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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CÁCERES “JANE VANINI”


DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA
DISCIPLINA DE OLERICULTURA

Nutrição X Doenças em
hortaliças
André L. Souza
Lourismar M. Araújo
Introdução
• Adubar é fornecer matéria prima para a
planta para que através da fotossíntese ela
produza seu próprio alimento;
• A adubação deve ser balanceada, não sendo
muito a cima e nem abaixo do recomendado
para cada cultura;
• De acordo com Liebig, todos os nutrientes
deve estar em suas respectivas proporções;
Lei do Mínimo (Lei de Liebig): sob condições de estado
constante, o nutriente presente em menor quantidade
(concentração próxima à mínima necessária) tende a
ter efeito limitante sobre a planta.
Introdução
• Vários estudos mostram os efeitos da nutrição
mineral sobre o crescimento e a produtividade,
com ênfase para a função dos nutrientes no
metabolismo das plantas. No entanto, a nutrição
mineral pode também ter um efeito secundário
sobre a resistência de plantas ao ataque de
pragas e doenças (Marschner, 1995).
• A resistência e suscetibilidade é a capacidade de
reduzir/impedir a atividade patogênica e na
habilidade de permitir a sobrevivência de
patógenos
Introdução
• Liebig verificou que uma cultura de batata
recebendo adubações diferentes,
apresentava distintas susceptibilidade a
doenças;
Relação ambiente, genótipo, patógenos
– Alguns distúrbios são freqüentes e são provenientes
de tecnologia de produção, fatores climáticos da
parte aérea e do solo e estresses da exploração
constante do máximo potencial produtivo;
– Cultivares híbridos para cultivo convencional estão
predispostas a doenças quando cultivadas em estufa
(VIDA, J.B., 2004);
– O estiolamento por exemplo é resultado da
interação da falta de luminosidade com excesso de
nitrogênio;
– pH elevado do solo diminui disponibilidade de
micronutrientes;
Relação ambiente, genótipo, patógenos

• A CTC do solo e da M.O. que é um


reservatório de nutrientes;
• Interação entre nutrientes: Ex P e Zn, a alta
disponibilidade de P inibe absorção de Zn;
• Micorrizas, associações de plantas com
fungos, para maximizar a absorção de
nutrientes;
• Fixação biológica de N;
Metabolismo secundário
• Quando um nutriente interfere na produção
de substâncias que são utilizadas para
defender a planta;
• Alguns nutrientes são essenciais na produção
de moléculas inseticidas naturais, ou mesmo
alelopáticas;
Metabolismo secundário
– Na defesa contra patógenos, atuam principalmente os
aleloquímicos localizados na epiderme das folhas, caules e
outros órgãos, muitas vezes associados aos lipídios e
polissacarídeos.
– Plantas aromáticas liberam substâncias alelopáticas na
forma gasosa impedindo a germinação de esporos ou o
desenvolvimento da patógenos.
– Na proteção das plantas contra pragas, os aleloquímicos
podem ser venenosos para os insetos que delas se
alimentam, ou atuarem indiretamente como atraentes ou
repelentes.
– A defesa das plantas contra animais superiores é
semelhante à ação contra as pragas, tendo a maior parte
das substâncias sabor amargo e/ou adstringente.
Metabolismo secundário
• Terpenos: Repele insetos ex: piretróide;
• Fenóis:
• Alcalóides: Ex: nicotina
Indução de resistência

• Quando se usa a adubação para se controlar


ou amenizar os danos de uma doença, se
denomina resistência induzida;
Indução de resistência
• A adubação é responsável pelo crescimento,
morfologia, anatomia e composição química da
planta, por isso seu excesso ou falta influência
na resistência ao ataque de pragas e insetos;
– Anatomia:
• Células da epiderme mais espessas, ou lignificadas;
– Fisiologia:
• Maior produção de substâncias repelentes ou inibidoras;
– Assincronizar o estágio de susceptibilidade da
planta e período de atividade dos patógenos;
Macronutrientes
• Nitrogênio:
– Alta concentração:
• Reduz produção de compostos fenólicos (fungiostáticos);
• Diminui concentração de lignina das folhas;
• Aumenta concentração de aminoácidos e aminas no
apoplasto e superfície foliar, influenciando a germinação e
desenvolvimento de conídios;
– Baixa concentração:
• Reduz ciclo da planta;
• Clorose nas folhas do baixeiro podendo evoluir para
necrose;
• Coloração avermelhada das folhas (antocianina);
Macronutrientes
• Fósforo:
– Apesar de estar presentes na formação de
compostos importantes e em processos
metabólicos essenciais, sua ação na resistência ás
doenças não é muito evidente;
– Mas no solo o P reduz disponibilidade de Fe, Mn
e Zn, muito envolvido no mecanismo de
resistência das plantas as doenças;
– Indiretamente o excesso de P afeta a sanidade
das plantas;
Macronutrientes
• Potássio:
– A deficiência de K provoca acúmulo de
aminoácidos, e açucares solúveis, que são
nutrientes de patógenos;
– Também retarda a cicatrização das feridas,
permitindo entrada de patógenos;
– O K tem ação bem definida na resistência de
plantas a doenças;
– A planta fica susceptível ao acamamento;
Macronutrientes
• Cálcio:
– O conteúdo de Ca no tecido das plantas afeta a
incidência de doenças parasíticas;
– O Ca é essencial para a estabilidade das
biomembranas;
– O Ca é constituinte da parede celular;
– Deficiência de Ca
• Menor quantidade de cálcio na lamela média, diminuindo a
estabilidade da parede celular, facilitando a ação de
enzimas liberadas pelos fungos na dissolução da lamela
média
Micronutrientes
• Boro:
– O B permeabiliza a parede celular, aumentando a
absorção e resistência da planta a seca;
– Quando há deficiência há uma paralisação do
crescimento dos tecidos meristemáticos;
– Deficiência de B:
• Acúmulo de açúcares nas folhas, paredes celulares
mais finas, menor lignificação dos tecidos e menor
síntese de calose;
Micronutrientes
• Cobre:
– Participa: fotossíntese, respiração, distribuição
de carboidratos, redução e fixação de nitrogênio,
metabolismo de proteínas e da parede celular;
– influência na permeabilidade dos vasos do
xilema à água; controla a produção de ácidos
nucléicos;
– Sua deficiência severa inibe a reprodução das
plantas, pois reduz a produção de sementes e o
pólen é estéril;
– Controla a infecção por doenças fungicas;
Micronutrientes
• Ferro:
– ocorre em proteínas dos grupos heme e não-
heme e encontra-se principalmente nos
cloroplastos;
– está diretamente implicado no metabolismo de
ácidos nucléicos; exerce funções catalíticas e
estruturais.
– Formação de clorofila;
Micronutrientes
• Manganês:
– Relacionado ao fenômeno de oxi-redução;
– Auxilia o desdobramento da molécula da água,e na
evolução do O2 na fotossíntese;
– O Mn acelera a germinação e aumenta a resistência
das plantas à seca, beneficiando o sistema radicular;
– Deficiência:
• Menor síntese de lignina;
– Excesso:
• Menor deposição de cálcio na lamela média, resultando
em menor estabilidade da parede celular
Micronutrientes
• Molibidênio:
– Necessário para Azotobacter na fixação do N2
atmosférico;
– A função mais importante do Mo nas plantas
está associada com o metabolismo do N. Esta
função está relacionada à ativação enzimática,
principalmente com as enzimas nitrogenases e
redução do nitrato;
Micronutrientes
• Zinco:
– Componente de várias enzimas como:
desidrogenases, proteinases, peptidases e
fosfohidrogenase;
– Existem evidências de que o Zn tem influência na
permeabilidade de membranas e é estabilizador
de componentes celulares.
– Deficiência de Zn pode favorecer incidencia de
Phytophthora.
Deficiência de potássio Lóculo aberto

Deficiência de Calcio Murcha bacteriana (Erwinia)


Tip burn Tip burn

Necrose
Deficiência Zn
Presença de Tripes
Considerações finais
• O P, Mg e S são macronutrientes que menos
relação apresentam com ocorrência de doenças.
A carência destes nutrientes altera pouco as
barreiras mecânicas e a síntese de toxinas como
as fitoalexinas.
• O B, Cu e Mn são os micronutrientes que mais
atuam no processo de defesa das plantas contra
patógenos. Como descrito anteriormente, esses
elementos participam diretamente da síntese da
lignina
Considerações finais
• Com a execução do presente trabalho, pode
se notar a imensa importância da nutrição
mineral, para prevenir problemas
fitossanitários com as culturas olerícolas;
• Os nutrientes por si só já possuem funções
impressionantes dentro da planta, mas que
correlacionado com essas funções existe um
emaranhado de sub funções, como por
exemplo a resistência de plantas a doenças;
Referências bibliográficas
• VIDA, J.B., ZAMBOLIM, L., TESSMANN, D.J., BRANDÃO
FILHO, J.U.T., VERZIGNASSI, J.R. & CAIXETA, M.P.
Manejo de doenças de plantas em cultivo protegido.
Fitopatologia Brasileira 29:355-372. 2004.
• SILVEIRA, R. L. V. A., Et al. Aspectos nutricionais
envolvidos na ocorrência de doenças com enfase para
a ferrugem do eucalipto. Circular técnico IPEF. N200,
p. 01-13, 2003.
• Yamada, T., Nutrição mineral e resistência de plantas
a doenças. Informações agronômicas. N 72, p.1-3,
1995.

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