Sie sind auf Seite 1von 48

AULA 4

IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:

1 – NOÇÕES CONCEITUAIS - Representação negativa da competência tributária,


expressando assim norma de incompetência tributária ou forma qualificada de
não incidência

2 – FUNDAMENTOS – Expressam meios de limitar o poder de tributar do Estado,


preservando assim determinados valores políticos, éticos, religiosos, sociais e
éticos constitucionalmente tutelados.

3 – DIFERENÇAS CONCEITUAIS

a) Imunidade x isenção

- Imunidade – dispensa da tributação de origem constitucional


- Isenção – dispensa da tributação de origem legal
IMUNIDADES x ISENÇÃO
- IMUNIDADE – NÃO EXISTE O FATO GERADOR

- ISENÇÃO – o fato gerador existe e é praticado, decorrendo após o afastamento do


lançamento pela lei isentiva.
3.1 DIFERENÇAS A PARTIR DA INTERPRETAÇÃO

- As isenções sempre são interpretadas de forma literal (restritiva) – art. 111, CTN
- As imunidades são consideradas cláusulas pétreas pelo STF mas sua interpretação deve
ser feita de acordo com o caso concreto.

4 CLASSIFICAÇÃO – As imunidades podem ser classificadas em objetivas ou subjetivas

a) Objetivas – Quando a imunidade volta-se a afastar a incidência de impostos sobre bens


ou coisas

b) Subjetivas - Quando a imunidade volta-se a afastar a incidência de impostos sobre


pessoas ou entidades.

c) Mistas - Quando a imunidade volta-se a afastar a incidência de impostos tanto sobre


coisas, como de pessoas ou entidades.
5. NOMENCLATURA (falsas imunidades ou imunidades genéricas)
- Todos dispositivos constitucionais que veiculam o afastamento da
tributação utilizando termos como “isenção”, “não incidência”, etc são na
verdade IMUNIDADES

- Sete casos: ITBI, ICMS, IPI, ITR, TAXAS, CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS


PREVIDECIÁRIAS E CIDE

5.1 IMUNIDADES DO ITBI (art. 156, §2, I, CF)


Art. 156 – [...]
§ 2º - O imposto previsto no inciso II:
I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa
jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de
fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade
preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens
imóveis ou arrendamento mercantil;
EXEMPLOS DE IMUNIDADES (falsas imunidades)

5.2 IMUNIDADES DO ICMS (art. 155, §2, X, CF)


Art. 155 – [...]
X - não incidirá:
a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a
destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado
nas operações e prestações anteriores;
b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos
e gasosos dele derivados, e energia elétrica;
c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no Art. 153, § 5º;
d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e
imagens de recepção livre e gratuita;

5.3 IMUNIDADE DO IPI (art. 153, §3, III CF)


Art. 153 – [...]
§ 3º O imposto previsto no inciso IV:
[...]
III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.
EXEMPLOS DE IMUNIDADES (falsas imunidades ou
imunidades genéricas)

4.3 IMUNIDADE DO ITR (art. 153, §4, II, CF)


Art. 153 – [...]
§ 4º - O imposto previsto no inciso VI caput:

II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não
possua outro imóvel;

4.4 IMUNIDADE DO DIREITO DE PETIÇÃO E CERTIDÕES (art. 5, XXXIV, CF)

Art. 5 – [...]
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de
poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de
situações de interesse pessoal;
EXEMPLOS DE IMUNIDADES (falsas imunidades ou
imunidades genéricas)

5.4 IMUNIDADE DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS E da CIDE (art. 149, §2, I, CF)
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação
nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no
art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
[...]
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo:

I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;

ATENÇÃO: A imunidade não alcança a CSLL (RE-564413 )

5.5 IMUNIDADE DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS (art. 195, §7 CF)

Art. 195 – [...]


7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social
que atendam às exigências estabelecidas em lei.
5. IMUNIDADES DE IMPOSTOS (ESPECÍFICAS DO ART. 150, VI, CF)

Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

05 TIPOS DE IMUNIDADES

-Imunidade Recíproca (art. 150, VI, a, CF)

-Imunidade dos Templos de Qualquer culto (art. 150, VI, b, CF)

-Imunidade dos Partidos Políticos, Sindicatos (de trabalhadores), Instituições de


Educação, Instituição de Assistência Social sem fins lucrativos (art. 150, VI, c, CF)

- Imunidade de Imprensa (Cultural) (art. 150, VI, d, CF)

-Imunidade musical (art. 150, VI, e, CF)


5.1 - IMUNIDADE RECÍPROCA

1 – BASE NORMATIVA – art. 150, VI, a, CF

Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
[...]
VI - instituir impostos sobre: ( APENAS tributos da espécie impostos)
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; (interpretação Lata – alcança tb o IOF)

2 – ELEMENTO TELEOLÓGICO – proteção ao pacto federativo

3 – CLASSIFICAÇÃO – imunidade subjetiva

4 - PARÁGRAFOS DO ART. 150 – regras do parágrafo segundo e terceiro


5.1 IMUNIDADE RECÍPROCA

- PARÁGRAFOS DO ART. 150 –

regra do parágrafo segundo


§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas
finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
REGRA - Estende-se às autarquias e fundações públicas quanto ao patrimônio, renda ou
serviços vinculados a suas finalidades essenciais

regra do parágrafo terceiro


§ 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à
renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas
normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento
de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar
imposto relativamente ao bem imóvel. (ver Súmula 583, STF)
REGRA - Não se estende a sociedades de economia mista e empresas públicas
5.1 IMUNIDADE RECÍPROCA – EXCEÇÕES A REGRA DO PARÁGRAFO 3 DO ART. 150, CF

JULGAMENTOS STF e STJ sobre empresas públicas e sociedades de economia mista que
são imunes

- 1º CASO - EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS – apesar de ser empresa


pública, os Correios gozam da imunidade recíproca (art. 150,I, CF), por ser prestadora de
serviço público de prestação obrigatória e exclusiva do estado, faz jus a imunidade recíproca
(RE407.099/RS julgamento de 2013)

- 2º CASO - INFRAERO - apesar de ser empresa pública, por ser prestadora de serviço público
de infraestrutura aeroportuária em regime de monopólio, faz jus a imunidade recíproca (Ag-R no
RE 363.412/BA, julgamento em 2007)

- 3º CASO - CODESP, apesar de ser sociedade de economia mista, por ser prestadora de serviço
público de administração de portos marítimos em regime de monopólio, faz jus a imunidade
recíproca (RE 265.749, julgamento em 2011)
sobre o imóvel (terreno baldio) de propriedade de
autarquia estadual é devido o IPTU ou prevalece a
imunidade?
É devido o IPTU, pois neste caso, o imóvel em tais
condições, não cumpre suas finalidades essenciais,
incidindo assim a regra de exclusão do parágrafo segundo
do art. 150, CF.
5.2 IMUNIDADE DOS TEMPLOS RELIGIOSOS

1 – BASE NORMATIVA – art. 150, VI, B, CF

Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
[...]
VI - instituir impostos sobre:
b) templos de qualquer culto;

2 – ELEMENTO TELEOLÓGICO – proteção a liberdade religiosa (art. 5 , VI, CF)

3 – CLASSIFICAÇÃO – imunidade subjetiva


5.2 IMUNIDADE DOS TEMPLOS RELIGIOSOS

4. CONCEITO DE TEMPLOS – O templo é concebido como uma entidade, protegendo-se não


apenas o imóvel do templo, abrangendo inclusive bens de propriedade da igreja alugado a
terceiros ( aplicação análoga da Sumula 724, STF)

5. REGRA DO PARÁGRAFO QUARTO


§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio,
a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas
mencionadas. (mitigação pela SV- 52)
Determinada igreja é proprietária de diversos imóveis que estão alugados a
terceiros (particulares não imunes). Neste caso estes imóveis estão imunes ao
IPTU?
Resposta até junho de 2015
Depende. Se tais rendas forem aplicadas nas finalidades
essenciais da entidade religiosa, continua imune, caso
contrário, não. (fundamento: art. 150, § 4º, CF e aplicação
análoga da Sumula 724, STF)

Resposta APÓS junho de 2015

Sim, desde que tais rendas forem aplicadas nas atividades da


entidade religiosa consoante determina a Súmula Vinculante
52.

Súmula Vinculante no. 52 - Ainda quando alugado a terceiros, permanece


imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas
pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição Federal, desde que o valor dos
aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram
constituídas.
QUADRO COMPARATIVO

Súmula 724, STF - Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao


IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150,
VI, c, da Constituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas
atividades essenciais de tais entidades.

Súmula Vinculante no. 52 - Ainda quando alugado a terceiros, permanece


imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo
art. 150, VI, “c”, da Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja
aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas.
Terreno anexo ao IGREJA, onde funciona um cemitério é
imune ao IPTU?
Depende. Se o cemitério for de propriedade da entidade religiosa e a receita
auferida for revertida às atividades da entidade religiosa, há a imunidade,
caso contrário, não.
TEMPLOS DE LOJAS MAÇONICAS SÃO ALCANÇADOS PELA
IMUNIDADE DOS TEMPLOS?
NÃO, POIS MAÇONARIA NÃO É RELIGIÃO (RE 562.351 / RS)
5.3 IMUNIDADE DOS PARTIDOS POLÍTICOS, INSTITUIÇÕES DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL, EDUCAÇÃO E SINDICATOS

1 – BASE NORMATIVA – art. 150, VI, C, CF

Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
[...]
VI - instituir impostos sobre:
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins
lucrativos, atendidos os requisitos da lei;

2 – CLASSIFICAÇÃO – imunidade subjetiva, do tipo não auto-aplicável

OBS. - IMUNIDADE NÃO AUTO-APLICÁVEL – Significa que sua compreensão é definida e


completada pela lei ordinária (atendidos os requisitos da lei), no caso o art 14, CTN
5.3 IMUNIDADE DOS PARTIDOS POLÍTICOS, INSTITUIÇÕES DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL, EDUCAÇÃO E SINDICATOS

3 - ELEMENTO TELEOLÓGICO – varia, a depender da entidade imune. (pluralidade política/


assistência social/educação/trabalho enquanto valor social

4 - REGRA DO PARÁGRAFO QUARTO


§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio,
a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas
mencionadas. (SV-52 também se aplica neste caso ( ARE 694453/DF)
patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência
social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;

Que tipo de LEI? Ordinária ou complementar?


LEI complementar, pois a imunidade é uma limitação ao poder de tributar,
atraindo portando a incidência do art. 146, II, CF

Art. 146. Cabe à lei complementar:


[...]
II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;

Essa lei complementar é o art. 14 do CTN. (Obs. O CTN é materialmente lei


ordinária, mas é recepcionado com status de Lei complementar pela CF/88 –
Teoria da Recepção do CTN)
5.3 IMUNIDADE DOS PARTIDOS POLÍTICOS, INSTITUIÇÕES DE ASSISTÊNCIA
SOCIAL, EDUCAÇÃO E SINDICATOS

Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à observância dos seguintes
requisitos pelas entidades nele referidas:
I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; (não poderá
se apropriar do lucro)
II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais;
(não poderá enviar recursos para o exterior)

III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de
assegurar sua exatidão.

Obs. Segundo a doutrina tais entidades PODEM auferir Lucro, só não podem distribuí-lo.
Imóvel pertencente a Associação de Pais e Amigos dos
Excepcionais (APAE), (Instituição de assistência social),
alugado a terceiros não imunes submete-se à incidência do
IPTU?
Depende. Se o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades
de tais entidades, sim. Consoante Súmula Vinculante 52, STF.
Imóvel pertencente a Entidade Sindical patronal submete-se à
incidência do IPTU?
Sim, há incidência normal vez que a imunidade só é devida a
sindicato de trabalhadores.
5.4 IMUNIDADE DE IMPRENSA (CULTURAL)

1 – BASE NORMATIVA – art. 150, VI, D, CF

Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
[...]
VI - instituir impostos sobre:
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

2 – ELEMENTO TELEOLÓGICO – liberdade de expressão e difusão do conhecimento


(cultura e educação)

3 – CLASSIFICAÇÃO – imunidade objetiva


5.4 IMUNIDADE DE IMPRENSA (CULTURAL)

2 – ANÁLISE DA ALÍNEA D: “LIVROS”, “JORNAIS” E “PERIÓDICOS”

A) LIVROS – Tem sua compreensão estabelecida pela Lei 10.753/03 (Política Nacional do
livro)

Art. 2 – definição de livro


Art. 2o Considera-se livro, para efeitos desta Lei, a publicação de textos escritos em fichas ou folhas,
não periódica, grampeada, colada ou costurada, em volume cartonado, encadernado ou em brochura,
em capas avulsas, em qualquer formato e acabamento.

Parágrafo único. São equiparados a livro:


I - fascículos, publicações de qualquer natureza que representem parte de livro;
II - materiais avulsos relacionados com o livro, impressos em papel ou em material similar;
III - roteiros de leitura para controle e estudo de literatura ou de obras didáticas;
IV - álbuns para colorir, pintar, recortar ou armar;
V - atlas geográficos, históricos, anatômicos, mapas e cartogramas;
VI - textos derivados de livro ou originais, produzidos por editores, mediante contrato de edição
celebrado com o autor, com a utilização de qualquer suporte;
VII - livros em meio digital, magnético e ótico, para uso exclusivo de pessoas com deficiência
visual;
VIII - livros impressos no Sistema Braille.
5.4 IMUNIDADE DE IMPRENSA (CULTURAL)

2 – ANÁLISE DA ALÍNEA D: “LIVROS”, “JORNAIS” E “PERIÓDICOS”

B) JORNAL – De acordo com a doutrina, são gazetas, diárias ou não que visam a carrear
notícias e informações a seus leitores

- A expressão “jornal” abrange apenas a mídia escrita ou todos tipos?

- A) a opinião de Eduardo Sabbag

- B) a opinião de Ricardo Lobo Torres

- C) a nossa opinião
5.4 IMUNIDADE DE IMPRENSA (CULTURAL)

2 – ANÁLISE DA ALÍNEA D: “JORNAIS” – abrange apenas a mídia escrita ou todas


outras?

c) Nossa opinião

a) Argumento hermenêutico

6ª Regra: Quando a lei não fez distinção o intérprete não deve fazê-la.

A regra hermenêutica expressa reflexo direto da própria legalidade estrita prevista no art. 5, II,
CF quando o Constituinte estabelece que “ ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer
alguma coisa senão em virtude de lei”.

b) Argumento teleológico

- A imunidade de imprensa volta-se a tutelar a liberdade de expressão e difusão do


conhecimento, cultura e educação
5.4 IMUNIDADE DE IMPRENSA (CULTURAL)

2 – ANÁLISE DA ALÍNEA D: “JORNAIS” – abrange apenas a mídia escrita ou todas


outras?

c) Nossa opinião

c) Argumento jurisprudencial

- A jurisprudência do STF em outras oportunidades já decidiu pela interpretação extensiva


do “livro” para alcançar também o “e-book”
5.3 IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS

A imunidade DE IMPRENSA alcança os encartes de propaganda


distribuídos dentro dos jornais ou periódicos?
5.3 IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS

Não, pois para o STF, face sua natureza propangandística e de


exclusiva índole comercial , não pode ser considerado como
destinado à cultura e educação.
5.4 IMUNIDADE DE IMPRENSA (CULTURAL)

2 – ANÁLISE DA ALÍNEA D: “PERIÓDICOS” – abrange apenas a mídia escrita ou todas


outras?

c) PERIÓDICOS – Refere-se às revistas e aos álbuns. (álbum de figurinhas)

- Revistas pornográficas também são abrangidas pela imunidade?


5.3 IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS

A imunidade DE IMPRENSA alcança além do papel, também a tinta


utilizada na fabricação dos jornais e revistas?
5.3 IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS

Não, inteligência que decorre da Súmula 657, STF.

Súmula 657, STF - A imunidade prevista no art. 150, VI, d, da CF abrange os filmes e
papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos

(RE 221.239-SP). Dos insumos apenas o papel é imune.


5.3 IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS

A imunidade DE IMPRENSA alcança também os livros


eletrônicos (ebooks) e os aparelhos que os lê (E-
reader)?
Sim, face recente decisão do STF (RE 330817, de
relatoria do ministro Dias Toffoli), prevalecendo
interpretação extensiva no caso concreto. Afinal
o constituinte, ao retirar livros, jornais,
periódicos e o papel destinado a sua impressão
da competência tributária da União e dos entes
federados, deu imunidade a veículos de
informação e de manifestação de ideias, e não
benefícios a editoras e empresas de
Comunicação.
5.4 IMUNIDADE MUSICAL
1 – BASE NORMATIVA – art. 150, VI, E, CF (EC 75/13)
Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
[...]
VI - instituir impostos sobre:
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou
literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros
bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de
replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.

2 – ANÁLISE DA ALÍNEA E

a) Fonogramas – Compreensão ditada a partir da Lei 9.610/98 (Lei de Direitos Autorais)

b) Art. 5, IX – definição de fonograma

Art. 5
[...]
IX - fonograma - toda fixação de sons de uma execução ou interpretação ou de outros sons, ou de uma
representação de sons que não seja uma fixação incluída em uma obra audiovisual
5.4 IMUNIDADE MUSICAL

1 – BASE NORMATIVA – art. 150, VI, E, CF (EC 75/13)


Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
[...]
VI - instituir impostos sobre:
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou
literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros
bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de
replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.

2 – ANÁLISE DA ALÍNEA E

b) Videofonogramas – Produto da fixação de imagem e som a um suporte material (videoclipe,


DVD, etc)
c) Obras musicais – Música sem letra. (música instrumental)
d) Obra literomusical – Música com letra
e) Suportes materiais – CD, DVD; ARQUIVOS DIGITAIS – aplicativos de celular, tablets, MP3, MP4 etc
5.4 IMUNIDADE MUSICAL

3 – ELEMENTO TELEOLÓGICO – Fomento à cultura passível ser difundida por estes meios.
Obs. Por via oblíqua, intenta-se também combater a pirataria (CONTRAFAÇÃO), haja vista o
direito autoral previsto no art. 5, XXVII, CF

3 – CLASSIFICAÇÃO – imunidade objetiva (PARA Ricardo Alexandre seria MISTA)

4 – INSUMOS - Também são alcançados pela imunidade (Suportes materiais e arquivos


digitais)

5 – RESSALVA – “salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser” -


Etapa de duplicação da matriz do CD ou DVD – há incidência normal do IPI, ICMS (exceto as
Fábricas da Zona Franca de Manaus que gozam de condições tributárias diferenciadas –
ressalva da parte final do princípio da uniformidade tributária)
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS

A imunidade MUSICAL alcança também o IPTU devido


pelo prédio onde fica a gravadora?
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS

Não, trata-se de imunidade OBJETIVA, atingindo apenas


os objetos relacionados à música.

Das könnte Ihnen auch gefallen