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Atualização em Antibióticos e

Antibiograma
Prof MSc Mario Rene de Souza
Universidade Tuiuti do Paraná
Histórico : 1928 A era dos antibióticos
Alexander Fleming (1881-1955)
• Nascido na Escócia , graduou-se médico pela Escola de Medicina St
Mary, em Londres, onde tornou-se professor de bacteriologia.
• 1922 – descobriu a lisozima, um antisséptico natural, presente na
lágrima e outras secreções.
• 1928 – Percebeu acidentalmente o efeito inibitório do fungo
Penicilium em uma cultura de estafilococos.
• 1940 – Laboratórios aamericanos e ingleses iniciaram a produção em
escala industrial da penicilina.
• 1945 recebeu o premio Nobel de Medicina juntamente com Howard
Florey e Ernest Chain que o auxiliaram na pesquisa.
A descoberta de A. Fleming-

Fonte : http://www.historychannel.com.au/this-day-in-history/penicillin-is-discovered/
Um modelo experimental
Importância do tema

• O desenvolvimento de antibióticos é considerado um dos mais


importantes avanços da ciência moderna.
• Os antibióticos salvaram milhões de vidas.
• A resistência antimicrobiana (RAM) ameaça este progresso e
apresenta riscos significativos para a saúde humana.
• O aumento da RAM tem sido impulsionado por um conjunto
diversos de fatores, incluindo prescrição e vendas de antibióticos
de forma inadequada, uso de antibióticos fora do setor de saúde
e fatores genéticos intrínsecos às bactérias.
Fonte: Hilary D. Marston, MPH; Dennis M. Dixon; Jane M. Knisely; et al Antimicrobial Resistance, JAMA. 316(11):1193-1204, 2016.
Por que é tão importante aprender sobre os
antimicrobianos?
• Os antimicrobianos correspondem a uma classe de fármacos que é
consumida freqüentemente em hospitais e na comunidade.
Entretanto, são os únicos agentes farmacológicos que não afetam
somente aos pacientes que os utilizam, mas também interferem de
forma significativa no ambiente hospitalar por alteração da ecologia
microbiana.
• O conhecimento dos princípios gerais que norteiam o uso de
antimicrobianos, assim como das propriedades e características
básicas dos antimicrobianos disponíveis, são essenciais para uma
escolha terapêutica adequada.
• Fonte:http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_web/modulo1/conceitos.htm
Quais são os principais problemas relacionados à
qualidade do uso clínico dos antimicrobianos?
• Diversos estudos têm demonstrado que aproximadamente
50% das prescrições médicas de antimicrobianos são feitas
de forma inadequada;
• O uso excessivo destes fármacos não apenas está associado à
emergência e seleção de cepas de bactérias resistentes, mas
também a eventos adversos, elevação dos custos e da morbi-
mortalidade.
Fonte:http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_web/modulo1/conceitos.htm
IMPORTANTE!
• O uso racional de antimicrobianos é uma das metas definidas pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) para o século XXI.
• Todo profissional de saúde, particularmente os médicos, deve estar
consciente da importância da utilização adequada de
antimicrobianos.
Conceitos gerais: bases teóricas e uso clínico
• Na prática clínica o uso de antimicrobianos tem duas finalidades:
• profilática
• terapêutica.
Os fatores que influenciam a escolha dos
antimicrobianos são:
• 1. As características do paciente como: idade, função renal e
hepática, estado imunológico, localização do processo infeccioso,
terapia prévia com antimicrobianos, gravidez/lactação e sensibilidade
do paciente;
• 2. Os agentes etiológicos que envolvem a análise do antibiograma e
os prováveis mecanismos de resistência;
• 3. As propriedades dos antimicrobianos como a farmacocinética e a
farmacodinâmica, mecanismo de ação, sinergismo ou antagonismo,
toxicidade, interação medicamentosa e custos.
Propriedades farmacológicas dos antimicrobianos
(farmacocinética e farmacodinâmica)
FARMACOCINÉTICA
• Atuação do antimicrobiano no interior do organismo >velocidade de
absorção > distribuição e eliminação da droga e de seus metabólitos.

Objetivo : Posologia adequada; via de administração e intervalo entre


cada dose, visando melhorar o resultado terapêutico com menores
efeitos tóxicos potenciais.
Concentração sérica
• Após a administração de dose padronizada de um antimicrobiano, sua
concentração plasmática aumenta rapidamente, até atingir
a concentração sérica máxima.
• Na medida em que se distribui entre os tecidos e é eliminado ou
metabolizado, sua concentração no sangue vai diminuindo
progressivamente até se tornar nula.
• A concentração do antimicrobiano detectada no sangue antes da
administração da dose seguinte, corresponde à concentração sérica
mínima.
É importante saber que

• Após alcançarem a corrente sanguínea, os antimicrobianos estabelecem


ligações protéicas em proporção variável (índice de ligação protéica), mas
sabe-se que só a fração livre do antimicrobiano é dotada de atividade anti-
bacteriana.

• A ligação dos antimicrobianos com as proteínas plasmáticas exerce


influência sobre várias outras características farmacocinéticas, como sua
difusão nos tecidos e líquidos orgânicos, a rapidez com que ultrapassa as
membranas celulares, a intensidade de seu efeito antimicrobiano e sua
velocidade de eliminação.
Excreção

• A eliminação (excreção) das drogas no organismo é realizada,


principalmente, através dos rins e do fígado.
• As substâncias eliminadas nas fezes são geralmente aquelas ingeridas
por via oral e não absorvidas ou metabólitos eliminados pela bile e
não reabsorvidos.

• Pode haver eliminação pelo leite, pouco importante como via de


eliminação, mas de interesse pela possibilidade de causar efeitos no
lactante.
Classificação
• A partir dos estudos farmacodinâmicos os antimicrobianos podem ser
classificados em:
• tempo-dependentes. Não apresentam efeito
pós-antimicrobiano
• Ex. : Vancomicina e Beta lactamicos

• concentração-dependentes. Apresentam efeito


mesmo após supressão do antimicrobiano.
• Ex: Aminoglicosídeos e fluoroquinolonas
Famílias de antimicrobianos
• Beta lactâmicos • Lincosaminas
• Penicilinas • Macrolideos
• Cefalosporinas
• Carbapenemico
• Cloranfenicol
• Monobactans • Nitroimidazolicos
• Quinolonas • Estreptograminas
• Glicopeptideos • Sulfonamidas
• Oxazolidinonas • Tetraciclinas
• Aminoglicosideos
Novos ATM
• Glicilciclinas
• Polimixinas
• Daptomicina
• Gemifloxacina
Mecanismos de ação
β-lactâmicos -estrutura
Penicilinas
• A. Benzilpenicilinas ou penicilinas naturais;
B. Aminopenicilinas;
C. Penicilinas resistentes às penicilinases;
D. Penicilinas de amplo espectro, obtidas por associação com
inibidores de ß-lactamase.
Benzilpenicilinas
• Penicilina cristalina ou aquosa: restrita ao uso endovenoso. Apresenta meia-vida curta (30 a 40 minutos), é
eliminada do organismo rapidamente (cerca de 4 horas). Distribuí-se amplamente pelo organismo,
alcançando concentrações terapêuticas em praticamente todos os tecidos. É a única benzilpenicilina que
ultrapassa a barreira hemato-encefálica em concentrações terapêuticas, e mesmo assim, somente quando
há inflamação.

• Penicilina G procaína: apenas para uso intramuscular. A associação com procaína retarda o pico máximo e
aumenta os níveis séricos e teciduais por um período de 12 horas.

• Penicilina G benzatina: é uma penicilina de depósito, pouco hidrossolúvel, e seu uso é exclusivamente
intramuscular. Os níveis séricos permanecem por 15 a 30 dias, dependentes da dose utilizada.

• Penicilina V: apenas para uso oral. Os níveis séricos atingidos por esta preparação são 2 a 5 vezes maiores do
que os obtidos com as penicilinas G administradas por via intramuscular e com distribuição tecidual similar a
esta. Pode ser utilizada como terapêutica seqüencial oral na substituição das penicilinas parenterais, exceto
contra Neisseria spp e Haemophilus spp..

Fonte:http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_web/modulo1/penicilinas2.htm
Aminopenicilinas
• São penicilinas semi-sintéticas com espectro de ação mais amplo, em
relação às benzilpenicilinas. Apresentam boa absorção, tanto oral
como parenteral.
• As aminopenicilinas disponíveis para uso clínico no Brasil são:
• Ampicilina - apresenta meia-vida de 1-2 horas, não devendo ser utilizada com
intervalos maiores que 6 horas. Tem boa distribuição em todos os
compartimentos orgânicos e atinge concentrações terapêuticas no LCR,
líquido pleural, articulações e fluidos peritoneais na presença de inflamação e
após administração parenteral.
• Amoxacilina - A absorção por via oral é melhor do que a da ampicilina.
Utilizada com intervalos de 8 horas. Alcança níveis no LCR inferiores a
ampicilina, não havendo vantagem do seu uso para terapêutica de pacientes
com meningoencefalites bacterianas.
Penicilinas resistentes às penicilinases
• Oxacilina:
• Disponível apenas para uso endovenoso.
• Apresenta metabolização hepática, excreção renal.
• Atinge concentrações liquóricas satisfatórias quando na presença de
processos inflamatórios.
Penicilinas de amplo espectro- associação com
inibidores de ß-lactamase
• Apesar do desenvolvimento de toda essa variedade de penicilinas, a
produção das ß-lactamases continuou sendo o meio mais eficiente e
comum das bactérias se tornarem resistentes aos antimicrobianos ß–
lactâmicos.
• Amoxacilina - ácido clavulânico:
Tanto a amoxacilina quanto o ácido clavulânico são absorvidos
rapidamente pelo trato digestivo. Tem meia-vida de aproximadamente
uma hora. Ligação protéica baixa (18 e 25%), com rápida penetração na
maioria dos tecidos e líquidos extravasculares, incluindo líquidos pleural,
peritoneal e secreções pulmonares. Apresenta excelente atividade
contra S. aureus e anaeróbios produtores da ß-lactamases. Ativo contra H.
influenzae e Moraxella catarrhalis produtoras de ß-lactamases.
Penicilinas de amplo espectro- associação com
inibidores de ß-lactamase
• Ticarcilina – ácido clavulânico:
Atingem bom nível sérico em ossos, líquidos biliares e articulares. Esta
associação está indicada em infecções graves causadas por BGN incluindo
Pseudomonas aeruginosa,
• Piperacilina – tazobactam (8:1):
Apresentam boa distribuição tecidual e em líquidos orgânicos, incluíndo
pulmões, pele, mucosa intestinal, vesícula e líquidos biliares. Atinge baixos
níveis no LCR na ausência de inflamação. Ativa contra todas as cepas de S.
aureus oxacilina sensível, estreptococos e enterococos.
• Ampicilina – sulbactam:
A relação é de 2:1 – eliminação renal de 75%. Ambos penetram bem tanto
nos tecidos,bom nível liquórico.Ativa contra cepas produtoras de ß-
lactamases.
Cefalosporinas de 1ªGeração
• Cefalotina,cefalexina,cefazolina,cefadroxil.
• Ativas contra cocos gram-positivos e têm atividade moderada contra BGN
adquiridos na comunidade.
• Indicadas para infecções do trato urinário não complicadas,
principalmente durante a gravidez.
• Pela sua baixa toxicidade, espectro de ação, baixo custo e meia vida
prolongada, a cefazolina é o antimicrobiano recomendado na profilaxia de
várias cirurgias.
• Não indicadas para infecções do SNC.
Cefalosporinas de 2ª Geração
• Cefoxitina, cefuroxima e cefaclor
• Em relação às de primeira geração, apresentam uma maior atividade
contra H. influenzae, Moraxella catarrhalis, Neisseria meningitidis,
Neisseria gonorrhoeae e em determinadas circunstâncias aumento da
atividade “in vitro” contra algumas enterobacteriaceae.
Drogas disponíveis no Brasil: cefoxitina (cefamicina), cefuroxima,
cefuroxima axetil e cefaclor.
Cefalosporinas de 3ª Geração
• Cefotaxima, ceftriaxona e ceftazidima
• São mais potentes contra bacilos gram-negativos,atividade antimicrobiana superior contra S.
pneumoniae,S. pyogenes e outros estreptococos.
• cefalosporinas de terceira geração podem ser utilizadas no tratamento de uma variedade de
infecções por bacilos gram-negativos susceptíveis adquiridas no ambiente hospitalar, dentre elas:
• infecções de feridas cirúrgicas,
• pneumonias e
• infecções do trato urinário complicadas.
• Cefotaxima e ceftriaxona podem ser usadas no tratamento de meningites por H. influenzae, S.
pneumoniae e N. meningitidis. Também são as drogas de escolha no tratamento de meningites
por bacilos gram-negativos.
• Pela sua boa penetração no sistema nervoso central e sua atividade contra P. aeruginosa, a
ceftazidima é uma excelente opção para o tratamento de meningites por este agente.
• Drogas disponíveis no Brasil: No Brasil só estão disponíveis cefalosporinas de terceira geração na
apresentação parenteral (ceftriaxona, cefotaxima e ceftazidima).
Cefalosporinas de 4ª geração
• Cefepima
• Ação sobre bactérias gram-negativas, incluindo atividade
antipseudomonas,atividade contra cocos gram-positivos,
especialmente estafilococos sensíveis à oxacilina.
Atravessa as meninges quando inflamadas.
Também são resistentes às ß-lactamases e pouco indutoras da sua
produção.
Droga disponível no Brasil: cefepima.
Carbapenemicos
• Carbapenens disponíveis :Imipenem, meropenem e ertapenem
Apresentam amplo espectro de ação para uso em infecções
sistêmicas e são estáveis à maioria das ß–lactamases.
• Atividade antimicrobiana :
• meropenem é um pouco mais ativo contra bactérias gram-negativas.
• imipenem apresenta atividade um pouco superior contra gram-positivos.
• ertapenem não tem atividade contra P. aeruginosa e A.baumannii.
Monobactans
• Droga disponível no Brasil: Aztreonam
• Não é absorvido por via oral.
• Pode ser administrado por via intramuscular ou endovenosa.
• Tem boa distribuição tecidual e penetra na maior parte dos tecidos e
líquidos orgânicos incluindo ossos, próstata, pulmão, secreção
traqueal, sistema nervoso central e trato gastrintestinal.
• Não tem atividade contra CGP.
• É uma alternativa útil aos aminoglicosídeos por não ser nefro ou
ototóxico, assim como às penicilinas e cefalosporinas, nos pacientes
alérgicos.
Fluorquinolonas
• Derivadas do ácido nalidixico a principal representante é a
Ciprofloxacina.
• As novas quinolonas como a levofloxacina, atingem altas
concentrações séricas, concentração máxima de 4mg/L, após 500mg
por via oral. A área sob a curva é elevada. Possui meia-vida de 7 a 8
horas, podendo ser administrada tanto por via endovenosa, como
oral, uma única vez ao dia. A ligação protéica é de 20 a 30%, sendo a
eliminação predominantemente renal, 80 a 90%.
• Baixa penetração no SNC.
Aplicações clinicas.
• Trato genito-urinário
• Trato gastrintestinal
• Trato respiratório
• Osteomielites
• Partes moles
• Ação contra micobactérias
Glicopeptideos
• Atividade antimicrobiana com a maioria dos GP. Não atingem
concentração terapêutica no LCR
• Vancomicina : Indicação restrita para Staphylococcus spp resistentes á
Oxacilina.
• Teicoplanim : Mais utilizado na Europa. Melhor biodisponibilidade do que a
Vancomicina.
Oxazolidonas
• Linezolida: Ativa contra amplo espectro de gram positivos. Indicada
para estafilococos resistentes a oxacilina (MRSA)e enterococos
resistentes a vancomicina.
• Tem ação bacteriostática.
• Tem seu uso limitado devido ao alto custo.
Aminoglicosídeos
• Estreptomicina : Boa atividade contra Mycobacterium tuberculosis (
tratamento parenteral alternativo)
• Gentamicina : tratamento de infecções por BGN como P. aeruginosa
ou S. marcescens. Em associação com ß-lactâmicos para infecções
mais graves por enterococos.
• Amicacina:Tem o maior espectro de ação do grupo e usada na terapia
empírica de infecções relacionadas à assistência à saúde.Ativa contra
algumas micobacterias. avium.
• Tobramicina- uso oftálmico (colírios) para conjuntivite bacteriana.
Macrolideos
• Eritromicina -amplo espectro de ação que inclui bactérias gram-
positivas, além de treponemas, micoplasma e clamídias. É inativa
contra enterobacteriaceas e Pseudomonas spp..
• Claritromicina ativa contra bactérias gram-positivas, sendo 2 a 4
vezes mais ativa do que a eritromicina contra a maioria dos
estreptococos e estafilococos sensíveis à oxacilina.
• A azitromicina difere da eritromicina e da claritromicina por ter maior
atividade contra algumas bactérias gram-negativas, em
particular H. influenzae. Inativa contra enterobacterias.
Lincosaminas
• Clindamicina: A clindamicina é indicada em casos como infecções
intra-abdominais, infecções pélvicas, e infecções pulmonares
causadas por anaeróbios gram-positivos e anaeróbios gram-
negativos, infecções odontogênicas, sinusites, otite crônica,
osteomielites infecções de pele por estreptococos ou estafilococos.
• Erisipela e infecções de partes moles em pacientes alérgicos a
penicilina.
• É uma alternativa terapêutica para corioretinite ou encefalite
por Toxoplasma gondii e malária.
Tetraciclinas
• Antimicrobianos primariamente bacteriostáticos. Apresentam amplo
espectro de ação, incluindo bactérias gram-positivas, gram-negativas
aeróbias e anaeróbias, espiroquetas, riquétsias, micoplasma,
clamídias e alguns protozoários.
Sulfas
• Sulfadiazina : A sulfadiazina é a droga de escolha no tratamento da
toxoplasmose, associado a pirimetamina.
• Sulfametoxazol é comumente empregado em associação com o
trimetoprim,associação mais conhecida como cotrimoxazol. O efeito
das duas drogas é sinérgico. É indicado nas infecções do trato
urinário, altas e baixas, uretrites e prostatites agudas ou crônicas. Tem
excelente atividade contra Stenotrophonas maltophilia. É a primeira
escolha para o tratamento e profilaxia da pneumonia por P. carinii nos
pacientes portadores de alguma imunodepressão.
Novos ATM
• Glicilciclinas – a Tigeciclina (Tigacil®)é a única representante deste
grupo.
• Apresenta potente atividade in vitro contra cocos gram-positivos
(incluindo estafilococos resistentes à oxacilina, enterococos
resistentes à vancomicina e estreptococos resistentes às penicilinas
ou cefalosporinas), bacilos gram-negativos (exceto P.
aeruginosa e Proteus mirabilis), incluindo Klebsiella
pneumoniae produtora de betalactamase de espectro estendido
e contra alguns bacilos gram-negativos não fermentadores,
como Acinetobacter spp. e Stenotrophomonas maltophilia,
Novos ATM
• Polimixina
• Colistina
• Polimixina B

• As polimixinas são ativas contra uma grande variedade de bacilos gram-negativos


(incluindo P. aeruginosa e Acinetobacter spp.) incluindo muitas espécies de
enterobactérias (como E. coli e Klebsiella spp.) e bacilos não-fermentadores.

Importante!
A toxicidade limita a ampla utilização dessa classe de antimicrobianos.
O efeito tóxico mais freqüente é a lesão renal.
Novos ATM
• Gemifloxacina(Factive®): Fluoroquinolona
mais potente contra bactérias gram-positivas
quando comparada com as outras fluoroquinolonas.
• Indicada para o tratamento de pneumonia adquirida na comunidade e
exacerbação de bronquite crônica.
• Sua atividade contra bactérias gram-negativas é semelhante àquela apresentada
pelas fluoroquinolonas.
• Ainda não há estudos que comprovem sua segurança para uso em crianças,
gestante e durante amamentação.
• A gemifloxacina está disponível apenas para uso oral (comprimidos de 320 mg).
Apresenta excelente absorção e distribuição na grande maioria dos tecidos e
órgãos, com destaque para a concentração pulmonar. Alcança pico sérico em 30
minutos a 2 horas, com biodisponibilidade de 81%. Apresenta meia-vida bastante
longa (cerca de 8 horas), permitindo assim posologia de uma vez ao dia.
Resistencia aos Antimicrobianos-Mecanismos
• Com freqüência bactérias utilizam mais de uma estratégia para
evitar a ação dos antimicrobianos; assim, a ação conjunta de
múltiplos mecanismos pode produzir um acentuado aumento da
resistência aos antimicrobianos.
• A resistência a determinado antimicrobiano pode constituir uma
propriedade intrínseca de uma espécie bacteriana ou uma
capacidade adquirida.
• Para adquirir resistência, a bactéria deve alterar seu DNA,
material genético, que ocorre de duas formas:
1-Indução de mutação no DNA nativo
2-Introdução de um DNA estranho - genes de resistência -
que podem ser transferidos entre gêneros ou
espécies de diferentes bactérias.
Nature Microbiology Nov/07/2016
News and Views
Bacterial evolution: Resistance is a numbers game
James P. J. Hall & Ellie Harrison
“Plasmids are well known for spreading antibiotic-resistance genes
between bacterial strains. Recent experiments show that they can
also act as catalysts for evolutionary innovation, promoting rapid
evolution of novel antibiotic resistance.”
Principais casos de resistência na atualidade
• MRSA- Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA).
• O mecanismo de resistência está relacionado à alteração de proteínas
ligadoras de penicilina (PBP), codificada pelo gene mecA e sem
relação com a produção de beta-lactamases. A presença da PBP2a faz
com que a meticilina e os compostos penicilinase-resistentes tenham
baixa afinidade pelo local de ligação na bactéria, a parede celular, e
por conseqüência deixem de ser efetivos. O gene mecA é carreado
por um elemento genético móvel chamado cassete cromossômico
estafilocócico (SCCmec).
MRSA -PERFIL DE SENSIBILIDADE
Detecção – Disco difusão com oxacilina ou
cefoxitina
A- MRSA

B- MSSA
MRSA - MULTIRRESISTENCIA
Critérios deliberação para MRSA – CLSI
VRE
• É a sigla de “Vancomycin-resistence enterococcus” (VRE), que pode
ser traduzida para o português como sendo “enterococo resistente a
vancomicina (ERV).
• O Gênero Enterococcus é representado por nove espécies, sendo as
duas espécies principais e que causam a maioria das infecções
relacionadas à assistência à saúde: E. faecalis (mais freqüente no
Brasil 90%) e E. faecium com 5% a 10%.
Fatores de risco para VRE
• As infecções geralmente ocorrem em doentes
mais graves. São situações de risco para infecção
ou colonização por VRE:
• Uso prévio de antimicrobianos de amplo espectro
• Longa permanência hospitalar
• Internação em UTI ou unidade de queimados
• Ter infecção de sítio cirúrgico
• Leito próximo ao de um paciente colonizado ou infectado por VRE
● Insuficiência renal
● Cateterismo vesical e cateterismo vascular.
Agar cromogênico .

Fonte:http://www.biomerieux-culturemedia.com/product/52-chromid-esbl---chromid-vre
ESBL
• Um mecanismo comum de resistência bacteriana aos antibióticos
beta-lactâmicos é a produçäo de beta-lactamases, que agem
quebrando o anel beta-lactâmico das drogas derivadas da penicilina.
O termo Beta-Lactamase de Espectro Estendido (ESBL) refere-se às
beta-lactamases produzidas principalmente por Klebsiella spp. e
Escherichia coli que apresentam resistência aos beta-lactâmicos de
amplo espectro, os quais normalmente possuem atividade contra os
bacilos Gram-negativos. Exemplos säo cefotaxima, ceftazidima,
aztreonam e cefpodoxima.
Detecção de cepas ESBL – CLSI* –M100S26
*Clinical and Laboratory Standards Institute

Teste de aproximação com acido clavulânico


ESBL – método pelo diâmetro do halo.
• Para E coli e Klebsiella spp
• Cefpodoxime ≤ 17 mm
• Ceftazidime ≤ 22 mm
• Aztreonam ≤ 27 mm
• Cefotaxime ≤ 27 mm
• Ceftriaxone ≤ 25 mm
• Para P. mirabilis:
• Cefpodoxime ≤ 22 mm
• Ceftazidime ≤ 22 mm
• Cefotaxime ≤ 27 mm
ESBL – método pelo aumento do diâmetro
com ac. Clavulânico.
• Cosidera-se cepa produtora de ESBL quando apresentar
aumento ≥ 5-mm no diâmetro do halo em comparação ao diâmetro
do halo da cefalosporina testada isoladamente.
Exemplo : Ceftzidima isolada : diâmetro de halo = 16 mm
Ceftazidima + ac clavulânico: diâmetro do halo = 21 mm.
ESBL – detecção - método de Jarlier et al.
Grupo CESP e resistência intrínseca (CLSI M100S26)
KPC – Klebsiella produtora de carbapenemase
• As carbapenemases ocorrem mais frequentemente em
enterobactérias, sendo predominantes nos gêneros Klebsiella,
Enterobacter, Escherichia, Serratia, Citrobacter, Salmonella, Proteus e
Morganella.
• As carbapenemases mais prevalentes em enterobactérias são
codificadas por genes dos grupos blaKPC, blaIMP, blaVIM, blaNdm e
blaOxa.
• As cepas com esses genótipos apresentam além da resistência aos
carbapenemicos- Imipenem, Meropenem e ertapenem,
multirresistência.
Perfil de sensibilidade para cepas KPC.
Fonte: Seibert G, Hörner R, Meneghetti BH, Righi RA, Dal Forno NL, Salla A, 2014.
KPC- Distribuição por espécie
Fonte: Seibert G, Hörner R, Meneghetti BH, Righi RA, Dal Forno NL, Salla A, 2014.
KPC – Espécime clinico
Fonte: Seibert G, Hörner R, Meneghetti BH, Righi RA, Dal Forno NL, Salla A, 2014.
KPC – Detecção – Teste de Hodge
CLSI-M100S26 pg 129
KPC – Detecção – CLSI –M100S26 pg 130
Outros casos de resistencia
• VISA : Em 1996 foi identificado no Japão o primeiro isolado de S.
aureus com susceptibilidade reduzida à vancomicina (VISA:
vancomycin-intermediate Staphylococcus aureus) (Hiramatsu et al,
1997). O primeiro VISA foi isolado de uma criança recebendo
vancomicina devido a uma infecção de sítio cirúrgico esternal. O
isolado não possuía o gene vanA.
CDC - guidelines
Métodos de Triagem
• São recomendados testes de triagem com ágar Brain Heart
Infusion (BHI) acrescido de 6 μg/mL de vancomicina e 4% de NaCl e
métodos quantitativos com determinação da concentração inibitória
mínima (CIM) por microdiluição em caldo, diluição em ágar ou Etest®.


Os métodos laboratoriais mais utilizados, disco difusão e automação, não são capazes
de detectar esta resistência.
Etest®- Método do gradiente de difusão
NDM –New Dehli
metalobetalactamase
Controle de qualidade interno do TSA
Materiais necessários
#Cepas padrão ATCC ou derivadas - utilizadas até o quinto repique.
#Periodicidade -Testar cada novo lote (dos discos e dos meios de
cultura) em uso com a cepa padrão e em periodicidade definida pelo
laboratório segundo sua rotina e necessidade.
# Interpretação e avaliação Espera-se que cada cepa testada produza
um halo inibitório dentro dos limites estabelecidos para controle. Estes
são estão definidos a seguir na Tabela 1.
#Considerando que depois de aberto o frasco a tendência do
antibiótico é de ter sua potência diminuída com o passar do tempo, é
normal o decréscimo dos valores dos halos de inibição (disco-difusão).
Critérios de seleção dos ATM

Grupo A: Escolha primária – reportar sempre


Grupo B: Escolha primária- reportar seletivamente
Grupo C: reportar seletivamente
Grupo U: Suplementar para urina.
Tabelas com valores padronizados
internacionalmente (CLSI)
Considerações finais
Fonte: https://www.asm.org/index.php/microbelibrary/147-publications/press/94029-antibioticsqa

• A década passada tem visto uma apreciação substancialmente mais ampla


por não cientistas, incluindo agências governamentais, meios de
comunicação públicos, da ameaça representada por bactérias patogénicas
resistentes a múltiplos fármacos, quer Neisseria gonnorheae,
Pseudomonas aeruginosa resistentes a fluoroquinolonas,
enterobacteriacae resistentes a carbapenem e Acinetobacter baumanii
multirresistente.
• Ao longo de 13 anos, muito se aprendeu com a genômica bacteriana, com
as perspectivas da terapia combinada e com o exame de alvos
subutilizados que sugerem novas oportunidades para novas moléculas. Em
terceiro lugar, Merck e Roche, parecem ter retomado o desafio
investigação e desenvolvimento de antibióticos de forma significativa,
enfatizando as necessidades médicas não atendidas.

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