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CUBA

Por que Cuba?


- Semelhanças com o Brasil: País tropical, sujeito as mesmas doenças

- Mesmo fundamento: universais, gratuitos, equânimes, descentralizados e


estruturados em níveis de atenção

-Dificuldades econômicas e de recursos

-Saúde é um direito dos cidadãos


e dever do Estado

- Modelo de saúde para todo o


Mundo
BREVE PANORAMA

• Maior das ilhas do Caribe

• Regime de governo socialista

• 15 províncias

• População de 11.210.064 habitantes, sendo que mais de 8,5 milhões


vivem em área urbana

• Poucos recursos naturais - destaque para a produção de cana de açúcar,


banana e fumo

• Cuba conta com 70594 médicos - 33769 são médicos de família


Cooperação e Missões Internacionais

• A Cooperação Médica Internacional cubana desde 1963

- profissionais de Saúde cubanos no estrangeiro


- formação de profissionais estrangeiros em Cuba
- principal fonte de recursos

• Desastres :
- Furacão Katrina em New Orleans 2005
- Haiti terremoto em 2010

• Mais médicos (Brasil)


Panorama da saúde
• Taxas de saúde e educação igualadas
às dos países desenvolvidos:

- taxa de mortalidade infantil de 4,2 por


mil nascidos vivos

- expectativa de vida de 77,97 anos

- alfabetização 99,8%

• 1959 - a partir da Revolução Cubana:


“Prioridade do Estado é a organização de um sistema de cuidados de
saúde universal, que tornasse os serviços acessíveis ao maior número
de pessoas e que instituísse um programa de medicina preventiva e de
orientação à prática de medidas de higiene, visando minimizar o quadro
sanitário de saúde existente, caracterizado por tétano, difteria,
poliomielite, tuberculose e outras doenças.”
• 1960:
- criação do SNS
- mais da metade dos médicos abandonou o país
- permanecem na Ilha cerca de 3.000 médicos, além de 16 professores da Universidade
de Havana
- investimento na formação de recursos humanos

• 1961- criado o Ministério da Saúde Pública (MINSAP): ordenar a formação e os serviços


de saúde cubanos

• 1970- os Policlínicos Comunitários

O Plano Médico de
Família de Cuba
fundamenta-se na
concepção humanística,
a qual prioriza o homem
como sujeito de sua
história, a partir de
determinantes sociais.

(DUPUY , 1991)
• 1976 - criação da Constituição da República de Cuba:
- Estado garantirá à população o direito aos serviços de saúde pública em
todos os níveis de atenção, com desenvolvimento de ações de divulgação
sanitária e educação para a saúde.

• 1983 Cuba já havia conseguido cumprir o objetivo “Saúde Para Todos no


ano 2000” (Alma Ata em 1978 )

• Em 1985, é introduzida a figura do Médico de Família


Sistema Nacional de Saúde Cubano
• A administração do SNS é realizada em três níveis (o nacional, o provincial e o
municipal)

• A gestão dos serviços em quatro níveis (nacional, provincial, municipal e setorial)

• A oferta divide-se em níveis de atenção à saúde: primário, secundário, terciário e


quaternário

• Equipe básica de saúde (EBS):

- Programa Médico e Enfermeira de Família


(PMEF)

- População de até 1500 pessoas

-Atenção Materno-Infantil

- Atenção ao Adulto Maior

- Controle de doenças transmissíveis e Crônicas


• Grupo básico de trabalho (GBT):

-Máximo 20 EBS

- equipe multiprofissional: assistente social, especialista em medicina interna,


ginecologista e obstetra, pediatra, psicólogo, enfermeiro, odontólogo, técnico em
estatística e técnico em higiene e epidemiologia

• O GBT é uma das unidades organizativas dos Policlínicos e tem funções


assistenciais, docentes, investigativas e administrativas.

• Outros serviços :

-Casa del Abuelos


- Hogar Materno
- Centros Comunitários de Saúde
Mental
- Centros de Medicina Natural e
Tradicional
- Os Centros Médico sicopedagógico,
• Essas equipes são a porta de entrada da população no SNS, garantindo o
princípio da regionalização. É responsabilidade das EBS a análise da situação
de saúde da comunidade à qual estão vinculadas, o diagnóstico social com
participação comunitária, a identificação de situações e sua priorização
visando solucionar os problemas detectados. Para isso, utilizam um plano de
ação que abrange indivíduo, família e comunidade.
• Atenção secundária:
- Menor cobertura e maior complexidade
- Hospitais gerais municipais e provinciais
- Diagnóstico e tratamento (laboratórios, ressonância magnética)

• Nível terciário:
-Hospitais Nacionais e Institutos
- Mínima cobertura e complexidade máxima

• O SNS cubano tem como característica singular a participação


popular na sua gestão e a administração dos recursos e serviços de
acordo com as necessidades sociais de saúde da população.

• A administração de todas as estruturas de saúde, desde os


consultórios até o MINSAP, é realizada pelos próprios profissionais
de saúde em conjunto com os usuários do sistema.
Análise comparativa com o Brasil
• Similaridades:
- saúde com conceito ampliado
- reconhecimento de que os aspectos sociais são determinantes no
processo de adoecimento
- PMEF e a ESF podem ser resolutivos na APS em até 80% dos casos,
minimizando a sobrecarga nos serviços da atenção secundária e terciária.

• Divergências ou Pontos mais fortalecidos em Cuba:


- número de habitantes por equipe de saúde: 1500 Cuba x 4000 Brasil
- efetividade da transmissão de informações no sistema de referência e
contrarreferência no SNS cubano, mesmo não contando com um sistema
informatizado
- Existência de instituições de saúde pública, em Cuba, para diferentes
públicos, como idosos e gestantes
- Maior foco na prevenção
• No Brasil existe a necessidade de aproximação do diálogo entre
Ministério da Saúde e Ministério da Educação

• Em Cuba, o MINSAP ordena a formação de recursos humanos a


partir da realidade e das necessidades do país

• O Brasil apresenta um sistema de saúde financiado parcialmente


por recursos públicos e privados, com uma leve preponderância dos
recursos privados, enquanto Cuba apresenta um sistema de saúde
financiado, em mais de 90%, através recursos públicos
Relato de vivência em Cuba

“Os Policlínicos são algo maiores que os nossos Centros de Saúde,


normalmente ocupando todo um edifício, pequenos prédios ou
antigas vivendas, assemelhando-se a um pequeno hospital.“

“...mas tudo num evidente ambiente de escassez e um certo


desleixo, revelando uma aparente desorganização e alguma falta de
condições assépticas.”

“trabalho em equipe é um fato notório, sendo muitas vezes


complicado distinguir qual a formação de cada profissional de
saúde”

“Em relação à infra-estrutura em si, o consultório que visitei lembro


da pobreza a manifestar-se principalmente no mau estado dos
edifícios. No entanto, nada parecia faltar para o exercício da
Medicina Familiar, se não atentarmos ao estado do material. “
“Se as condições materiais são degradadas, o mesmo não se poderá
dizer da disponibilidade e sentido humanitário dos profissionais de
saúde.”

“Em relação ao salário que referia, não o considerando injusto


dados os salários da maioria dos cubanos, afirmava-o insuficiente
para quase tudo que não o essencial...e demasiado baixo para o
grau de responsabilidade da profissão.”

“Interessante será notar que apesar de todas as dificuldades


sentidas pelos médicos cubanos, todos os anos milhares de jovens
se candidatam ao curso de Medicina...que me disseram escolher,
com algum romantismo, por a prática médica não ser uma
profissão, mas sim uma missão humanitária. “
“Em relação à falta de equipamentos, apesar de tal
ocorrer, nenhum doente ficava sem realizar o exame
que necessitava.”

“Com a mesma facilidade com que criticava o regime


noutras questões, confiava que o Governo estava
disposto a todos os sacrifícios para chegar a todos os
doentes com uma resposta eficiente e da melhor
qualidade possível. Atribuía a culpa das insuficiências e
falhas ao embargo dos Estados Unidos”

“Nas entrevistas com o Dr. Victor Manuel, pude


confirmar que todos os níveis de cuidados são
totalmente gratuitos, sendo esse regime estendido às
cirurgias com caráter meramente estético.”
REFERENCIAS
1. DAL PRÁ, K. R. et al. O Sistema Nacional de Saúde Cubano:
Caracterização dos serviços de atenção primária à saúde.
Tempus, actas de saúde colet, Brasília, 9(2), 91-103, jun, 2015.

2. SILVEIRA, C. H. Falando de modelos de assistência à saúde e do


programa de Saúde da Família do Ministério da Saúde – brasil. R.
Inter. Interdisc. INTERthesis, Florianópolis, v.5, p. 78-103, jan./jul.
2008.

3. MORAIS, J. R. M; SANTOS, M. L. W.D. Brasil e Cuba: sistemas de


saúde sob a análise comparada. Economia e Políticas Públicas, v.
3, n. 1/2011

4. Madureira, P. S. P. Trabalho de pós graduação: Sistema de Saúde


Cubano. 2010

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