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Universidade Federal de Juiz de Fora – Campus de Governador Valadares

Instituto ciências da vida


Departamento de Odontologia

Uso de Anestésicos Locais em


Pacientes Idosos
Acadêmicos: Ana Virgínia, Cézar Thaycer e Lilian Lopes
Orientadora: Profa. Dra. Mônica Senra
Disciplina: Anestesiologia II

Governador Valadares – MG
17 de abril de 2017
Introdução
 Idosos: Indivíduos com 60 anos ou mais
 2025 - 30 milhões de pessoas nessa faixa etária

15% da população total

 ODONTOGERIATRIA

 (CASTRO, 2001)
Introdução
Principais procedimentos realizados pelos idosos:
 Exodontias
 Cirurgias para colocação de próteses
 Implantes osteointegrados
“Malamed relatou um caso de uma paciente de 68 anos de idade e com histórico de angina pectoris que foi
submetida em uma mesma sessão clínica a exodontia de 28 dentes. O erro de planejamento na escolha da
solução anestésica e o uso excessivo de tubetes (superdosagem absoluta) provavelmente levaram à morte da
paciente por anóxia cerebral “
ANAMNESE PLANEJAMENTO

 O paciente idoso deve ser priorizado desde o início, antes mesmo que o paciente sente-se
na cadeira.
 O CD deve organizar-se para que o tratamento seja realizado preferencialmente na segundo
período da manhã ou no início da tarde, sempre com sessões de curta duração (em torno
de 50 minutos)
Envelhecimento

Anamnese detalhada
Presença de
Mudanças
doenças sistêmicas
Planejamento Polifarmácia
fisiológicas
agudas e crônicas

Anestésicos
Anestésicos locais
 Na Odontologia, estes anestésicos pertencem quase que exclusivamente ao grupo
Amida:

Mepivacaína Articaína

Lidocaína

Prilocaína Bupivacaína
Mudanças fisiológicas
RINS

 Redução progressiva da massa renal, diminuindo tanto a função glomerular (filtração)


quanto tubular (excreção)
 Os rins são os principais órgãos excretores dos anestésicos locais e seus metabólitos.

Níveis sanguíneos dos anestésicos


RISCO DE TOXICIDADE
Mudanças fisiológicas
FÍGADO

 A depuração hepática tende a diminuir, devido à marcada redução do tamanho do fígado;

 O principal local de biotransformação dos anestésicos é o fígado.


Mudanças fisiológicas
PULMÕES

 Redução de troca alveolocapilar, com o aumento do espaço morto.


Mudanças fisiológicas
 Maior reabsorção óssea:

DEFICIÊNCIA
FÍSICA

OSTEOPOROSE
Mudanças fisiológicas
 REABSORÇÃO DO REBORDO ALVEOLAR (perdas dentárias):

MAXILA

 O forame incisivo pode ser encontrado próximo à


superfície palatina do rebordo residual;
 A espinha nasal anterior fica no nível do rebordo residual;
 O palato ósseo se torna mais aplainado e mais raso;
 Pneumatização do seio maxilar pelo adelgamento de suas
paredes.
( TEIXEIRA, et al, 2012)
Mudanças fisiológicas

 O forame mentual passa a situar-se próximo ao


rebordo residual;

 O teto do canal mandibular se aproxima do rebordo


residual;

 A linha milo-hoidea e a linha oblíqua podem ficar no


mesmo nível do rebordo residual na região molar.
( TEIXEIRA, et al, 2012)
Mudanças fisiológicas
MÚSCULOS

 Os músculos que se originam ou inserem na mandíbula adquirem uma posição inferior


acompanhando a reabsorção;
 Com a contínua perda do osso alveolar e perda dental, os músculos da mastigação e da
expressão facial se tornam mais superficiais;
 As artérias, veias e nervos se tornam mais superficiais também.
Doenças sistêmicas
ARTIGO: Doenças sistêmicas em idosos não institucionalizados
Silva et al ( 2012)

Objetivo: Determinar a prevalência de doenças crônicas que mais afligiam um grupo de


idosos não institucionalizados, bem como sua percepção sobre a saúde geral.

• A doença mais prevalente foi a hipertensão arterial (60,4%), seguida da


osteoartrose (27,0%), osteoporose (24,8%), diabetes (17,8%) e doenças
respiratórias (16,1%).

• Verificou-se que 82,0% dos idosos tomavam pelo menos um medicamento para doença
crônica.
Doenças sistêmicas

Classificação do estado físico de acordo com a Sociedade Americana de Anestesiologistas (ASA):


Polifarmácia
 Os idosos são mais susceptíveis a interação medicamentosa;
 Bloqueadores β-adrenérgicos, empregados no tratamento de hipertensão arterial sistêmica,
arritmias cardíacas, cardiopatias isquêmicas e enxaquecas.
 A administração concomitante de vasoconstritor adrenérgico em pacientes tratados com
bloqueadores β- adrenérgicos não-seletivos pode desencadear hipertensão grave e
bradicardia reflexa, contraindicando seu uso.
Polifarmácia
Idosos constituem mais de 50% dos usuários de múltiplos medicamentos.
Métodos: Avaliou por meio de formulário e entrevistas, o perfil medicamentoso de idosos de 60-86 anos,
perfazendo um total de 200 indivíduos, da região da zona leste da cidade de São Paulo/SP, no período de
maio a setembro de 2010.

 Distúrbios emocionais e mentais foram os


mais relatados (73%): bromazepan foi o
medicamento mais prescrito;
 Hipertensão com 62%, e o captopril
(55%) como o medicamento mais
prescrito, seguido da espirolactona (42%)
e do salbutamol (40%);
 O diabetes correspondeu a 51%, e o
hipoglicemiante oral glibenclamida foi
prescrito em 30% dos casos.
ATENÇÃO ÀS INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS!
Odontogeriatria: perfil farmacológico de uma população de idosos de interesse para Odontologia, 1 Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo/SP, Brasil; Patricia da Silva Barbosa
ESCOLHA DO ANESTÉSICO LOCAL
Lidocaína
NÃO DEVE ULTRAPASSAR O
EQUIVALENTE AO CONTIDO
METABOLIZADA PELO FÍGADO
EM TRÊS TUBETES DE UMA
E EXCRETADA PELOS RINS
SOLUÇÃO DE LIDOCAÍNA À
2%

NOS IDOSOS
RECOMENDA-SE A
UTILIZAÇÃO DE NÃO ULTRAPASSAR A DOSE
LIDOCAÍNA A 2% COM DE 0,04mg DE ADRENALINA
ADRENALINA NA POR CONSULTA
DILUIÇÃO DE 1:200.000 ou
1:100.000
Prilocaína

BIOTRANSFORMAÇÃO: SOFRE
FÍGADO E BIOTRANSFORMAÇÃO MENOR TAXA DE
MAIS RÁPIDA E LIGAÇÃO ÀS PROTEÍNAS
EM MENOR GRAU: COMPLETA QUE A PLASMÁTICAS
PULMÃO LIDOCAÍNA

AUMENTO NO TEOR DE
ANESTÉSICO CIRCULANTE
EM IDOSOS NÃO DEVE
ULTRAPASSAR A
QUANTIDADE CONTIDA
EM 2 TUBETES
MAIOR POSSIBILIDADE DE
EFEITOS TÓXICOS
Prilocaína
 FELIPRESSINA (vasoconstritor associado Prilocaína):

NO CORAÇÃO, A
NÃO ALTERA O RÍTMO FELIPRESSINA NÃO TEM
CARDÍACO EFEITOS DIRETOS SOBRE
A MUSCULATURA

QUANDO
ADMINISTRADA EM ALTAS
DOSES, PODE
PREJUDICAR O FLUXO
SANGUÍNEO DAS
ARTÉRIAS CORONÁRIAS
Articaína

ALTA DIFUSIBILIDADE, O QUE


TEM UM RÁPIDO INÍCIO,
PERMITE O USO DE
EFEITO E DURAÇÃO
QUANTIDADES PEQUENAS
INTERMEDIÁRIA
DO ANESTÉSICO

POUCO UTILIZADA EM
CONTRAINDICADA PARA
IDOSOS POR TER SUAS
PACIENTES COM ANEMIA,
PROPRIEDADES POUCO
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA E
EXPLORADAS DEVIDO SEU
RESPIRATÓRIA.
ALTO CUSTO
Bupivacaína
MAIOR POTÊNCIA PODE CAUSAR METABOLIZADA NO
ARRITMIAS FIGADO
VENTRICULARES GRAVES
E DEPRESSÃO
MIOCÁRDICA,
PRINCIPALMENTE EM DOSES DEVEM SER
MAIOR TOXICIDADE GRANDES DOSAGENS REDUZIDAS

A BAIXA
CONCENTRAÇÃO DE
VASOCONSTRITOR NÃO DEVE ULTRAPASSAR
ASSOCIADA A ESTE DOIS TUBETES
ANESTÉSICO (adrenalina ANESTÉSICOS
1:200.000), PERMITE A
UTILIZAÇÃO EM IDOSOS
Uso de vasoconstritores X idosos

Neves et al. - avaliando os parâmetros eletrocardiográficos e de pressão arterial durante


o procedimento odontológico restaurador sob anestesia local sem vasoconstrictor e
com vasoconstritor (adrenalina) em portadores de doença arterial coronária,
observaram que não houve diferença em relação ao comportamento da pressão
arterial, frequência cardíaca, evidência de isquemia e arritmias entre os grupos
estudados.

Conrado et al.26 - avaliando a ocorrência de variáveis detectoras de isquemia


miocárdica, durante e após o tratamento odontológico sob anestesia com
vasoconstritor (adrenalina), e chegaram à conclusão que o uso de adrenalina 1:100.000
não implica em riscos isquêmicos adicionais quando realizada uma boa técnica
anestésica e a manutenção do tratamento farmacológico prescrito pelo
cardiologista.
Uso de vasoconstritores X idosos
Soluções anestésicas de uso odontológico não são contraindicadas em pacientes com
doenças cardiovasculares diagnosticadas e controladas, desde que indicadas
cuidadosamente, respeitando as doses máximas e realizando uma aspiração
prévia no momento da infiltração

Quando houver contraindicação absoluta à utilização de vasoconstritores


adrenérgicos, pode-se optar pela Mepivacaína a 3% sem vasoconstritor nos
procedimentos de curta duração, ou ainda a Prilocaína a 3% com felipressina
0,03UI/m
Conduta

 Sempre fazer uma anamnese detalhada;


 Solicitar exames complementares;
 Aferir sempre a pressão arterial;
 Ter sempre contato com o médico do paciente;
 Não ultrapassar a doses recomendadas;
 Consultas com o menor tempo possível;
 Paciente deve sempre estar acompanhado.
Conduta

Dependendo da condição clínica do paciente, a posição supina (posição totalmente


horizontal) pode dificultar o atendimento odontológico de pacientes idosos;

A cadeira odontológica deve estar na posição de Fowler (posição semi-inclinada), a


fim de se evitar o desconforto respiratório;

Os pacientes geriátricos não possuem sistema pressoreceptor ativo, portanto mudanças


bruscas da posição deitada para ereta, ou vice-versa podem reduzir a pressão arterial,
com diminuição da oxigenação cerebral, podendo ocasionar mal-estar, tonturas ou
mesmo lipotímia .
Sedação medicamentosa em idosos
 Diazepan: apresenta um tempo de eliminação longa, assim deve ser evitado em idosos;

 Lorazepan: possui agentes de eliminação mais rápidos, hidrossolúveis, e não produz


metabólicos ativos – 1 a 2 mg 2 horas antes da consulta;
Atendimento odontológico domiciliar
 Atuação odontológica na doença de Alzheimer: relato de caso clínico multidisciplinar
(MIRANDA, A. F. , 2009);

 Atendimento odontológico domiciliar aos idosos: uma necessidade na prática


multidisciplinar em saúde: revisão de literatura (ROCHA, D. A. , 2013)
Conclusão
 Os elevados percentuais de edentulismo que é encontrado hoje nos idosos reflete o
processo mutilatório que ocorreu durantes décadas na odontologia;

 No momento atual esse público tem procurado muito o cirurgião dentista com o objetivo
de melhorar sua condição bucal, tanto no âmbito funcional quanto estético, através de
diversos procedimentos, como a colocação implantes por exemplo;

 Assim, conhecer os fatores que influenciam o adequado atendimento do paciente idoso é


extremamente importante, e a anamnese se torna essencial para isso;

 Durante a técnica anestésica é essencial a palpação minuciosa das partes ósseas e moles,
visto que as reabsorções ósseas, o tônus da pele e a mucosa modificam os referenciais
anatômicos em idosos.
Conclusão

O ANESTÉSICO DE
ESCOLHA É LIDOCAÍNA A
2% COM EPINEFRINA A
1:100.000

EM PROCEDIMENTOS MAIS
EXTENSOS, INDICA-SE
BUPIVACAÍNA A O,5% COM
EPINEFRINA A 1:200.000
Referências bibliográficas

 Castro MVM, Duarte AD. Geriatria: doença periodontal e cardíaca. RGO - Rev Gaúcha Odontol.
2001;49(1):40-4.
 Andrade ED.Terapêutica medicamentosa em odontologia 2ª ed. Rio de Janeiro: Artes Médicas; 2006
 Madeira AP, Madeira MO. O paciente geriátrico e a complexidade do seu atendimento. Rev Bras
Odontol. 2000;57(6):350-1.
 Faraco FN, Kawakami PY, Mestnik MJ, Ferrari DS, Shibli JA. Effect of anesthetics containing lidocaine
and epinephrine on cardiovascular changes during dental implant surgery. J Oral Implantol.
2007;33(2):84-8.
O sorriso também faz parte da qualidade de vida.

Obrigado!

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