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1 - Extensão do termo

Início da
história da
filosofia: a
estética ainda
não tem nome
específico.

Ingres – Édipo e a
Esfinge
1 - Extensão do termo

Settecento: a
beleza como
objeto do
conhecimento
confuso ou
sentível.
Baumgarten e o
“nascimento” da
Estética como
disciplina
autônoma.
Fragonard – O balanço - 1767
1 - Extensão do termo

Ottocento: a arte
impregna-se de
sentimento.
Pareceu natural
remeter a teoria do
belo a uma doutrina
da sensibilidade e a
filosofia da arte a uma
teoria do sentimento.

Caspar David Friedrich – o


viandante sobre um mar de
neblina - 1818
 Nas filosofias antiga e medieval não havia uma
estética propriamente
 Não existia um nexo direto entre a teoria da arte e a
metafísica do belo
 Início do século XX: filósofos alemães
 Tentativa de distinguir da estética – filosofia do belo –
uma “teoria geral da arte”. Estudar a arte nos seus
vários aspectos
▪ Técnicos
▪ Psicológicos
▪ Éticos
▪ Sociais
 A arte moderna não se preocupa com o “belo”,
no sentido clássico e tradicional
 Persegue frequente e deliberadamente o “feio”
 O belo não é o objeto, mas o resultado da arte,
mesmo que este não se conforme à ideia
tradicional de beleza
 Redução da beleza à arte
▪ Não reconhecer outra forma de beleza que não a artística
▪ Conceber qualquer beleza, mesmo a natural, como resultado
da arte
 Estética: toda teoria que, de qualquer modo,
se refira à beleza ou à arte.
 Metafisicamente: pela dedução de uma doutrina
particular de princípios sistemáticos
 Fenomenologicamente: interrogando-se e
fazendo falar os dados concretos da experiência
 Metodologicamente: leitura e crítica das obras de
arte;complexo de observação técnica e de
preceitos que possam interessar tanto a artistas
quanto a críticos e historiadores
 Procurar uma definição mais delimitada e
precisa
A. A estética constitui uma reflexão filosófica?
▪ Procura definir o que é ou deve ser a arte
▪ O “estético” se encarrega de deduzir, de princípios
filosóficos pressupostos, as suas consequências no
estético
▪ Sendo a filosofia pura especulação, não é necessário que
o estético apele para a experiência direta do crítico ou
do artista
B. A estética não é filosofia
 Algo intermediário entre a filosofia e a história da
arte
 Não se encarrega de dar uma definição geral da arte
 Os testemunhos dos artistas, as reflexões dos
críticos e historiadores e as doutrinas dos teóricos de
cada arte em particular podem substituir,
validamente, toda estética filosófica, sem
preocupar-se em ser prolongadas ou elaboradas em
teorias filosóficas
 O filósofo que pretenda:
i. Legislar em campo artístico
ii. Deduzir artificialmente uma estética de um
sistema filosófico preestabelecido
iii. Proceder sem considerar a experiência estética
i. Torna-se incapaz de explicar a própria
experiência artística.
i. Sua reflexão cessa de ser filosofia – jogo verbal
 A estética não pode pretender estabelecer o
que deve ser a arte ou o belo, mas tem a
incumbência de dar conta
Do significado
Da estrutura
Da possibilidade
Do alcance metafísico
Dos fenômenos que se apresentam na
experiência estética
 A Estética não é uma “parte” da filosofia, mas
a filosofia inteira enquanto empenhada em
refletir sobre os problemas da beleza e da
arte
 Tem de enfrentar também todos os outros
problemas da filosofia
 O trabalho dos artistas, dos historiadores,
dos críticos e teorizadores é essencial para o
filósofo da arte!
 Oferecer ao estético o âmbito da experiência
na qual deve exercitar sua própria reflexão – o
ponto de partida da meditação
 Testar a validade das suas teorias
 Como “centros conscientes” de experiência
estética estão nas melhores condições para
dar uma contribuição ao pensamento
estético; testemunho vivo e direto
 Privar a Estética de sua tarefa filosófica
 Substituir a Estética pelos programas de arte,
técnicas artísticas ou “mera rapsódia de
observações”
 A Estética é e não pode deixar de ser filosofia
 Só pode salvar sua autonomia (sem reduzir-se a
crítica, ou a poética, ou a técnica) sob a condição
de se apresentar como indagação puramente
filosófica
 Não se deve colocar a estética entre a
filosofia e a história da arte
 Não há nada de intermediário entre a filosofia e a
experiência
 A reflexão sobre arte ou é filosófica, então entra
na filosofia
 Ou é trabalho de crítico/historiador/teorizador da
arte. Entra na experiência estética, como objeto
da filosofia
 É filosofia porque é reflexão especulativa
sobre a experiência estética
 Toda experiência que tenha a ver com o belo e
com arte
▪ Do artista
▪ Do leitor
▪ Do crítico
▪ Do historiador
▪ Do técnico da arte
▪ De quem desfruta de qualquer beleza
 A contemplação da beleza
 A artística
 A natural
 A intelectual
 A atividade artística
 A interpretação e avaliação das obras de arte
 As teorizações da técnica das várias artes
O BELO NATURAL O BELO ARTÍSTICO
 A estética precisa dar uma definição geral da
arte
 É tarefa da filosofia chegar a conclusões teóricas
universais extraindo seus dados da experiência
 A dificuldade deste empreendimento não a
autoriza a simplificá-lo arbitrariamente
 A universalidade não fica prejudicada pela
inexaurível infinidade da experiência, nem
pela historicidade da experiência de cada
filósofo.
 A estética, por sua vizinhança com a
experiência, de onde extrai contínuo
alimento e estímulo, é um feliz exemplo do
ponto de encontro das duas vias da reflexão
filosófica
 A ascendente: resultados universais
 A descendente: desses resultados para interpretar
a experiência e resolver seus problemas
 As duas vias não podem se separar!
 Em filosofia, a
experiência é objeto,
ao mesmo tempo:
 De reflexão e de
verificação do
pensamento;
 Resultado e guia da
interpretação da
experiência
 Artistas, historiadores, críticos e técnicos,
animados pelo seu real contato com a arte,
apresentam como estética as observações
que fazem, na sua própria qualidade, sobre a
arte.
 Notas esparsas
 Sem reflexão filosófica que as fecunde
 Mesmo que úteis, ainda assim não são estética
 O mesmo vale para os filósofos que querem
fazer estética sem recorrer à experiência
 Nem sempre os testemunhos dos artistas
sobre sua arte são dignos de atenção
 Requerem uma “peneirada”, uma escolha, um
dimensionamento que lhes restitua seu
verdadeiro significado e revel seu possível alcance
no campo da estética
 Assim, reforçando: a estética é reflexão sobre
a experiência, isto é, tem um caráter
especulativo e concreto a um só tempo
 Filosofia e experiência, precisamente porque
nitidamente distintas, são também
indissoluvelmente unidas
 A estética é constituída deste dúplice recâmbio
ao caráter especulativo da reflexão e ao seu vital
e vivificante contato com a experiência
 Não é estética aquela reflexão que, não alimentada
pela experiência da arte e do belo, cai n abstração
estéril
 Nem aquela experiência de arte ou da beleza que, não
elaborada sobre um plano especulativo, permanece
simples descrição
 O estético deve tirar partido da experiência
da arte, quer ele se inspire numa própria e
eventual experiência direta, quer ele se
atenha ao testemunho alheio, devida,mente
aprofundado e interpretado.
 O essencial é extrair da experiência concreta
da arte o alimento e o estímulo de uma
reflexão filosófica que enfrente os problemas
estético e todos os outros!
 Poética e crítica, mesmo podendo ser
traduzidas em termos de reflexão, nem se
incluem na estética nem se identificam com
ela, porque, de preferência, fazem parte do
seu objeto, isto é, da experiência estética.
 A poética diz respeito à obra por fazer: regular a
produção da arte.
 A crítica á obra feita: avaliar a obra de arte
 Nem o artista
consegue produzir
arte sem uma poética
declarada ou implícita
 Nem o leitor consegue
avaliar a obra de arte
sem um método de
leitura mais ou menos
consciente
 Normas e preceitos –
avaliação/valoração
 É programa de arte, declarado num
manifesto, numa retórica ou mesmo implícito
no próprio exercício da atividade artística
 Traduz em termos normativos e operativos
um determinado gosto
 Toda a espiritualidade de uma pessoa ou de uma
época projetada no campo da arte
 Espelho no qual a
obra se reflete
 Pronuncia o juízo
enquanto reconhece
o valor da obra
 Repete o juízo com
que a obra,
nascendo, aprovou-
se a si mesma
 Não possui caráter normativo nem valorativo
 Não define normas para o artista nem critérios
para o crítico
 Tem um caráter exclusivamente teórico: a
filosofia especula, não legisla!
 A tarefa do filósofo é estudar a estrutura da
experiência estética, e aí se encontra com os
problemas da poética e da crítica
 As leis e os critérios dos quais a estética
eventualmente fala não são prescritos por
ela, mas por ela encontrados na própria
experiência da arte.
 Conscientizar o artista e o crítico de seus
trabalhos
 Assim pode influir de modo decisivo sobre eles,
sobre sue gosto e modo de criar, sobre seu juízo e
modo de interpretar
 A reflexão da crítica não tem caráter
filosófico
 O crítico é um leitor e avaliador, intérprete e juiz
 Insere-se, juntamente com o artista, na
experiência estética, objeto e fonte do
pensamento do filósofo
 Não se pode fazer da estética uma mera
metodologia da crítica
 O método da crítica constitui um dos muitos
problemas da estética
 É infundado pressupor fundamentalmente:

Arte Crítica Estética


 As relações que
a estética tem
com a arte são
diretas e não
mediadas pela
crítica
 A estética deve estabelecer o específico de uma
determinada arte, mas deve fazê-lo num plano
que interesse a todas as artes
 Leva em conta todos os aspectos da experiência
artística
 E também as repercussões que a teoria de uma
determinada arte pode e deve ter no âmbito das
outras artes
 Quando se permanece no plano separatista ou
particularista não se faz estética, mas técnica
teórica
 Não devemos tomar como estética uma
doutrina que é essencialmente poética, isto é,
tomar como conceito de arte aquilo que não
quer ou não pode ser senão um determinado
programa de arte.
 Aquilo que é legítimo quando entendido
como programa de arte torna-se absurdo se
se pretende valer como conceito de arte
 Exemplo: uma doutrina moralista da arte
qualquer
 Seu intento é propor o programa de uma arte
impregnada de sentidos morais?
 Dirigida ao ensinamento do bem?
 Marcada por uma determinada concepção
filosófica/religiosa/política?
Então é uma Poética
Exprime um determinado gosto/ideal de arte
 A intenção é sustentar uma concepção
moralista da arte?
 A arte só é tal se marcada de sentidos morais? Aí
as coisas mudam!
▪ Doutrina que quer ser uma estética, e que, no entanto,
só pode ser uma poética
▪ Se antes a intenção é auspiciar o advento de uma arte
de inspiração moral, agora se pretende considerar como
arte apenas aquela de inspiração moral
 Do ponto de vista estético, todas as poéticas
são igualmente legítimas
 Não importa que a arte seja compromissada ou de
evasão, realista ou idealista, naturalista ou lítica,
figurativa ou abstrata, pura ou carregada de
pensamento, douta ou popular, espontânea ou
refinada

O essencial é que seja ARTE!


 O estético não toma posição em questões de
poética
 Esforçar-se por não deixar que seu próprio gosto
intervenha na própria teoria, a fim de evitar que
seja somente a conceitualização de um gosto
histórico e nada mais do que uma poética
travestida
 Claro que ninguém consegue se despojar do
próprio gosto, histórico e determinado. Seria
como despojar-se da própria personalidade
 Mas é preciso comportar-se de modo que seu
gosto não lhe dê os princípios de sua teoria, mas
somente o indispensável no âmbito da
experiência estética onde se alimenta.
 O mesmo se espera do juiz da obra de arte

 A avaliação sempre é feita no interior de uma


interpretação, mas
 Enquanto a interpretação é condicionada e tornada
possível pelo gosto
 A avaliação extrai o próprio critério diretamente da
obra
1. Definir o conceito de poética
 Uma poética é um determinado gosto
convertido em programa de arte
 Gosto: toda a espiritualidade de uma época ou de uma
pessoa tornada expectativa de arte
 A poética auspicia mas não promove o advento
da arte
 Uma poética só é eficaz quando adere à
espiritualidade do artista e traduz seu gosto m
termos normativos e operativos
2. Considerar uma obra de arte como realização de
uma poética declarada ou implícita significa pôr-se
na melhor situação para julgá-la
 Vê-la como um gosto historicamente condicionado
 Recusar-se a julgá-la com base no próprio gosto (este
também histórico)
 Propor-se a avaliá-la não com base em critérios externos,
mas tomando como base a própria obra de arte
 Abrir-se à possibilidade de apreciar a arte onde quer que
se encontre e como quer que se manifeste, pelos gostos
históricos ao mais diversos e até opostos
 Arte, do latim ars: atividade, habilidade
 Até o séc. XV, designa apenas um conjunto de
atividades ligadas à técnica, à perícia, ao ofício,
isto é,, tarefas puramente manuais.
 A ideia de estética, no sentido moderno, só
parece no momento em que a arte é reconhecida
e se reconhece como atividade intelectual,
irredutível a qualquer outra tarefa puramente
técnica
 Um longo processo até sua “autonomia” no
século. XVIII
 Resultado de um longo processo de emancipação que
concerne ao conjunto da atividade espiritual,
intelectual, filosófica e artística, sobretudo a partir da
Renascença,
 Criação passa a ser admitida como uma tarefa
humana
 Só no séc. XVII o belo se liberta dos valores do bem e
do verdadeiro; e no final do XVIII, a imitação da
natureza deixa de ser considerada como a única
finalidade do artista
 “A declaração de autonomia da estética foi de
algum modo preparada de longa data. Ela só
intervém ao termo de uma lenta evolução
intelectual e material da sociedade ocidental
que visa a emancipar o homem em relação às
tutelas antigas, teológica, metafísica, moral,
mas também social e política” (JIMENEZ,
1999, p. 33)
 Alberto, o Grande (1193-1280): “criar é
produzir alguma coisa a partir do nada”.
 A criação era pensada, ao contrário da concepção
da Antiguidade greco-latina, para a qual o
conceito de criação era inconcebível.
 Os filósofos e teólogos do séc. XIII refletiam sobre
a noção de origem, de começo, de princípio
primeiro de todas as coisas.
▪ Mas era vedado ao homem o verdadeiro poder de criar
 O artista jamais pode ser rival de Deus – só
Ele cria verdadeiramente
 “Fostes vós que criastes o corpo do artista, a alma
que comanda seus membros, a matéria com que
faz alguma coisa, o gênio que concebe e vê dentro
de si o que irá executar fora” (Confissões, XI, 5).
 Só o artista pode, com legitimidade,
reivindicar um status de criador. Impossível
para os “doutores da graça”...
A Renascença

O conceito de
criação artística passa
a ser, ao mesmo,
pensado e aceito.
Em contradição
com a filosofia
religiosa, que
seguirá negando,
ao homem, o papel
de criador, pelo
menos até o século
XIX...
O homem
permanece
criatura; Deus,
criador incriado.
Casa da cascata
Frank Lloyd Right
1935-39 (construção)

“A arte constitui de
fato o espaço no
qual se enfrentam e
se enlaçam, de
maneira privilegiada,
todos os aspectos
contraditórios, até
mesmo
antagonistas, da
atividade humana,
ao mesmo tempo
intelectual e
material” (JIMENEZ,
1999, p. 35)
 Criar uma obra de arte significa realizar um
ato um mesmo tempo abstrato e concreto
 Abstrato, pois usa mecanismos psíquicos e
mentais que decorrem da invenção;
 Concreto, na medida em que uma coisa deve
resultar desse processo, que se oferece à
percepção.

Criar designa um ato e um ser.


Um processo
demiúrgico

“A obra de arte
evidencia-se,
portanto, como uma
concretização efetiva
do poder demiúrgico
do artista, capaz de
engendrar objetos
inéditos que não se
reduzem à simples
imitação de coisas já
existentes”
(JIMENEZ, 1999, P.
36)
 Os artistas não produzem “a partir de nada”,
mas a partir de um saber adquirido em
numerosas disciplinas de caráter científico
 Leon Battista Alberti (1404-1472): pintor,
escultor, músico e arquiteto
 Definição das normas da perspectiva
 Importância do estudo da matemática
“O melhor criador será somente aquele que tiver
aprendido a reconhecer as bordas da superfície e toda
a sua qualidade [...] portanto, afirmo que o pintos
deve aprender geometria”
Piero della Francesca
A Flagelação de Cristo
1460

Pintar e esculpir
Não são apenas
práticas que
repousam sobre uma
perícia, sobre um
ofício, sobre uma
habilidade de artesão
Tornam-se
atividades
intelectuais que usam
uma pluralidade de
faculdades e de
aptidões que
permitem ao artista
superar seu status de
simples artesão para
adequar-se à imagem
do humanista
 Tomada de consciência do poder criador do
artista “genial”
 O gênio, evidentemente, permanece um dom
de Deus – e seguirá sendo-o até a época
romântica – mas a força criadora é individual.
 A personalidade do artista torna-se, no
sentido próprio, excepcional.
 Filareti (1400-1465): passa a exigir que as
obras dos pintores e escultores fossem
assinadas
LEONARDO DA VINCI RAFAEL SANZIO
 O fato de os pintores não hesitarem mais em
expor-se, até mesmo em exibirem-se
tomando-se como objeto – ou sujeito – de
sua arte, revela o deslocamento que se opera,
no Renascimento, da obra à personalidade de
seu autor
 Ticiano e o imperador Carlos V
 Michelângelo, o “divino”: pintar com o espírito e
não com as mãos.
 É claro que a noção de subjetividade própria
ao artista ainda não é analisada nem
tematizada pela reflexão filosófica e estética
 As ideias de criação autônoma e de poder do
gênio criador não resultam de especulações
abstratas
 Profundas transformações nos planos
econômico e político
Michelângelo

Consciência
de livre
criação
Não
obedecer a
outra leis que
não as ditadas
pelo próprio
gênio
 A ideia de um sujeito criador autônomo
aparece pelo final do século XV
 Reconhecimento do artista: status social mais
elevado do que o do artesão da Idade Média
 Mas as corporações davam ao artesão vantagens
que aos artistas serão vedadas:
▪ Detêm os meios de produção
▪ Gozam de uma certa garantia de liberdade de trabalho
▪ Produzem objetos com finalidade social
O artesão

Estabelece um
elo entre sua obra
e sua utilidade.
Tem consciência
de seu valor de
uso
Percebe a
relação existente
entre o produto e
sua significação
real
O artista

Cessa de produzir
obras “úteis”, para uso
coletivo.
Transforma-se em
assalariado pago pela
clientela: o
empregador (mecenas,
membro do clero ou da
aristocracia, o
soberano)
Contrato: prazo de
entrega, materiais
(cores, pigmentos),
desenho, tema
 Ao artista começa a ser concedida um
margem de iniciativa, inconcebível antes
 Novamente Michelângelo
 Escolha do tema, das cores, até do objeto
 O preço das obras aumenta
consideravalmente
 Depende do renome e do talento do mestre que
todos disputam
 Filippo Lippi (1406-1469), e seu filho (1457-1505)...
 A obra tem a possibilidade de satisfazer
várias finalidades utilitárias ou simbólicas:
 Ornar
 Embelezar
 Decorar igrejas ou palácios
 Celebrar, ao mesmo tempo, a glória do príncipe,
de Deus ou o poder em geral, eclesiástico ou
aristocrático
 O preço dos quadros é estabelecido levando
em conta:
 O número de figuras a serem pintadas
 As cores
 Os pigmentos: prata, ouro, azul-ultramar, etc.
 Tempo de execução
 Valor de uso: capacidade que tem a obra de
responder às diversas necessidades e exigências
do cliente
 A partir da metade da Renascença
 A importância dos materiais na fixação do preço
das obras diminui em proveito da perícia, da
habilidade ou do talento evidenciado pelo artista
 O poder criador é levado em conta
 O talento ou o gênio, qualidade intrínsecas à
personalidade do autor, estão acima de tudo
 O artista é proprietário de sua obra e de seu
talento; ambos negociáveis no mercado de arte
em expansão.
 O valor de troca começa a prevalecer sobre o
valor de uso
 O tempo de trabalho deixa de ser um critério
suficiente para fixar o preço da obra
 Tempo da criação, não o tempo de trabalho
 Do quantitativo ao qualitativo
Como fixar o preço da notoriedade ou do
gênio?
 PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética.
São Paulo: Martins Fontes, 2001.

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