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SEMINARIO SAUDE DA MULHER

PIESC III
PIESC N. Senhora da Vitoria I

Alunos:
 Auro Eduardo A. Gonçalves
 Hugo Henrique R. de Almeida
 Jordian Jorge Pinheiro
 Lais Anita da Rocha Lima
 Lidiany Oxenford da Silva
 Marcos Venancio A. Ferreira
 Mariana Souza Santana
 Mateus Kist Ibiapino
 Tassila Oliveira Nery de Freitas

Professora:
 Sheylla Portela
LESÕES PRECURSORAS DO CANCER DE COLO
UTERINO
O COLO DO ÚTERO

É na zona de transformação que se localizam mais de 90% das lesões


precursoras ou
4 malignas do colo do útero.
CÂNCER DE COLO DO ÚTERO
5

 Caracterizado pela replicação desordenada do epitélio de


revestimento do órgão, comprometendo o tecido subjacente (estroma)
e podendo invadir estruturas e órgãos contíguos ou a distância.

 Carcinoma epidermoide
 Adenocarcinoma
EPIDEMIOLOGIA
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 530 mil casos novos por ano no mundo;

 4º tipo de câncer mais comum entre as mulheres;

 Óbito de 275 mil mulheres por ano;

 No Brasil:

 Estimativas de novos casos: 15.590 (2014 - INCA);


 Número de mortes: 5.430 (2013 - SIM).
EPIDEMIOLOGIA
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 1º mais incidente na região Norte, com 24/100 mil (mortalidade 10,1/100


mil);

 2º mais incidente no Centro-Oeste, com 28/100 mil (mortalidade 5,35/100


mil), e no Nordeste com 18/100 mil (mortalidade 5,81/100 mil);

 3º mais incidente no Sudeste, com 15/100 mil (mortalidade 3,6/100 mil);

 4º mais incidente no Sul, com 14/100 mil (mortalidade 4,2/100 mil;.


FATORES DE RISCO
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 Infecção persistente por subtipos oncogênicos do vírus HPV,


especialmente o HPV-16 e o HPV-18 (70% dos cânceres cervicais);

 Cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas irão adquiri-la ao

longo de suas vidas;

 32% estão infectadas pelos subtipos 16, 18 ou ambos ;

 A infecção pelo HPV é um fator necessário, mas não suficiente, para o


seu desenvolvimento.
FATORES DE RISCO
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 Na maioria das vezes a infecção cervical pelo HPV é transitória e


regride espontaneamente, entre 6 meses a 2 anos após a exposição.

 Nos casos em que a infecção persiste e, especialmente, é causada por

um subtipo viral oncogênico, pode ocorrer o desenvolvimento de lesões


precursoras, cuja identificação e tratamento adequado possibilita a
prevenção da progressão para o câncer cervical invasivo.
FATORES DE RISCO
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 Outros fatores ligados à imunidade, à genética e ao comportamento


sexual parecem influenciar os mecanismos ainda incertos que
determinam a regressão ou a persistência da infecção e também a
progressão para lesões precursoras ou câncer:

Tabagismo Multiparidade
Multiplicidade de parceiros Iniciação sexual precoce
Uso de contraceptivos orais Idade maior que 30 anos
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
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 A infeccão pelo HPV apresenta-se na maioria das vezes de forma


assintomática, com lesões subclínicas (inaparentes) visíveis apenas
após aplicação de reagentes, como o ácido acético e a solução de
Lugol, e por meio de técnicas de magnificação (colposcopia).
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
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 As lesões clínicas podem ser:

 Únicas ou múltiplas;
 Restritas ou difusas;
 Tamanho variável;
 Planas ou exofíticas;
 Localizações mais frequentes: vulva, períneo, região
perianal, vagina e o colo do útero.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
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 Lesões precursoras:

 São assintomáticas, podendo ser detectadas por meio da


realização periódica do exame citopatológico e
confirmadas pela colposcopia e exame histopatológico.

 Câncer do colo do útero:

 Principais sintomas são sangramento vaginal, leucorreia e


dor pélvica, que podem estar associados com queixas
urinárias ou intestinais nos casos mais avançados.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
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 Câncer do colo do útero:

 Ao exame especular podem ser evidenciados sangramento,


tumoração, ulceração e necrose no colo do útero. O toque
vaginal pode mostrar alterações na forma, tamanho,
consistência e mobilidade do colo do útero e estruturas
subjacentes.
PREVENÇÃO PRIMÁRIA
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 A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada


à diminuição do risco de contágio pelo HPV;

 Transmissão por via sexual;

 A camisinha protege parcialmente.


PREVENÇÃO PRIMÁRIA
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 Atualmente existem dias vacinas disponíveis

 Bivalente (proteção contra subtipos 6 e 11)

 Quadrivalente (subtipos 6, 11, 16, 18)

 Ambas eficazes contra lesões precursoras

 Lacunas a serem discutidas...


PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
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DETECÇÃO PRECOCE

RASTREAMENTO DIAGNOSTICO PRECOCE

(aplicação de um teste ou exame (abordagem de indivíduos com


em assintomáticos, aparentemente sinais e/ou sintomas da doença)
saudáveis, para identificar lesões
precursoras e sugestivas de câncer)
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
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 O rastreamento das lesões precursoras é atribuição da Atenção Básica

EXAME
CITOPATOLOGICO

Estratégia mais adotada

 Alta cobertura da população definida como alvo  incidência e mortalidade


PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
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INFECÇÃO POR HPV


ONCOGÊNICO

ANORMALIDADES EPITELIAIS
(Lesão precursora)

CANCER DO COLO
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
20

COMO SE DETECTA ESSAS ANORMALIDADES


EPITELIAIS ?
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
21

COMO SE DETECTA ESSAS ANORMALIDADES


EPITELIAIS ?

Atraves do Exame Citopatológico do Colo do


Útero (Teste de Papanicolau)
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
22

QUANDO INICIAR A COLETA PARA


ANALISE CITOPATOLOGICA?
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
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QUANDO INICIAR A COLETA PARA


ANALISE CITOPATOLOGICA?

Aos 25 anos para mulheres


sexualmente ativas
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
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QUANDO SE DEVE INTERROMPER A REALIZAÇÃO


DO EXAME CITOPATOLOGICO?
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
25

QUANDO SE DEVE INTERROMPER A REALIZAÇÃO


DO EXAME CITOPATOLOGICO?

Após os 64 anos, se 2 exames consecutivos


negativos nos ultimos 5 anos
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
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E SE A MULHER > 64 ANOS NUNCA REALIZOU O


EXAME CITOPATOLOGICO?

Realizar 2 exames com intervalo de 1-3 anos; se


ambos (-), dispensa-se exames adicionais
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
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E SE A MULHER > 64 ANOS NUNCA REALIZOU O


EXAME CITOPATOLOGICO?

Realizar 2 exames com intervalo de 1-3 anos; se


ambos (-), dispensa-se exames adicionais
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
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GESTANTES

 Gestantes têm o mesmo risco que não gestantes

 Junção escamocolunar exteriorizada

 Recomendações de periodicidade e faixa etária igual a das


demais mulheres

 Pré-natal  oportunidade para o rastreio


PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
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POS MENOPAUSA

O rastreamento pode levar a resultados falso-positivos


causados pela atrofia secundária ao hipoestrogenismo

 Iguais às demais mulheres (idade e

 Caso necessário, proceder à estrogenização prévia à realização


da coleta.
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
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HISTERECTOMIZADAS

 Histerectomia total por lesões benignas e exames anteriores normais


 não é obrigatório rastreamento

 Na histerectomia parcial  rotina de coleta habitual.

 Em casos de histerectomia por lesão precursora ou câncer do colo do

útero  acompanhamento habitual e rastreamento (coleta em fornice


vaginal)
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
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MULHERES SEM HISTORIA DE ATIVIDADE SEXUAL

 Não há indicação para rastreamento

 Risco desprezivel (baixissima probabilidade de contato com HPV)


PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
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IMUNOSSSUPRIMIDAS

 Após o início da atividade sexual  a cada 6 meses no 1° ano e, se


normais, manter seguimento anual enquanto se mantiver o fator de
imunossupressão

 Mulheres HIV positivas com CD4 abaixo de 200 células/mm³ 

rastreamento citológico a cada 6 meses


PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
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COLETA DO MATERIAL PARA EXAME
34
CITOPATOLÓGICO
COLETA DO MATERIAL PARA EXAME
35
CITOPATOLÓGICO

 Recomendações prévias:

 Evitar utilização de espermicidas, lubrificantes ou


medicamentos vaginais por 48h antes da coleta;

 Não realizar exames intravaginais nas 48h antes da


coleta;

 Não fazer no período menstrual. Aguardar o quinto


dia após o fim;
COLETA DO MATERIAL PARA EXAME
CITOPATOLÓGICO
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COLETA DO MATERIAL PARA EXAME
CITOPATOLÓGICO
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 Consultório:
COLETA DO MATERIAL PARA EXAME
CITOPATOLÓGICO
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 Material:
Espéculo vaginal
COLETA DO MATERIAL PARA EXAME
CITOPATOLÓGICO
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 Material:
Espátula de Ayre
COLETA DO MATERIAL PARA EXAME
CITOPATOLÓGICO
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 Material:
Escova endocervical
COLETA DO MATERIAL PARA EXAME
CITOPATOLÓGICO
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 Material:
Pinça de Cherron
COLETA DO MATERIAL PARA EXAME
CITOPATOLÓGICO
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 Materiais:

 Luvas;

 Solução fixadora (álcool 96%);

 Lâmina de vidro com extremidade fosca;

 Recipiente para acondicionamento da lâmina;

 Avental ou camisola.
COLETA DO MATERIAL PARA EXAME
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CITOPATOLÓGICO

 Etapas prévias a coleta:

 Anamnese;

 Explicar a proposta e as etapas do exame;

 Preenchimento dos dados nos formulários para requisição do


exame citopatológico do colo de útero ;

 Preparação de todo material (Identificar lâmina e frasco.);

 Solicitar que a mulher esvazie a bexiga e coloque o avental.


COLETA DO MATERIAL PARA EXAME
CITOPATOLÓGICO
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 Procedimento da coleta:

 Lavar as mãos;

 Colocar a mulher em posição ginecologia;

 Posicionar o foco de luz;

 Colocar as luvas;

 Observar órgãos genitais externos;

 Colocar o especulo vaginal;

 Coletar material da ectocérvice e endocérvice em lâmina única.


(O material do fundo do saco vaginal não é recomendado!).
COLETA DO MATERIAL PARA EXAME
CITOPATOLÓGICO
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 Coleta ectocervical:
COLETA DO MATERIAL PARA EXAME
CITOPATOLÓGICO
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 Coleta endocervical:
COLETA DO MATERIAL PARA EXAME
CITOPATOLÓGICO
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COLETA DO MATERIAL PARA EXAME
CITOPATOLÓGICO
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 Procedimento após coleta:

 O esfregaço obtido deve ser imediatamente fixado;

 Fechar o especulo evitando ‘beliscar’ a mulher, retirando-o


delicadamente.

 Retirar as luvas e auxiliar a mulher;

 Enfatizar a importância do retorno para análise do resultado;

 Encaminhamento das lâminas devidamente acondicionadas para o


laboratório.
RECOMENDAÇÕES APÓS RESULTADOS DO
EXAME CITOPATOLOGICO
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NOMENCLATURAS CITOLÓGICAS
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 Papanicolaou (1941): Classes I a V

 OMS (1951): Graus de displasia

 Richart (1967): Neoplasia Intraepitelial Cervical-NIC

 Bethesda (1988-91-01): lesão intraepitelial escamosa de baixo


grau- LSIL ou de alto grau HSIL

 Brasil (2006)
COMPARAÇÃO ENTRE OS
SISTEMAS DE NOMENCLATURA
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NOMENCLATURA BRASILEIRA
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 Classificação Bethesda não contempla as reais necessidades dos


demais países;

 Adequação de informação para o examinador e para a cliente no


sentido de subsidiar a conduta a ser realizada;

 Em 2006, elaboração e lançamento da “Nomenclatura Brasileira


para Laudos Cervicais e Condutas Preconizadas”.
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RESULTADO NORMAL
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 Dentro dos limites da normalidade no material examinado:

 Conduta Clínica: Seguir a rotina de rastreamento citológico


ALTERAÇÕES BENIGNAS
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Podem ser ativas ou reparativas:


 Inflamação sem identificação de Agente.
 Ação de agentes físicos ou químicos:
 Radioativos

 Mecânicos

 Térmicos

 medicamentos abrasivos ou cáusticos

 Quimioterápicos

 Acidez vaginal sobre o epitélio glandular)


ALTERAÇÕES BENIGNAS
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Resultado indicando Metaplasia Escamosa Imatura:

 A palavra “imatura”, em metaplasia escamosa, é considerada como


do tipo inflamatório;

 Conduta Clínica: Seguir a rotina de rastreamento citológico.


ALTERAÇÕES BENIGNAS
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Resultado indicando Reparação:

 Decorre de lesões da mucosa com exposição do estroma e pode ser


determinado por qualquer dos agentes que determinam inflamação.

 Conduta Clínica: Seguir a rotina de rastreamento citológico


ALTERAÇÕES BENIGNAS
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Resultado indicando Atrofia com inflamação:

 Conduta Clínica:
 Após avaliação da sintomatologia e do exame ginecológico,
podem ser utilizados cremes vaginais contendo estrogênios.
 Seguir a rotina de rastreamento citológico.
ALTERAÇÕES BENIGNAS
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Resultado indicando Radiação:

 Nos casos de Câncer do Colo do Útero, o exame deve ser realizado


para controle (persistência ou recidiva)

 O tratamento radioterápico prévio deve ser mencionado na


requisição do exame

 Condutas Clínicas: Seguir a rotina de rastreamento citológico


QUEIXAS GINECOLÓGICAS
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 Achados Microbiológicos: (Lactobacillus sp; Cocos; Outros Bacilos;)

 São considerados achados normais, fazem parte da flora vaginal.

 Conduta Clínica:
 A paciente com sintomatologia deve ser encaminhada para
avaliação ginecológica.
 Seguir a rotina de rastreamento citológico.
EXAME CITOPATOLOGICO ANORMAL
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EXAME CITOPATOLOGICO ANORMAL
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Recomendações para condutas frente
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adenocarcinoma in situ/invasor
CONIZAÇÃO DO COLO UTERINO
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 Procedimento ginecológico que serve para fazer o diagnóstico ou o


tratamento de alterações no colo do útero provocadas pelo HPV;

 A conização do útero é feita sob anestesia local e no consultório do


ginecologista
CONIZAÇÃO DO COLO UTERINO
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SISTEMA DE INFORMAÇÃO DO CÂNCER
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SISCAN:
 Integra os Sistemas de Informação do Câncer do Colo do Útero
(SISCOLO) e do Câncer de Mama (SISMAMA);

 Tem por objetivo, enquanto ferramenta de gestão, fortalecer as


ações de controle e prevenção destes cânceres.
67

OBRIGADO!
REFERÊNCIAS
68

1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.


Departamento de Atenção Básica. Controle dos cânceres do colo do
útero e da mama / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Atenção Básica. – 2. ed. – Brasília : Editora do
Ministério da Saúde, 2013.
2. Ministério da Saúde (BR). Instituto Nacional de Câncer. Coordenação de
Prevenção e Vigilância. Nomenclatura brasileira para laudos cervicais
e condutas preconizadas: recomendações para profissionais de saúde.
2ª ed. Rio de Janeiro (RJ); 2006.
3. CARVALHO, Maria Cristina de Melo Pessanha; QUEIROZ, Ana Beatriz
Azevedo. Lesões precursoras do câncer cervicouterino: evolução
histórica e subsídios para consulta de enfermagem ginecológica. Esc.
Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 14, n. 3, p. 617-624, Set. 2010 .

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