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AULA 2: FSP ES

Passado-presente da invasão colonial e as resistências no território


(IBGE-2010-prospec 2016)
A atual população indígena brasileira, segundo dados do Censo Demográfico
realizado pelo IBGE em 2010, é de 896,9 mil indígenas. De acordo com a pesquisa,
foram identificadas 305 etnias, das quais a maior é a Tikúna, com 6,8% da
população indígena.
Também foram reconhecidas 274 línguas. Dos indígenas com 5 anos ou mais de
idade, 37,4% falavam uma língua indígena e 76,9% falavam português.
Os Povos Indígenas estão presentes nas cinco regiões do Brasil, sendo que a região
Norte é aquela que concentra o maior número de indivíduos, 342,8 mil, e o menor
no Sul, 78,8 mil. Do total de indígenas no País, 502.783 vivem na zona rural e
315.180 habitam as zonas urbanas brasileiras.
Segundo o censo, 36,2% dos indígenas vivem em área urbana e 63,8% na área
rural. O total inclui os 817,9 mil indígenas declarados no quesito cor ou raça do
Censo 2010 (e que servem de base de comparações com os Censos de 1991 e
2000) e também as 78,9 mil pessoas que residiam em terras indígenas e se
declararam de outra cor ou raça (principalmente pardos, 67,5%), mas se
consideravam “indígenas” de acordo com aspectos como tradições, costumes,
cultura e antepassados.
Os números também revelaram um equilíbrio entre os sexos para o total de
indígenas: 100,5 homens para cada 100 mulheres, com mais mulheres nas áreas
urbanas e mais homens nas rurais. Entretanto, existe um declínio no predomínio
masculino nas áreas rurais entre 1991 e 2010, especialmente no Sudeste (de 117,5
para 106,9) Norte (de 113,2 para 108,1) e Centro-Oeste (de 107,4 para 103,4).
https://www.socioambiental.org/pt-br/mapas/mapa-guarani-continental-2016
É sabido o grande papel desempenhado na
verdadeira história pela conquista, pela
escravização, pela rapina e pelo assassinato,
em suma, pela violência(...) Na realidade, os
métodos da acumulação primitiva nada têm de
idílicos. (Marx, p. 829)
A chamada acumulação primitiva é apenas o
processo histórico que dissocia o trabalhador
dos meios de produção. É considerada primitiva
porque constitui a pré-história do capital e do
modo de produção capitalista. (Marx, p.830)
François Dubor, 1576 Massacre
de São Bartolomeu

Marca época na história da acumulação primitiva todas as


transformações que servem de alavanca à classe capitalista em
formação, sobretudo aqueles deslocamentos de grandes massas
humanas, súbita e violentamente privadas dos seus meios de
subsistência e lançadas no mercado de trabalho como levas de
proletários destituídos de direitos (Marx, p. 831)
A HISTÓRIA DESSA EXPROPRIAÇÃO
ASSUME COLORIDOS DIVERSOS NOS
DIFERENTES PAÍSES, PERCORRE
VÁRIAS FASES EM SEQUÊNCIA
DIVERSA, E EM ÉPOCAS HISTÓRICAS
DIFERENTES. (Marx, p. 831)
Edouard Ponsan,
França, séc. XIX
Hans Baluscheck

O progresso do século XVIII consiste em ter tornado a própria lei o veículo do roubo das terras
pertencentes ao povo, embora os grandes arrendatários empregassem simultânea e
independentemente seus métodos particulares. O roubo assume a forma parlamentar que lhe
dão as leis relativas aos cercamentos das terras comuns, ou melhor os decretos com que os
senhores das terras se presenteiam com os bens que pertencem ao povo, tornando-os sua
propriedade particular, decretos de expropriação do povo. (Marx, p. 841)
O último grande
processo de
expropriação dos
camponeses é
finalmente a chamada
limpeza das
propriedades a qual
consiste em varrer
destas os seres
humanos.
O roubo dos bens da Igreja, a alienação fraudulenta dos domínios do estado. a ladroeira das
terras comuns e a transformação da propriedade feudal e do clã em propriedade privada
moderna, levada a cabo com terrorismo implacável, figuram entre os métodos idílicos da
acumulação primitiva] Conquistaram o campo para a agricultura capitalista, incorporaram as
terras ao capital e proporcionaram à indústria das cidades a oferta necessária de proletários sem
direitos. (Marx, p.850)
Os que foram expulsos de suas terras com a dissolução das vassalagens feudais e com a expropriação
intermitente e violenta, esse proletariado sem direitos, não podiam ser absorvidos pela manufatura nascente
com a mesma rapidez com que se tornavam disponíveis. Bruscamente arrancados das suas condições
habituais de existência, não podiam enquadrar-se, da noite para o dia, na disciplina exigida pela nova
situação. Muitos se transformaram em mendigos, ladrões, vagabundos, em parte por inclinação, mas na
maioria dos casas por força das circunstâncias. Daí ter surgido em toda a Europa ocidental, na fim do século
XV e no .decurso do XVI uma legislação sanguinária contra a vadiagem. Os ancestrais da classe trabalhadora
atual foram punidos inicialmente por se transformarem em vagabundos e indigentes, transformação que lhes
era imposta. A legislação os tratava como pessoas que escolhem propositalmente o caminho do crime, como
se dependesse da vontade deles prosseguirem trabalhando nas velhas condições que não mais existiam.
(Marx, p. 851)

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