanho do lote de reposição
Quanto pedir?
 O lote econômico pode ser calculado em três
situações mais usuais:
• Quando a entrega do lote é realizada numa única vez;
• Quando a entrega do lote é parcelada;
• Quando houver descontos no custo unitário do item por
quantidade reposta.

28
Tamanho do lote de reposição
Quanto pedir?
 Lote econômico básico: o custo unitário do item é
fixo e a entrega do lote de reposição é realizada de
uma única vez. É conhecido como lote econômico
de compra. Q =
t ⋅Q 1 Q
m⋅ = D
CT = D ⋅ C + ⋅ A + Q ⋅ C ⋅ I
2 t 2 m
Quantidade Q
D Q
CT = D ⋅ C + ⋅ A + ⋅ C ⋅ I
Q Q 2
Qm
∂CT D⋅ A C⋅ I
= 0− 2 + =0
∂Q Q 2
Tempo
t
Lote econômico Q*: Periodicidade econômica N*:

2⋅ D⋅ A D D⋅C⋅ I
Então: N =
*
Como: N =
Q =
*
Q 2⋅ A
C⋅ I
29
Tamanho do lote de reposição
Quanto pedir?
 Para ilustrar a aplicação destas fórmulas vamos
aproveitar os dados do exemplo anterior, que são:
• D = 600 unidades por ano;
• C = $ 50,00 por unidade;
• I = 0,78 ao ano;
• A = $ 1.300,00 por ordem.

2⋅D⋅ A 2 ⋅ 600 ⋅ 1300 D ⋅C ⋅ I 600 ⋅ 50 ⋅ 0,78


Q =
*
= = 200 N* = = =3
C ⋅I 50 ⋅ 0,78 2⋅ A 2 ⋅ 1300

D Q 600 200
CT = D ⋅ C + ⋅ A + ⋅ C ⋅ I = 600 ⋅ 50 + ⋅ 1300 + ⋅ 50 ⋅ 0,78 = 37.800,00
Q 2 200 2
30
Tamanho do lote de reposição
Quanto pedir?
 Lote econômico com entrega parcelada: o custo
unitário do item permanece constante porém a
entrega deixa de ser feita de uma única vez, e
passa a ser feita segundo uma taxa de entrega
(m). É conhecido como lote econômico de
fabricação.

31
Tamanho do lote de reposição
Quanto pedir?
 Lote econômico com entrega parcelada:
Quantidade
t ⋅ Qmax 1 Qmax  d Q
Qm = ⋅ = = 1 −  ⋅
2 t 2  m 2
m
Qmax
Q D
CT = D ⋅ C + ⋅ A + Qm ⋅ C ⋅ I
d Q
m-d D  d Q
CT = D ⋅ C + ⋅ A + 1 −  ⋅ ⋅ C ⋅ I
t1 t2 Tempo Q  m 2

Lote econômico Q*: Periodicidade econômica N*:


2⋅D ⋅ A  d
Q* = D D ⋅ C ⋅ I ⋅ 1 − 
 d Como: N =  m
C ⋅ I ⋅ 1 −  Q N* =
 m 2⋅ A

32
Tamanho do lote de reposição
Quanto pedir?
 Vamos aproveitar os dados do exemplo anterior,
acrescentando o fato da entrega do lote ser feita
segundo uma velocidade de 4 unidades por dia,
com 300 dias úteis de trabalho por ano.
• D = 600 unidades por ano; C = $ 50,00 por unidade;
• I = 0,78 ao ano; A = $ 1.300,00 por ordem;
• m = 4 unidades por dia;
• d = 600 unidades por ano / 300 dias por ano = 2
unidades por dia.

33
Tamanho do lote de reposição
Quanto pedir?
2⋅D ⋅ A 2 ⋅ 600 ⋅ 1300  d  2
Q =
*
= = 283 D ⋅ C ⋅ I ⋅ 1 −  600 ⋅ 50 ⋅ 0,78 ⋅ 1 − 
 d  2 N* =  m =  4  = 2,12
C ⋅ I ⋅ 1 −  50 ⋅ 0,78 ⋅ 1 −  2⋅ A 2 ⋅ 1300
 m   4

600  2  283
CT = 600 ⋅ 50 + ⋅ 1300 + 1 −  ⋅ ⋅ 50 ⋅ 0,78 = 35 .515,00
283  4 2

 O custo total nesse caso é menor porque, de um


lado, com entregas parceladas o estoque médio é
menor e, por outro, o lote econômico aumenta de
tamanho, gerando um número menor de entregas;
 Desde que os custos de preparação (A) e os
custos de armazenagem (I) não se alterem,
sempre é vantajoso optar por entregas parceladas.
34
Tamanho do lote de reposição
Quanto pedir?
 Lote econômico com descontos: a maioria dos
fornecedores consegue reduzir seus custos à
medida em que produzem quantidades maiores de
itens, diluindo melhor seus custos fixos.
Freqüentemente, transportam parte destas
reduções para os preços dos itens vendidos,
estimulando os compradores a adquirirem lotes
maiores

35
Tamanho do lote de reposição
Quanto pedir?
$
O custo unitário (C) do item será: CT1
C1 se Q<Q1 CT2
C2 se Q1<=Q<Q2
CT3
C3 se Q2<=Q<Q3
............................ CT
Cn se Qn-1<=Q
Onde C1 > C2 > C3 ...> Cn
Q1 Q2 Q 3 Q n lote

 A escolha do tamanho do lote econômico consiste


em descobrir qual o ponto de menor custo na
curva de custo total oferecida;
 Esse ponto é encontrado de modo interativo.

36
Tamanho do lote de reposição
Quanto pedir?
 Um fornecedor estabelece seu preço de venda para
um item de acordo com a seguinte tabela de preços:
• Lotes menores de 50 unidades custam $ 5,00 por unidade;
• Lotes de 50 a 199 unidades custam $ 4,00 por unidade;
• Lotes de 200 a 399 unidades custam $ 3,00 por unidade;
• Lotes de 400 a 999 unidades custam $ 2,50 por unidade;
• Lotes acima de 1000 unidades custam $ 2,40 por unidade.
 Admitindo que a demanda anual prevista deste item é
de 5000 unidades, que o custo de colocação de uma
ordem de compra é de $ 30,00 e que a taxa de
encargos financeiros sobre os estoques é de 150% ao
ano, qual o tamanho do lote de reposição deste item?
37
Tamanho do lote de reposição
Quanto pedir?
2⋅D ⋅ A 2 ⋅ 5000 ⋅ 30
Para C = $ 5,00 Q* = = = 200 > 50
C ⋅I 5 ⋅ 1,5

2⋅D ⋅ A 2 ⋅ 5000 ⋅ 30
Para C = $ 4,00 Q* = = = 223 > 200
C ⋅I 4 ⋅ 1,5

2⋅D ⋅ A 2 ⋅ 5000 ⋅ 30
Para C = $ 3,00 Q* = = = 258
C ⋅I 3 ⋅ 1,5

5000 258
Para Q = 258 CT = 5000 ⋅ 3 + ⋅ 30 + ⋅ 3 ⋅ 1,5 = $16.162,00
258 2

5000 400
Para Q = 400 CT = 5000 ⋅ 2,5 + ⋅ 30 + ⋅ 2,5 ⋅ 1,5 = $13 .562,00
400 2
5000 1000
Para Q = 1000 CT = 5000 ⋅ 2,4 + ⋅ 30 + ⋅ 2,4 ⋅ 1,5 = $13.950,00
1000 2

Como o lote de 400 unidades apresentou o menor custo


total, ele será o escolhido.
38
Tamanho do lote de reposição
Quanto pedir?
 Considerações sobre o lote econômico:
• Devemos falar em faixa econômica, dentro da qual os
custos totais serão menores. O Lote Econômico é
apenas um indicativo do valor de reposição

Custo Total
$

Faixa Econômica

*
Tamanho do lote

39
Tamanho do lote de reposição
Quanto pedir?
 Considerações sobre o lote econômico:
• Tendência atual do Lote Econômico com a implantação
do JIT/TQC

pequeno

$ 2⋅ D⋅ A
Q* = ≈ 1
C⋅ I
grande
CMJIT/TQC CMconvencional

CPJIT/TQC

CPconvencional

Q*JIT/TQC Q*convencional Lote

40
Modelos de Controle de Estoques
Quando pedir?
 Determinar a quantidade do item a ser reposto é
função dos custos envolvidos no sistema de
reposição e armazenagem do item;
 O estabelecimento da época oportuna para repor o
item nesta quantidade, ou em outra qualquer,
dependerá do modelo de controle de estoques
empregado;

41
Modelos de Controle de Estoques
Quando pedir?
 Modelos que indiretamente se encarregam de
determinar o momento da emissão das ordens de
reposição:
• Controle por ponto de pedido;
• Reposições periódicas

 Os modelos que buscam diretamente emitir as


ordens de reposição são os baseados na lógica
MRP (Material Requirement Planning – Cálculo
das Necessidades de Material).

42
Modelos de Controle de Estoques
Quando pedir?
 Controle de estoques por ponto de pedido:
• Consiste em estabelecer uma quantidade de itens em
estoque, chamada de ponto de pedido ou de reposição,
que, quando atingida, dá partida ao processo de
reposição do item em uma quantidade preestabelecida.
Quantidade
Qmax PP = d ⋅ t + Qs
d PP = Ponto de Pedido;
Q
PP d = demanda por unidade de
tempo;
Qs = Qmin t = tempo de ressuprimento;

Tempo Qs = estoque de segurança.


t
Tempo de ressuprimento = tempo de preparação da ordem de reposição + tempo de
preparação da operação de compra + prazo de entrega +
tempo com recepção do lote
43
Modelos de Controle de Estoques
Quando pedir?
• Exemplo: Suponhamos que um item tenha uma demanda anual de
1200 unidades, um custo de preparação do pedido de $ 200,00,
uma taxa de encargos financeiros sobre os estoques de 50% ao
ano e um custo unitário de $ 10,00. Vamos admitir que este item
tenha um estoque de segurança de 80 unidades, e um tempo de
ressuprimento de 15 dias. Supondo um ano com 300 dias úteis e a
reposição se dando através de lotes econômicos, podemos montar
o modelo de controle por ponto de pedido da seguinte forma:
D = 1200 unidades por ano;
2⋅D ⋅ A 2 ⋅ 1200 ⋅ 200
A = $ 200,00 por ordem; Q* = = = 310
C ⋅I 10 ⋅ 0,5
I = 0,50 ao ano; Qmax = Qs + Q * = 80 + 310 = 390
C = $ 10,00 por unidade; 1200
Qmin = Qs = 80 d= =4
300
t = 15 dias;
Qs = 80 unidades; PP = d ⋅ t + Qs = 4 ⋅ 15 + 80 = 140
44
Modelos de Controle de Estoques
Quando pedir?
• Para os casos em que não se pode assumir demanda
constante, o modelo usado é o chamado time phased
order point (TPOP – ponto de reposição escalonado no
tempo).
• Exemplo: estoque de segurança de 20 unidades, lote
econômico de 200 unidades, lead time de 3 semanas:

Demanda prevista
45
Modelos de Controle de Estoques
Quando pedir?
 Estoques de Segurança:
• São projetados para absorver as variações na demanda
durante o tempo de ressuprimento, ou variações no
próprio tempo de ressuprimento, dado que é apenas
durante este período que os estoques podem acabar e
causar problemas ao fluxo produtivo.
 Quanto maiores forem estas variações, maiores deverão ser os
estoques de segurança do sistema;
 Na realidade os estoques de segurança agem como
amortecedores para os erros associados ao lead time interno
ou externo dos itens;

46
Modelos de Controle de Estoques
Quando pedir?
• A determinação dos estoques de segurança leva em
consideração dois fatores que devem ser equilibrados:
os custos decorrentes do esgotamento do item e os
custos de manutenção dos estoques de segurança.
 Podemos calcular os custos de manutenção de um certo nível
de estoque de segurança atribuindo-lhe uma taxa de encargos
financeiros (I), por outro lado o custo de falta na prática não é
facilmente determinável, o que faz com que as decisões
gerenciais sejam tomadas em cima de um determinado risco
que queremos assumir, o que indiretamente significa
imputarmos um custo de falta ao item.

47
Modelos de Controle de Estoques
Quando pedir?
• A determinação do risco que queremos correr, ou em
outras palavras do nível de serviço do item, é função de
quantas faltas admitimos como suportável para este item
durante o período de planejamento;
• Por exemplo, se admitirmos que um item com freqüência
de reposição semanal (52 reposições por ano) pode ter
4 faltas, estamos imputando um nível de serviço de
92%:

4
Nível de serviço = 1 − = 0,92 = 92 %
52

48
Modelos de Controle de Estoques
Quando pedir?
• O estoque de segurança (Qs) é a parcela adicional (k)
expressa em termos de desvios padrões (σ ) associado
a determinado risco, que devemos manter de itens em
estoque para suportar uma demanda máxima (dmáx)
superior à demanda média (d):
n
Qs = k ⋅ σ ∑ i
( x − x ) 2

σ= i =1

onde: Qs = estoque de segurança n −1


k = número de desvios padrões
σ = desvio padrão
Nível de Serviço k
80% 0,84

k.σ
85% 1,03
90% 1,28
95% 1,64
99% 2,32
99,99% 3,09
d dmáx
49
Modelos de Controle de Estoques
Quando pedir?
• Por exemplo: para um item com demanda média de 200
unidades por mês e desvio padrão de 15 unidades, se
pretendermos dar um nível de serviço de 85%, o
estoque de segurança seria:
Qs = k ⋅ σ = 1,03 ⋅ 15 = 15,45 ou ≅ 16 unidades
dmáx = 200 + 16 = 216 unidades

• Caso o nível de serviço seja elevado para 99%, o


estoque de segurança seria:
Qs = k ⋅ σ = 2,32 ⋅ 15 = 35,25 ou ≅ 36 unidades

dmáx = 200 + 36 = 236 unidades

50
Modelos de Controle de Estoques
Quando pedir?
 Pressupostos e limitações – ponto de pedido e lote
econômico:
• A demanda é assumida como constante;
• Caso a demanda não seja constante, o estoque médio
deixa de poder ser calculado como o tamanho de lote
dividido por dois e, portanto, todo o cálculo de custo
médio de manutenção de estoques deixa de ser
aderente à situação modelada. Deve-se usar, nesse
caso, o modelo TPOP;
• Nem sempre é simples ou possível determinarmos os
custos unitários de armazenagem e de fazer um pedido;

51
Modelos de Controle de Estoques
Quando pedir?
 Pressupostos e limitações – ponto de pedido e lote
econômico (cont.):
• Por vezes, a idéia de que pagamos proporcionalmente
mais quanto mais temos armazenado não é verdadeira,
pois a empresa pode pagar um valor fixo pelo espaço
total de armazenagem e não proporcional à quantidade
de produtos armazenados;
• É também muito difícil ter segurança sobre quanto custa
de fato colocar um pedido ao fornecedor;
• Tudo isso leva à determinação de um tamanho de lote
que de fato não é o lote que minimiza os custos
envolvidos.
52
Modelos de Controle de Estoques
Quando pedir?
 Controle de estoques por revisões periódicas:
• O modelo por revisões periódicas trabalha no eixo dos
tempos, estabelecendo datas nas quais serão
analisadas a demanda e as demais condições dos
estoques, para decidir pela reposição dos mesmos
Quantidade tr
Qmax
d
Q

Qs = Qmin
Tempo
t

53
Modelos de Controle de Estoques
Quando pedir?
• O tempo entre cada revisão (tr) pode ser escolhido
através da periodicidade econômica ou por outro fator
qualquer: *
tr = tempo ótimo entre revisões
* t ano Q * ⋅ t ano tano = número de dias no ano
tr = * = Q* = lote econômico
N D
N* = periodicidade econômica
D = demanda anual

Q = d ⋅ ( t r + t ) − Qf − Qp + Qr + Qs
Q = quantidade a ser resposta;
d = demanda diária
t = tempo de ressuprimento
Qf = quantidade de saldo final em estoque;
Qp = quantidades pendentes de entrega;
Qr = quantidade solicitada e não atendida;
Qs = estoque de segurança;

54
Modelos de Controle de Estoques
Quando pedir?
• Vamos supor que um item tenha demanda anual de
12.000 unidades, custo de colocação do pedido de
$400,00, taxa de encargos financeiros sobre os
estoques de 96% ao ano, e custo unitário de $10,00.
Suponhamos ainda que o estoque de segurança do item
seja de 250 unidades e o tempo de ressuprimento de 10
dias, com a empresa trabalhando 240 dias úteis por ano.

D = 12000 unidades por ano; 2⋅D⋅ A 2 ⋅ 12000⋅ 400


A = $400,00 por ordem; Q* = = = 1000
C ⋅I 10 ⋅ 0,96
I = 0,96 ao ano;
C = $10,00 por unidade;
t = 10 dias; * t ano Q * ⋅ t ano 1000 ⋅ 240
tr = * = = = 20
Qs = 250 unidades; N D 12000
d = 12000/240 = 50 unidades por dia;

55
Modelos de Controle de Estoques
Quando pedir?
• Vamos supor agora que em uma das revisões, o saldo
em estoque seja de 730 unidades, que não haja
compras pendentes e que não existam demandas
reprimidas. Assim, o lote de reposição será calculado
como:

Q = d ⋅ ( t r + t ) − Qf − Qp + Qr + Qs
Q = 50 ⋅ ( 20 + 10 ) − 730 − 0 + 0 + 250 = 1020

56
Modelos de Controle de Estoques
Quando pedir?
 Pressupostos e limitações – revisão periódica:
• Sistema fácil e barato de operar pois não exige a
verificação do saldo do estoque a cada movimentação;
• Não assume que a demanda seja constante;
• Os riscos associados às faltas de produtos são
normalmente maiores, dado que as revisões do nível de
estoque se dão a intervalos fixos;
• O sistema fica menos capaz de responder rapidamente
a aumentos de demanda repentinos;
• Seu uso está associado, em geral, a níveis mais altos de
estoque de segurança, para minimizar a probabilidade
de ocorrência de faltas;
57
Modelos de Controle de Estoques
Quando pedir?
 Pressupostos e limitações – revisão periódica
(cont):
• Esse sistema é mais indicado para gerenciar itens de
menor valor e menor custo de armazenagem, para os
quais a manutenção de um nível mais alto de estoques
não tenha implicações tão graves;
• Ao mesmo tempo, o menor custo com a operação do
sistema é uma vantagem de seu uso para o
gerenciamento de itens menos relevantes em termos de
custo ou valor movimentado.

58
Indicadores de Desempenho na Área de
Materiais
 Indicadores são índices para medir uma certa
grandeza de um processo fabril ou administrativo,
para determinar se o processo está dentro dos
parâmetros aceitáveis
 Os principais indicadores são:
• Produtividade;
• Qualidade do Serviço;
• Nível de Estoque Médio.

59
Indicadores de Produtividade
 No armazenamento:
• Número, ou valor, de itens estocados / área ocupada;
• Número, ou valor, de itens estocados / número de pessoas;
• Número, ou valor, de itens estocados / número de
equipamentos.

 No recebimento:
• Número de notas fiscais recebidas / número de pessoas.

 Em compras:
• Número (ou valor) de pedidos colocados / número de pessoas.

60
Indicadores de Qualidade do Serviço
 No armazenamento:
• Número, ou valor, de itens entregues / número, ou valor de
itens pedidos;
• Tempo médio de entrega após uma solicitação de material;
• Deterioração dos itens estocados em percentagem.
 No recebimento:
• Tempo médio de recebimento por carga recebida.
 Em compras:
• Tempo médio para a colocação de um pedido junto ao
fornecedor;
• Tempo médio para a obtenção do material.
61
Indicadores de desempenho na Gestão
dos Estoques
 Nível de serviço (NS): NS= ie/ip
• ie = número (valor) de itens entregues;
• ip = número (valor) dos itens pedidos;

 Giro dos estoques (GE): GE= vc/vem


• vc = valor consumido no período;
• vem = valor do estoque médio no período;

 Cobertura (dias de estoque): CO= nd/g


• nd = número de dias do ano;
• g = giro.
62
Cálculo do Estoque Médio
 Graficamente, o estoque médio corresponde à
altura de um retângulo de área equivalente à área
da figura geométrica do gráfico do estoque em
função do tempo:
Cálculo de Estoque Médio

500

400

300

200
u
qE
to
es

100

0
0 1 2 3 4 5
Período

63
Cálculo do Estoque Médio
 Calculando as áreas em cada período, temos
(cada período é igual a uma unidade de tempo):

PERÍOD
1
O estoque médio é 1500/5 = 300

64
Cálculo do Estoque Médio
 Uma outra maneira aproximada para o cálculo do
estoque médio consiste em somar a média dos
estoques de cada período e dividir pelo número de
períodos. Nessa forma de cálculo, temos:

Estoque médio = (EM) = ∑[MÉDIA i] / N =


∑[(EFi + EIi)/ 2] / N ;

onde i varia de 1 a n

Exemplo:
EM = [(500+500)/2] + [(500+300)/2] + [(300+300)/2] +
[(300+100)]/2 + [(100+100)/2]/5 =

EM = [500+400+300+200+100]/5 = 1500/5 = 300


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