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DÍVIDA ATIVA

ATENÇÃO!! A dívida ativa é o crédito público,


independente de ser ou não de natureza tributária.
O conceito de dívida ativa está no art. 39, §2º da Lei
4.320/64.
Art. 201, CTN: Constitui dívida ativa tributária a
proveniente de crédito dessa natureza, regularmente
inscrita na repartição administrativa competente,
depois de esgotado o prazo fixado para pagamento,
pela lei ou por decisão final proferida em processo
regular.
Parágrafo único: a fluência de juros de mora não
exclui, para efeitos deste artigo, a liquidez do crédito.
Art. 2º - Constitui Dívida Ativa da Fazenda Pública aquela definida
como tributária ou não tributária na Lei nº 4.320, de 17 de março
de 1964, com as alterações posteriores, que estatui normas gerais
de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e
balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito
Federal.
§ 1º - Qualquer valor, cuja cobrança seja atribuída por lei às
entidades de que trata o artigo 1º, será considerado Dívida Ativa
da Fazenda Pública.
§ 2º - A Dívida Ativa da Fazenda Pública, compreendendo a tributária
e a não tributária, abrange atualização monetária, juros e multa de
mora e demais encargos previstos em lei ou contrato.
§ 3º - A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo
da legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a
liquidez e certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos
os efeitos de direito, por 180 dias, ou até a distribuição da
execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo.
§ 4º - A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na Procuradoria
da Fazenda Nacional.
• REQUISITOS DO TERMO DE INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA
• Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado
pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente:
• I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-
responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou
a residência de um e de outros;
• II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de
mora acrescidos;
• III - a origem e natureza do crédito, mencionada
especificamente a disposição da lei em que seja fundado;
• IV - a data em que foi inscrita;
• V - sendo caso, o número do processo administrativo de
que se originar o crédito.
• Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos
deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição.
• (Art. 2º, §5º, LEF)
• CONSEQUÊNCIA DO ERRO OU OMISSÃO DO
REQUISITO
• Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos
previstos no artigo anterior, ou o erro a eles relativo,
são causas de nulidade da inscrição e do processo de
cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser
sanada até a decisão de primeira instância, mediante
substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito
passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa,
que somente poderá versar sobre a parte modificada.
LEF: art. 2º, § 8º - Até a decisão de primeira instância, a
Certidão de Dívida Ativa poderá ser emendada ou
substituída, assegurada ao executado a devolução do
prazo para embargos.
SÚMULA 392, STJ
• Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da
presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de
prova pré-constituída.
• Parágrafo único. A presunção a que se refere
este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova
inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do
terceiro a que aproveite.
• Art. 3º, LEF: a Dívida Ativa regularmente inscrita
goza de presunção de certeza e liquidez.
• Parágrafo único. A presunção a que se refere esse
artigo é relativa e pode ser ilidida por prova
inequívoca, a cargo do executado ou de terceiro, a
quem aproveite.
CDA: requisito da execução fiscal
• A formação da CDA se dá por iniciativa exclusiva da
Fazenda Pública, que é a credora (diferente dos
outros títulos, em que há manifestação da vontade
do devedor)  presunção de legitimidade,
garantida pela regularidade do ato de lançamento
tributário.
• CDA deve refletir de forma idônea o que se apurou
no procedimento administrativo.
• Caso tenha algum vício ou elemento que afaste sua
liquidez ou certeza, a CDA poderá ser substituída ou
emendada até a decisão de 1ª instância (sentença
de embargos) e assegura-se ao executado a
devolução do prazo para embargos -art. 2º, §8º, LEF
EXECUÇÃO FISCAL

Lei 6.830/1980
Ação exacional própria
EXECUÇÃO – GENERALIDADES
• Executar é satisfazer uma prestação devida.
• Existem duas técnicas para viabilizar a execução:
processo autônomo de execução e fase de
execução.
• Toda execução deve fundar-se em título executivo
que represente obrigação líquida, certa e exigível.
• Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
• (...) IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda
Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, correspondente aos créditos
inscritos na forma da lei
LEGITIMIDADE ATIVA
• Art. 1º - A execução judicial para cobrança da Dívida
Ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Municípios e respectivas autarquias será regida por
esta Lei e, subsidiariamente, pelo Código de
Processo Civil.
• Art. 2º § 1º - Qualquer valor, cuja cobrança seja
atribuída por lei às entidades de que trata o artigo
1º, será considerado Dívida Ativa da Fazenda
Pública.
• Excluem-se as Sociedades de Economia Mista e
Empresas Públicas.
• Os Conselhos profissionais podem ajuizar execução
fiscal (ADIN 1.717/DF)  OAB NÃO!
LEGITIMIDADE PASSIVA
CPC: Art. 568. São sujeitos passivos na execução: V -
o responsável tributário, assim definido na
legislação própria.
LEF: Art. 4º - A execução fiscal poderá ser promovida
contra: I - o devedor; II - o fiador; III - o espólio; IV -
a massa; V - o responsável, nos termos da lei, por
dívidas, tributárias ou não, de pessoas físicas ou
pessoas jurídicas de direito privado; e VI - os
sucessores a qualquer título.
• Legitimado ordinário primário é o contribuinte (art.
121, parágrafo único, I, do CTN).
• Os arts. 128 a 135 do CTN fixam responsabilidades
tributárias a pessoas diversas.
• §5º, inc. I do art. 2º: lista que os responsáveis devem ser
designados no Termo de Inscrição de Dívida Ativa  Se
realmente for inscrito, passa a ser devedor.
• Firmou a 1ª Turma do STF jurisprudência no sentido de que “a
execução fiscal pode incidir contra o devedor ou contra o
responsável tributário, não sendo necessário que conste o
nome deste na certidão da dívida ativa”. RE 96.607-RJ
• LEF: art. 4º; §3º “Os responsáveis, inclusive as pessoas
indicadas no § 1º deste artigo, poderão nomear bens livres e
desembaraçados do devedor, tantos quantos bastem para
pagar a dívida. Os bens dos responsáveis ficarão, porém,
sujeitos à execução, se os do devedor forem insuficientes à
satisfação da dívida”. – benefício de ordem.
• Súmula 430, STJ
• Súmula 435, STJ: “Presume-se dissolvida irregularmente a
empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem
comunicação aos órgãos competentes, legitimando o
redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente”.
• "TRIBUTÁRIO. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. ART. 135 DO CTN. RESPONSABILIDADE DO
SÓCIO-GERENTE. EXECUÇÃO FUNDADA EM CDA QUE INDICA O NOME DO SÓCIO.
REDIRECIONAMENTO. DISTINÇÃO.
• 1. Iniciada a execução contra a pessoa jurídica e, posteriormente, redirecionada
contra o sócio-gerente, que não constava da CDA, cabe ao Fisco demonstrar a
presença de um dos requisitos do art. 135 do CTN. Se a Fazenda Pública, ao propor
a ação, não visualizava qualquer fato capaz de estender a responsabilidade ao
sócio-gerente e, posteriormente, pretende voltar-se também contra o seu
patrimônio, deverá demonstrar infração à lei, ao contrato social ou aos estatutos
ou, ainda, dissolução irregular da sociedade.
• 2. Se a execução foi proposta contra a pessoa jurídica e contra o sócio-gerente, a
este compete o ônus da prova, já que a CDA goza de presunção relativa de liquidez
e certeza, nos termos do art. 204 do CTN c⁄c o art. 3º da Lei n.º 6.830⁄80.
• 3. Caso a execução tenha sido proposta somente contra a pessoa jurídica e
havendo indicação do nome do sócio-gerente na CDA como co-responsável
tributário, não se trata de típico redirecionamento. Neste caso, o ônus da prova
compete igualmente ao sócio, tendo em vista a presunção relativa de liquidez e
certeza que milita em favor da Certidão de Dívida Ativa.
• 4. Na hipótese, a execução foi proposta com base em CDA da qual constava o nome
do sócio-gerente como co-responsável tributário, do que se conclui caber a ele o
ônus de provar a ausência dos requisitos do art. 135 do CTN. 5. Embargos de divergência
providos". 1ª Seção, EREsp 702.232/RS.
INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE
JURÍDICA? – Art. 133 e ss, NCPC.
• Enunciado 53: “O redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente prescinde do
incidente de desconsideração da personalidade jurídica previsto no artigo 133 do
CPC/2015.”
• Trata-se de pedido de redirecionamento da presente Execução Fiscal contra o
administrador da parte executada, nos termos do art. 135, inciso III, do Código Tributário
Nacional. A exequente alega que houve a dissolução irregular da sociedade (certidão de fl.
163, autos n. 0001030-54.2014.403.6113).(...) De todo modo, não se descarta a
possibilidade de o dirigente da pessoa jurídica anterior também ser responsabilizado pelos
tributos não pagos. Mas, para tanto, tenho por imprescindível a instauração de incidente
processual, a fim de garantir o devido processo legal e a possibilidade de ampla
defesa.Assim, determino a instauração de incidente processual de desconsideração da
personalidade jurídica da executada em desfavor de JAYME SIMON GARCIA, inscrito no
CPF sob n. 594.108.418-87. Os autos do incidente terão como primeira página cópia
desta decisão e como petição inicial o requerimento de fls. 84-85 e os documentos que a
acompanharam; a decisão de fls. 93 e a cota de fls. 94 – todas do processo piloto – e o
documentos de fls. 163 e 174 a 186, do processo 0001030-
54.2014.403.6113.Desentranhem-se as petições acima para formação dos autos do
incidente de desconsideração da personalidade jurídica, certificando nos autos.Depois
de formados os autos, cite-se o dirigente para se manifestar e requerer as provas que
tiver, no prazo de 15 (quinze) dias.Sem prejuízo, oficie-se a Prefeitura Municipal de São
José da Bela Vista (SP) para, no prazo de 05 (cinco) dias, exibir no incidente a cópia do
convênio celebrado com a executada.Cumpra-se. Intimem-se. Expeça-se o necessário.
(0000123-84.2011.4.03.6113 Disponibilização D.Eletrônico de decisão em 07/04/2016
,pag 173/202) – Justiça Federal de São Paulo.
COMPETÊNCIA
• Juízo do foro do domicílio do devedor, mas é possível que a Fazenda Pública ajuíze
a execução no foro onde se praticou o ato ou ocorreu o fato que deu origem à
dívida, mesmo que ali não mais resida o executado.
• Se devedor residir no interior, onde não há juízo federal, não pode na vara da
capital, mas sim perante o juiz estadual.
• Súmula 66, STJ: “Compete à justiça federal processar e julgar execução fiscal
promovida por conselho de fiscalização profissional”. (OAB não propõe execução
fiscal, mas a competência também é da justiça federal).
• EC 45/2004: ampliou a competência da Justiça do Trabalho. Multa imposta por
órgão de fiscalização do trabalho, se não for paga, deverá ser cobrada por execução
fiscal perante a Justiça do Trabalho.
• FGTS: Justiça Federal –a obrigação do empregador de recolher FGTS decorre de lei
e não da relação de trabalho. Súmula 349, STJ: “Compete à Justiça Federal ou aos
juízes com competência delegada o julgamento das execuções fiscais de
contribuições devidas pelo empregador ao FGTS”.
• Multa eleitoral – execução fiscal de competência da Justiça Eleitoral.
• Caso execução fiscal seja proposta em foro onde devedor não mantenha domicílio
 incompetência relativa que só será reconhecida se executado apresentar
exceção de incompetência. Se não fizer = prorrogação de comp.
LEF: Art. 28 - 0 Juiz, a requerimento das partes, poderá, por
conveniência da unidade da garantia da execução, ordenar a
reunião de processos contra o mesmo devedor.
• Parágrafo Único - Na hipótese deste artigo, os processos serão
redistribuídos ao Juízo da primeira distribuição.  juiz pode
rejeitar a reunião de processos. Identidade total de partes.
• A competência para julgar a execução fiscal exclui a de qualquer
outro juízo, inclusive falência ( Art. 5º, LEF). Em caso de falência, a
execução fiscal prossegue normalmente , devendo ser feita a
penhora no rosto dos autos do processo de falência  pagar após
a quitação dos débitos de acidentes de trabalho, trabalhistas e
previdenciários (art. 186, CTN).
• S e quando da decretação da quebra já havia penhora na execução
fiscal, o bem constrito fica fora do rol de bens da massa (Súmula
44, TFR: “Ajuizada a execução fiscal anteriormente à falência, com
penhora realizada antes desta, não ficam os bens penhorados
sujeitos a arrecadação no Juízo falimentar; proposta a execução
fiscal contra a massa falida, a penhora far-se-á no rosto dos autos
do processo da quebra, citando-se o síndico”)
PROCEDIMENTO
• A Lei 6.830/80 surgiu com o propósito de
tornar a execução fiscal mais célere e segura.
• As regras do CPC aplicam-se subsidiariamente
(art. 1º) quando omissa for a LEF.
• Em caso de antinomia entre o critério de
especialidade e cronológico, vale o
metacritério “lex posterior generallis non
derrogat priori speciali” – prevalece a
especialidade.
PETIÇÃO INICIAL
• Inicia-se com petição inicial simplificada, indicando
o juízo a quem é dirigida; o pedido e o
requerimento para a citação. A produção de provas
pela Fazenda Pública independe de requerimento
na petição inicial e o valor da causa será o da dívida
constante da certidão, com os encargos legais. (art.
6º)
• A inicial deve ser instruída com a CDA, que dela fará
parte integrante, como se estivesse transcrita. A
petição inicial e a Certidão de Dívida Ativa poderão
constituir um único documento, preparado inclusive
por processo eletrônico.
• Estando em ordem a petição inicial, o juiz
determinará a citação do executado.
NCPC: Art. 827. Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de
plano, os honorários advocatícios de dez por cento, a serem
pagos pelo executado.
§ 1o No caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias,
o valor dos honorários advocatícios será reduzido pela
metade.
§ 2o O valor dos honorários poderá ser elevado até vinte por
cento, quando rejeitados os embargos à execução,
podendo a majoração, caso não opostos os embargos,
ocorrer ao final do procedimento executivo, levando-se em
conta o trabalho realizado pelo advogado do exequente.
(ANTIGO 652-A, CPC REVOGADO)
Aplicável à execução fiscal, mas observado o prazo de
5 dias.
CITAÇÃO
• Art. 8º - O executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a
dívida com os juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de
Dívida Ativa, ou garantir a execução, observadas as seguintes normas:
I - a citação será feita pelo correio, com aviso de recepção, se a Fazenda Pública
não a requerer por outra forma;
II - a citação pelo correio considera-se feita na data da entrega da carta no
endereço do executado, ou, se a data for omitida, no aviso de recepção, 10
(dez) dias após a entrega da carta à agência postal; (NÃO DA JUNTADA).
III - se o aviso de recepção não retornar no prazo de 15 (quinze) dias da
entrega da carta à agência postal, a citação será feita por Oficial de Justiça
ou por edital;
IV - o edital de citação será afixado na sede do Juízo, publicado uma só vez no
órgão oficial, gratuitamente, como expediente judiciário, com o prazo de 30
(trinta) dias, e conterá, apenas, a indicação da exeqüente, o nome do
devedor e dos co-responsáveis, a quantia devida, a natureza da dívida, a
data e o número da inscrição no Registro da Dívida Ativa, o prazo e o
endereço da sede do Juízo.
§ 1º - O executado ausente do País será citado por edital, com prazo de 60 dias.
§ 2º - O despacho do Juiz, que ordenar a citação, interrompe a prescrição.
• Súmula 414, STJ: “a citação por edital na execução fiscal
é cabível quando frustradas as demais modalidades”.
• Súmula 196, STJ: “ao executado que, citado por edital
ou hora certa, permanecer revel, será nomeado
curador especial, com legitimidade para apresentação
de embargos”.
• Prazo de 5 dias para pagar a dívida com juros e multa
de mora, ou garantir a execução mediante depósito de
dinheiro, fiança bancária ou nomear bens à penhora
(art. 9º, LEF).
• ATENÇÃO! CPC: 3 dias e após a juntada do mandado
cumprido, contam-se 15 dias para oferecimento de
embargos à execução, opostos independente de
penhora (art. 736 e 738, CPC)  isso não se aplica à
execução fiscal.
Art. 9º - Em garantia da execução, pelo valor da dívida, juros e multa de mora e
encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, o executado poderá:
I - efetuar depósito em dinheiro, à ordem do Juízo em estabelecimento oficial
de crédito, que assegure atualização monetária;
II - oferecer fiança bancária;
III - nomear bens à penhora, observada a ordem do artigo 11; ou
IV - indicar à penhora bens oferecidos por terceiros e aceitos pela Fazenda
Pública.
§ 1º - O executado só poderá indicar e o terceiro oferecer bem imóvel à
penhora com o consentimento expresso do respectivo cônjuge.
§ 2º - Juntar-se-á aos autos a prova do depósito, da fiança bancária ou da
penhora dos bens do executado ou de terceiros.
§ 3º - A garantia da execução, por meio de depósito em dinheiro ou fiança
bancária, produz os mesmos efeitos da penhora.
§ 4º - Somente o depósito em dinheiro, na forma do artigo 32, faz cessar a
responsabilidade pela atualização monetária e juros de mora.
§ 5º - A fiança bancária prevista no inciso II obedecerá às condições pré-
estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional.
§ 6º - O executado poderá pagar parcela da dívida, que julgar incontroversa, e
garantir a execução do saldo devedor.
PENHORA
• LEF: Art. 10 - Não ocorrendo o pagamento, nem a garantia da execução de
que trata o artigo 9º, a penhora poderá recair em qualquer bem do
executado, exceto os que a lei declare absolutamente impenhoráveis.
• Art. 11 - A penhora ou arresto de bens obedecerá à seguinte ordem:
I - dinheiro;
II - título da dívida pública, bem como título de crédito, que tenham cotação
em bolsa;
III - pedras e metais preciosos;
• IV - imóveis;
• V - navios e aeronaves;
• VI - veículos;
• VII - móveis ou semoventes; e
• VIII - direitos e ações.
§ 1º - Excepcionalmente, a penhora poderá recair sobre estabelecimento
comercial, industrial ou agrícola, bem como em plantações ou edifícios em
construção.
§ 2º - A penhora efetuada em dinheiro será convertida no depósito de que
trata o inciso I do artigo 9º.
§ 3º - O Juiz ordenará a remoção do bem penhorado para depósito judicial,
particular ou da Fazenda Pública exeqüente, sempre que esta o requerer,
em qualquer fase do processo.
Art. 12 - Na execução fiscal, far-se-á a intimação da penhora ao executado, mediante publicação,
no órgão oficial, do ato de juntada do termo ou do auto de penhora.
§ 1º - Nas Comarcas do interior dos Estados, a intimação poderá ser feita pela remessa de cópia
do termo ou do auto de penhora, pelo correio, na forma estabelecida no artigo 8º, incisos I e
II, para a citação.
§ 2º - Se a penhora recair sobre imóvel, far-se-á a intimação ao cônjuge, observadas as normas
previstas para a citação.
§ 3º - Far-se-á a intimação da penhora pessoalmente ao executado se, na citação feita pelo
correio, o aviso de recepção não contiver a assinatura do próprio executado, ou de seu
representante legal.
Art. 13 - 0 termo ou auto de penhora conterá, também, a avaliação dos bens penhorados,
efetuada por quem o lavrar.
§ 1º - Impugnada a avaliação, pelo executado, ou pela Fazenda Pública, antes de publicado o
edital de leilão, o Juiz, ouvida a outra parte, nomeará avaliador oficial para proceder a nova
avaliação dos bens penhorados.
§ 2º - Se não houver, na Comarca, avaliador oficial ou este não puder apresentar o laudo de
avaliação no prazo de 15 (quinze) dias, será nomeada pessoa ou entidade habilitada a
critério do Juiz.
§ 3º - Apresentado o laudo, o Juiz decidirá de plano sobre a avaliação.
Art. 14 - 0 Oficial de Justiça entregará contrafé e cópia do termo ou do auto de penhora ou
arresto, com a ordem de registro de que trata o artigo 7º, inciso IV:
• I - no Ofício próprio, se o bem for imóvel ou a ele equiparado;
• II - na repartição competente para emissão de certificado de registro, se for veículo;
III - na Junta Comercial, na Bolsa de Valores, e na sociedade comercial, se forem ações,
debênture, parte beneficiária, cota ou qualquer outro título, crédito ou direito societário
nominativo.
• Art. 15 - Em qualquer fase do processo, será
deferida pelo Juiz: I - ao executado, a substituição
da penhora por depósito em dinheiro ou fiança
bancária; e II - à Fazenda Pública, a substituição dos
bens penhorados por outros, independentemente
da ordem enumerada no artigo 11, bem como o
reforço da penhora insuficiente.
“o inciso II do art. 15 da Lei 6.830/80 que
permite à Fazenda Pública, em qualquer fase
do processo, postular a substituição do bem
penhorado, deve ser interpretada com
temperamento, tendo em conta o princípio
contido no art. 620, CPC (...) não convivendo
com exigências caprichosas, nem com
justificativas impertinentes” (STJ 2ª Turma,
REsp 53.652-94/SP).
 OBS: 620, CPC EQUIVALE AO ART. 805, NCPC.
STJ: SÚMULA N. 406: A Fazenda Pública pode
recusar a substituição do bem penhorado por
precatório.
• Pode recair sobre o faturamento da empresa 
observar o art. 866, DO NOVO CPC.

• Art. 25 - Na execução fiscal, qualquer intimação ao


representante judicial da Fazenda Pública será feita
pessoalmente.
• Parágrafo Único - A intimação de que trata este
artigo poderá ser feita mediante vista dos autos,
com imediata remessa ao representante judicial da
Fazenda Pública, pelo cartório ou secretaria.
DECRETAÇÃO DE INDISPONIBILIDADE DE BENS

• CTN, Art. 185-A: Na hipótese de o devedor tributário, devidamente


citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e
não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a
indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão,
preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que
promovem registros de transferência de bens, especialmente ao
registro público de imóveis e às autoridades supervisoras do
mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no
âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem
judicial. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
• § 1o A indisponibilidade de que trata o caput deste artigo limitar-se-
á ao valor total exigível, devendo o juiz determinar o imediato
levantamento da indisponibilidade dos bens ou valores que
excederem esse limite. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
• § 2o Os órgãos e entidades aos quais se fizer a comunicação de que
trata o caput deste artigo enviarão imediatamente ao juízo a
relação discriminada dos bens e direitos cuja indisponibilidade
houverem promovido. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
• (OBS: não é medida satisfativa)
• RECURSO REPETITIVO: Definidos requisitos para decretação de
indisponibilidade de bens em execução fiscal
• STJ, 1ª Seção: definiu, em julgamento de recurso repetitivo, os requisitos
para aplicação do 185-A, CTN.
• A tese passa a orientar as demais instâncias do Judiciário que tratarem do
tema e sinaliza que, havendo decisão em acordo com o que foi definido
pelo STJ, recurso contra ela não será mais admitido na corte superior.
• O ministro Og Fernandes, relator do recurso repetitivo, destacou que a
ordem judicial para decretação da indisponibilidade é, portanto:
• A) citação do executado;
• B) inexistência de pagamento ou de oferecimento de bens à penhora no
prazo legal; e,
• C) por fim, não localização de bens penhoráveis após esgotamento das
diligências realizadas pela Fazenda, caracterizado quando houver nos
autos (a) pedido de acionamento do Bacen Jud e consequente
determinação pelo magistrado e (b) expedição de ofícios aos registros
públicos do domicílio do executado e ao Departamento Nacional ou
Estadual de Trânsito - DENATRAN ou DETRAN.
• Quanto ao último requisito, o ministro relator observou que a decisão
define as diligências que podem ser consideradas suficientes para permitir
que se afirme, com segurança, que não foram encontrados bens
penhoráveis.
• O caso
• Em 2004, o INSS ajuizou execução fiscal contra uma empresa para saldar dívida
tributária no valor de R$ 346.982,12. Com a notícia de decretação da falência da
empresa, o juiz incluiu os dois sócios no polo passivo da execução. Foi pedida,
então, a indisponibilidade dos bens dos executados, até o limite do débito
acrescido de custas processuais e demais encargos, atualizados monetariamente.
• O juiz negou o pedido, e o TRF3 ratificou a decisão sob o argumento de que “não
houve esgotamento das diligências para localização de bens passíveis de penhora,
especialmente com relação aos coexecutados [sócios]”, o que não autorizaria a
adoção da “medida excepcional e extrema” de decretação da indisponibilidade dos
bens e direitos dos executados.
• Recurso
• Ao analisar o recurso repetitivo, o ministro Og Fernandes ressaltou que esse artigo
foi inserido no código tributário como medida para aumentar a probabilidade de
pagamento do devedor, por razões de interesse público. Por isso, a leitura do
dispositivo legal, no seu entender, deve ser feita sob essa perspectiva.
• No recurso analisado, o ministro relator verificou que, apesar de o TRF3 ter
considerado não haver o esgotamento das diligências, não há indicação a respeito
das medidas já adotadas pela Fazenda Nacional, nem daquelas que o tribunal
regional entenderia como suficientes para caracterizar o esgotamento das
diligências e, por consequência, determinar a indisponibilidade de bens.
• Por isso, no caso concreto, a Primeira Seção determinou o retorno dos autos ao
TRF3 para que reanalise a questão, agora com base nos critérios definidos pelo STJ
no recurso repetitivo.
• Com base no que dispõe a Lei n.º 6.830/1980, assinale a opção
correta.
a) O prazo para a substituição da certidão de dívida ativa prescreve
na data de citação do executado.
b) Na execução fiscal, será feita a intimação da penhora ao
executado, mediante publicação, no órgão oficial, do ato de
juntada do termo ou do auto de penhora, sendo, entretanto,
prevista, também, a possibilidade da intimação pessoal da
penhora, ou, ainda, pelo correio.
c) Os embargos na execução fiscal independem da garantia da
execução e, em regra, não têm efeito suspensivo, havendo a
necessidade de pedido e comprovação, pelo executado, de dano
grave de difícil reparação, dada a aplicação subsidiária do CPC.
d) A citação, na execução fiscal, deve ser feita, obrigatoriamente, por
oficial de justiça, não havendo previsão de citação pelo correio.
e) Na execução fiscal, a dívida executada, definida, exclusivamente,
como tributária, abrange atualização monetária, juros e multa de
mora; a dívida não tributária não integra a dívida ativa da fazenda
pública.
• Em sede de Execução Fiscal, se o devedor tributário, devidamente
citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e
não forem encontrados bens penhoráveis deverá o juiz
a) determinar o arresto de tantos bens quantos bastem para o
pagamento da dívida.
b) abrir vista para a Fazenda Pública, a fim de que possa pleitear em
sede de medida cautelar fiscal, a indisponibilidade de bens do
devedor.
c) arquivar temporariamente os autos da Execução Fiscal, devendo a
Fazenda Pública diligenciar no sentido de localizar bens
penhoráveis, sob pena de prescrição intercorrente.
d) determinar a suspensão da Execução Fiscal por até 1 ano, para que
a Fazenda Pública diligencie no sentido de localizar bens do
devedor. Após este período, sem que sejam localizados bens,
determinará o juiz o arquivamento provisório da Execução Fiscal.
e) determinar a indisponibilidade de bens e direitos do devedor,
comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico,
aos órgãos e entidades que promovem registros de transferência
de bens e às autoridades supervisoras do mercado bancário e de
capitais.
• Assinale a opção correta acerca do processo de
execução fiscal, previsto na Lei n.º 6.830/1980.
• a) A dívida ativa da União será apurada e inscrita
no conselho de contribuintes do Ministério da
Fazenda.
• b) É lícito o ajuizamento de execução fiscal contra o
fiador e os sucessores do devedor a qualquer título.
• c) Depende de requerimento expresso constante
da petição inicial a produção de provas pela fazenda
pública.
• d) O despacho do juiz que deferir a petição inicial
importa, necessariamente, em ordem para arresto,
se não for paga a dívida nem garantida a execução.
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE
• Art. 40 - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for
localizado o devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a
penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo de prescrição.
• § 1º - Suspenso o curso da execução, será aberta vista dos autos ao
representante judicial da Fazenda Pública.
• § 2º - Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano, sem que seja
localizado o devedor ou encontrados bens penhoráveis, o Juiz ordenará o
arquivamento dos autos.
• § 3º - Encontrados que sejam, a qualquer tempo, o devedor ou os bens,
serão desarquivados os autos para prosseguimento da execução.
• § 4o Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido
o prazo prescricional, o juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública,
poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la
de imediato.
• § 5o A manifestação prévia da Fazenda Pública prevista no § 4o deste
artigo será dispensada no caso de cobranças judiciais cujo valor seja inferior
ao mínimo fixado por ato do Ministro de Estado da Fazenda
• Recurso Repetitivo (REsp 1.340.553) em pauta para
julgamento  STJ, 1ª seção, se debruçará sobre 4 pontos
acerca do tema:
• 1 - Qual o pedido de suspensão por parte da Fazenda que
inaugura o prazo de um ano previsto no art. 40 da lei de
execução fiscal.
• 2 - Se o prazo de um ano de suspensão somado aos outros
cinco anos de arquivamento pode ser contado em seis anos
por inteiro para fins de decretar a prescrição intercorrente.
• 3 - Quais são os obstáculos ao curso do prazo prescricional
da prescrição prevista no art. 40.
• 4 - Se a ausência de intimação da Fazenda Pública quanto ao
despacho que determina a suspensão da execução fiscal ou
o arquivamento ou para sua manifestação antes da decisão
que decreta a prescrição intercorrente ilide a decretação da
prescrição intercorrente.
NCPC: Art. 921. Suspende-se a execução:
I - nas hipóteses dos arts. 313 e 315, no que couber;
II - no todo ou em parte, quando recebidos com efeito suspensivo os embargos
à execução;
III - quando o executado não possuir bens penhoráveis;
IV - se a alienação dos bens penhorados não se realizar por falta de licitantes e
o exequente, em 15 (quinze) dias, não requerer a adjudicação nem indicar
outros bens penhoráveis;
V - quando concedido o parcelamento de que trata o art. 916.
• § 1o Na hipótese do inciso III, o juiz suspenderá a execução pelo prazo de 1
(um) ano, durante o qual se suspenderá a prescrição.
• § 2o Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano sem que seja localizado o
executado ou que sejam encontrados bens penhoráveis, o juiz ordenará o
arquivamento dos autos.
• § 3o Os autos serão desarquivados para prosseguimento da execução se a
qualquer tempo forem encontrados bens penhoráveis.
• § 4o Decorrido o prazo de que trata o § 1o sem manifestação do exequente,
começa a correr o prazo de prescrição intercorrente.
• § 5o O juiz, depois de ouvidas as partes, no prazo de 15 (quinze) dias,
poderá, de ofício, reconhecer a prescrição de que trata o § 4o e extinguir o
processo.
PROTESTO DE CDA
• A lei 12.767 de 2012 incluiu a possibilidade de
protesto de CDA (Lei 9.492 de 1997):
Art. 1º Protesto é o ato formal e solene pelo qual se
prova a inadimplência e o descumprimento de
obrigação originada em títulos e outros
documentos de dívida.
Parágrafo único. Incluem-se entre os títulos sujeitos a
protesto as certidões de dívida ativa da União, dos
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das
respectivas autarquias e fundações
públicas.(Incluído pela Lei nº 12.767, de 2012).
NCPC – ART. 517 (protesto de decisão judicial).
• CÓDIGO DE NORMAS TJES:
• Art. 726. Autorizar aos Tabeliães de Protesto de Títulos a receber,
para protesto, as certidões de dívida ativa dos créditos tributários
e não-tributários das Fazendas Públicas da União, do Estado do
Espírito Santo e dos Municípios, assim como de suas autarquias e
fundações públicas, desde que inscritas em conformidade com o
art. 202 do Código Tributário Nacional e os §§ 5° e 6°, do art. 2° da
Lei Federal n° 6.830/80, observados os preceitos da Lei Federal n°
9.492/1997.
• § 1°. O protesto das certidões de divida ativa será realizado no
Tabelionato de Protesto de Títulos do domicílio do devedor.
• § 2°. É de responsabilidade do apresentante o conteúdo dos dados
fornecidos aos tabelionatos de títulos.
• § 3°. O pagamento dos valores correspondentes aos emolumentos
devidos pela eventual distribuição, quando legalmente cabível,
protocolização e eventual lavratura e registro do protesto das
certidões de dívida ativa expedidas pela Fazenda, demais parcelas
legais e outras despesas autorizadas por lei (FUNEPJ, FADESPES,
FARPEN e ISS, onde exigido), somente será devido pelo devedor
cujo nome conste da Certidão no momento do pagamento elisivo
do protesto e de seu cancelamento.
• § 4°. Ocorrendo parcelamento do crédito levado a protesto, ou sua
extinção, por quaisquer das hipóteses do art. 156 do Código Tributário
Nacional, serão devidos, integralmente, pelo devedor, os emolumentos,
demais parcelas legais e outras despesas autorizadas por lei, relativos aos
atos praticados pelo protesto e seu respectivo cancelamento.
• § 5°, O Poder Executivo Federal, Estadual e Municipal e os respectivos
Tabelionatos de Protesto de Títulos e, quando houver prévia exigência legal,
os Distribuidores, isoladamente ou por meio de entidades de classe,
poderão firmar convênio de cunho operacional dispondo sabre as condições
para a realização dos protestos de certidões de dívida ativa, expedidas pelas
Fazendas Públicas, observado o disposto na legislação federal, estadual e
municipal.
• § 6°. Os apresentantes poderão efetuar, por meio eletrônico, o
encaminhamento das certidões de dívida ativa aos Tabelionatos de Protesto
de Títulos e, quando houver prévia exigência legal, aos Distribuidores, em
todo o Estado, com utilização de assinatura digital, de acordo com as
normas ditadas pela Medida Provisória n° 2.200-2, de 24.8.2001, que
institui a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileiras - ICP-Brasil, cabendo
aos tabeliães do protesto a verificação dos caracteres formais, na forma do
art. 9° e seu § único, da Lei Federal n° 9492/97.

DADOS DO IPEA/CNJ
3/5 das execuções fiscais vencem a etapa de citação (sendo que em 36,9% dos
casos não há citação válida, e em 43,5% o devedor não é encontrado).
• Destes, a penhora de bens ocorre em apenas 1/4 dos casos (ou seja, 15% do total),
mas somente 1/6 das penhoras resulta em leilão. Contudo, dos 2,6% do total de
processos que chega a leilão, em apenas 0,2% o resultado satisfaz o crédito.
• O estudo aponta que o tempo médio de duração da execução fiscal na justiça
federal é de 8 anos, dois meses e nove dias.
• O custo médio da execução fiscal na Justiça Federal de primeiro grau é de R$
4.368,00, esse valor “reflete o custo ponderado da remuneração dos servidores
envolvidos no processamento da execução fiscal ao longo do tempo em que a ação
tramita” .

• PROTESTO: há gratuidade e celeridade, bem como alto índice de recuperação.


Vejamos os dados sobre CDAs apresentadas para protesto, de outubro de 2010 a
junho de 2012:
• a) 8.174 CDAs enviadas a protesto;
• b) 5.084 efetivamente protestadas;
• c) 2.257 pagas, das quais 2.013 em três dias;
• d) Em valores, R$ 20.078.663,56 enviados a protesto;
• e) Recuperados R$ 7.086.201,32, 37,89% dos valores;
• f) R$ 6.484,065,99, 96,80% em três dias.
• (CNJ, IPEA, DPJ, Diest, Custo Unitário do Processo de Execução Fiscal na Justiça Federal: Relatório de Pesquisa. Brasilia, 2011. Disponível em: <
http://repositorio.ipea.gov.br/>>. Acesso em 16 de Nov. 2014)
DEFESA DO EXECUTADO
• Embargos à execução: ação incidental  novo processo para apreciação do
mérito (impossibilidade de se conciliar cognição e execução). Competência:
juízo da execução.
• Se credor desiste da execução: embargos serão extintos SE versarem
somente sobre questões processuais; SE questionem mais do que aspectos
processuais, embargos só se extinguem com anuência do embargante.
Art. 26 - Se, antes da decisão de primeira instância, a inscrição de Divida
Ativa for, a qualquer título, cancelada, a execução fiscal será extinta,
sem qualquer ônus para as partes.  Súmula 153, STJ: A desistência
da execução fiscal, após o oferecimento dos embargos, não exime o
exeqüente dos encargos da sucumbência
• PRAZO: Art. 16 - 30 (trinta) dias, contados:
• I - do depósito;
• II - da juntada da prova da fiança bancária;
• III - da intimação da penhora.
• Art. 16, I: divergência quanto ao início do prazo de 30 dias. 1ª Turma do STJ:
“contados da data em que efetivada a garantia”. 2ª Turma do STJ: o
depósito deve ser formalizado, reduzindo-se a termo. O prazo começa da
intimação do depósito. 1ª Seção pacificou entendimento: intimação do dep
§ 1º - Não são admissíveis embargos do executado
antes de garantida a execução.
• CPC: embargos oferecidos em 15 dias contados da
juntada do mandado de citação e não dependem da
garantia do juízo (914 E 915, NCPC).
• 1ª C: aplica-se a nova regra. A regra do §1º do art.
16 não decorre das particularidades da LEF, mas é
mera repetição da antiga regra geral. Assim, como
não é regra especial, não se aplica a máxima de que
regra geral posterior não derroga a especial anterior
• 2ª C: não se aplica a nova regra, face à autonomia
da LEF. A lei geral posterior não derroga lei especial
anterior. REsp 1291923/PR.
Insuficiência de bens?
• (...) na ocasião do julgamento do resp 1.272.827 restou assentado que, em atenção ao princípio da
especialidade e ante a expressa previsão da lei nº 6.830/80 (artigo 16, §1º), não são admissíveis embargos à
execução fiscal sem garantia. nada obstante, importa ressaltar que a exigência de garantia, como pressuposto
essencial ao processamento dos embargos à execução fiscal, pode ser flexibilizada se comprovada
inequivocamente a insuficiência patrimonial do devedor, conforme igualmente decidiu o c. stj. no caso em
comento, constata-se inequivocamente que foi decretada a falência da sociedade empresária executada. em
situações como a presente, no âmbito das quais os executados claramente não possuem bens que possam
servir à garantia do crédito tributário, em função da prévia decretação de falência, admite-se a oposição dos
embargos de devedor independentemente de garantia, de molde a assegurar o direito fundamental à ampla
defesa em favor do executado. precedentes. agravo de instrumento a que se nega provimento. (TRF 3ª R.; AI
0023086-19.2016.4.03.0000; Primeira Turma; Rel. Des. Fed. Wilson Zauhy; Julg. 11/07/2017; DEJF
20/07/2017)

• PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA INSUFICIENTE. APLICAÇÃO


DE ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO ESPECIAL REPETITIVO. AGRAVO REGIMENTAL. ALEGAÇÃO DE
INEXISTÊNCIA DE PENHORA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA Nº 7/STJ. 1. A Primeira Seção do STJ,
ao julgar o REsp 1127815/SP sob o rito do art. 543 - C do CPC, reafirmou que "a jurisprudência desta corte
superior é remansosa no sentido de que não se deve obstar a admissibilidade ou apreciação dos embargos à
execução pelo simples fato de que o valor do bem constrito é inferior ao valor exequendo, devendo o juiz
proceder à intimação do devedor para reforçar a penhora ". Ressaltou-se, ainda, que "a insuficiência
patrimonial do devedor é a justificativa plausível à apreciação dos embargos à execução sem que o executado
proceda ao reforço da penhora, [...], desde que comprovada inequivocamente ". 2. A averiguação das
alegações do agravante de que a hipótese não é de insuficiência de penhora, mas de inexistência de oferta de
bens penhorados, demandaria, necessariamente, novo exame do acervo fático-probatório constante dos
autos, providência vedada em sede especial, conforme o óbice previsto na Súmula nº 7/STJ. 3. Agravo
regimental a que se nega provimento. (STJ; AgRg-REsp 1.151.031; Proc. 2009/0145392-9; RJ; Primeira Turma;
Rel. Min. Sérgio Kukina; DJE 01/07/2015)
• Efeito suspensivo?
• NCPC, art. 919: embargos não possuem efeito
suspensivo. Exceção: §1º.
• STJ decidiu que embargos à execução fiscal não
podem ser recebidos com efeito suspensivo sem
que os argumentos do executado sejam robustos, e
que o valor da execução esteja integralmente
garantido por penhora, depósito ou fiança bancária.
Isso porque, de acordo com a Turma, o artigo 739-
A, parágrafo primeiro, do Código de Processo Civil
(CPC) se aplica à Lei n. 6.830/80, que trata da
cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda
pública.
• PROCESSUAL CIVIL. MEDIDA CAUTELAR. EFEITO SUSPENSIVO A
RECURSO ESPECIAL. REQUISITOS CUMULATIVOS INDISPENSÁVEIS:
RELEVÂNCIA DAS ALEGAÇÕES E RISCO IMINENTE DE DANO
IRREPARÁVEL. TRIBUTÁRIO. ICMS. IMPORTAÇÃO DE AERONAVE.
ARRENDAMENTO MERCANTIL. 1. A matéria trazida no recurso
especial foi decidida no acórdão recorrido por fundamentos de
natureza constitucional, não se configurando, por isso mesmo, a
verossimilhança do direito alegado. 2. No atual quadro normativo,
a execução fiscal supõe prévia formação do título executivo,
mediante procedimento administrativo em que se assegura o
contraditório, no âmbito do qual se promove a constituição do
crédito tributário e a inscrição em dívida ativa. Ademais, a
própria execução fiscal comporta embargos do devedor com
efeito suspensivo, se for o caso (CPC, art. 739-A, § 1º). Há ainda,
na legislação, à disposição do contribuinte, instrumentos
específicos para suspensão da exigibilidade do crédito tributário,
nomeadamente o do depósito do valor questionado (CTN, art.
151, inc. II). Tudo isso evidencia a inexistência de risco iminente
de dano irreparável a justificar a excepcional medida aqui
requerida. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. (STJ, 1ª
T, AgRg na MC 13249 / SP)
• EFEITO SUSPENSIVO AOS EMBARGOS À EXECUÇÃO. INDEFERIMENTO
MANTIDO. APLICAÇÃO DO ART. 739-A DO CPC. NÃO PREENCHIMENTO
DOS REQUISITOS DO ART. 739-A, §1º, CPC. AGRAVO LEGAL
IMPROVIDO. Encontra-se consolidada a jurisprudência no sentido de que as
execuções fiscais se sujeitam ao artigo 739-A do Código de Processo
Civil (AGRMC 13.249, Rel. Min. TEORI ZAVASCKI, DJU 25/10/07) e que a
atribuição de efeito suspensivo sobre o executivo fiscal somente é possível
em situações excepcionais, não bastando apenas, como antes, a
propositura dos embargos com a garantia do Juízo, mas a relevância de seus
fundamentos e o risco de dano irreparável. Precedentes. Não há que se
falar em inconstitucionalidade do art. 739-A do Código de Processo Civil,
uma vez que direito de propriedade não é absoluto e pode sofrer limitações
veiculadas por Lei, malgrado a estatura de direito fundamental. E mais. O
princípio do devido processo legal demanda aplicação no caso concreto,
verificando-se de acordo com a razoabilidade do legislador, bem assim não
se pode perder de vista o princípio da efetividade da jurisdição que autoriza
o prosseguimento do feito executivo, quando não houver razão maior que
justifique sua suspensão. O titulo executivo é hígido, presumindo-se sua
liquidez e certeza, sendo certo que os requisitos para a atribuição
de efeito suspensivo aos embargos do devedor, quais sejam, a relevância
dos fundamentos dos embargos do devedor e o risco de grave dano de
difícil ou incerta reparação, não se verificam, de plano, no caso concreto.
Agravo legal improvido. (TRF 3ª R.; AL-AI 0001792-47.2012.4.03.0000; SP;
Quarta Turma; Rel. Juiz Fed. Conv. David Diniz; Julg. 11/10/2012; DEJF
22/10/2012; Pág. 1571)
§ 2º - No prazo dos embargos, o executado deverá alegar toda
matéria útil à defesa, requerer provas e juntar aos autos os
documentos e rol de testemunhas, até três, ou, a critério do
juiz, até o dobro desse limite.
Matéria ampla, por exemplo, dúvidas quanto à
constitucionalidade da lei, regularidade do Processo
Administrativo...
§ 3º - Não será admitida reconvenção, nem compensação, e as
exceções, salvo as de suspeição, incompetência e
impedimentos, serão argüidas como matéria preliminar e
serão processadas e julgadas com os embargos.
STJ: a Lei 8.383/91 regulamentou a compensação em esfera
tributária, restando possível sua alegação em embargos à
execução fiscal  só se direito líquido e certo que não
depende de dilação probatória.
Súmula 394, STJ: “é admissível, em embargos à execução,
compensar os valores de imposto de renda retidos
indevidamente na fonte com os valores restituídos apurados
na declaração anual”.
• Art. 17 - Recebidos os embargos, o Juiz mandará
intimar a Fazenda, para impugná-los no prazo de 30
(trinta) dias, designando, em seguida, audiência de
instrução e julgamento.
Parágrafo Único - Não se realizará audiência, se os
embargos versarem sobre matéria de direito, ou,
sendo de direito e de fato, a prova for
exclusivamente documental, caso em que o Juiz
proferirá a sentença no prazo de 30 (trinta) dias.
Cabe parcelamento (916, NCPC) na execução fiscal?
• Art. 916. No prazo para embargos, reconhecendo o
crédito do exequente e comprovando o depósito de
trinta por cento do valor em execução, acrescido de
custas e de honorários de advogado, o executado
poderá requerer que lhe seja permitido pagar o
restante em até 6 (seis) parcelas mensais,
acrescidas de correção monetária e de juros de um
por cento ao mês.
• Verificar o art. 155-A, CTN.
• APELAÇÃO CÍVEL. TRIBUTÁRIO ESTADUAL. EXECUÇÃO FISCAL. ICMS.
EMBARGOS. 1. Embargos que, num ponto, versam matérias estranhas às
típicas (CPC, art. 745-A) e também é articulado de forma inepta (CPC, art.
295, parágrafo único, II). 2. Embargos que, noutro ponto, requer a exclusão
dos juros e da multa porque postulada extinção por compensação
administrativa, o que é descabido, uma vez que ela não suspende a
exigibilidade, tanto assim que houve ajuizamento da execução. 3. Extinção
de ofício dos embargos num ponto, e noutro apelação desprovida. (TJRS; AC
568047-76.2011.8.21.7000; Bento Gonçalves; Primeira Câmara Cível; Rel.
Des. Irineu Mariani; Julg. 05/09/2012; DJERS 02/10/2012)

• 18363392 - PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. PROVA


PERICIAL. DESNECESSIDADE. CDA. REQUISITOS LEGAIS. PRESUNÇÃO DE
VERACIDADE. SELIC. LEGALIDADE. APELO DESPROVIDO. (...) 8. Por fim,
"considerando que a LEF estabelece as formas de pagamento da dívida ou
de garantia da execução, entendo ser inaplicável, às execuções fiscais, a
regra contida no art. 745-A do CPC, introduzido pela Lei 11.382/2006"
(Trecho retirado da sentença). 9. Apelação desprovida. (TRF 5ª R.; AC
0000372-16.2011.4.05.8106; CE; Primeira Turma; Rel. Des. Fed. Francisco
Cavalcanti; Julg. 30/08/2012; DEJF 10/09/2012; Pág. 285)
Em junho de 1997, Jonas firmou contrato de comodato
com certo partido político, tendo como objeto um bem
imóvel de sua propriedade, para que a entidade
pudesse instalar sua sede pelo prazo de 10 anos. Em
outubro de 2006, Jonas foi surpreendido com mandado
de execução fiscal, visando à cobrança do IPTU, quanto
ao imóvel objeto do contrato de comodato, pois o
partido político não havia efetuado o pagamento do
referido tributo desde o início de suas atividades.
Com base na situação hipotética apresentada, julgue os
itens que se seguem, acerca das normas que regem a
execução fiscal.
• Eventual exceção de suspeição apresentada por Jonas
será argüida como matéria preliminar e processada e
julgada juntamente com os embargos opostos.
• Na execução fiscal, o executado pode oferecer embargos, no
prazo de trinta dias, contados do depósito, da juntada da
prova da fiança bancária ou da intimação da penhora.

• De acordo com a Lei de Execuções Fiscais (Lei no 6.830/80),


assinale a alternativa correta.
• a) O executado oferecerá embargos, no prazo de 15 (quinze)
dias, contados da intimação da penhora.
• b) Não poderá o juiz, de ofício, reconhecer a prescrição
intercorrente.
• c) O executado não poderá pagar parcela da dívida, que
julgar incontroversa, e garantir a execução do saldo devedor.
• d) Em qualquer fase do processo, será deferida pelo Juiz ao
executado, a substituição da penhora por fiança bancária.
• e) A execução fiscal apenas poderá ser promovida contra o
devedor e o fiador.
• De acordo com a Lei de Execução Fiscal no 6.830/80,
os embargos à execução fiscal devem ser oferecidos
no prazo de:
• a) 10 (dez) dias contados da juntada do mandado
da intimação da penhora aos autos do processo.
• b) 10 (dez) dias contados da intimação da penhora.
• c) 10 (dez) dias da juntada da prova da fiança
bancária.
• d) 30 (trinta) dias contados da juntada do mandado
de intimação da penhora aos autos do processo.
• e) 30 (trinta) dias contados da intimação da
penhora.
• A proposição de Ação Anulatória, estando em curso
Execução Fiscal, é:
• a) impossível, uma vez que o contribuinte deverá
opor Embargos.
• b) inócua, pois o contribuinte não se furtará aos
ônus da Execução.
• c) possível, mas a suspensão da exigibilidade do
débito só se fará mediante prova do depósito
integral do seu valor.
• d) possível, suspendendo inclusive a ação penal
tributária em face do executado.
• e) possível, mas depende do depósito integral e em
dinheiro do valor executado.
• Recebidos os embargos, oferecidos pelo devedor
em processo de execução fiscal, o juiz mandará
intimar a Fazenda que terá para impugná-los prazo
de
• a) 5 dias.
• b) 10 dias.
• c) 15 dias.
• d) 30 dias.
• e) 60 dias.
• Art. 17 - Recebidos os embargos, o Juiz mandará
intimar a Fazenda, para impugná-los no prazo de 30
(trinta) dias, designando, em seguida, audiência de
instrução e julgamento.
• A fazenda pública do estado do Pará ajuizou ação de
execução fiscal contra YB Alimentos Ltda., pelo não
recolhimento do ICMS, no importe de R$ 19.000,00.
A fim de opor embargos, a YB Alimentos Ltda.
garantiu a execução fiscal pela nomeação à penhora
de ações de certa sociedade anônima de
capital aberto.
• Acerca da situação hipotética apresentada e das
normas afetas à execução fiscal, julgue os itens
subseqüentes.
• A sentença que julgar procedente, no todo ou em
parte, os embargos opostos pela YB Alimentos Ltda.
deverá se sujeitar ao duplo grau de jurisdição.
• Art. 496, NCPC - Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo
efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença:
• (...)
• II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal.
• (...)
• § 3o Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito
econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a:
• I - 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e
fundações de direito público;
• II - 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as
respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que
constituam capitais dos Estados;
• III - 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas
autarquias e fundações de direito público.
• § 4o Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver
fundada em:
• I - súmula de tribunal superior;
• II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de
Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
• III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou
de assunção de competência;
• IV - entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito
administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou
súmula administrativa.
• Art. 16 - O executado oferecerá embargos, no prazo de
30 (trinta) dias, contados:
I - do depósito;
II - da juntada da prova da fiança bancária;
III - da intimação da penhora.
§ 1º - Não são admissíveis embargos do executado
antes de garantida a execução.
§ 2º - No prazo dos embargos, o executado deverá
alegar toda matéria útil à defesa, requerer provas e
juntar aos autos os documentos e rol de testemunhas,
até três, ou, a critério do juiz, até o dobro desse limite.
§ 3º - Não será admitida reconvenção, nem
compensação, e as exceções, salvo as desuspeição,
incompetência e impedimentos, serão argüidas como
matéria preliminar e serão processadas e julgadas com
os embargos.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
• Cabível quando o processo de execução se encontra
desprovido de causa por vício que afeta o título a
tal ponto, que impede o seguimento válido do
processo.
• Vantagem: não é necessária a prévia constrição do
patrimônio.
• Desvantagem: matéria limitada às questões de
ordem pública – pressupostos processuais e
condições da ação
• HIPÓTESES DE CABIMENTO:
• Matéria de ordem pública: condições da ação e
pressupostos processuais.
• Falta de liquidez do título (STJ, REsp 609.285/SP)
• Prescrição, decadência
• Quitação do título
• Nulidades formais da CDA.
• Inconstitucionalidade da norma legal (já declarada pelo
STF)
• Ilegitimidade passiva de sócio sem poderes de gerência
• Súmula 393, STJ: “A exceção de pré-executividade é
admissível na execução fiscal relativamente às matérias
conhecíveis de ofício que não demandem dilação
probatória”.
• Causas extintivas do crédito tributário
• Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
• I - o pagamento;
• II - a compensação;
• III - a transação;
• IV - remissão;
• V - a prescrição e a decadência;
• VI - a conversão de depósito em renda;
• VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento
nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
• VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no
§ 2º do artigo 164;
• IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a
definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto
de ação anulatória;
• X - a decisão judicial passada em julgado.
• XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e
condições estabelecidas em lei.
IX Exame OAB: De acordo com as regras contidas no
Código Tributário Nacional, considera-se fraude à
execução fiscal
A) a alienação dos direitos reais do patrimônio do
devedor, efetivada a qualquer tempo, para terceiro de
má-fé.
B) a alienação do patrimônio do devedor, feita após
ciência inequívoca da regular inscrição de crédito da
Fazenda contra si constituído.
C) a aquisição, de má-fé, por terceiro, de parte do
patrimônio devedor, refletindo tal situação presunção
absoluta de fraude.
D) a alienação de qualquer parcela do patrimônio do
devedor, mesmo que feita a terceiro de boa-fé, após
notificação do lançamento fiscal.

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