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à liturgia
e aos
sacramentos
1
II
Organismo
sacramental pleno
2
1.
Delimitação e extensão
do conceito de
sacramento
3
Por muito tempo existiu na Igreja
um conceito restritivo de sacramento.
Nos doze primeiros séculos, a palavra mistério,
sacramento, era empregada também para designar
realidades distintas dos sete ritos sacramentais, como
Cristo, a Igreja, a Escritura,
a Páscoa, a Encarnação, a Quaresma, etc
4
A partir do século XIII,
principalmente após
o Concílio de Trento,
foi o termo aplicado no sentido estrito para
indicar os sete sacramentos
e sua eficácia.
5
O Concílio Vaticano II
usou a expressão “sacramento”
em seu sentido mais original,
aplicando-o a Cristo e à Igreja
e, num sentido mais amplo,
ao cristão, ao ser humano
e às realidades criadas.
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2.
Os sacramentos
e
história da salvação
7
A história da salvação é a história humana,
enquanto plena da presença de Deus,
e determinada ou finalizada
por suas intervenções salvíficas.
8
A presença de Deus na história,
pela criação
e pela encarnação,
Através de palavras e sinais,
constitui uma presença
viva e essencial.
9
A história se transforma em lugar do encontro
e da experiência de Deus.
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Os sacramentos recapitulam
estrutura sacramental
da história da salvação.
É possível falar em
dialogantes,
personagens
constituintes
da história da salvação.
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Dialogantes:
Deus e o homem
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Personagens
Da parte de Deus
▸Cristo e o Espírito Santo.
Da parte do homem
▸Israel e a Igreja.
Da parte do mundo
▸O conhecimento da realidade criada,
▸a civilização, a cultura e o progresso
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Constituintes
Da parte de Deus
▸ revelação e graça.
Da parte do homem
▸liberdade e fé.
Da parte do mundo
▸os acontecimentos.
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Os sacramentos
são Iniciativas gratuitas de Deus.
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3
Cristo
sacramento original
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Cristo entra na história humana
como um sinal-sacramento.
Ele é o primeiro sacramento,
o sacramento original.
17
A Presença encarnada da Palavra
Jesus Cristo
constitui o ponto culminante
da presença de Deus
entre nós.
18
Em Cristo,
a comunhão de vida
do homem com Deus
chega a seu ponto culminante.
19
O NovoTestamento diz que
“a graça de Deus
se manifestou para a salvação de todos
os homens” (Tt 2,11).
20
Os Padresreconhecem que “não há outro
sacramento de Deus senão Cristo“.
21
Os Reformadores
(especialmente Lutero)
insistem nessa concentração
e primazia sacramental de Cristo,
que se revela de modo significativo
na união hipostática e na cruz
“sacramentum et exemplum”.
22
O magistério recente
define essa verdade exprimindo-a numa
fórmula concreta:
“Cristo é uma pessoa em duas naturezas”
(dogma).
23
As razões
da sacramentalidade de Cristo
24
1
25
2
Cristo é sacramento
pela sua atuação,
pela sua ação messiânica e salvadora,
26
3.
27
4
A Igreja,
sacramento principal
28
Cristo é o único sacramento original
da salvação.
No entanto, é necessário um prolongamento
terrestre de Cristo,
A Igreja e os sacramentos,
são o prolongamento terrestre
do Senhor glorificado.
29
A sacramentalidade da Igreja
foi sempre reconhecida.
A Escritura descreve o mistério da Igreja
afirmando que nela habita o Espírito (1Cor
3,16) e nela se manifesta
a presença do Reino de Deus.
Os Padres indicam com expressões
significativas dessa mesma realidade.
Cipriano a chama de
sacramentum unitatis.
30
A liturgia também denominará a Igreja o
“mirabile sacramentum”, pelo qual tem
continuidade a obra da salvação.
32
I
A Igreja é sacramento pelo seu próprio ser,
pela sua realidade e mistério.
33
A Igreja deve ser sacramento
pela sua atuação,
pelo seu comportamento ético,
pelo seu testemunho no mundo.
34
Essa missão é realizada por ela
através dos sinais privilegiados
de sua sacramentalidade:
a palavra, os sacramentos e a caridade.
35
5
O cristão
sacramento existencial
36
O homem foi criado
à imagem e
semelhança de Deus.
(Gn 1,26)
37
Todo homem, batizado ou não,
é também um “sacramento” de Cristo,
na medida em que nele nos encontramos
com o Cristo vivo
(Mt 25,35-45).
38
Dado que Cristo se encarnou e nos redimiu,
é possível afirmar que,
onde há existência humana,
há também a presença ativa
do mistério da graça,
antes mesmo que haja um contato visível e
explícito com a Igreja.
39
O cristão é, ao mesmo tempo,
um sacramento de Cristo e da Igreja
Pelo seu ser e pelo seu agir.
40
As celebrações sacramentais
são sinais privilegiados
da sacramentalidade da vida cristã.
41
Em sua vida,
o homem se vê impelido a dar resposta,
a ser e a “aparecer”
como sacramento,
sinal de libertação
e de esperança,
que revela o amor de Deus.
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6
O valor sacramental
da
realidade cósmica
43
Para compreender
a sacramentalidade cósmica
é preciso partir da ação criadora
de Deus.
44
O mundo não é
nem emanação de Deus
nem cópia de Deus
é antes sua marca.
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7
Os sacramentos
da Igreja
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O sacramento
como palavra e como ato.
É preciso reconhecer que,
ao longo da história,
foram atribuídos valores diferentes
à palavra e ao sacramento.
47
Para os teólogos da Reforma
a eficácia salvadora só provém de
Cristo e da sua palavra.
Os sacramentos
são formas especiais
do acontecimento salvador da palavra.
48
O documento ecumênico de Dombes:
O sacramento
acompanha e consuma a palavra,
realizando por um ato
o dom de Deus que anuncia.
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Os autores Católicos
Os sacramentos
são formas especiais
do acontecimento salvador da palavra:
51
Agostinho: o sacramento é um sacrum signum.
53
Quanto à necessidade dos sinais sacramentais
como “meios de salvação”
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Os Reformadores.
56
O Concílio de Trento
defenderá a necessidade dos sacramentos
para a salvação,
embora de forma matizada
e com a intenção de manter
o ensinamento tradicional
diante das afirmações protestantes.
57
Razões
da necessidade
dos sacramentos
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Razão antropológica
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Razão encarnatória
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Razão soteriológica
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Razão pneumatológica
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Razão eclesiológica
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Razão cósmica
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